(UNESP - 2022 - 2ª FASE)
Entre 1973 e 1978, as receitas anuais do petróleo nos principais produtores árabes cresceram enormemente: na Arábia Saudita, de 4,35 bilhões para 36 bilhões de dólares; no Kuwait, de 1,7 bilhão para 9,2 bilhões; no Iraque, de 1,8 bilhão para 23,6 bilhões; na Líbia, de 2,2 bilhões para 8,8 bilhões. Alguns outros produtores também aumentaram muito sua produção, em particular Qatar, Abu Dhabi e Dubai. O controle dos produtores sobre seus recursos também se expandiu. Em 1980, todos os principais Estados produtores tinham ou nacionalizado a produção de petróleo ou adquirido uma maior participação nas empresas operadoras, embora as grandes empresas multinacionais ainda tivessem uma posição forte no transporte e na venda,
(Albert H. Hourani. Uma história dos povos árabes, 1994. Adaptado.)
A expansão da produção petrolífera no mundo árabe
reforçou o nacionalismo, estimulado pelo orgulho das populações com a riqueza súbita e o protagonismo de alguns Estados da região no cenário político e econômico mundial.
acentuou a dependência mútua entre fornecedores e compradores, pois os primeiros concentraram os esforços na exportação e os segundos dependiam do acesso ao petróleo para o funcionamento de suas indústrias.
gerou uma reorientação diplomática e ideológica na região, pois os vínculos comerciais com a União Soviética reforçavam a posição política dos grupos de esquerda no Oriente Médio.
levou à dissolução da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, gerando uma guerra de preços entre os Estados produtores e o aprofundamento das políticas de controle dos níveis de produção.
eliminou a interferência das Sete Irmãs, grupo de empresas ocidentais que controlavam o mercado internacional petrolífero, que passou a ser regido em função dos interesses dos produtores.