(UNESP - 2022 - 1ª fase - DIA 2)
Entrar numa fábrica pela primeira vez podia ser uma experiência aterrorizante: o ruído e o movimento do maquinário; o ar sufocante, cheio de pó de algodão, muitas vezes, mantido opressivamente quente para reduzir a quebra; o fedor penetrante de óleo de baleia e de gordura animal usados para lubrificar as máquinas (antes da disponibilidade de produtos petrolíferos) e do suor de centenas de trabalhadores; os semblantes pálidos e os corpos doentios dos operários; o comportamento feroz dos supervisores, alguns dos quais carregavam cintos ou chicotes para impor disciplina. Nas salas de tecelagem, o barulho ensurdecedor de dezenas de teares, cada um com uma lançadeira recebendo pancadas de martelo umas sessenta vezes por minuto, impossibilitava que os trabalhadores se ouvissem.
(Joshua B. Freeman. Mastodontes: a história da fábrica e a construção do mundo moderno, 2019.)
O trabalho nas primeiras fábricas inglesas é caracterizado no excerto
pela insalubridade e opressão no ambiente de trabalho
pela apropriação do tempo e do excedente do trabalho pelo capitalista.
pelo aumento da produtividade e da otimização do ritmo de trabalho.
pelo desenvolvimento da tecnologia e da divisão de tarefas.
pelo aproveitamento de energia de origem mineral.