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Questões de Sociologia - UNESP | Gabarito e resoluções

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Questão 59
2013Sociologia

(UNESP - 2013/2 - 1a fases) Uma obra de arte pode denominar-se revolucionria se, em virtude da transformao esttica, representar, no destino exemplar dos indivduos, a predominante ausncia de liberdade, rompendo assim com a realidade social mistificada e petrificada e abrindo os horizontes da libertao. Esta tese implica que a literatura no revolucionria por ser escrita para a classe trabalhadora ou para a revoluo. O potencial poltico da arte baseia-se apenas na sua prpria dimenso esttica. A sua relao com a prxis (ao poltica) inexoravelmente indireta e frustrante. Quanto mais imediatamente poltica for a obra de arte, mais reduzidos so seus objetivos de transcendncia e mudana. Nesse sentido, pode haver mais potencial subversivo na poesia de Baudelaire e Rimbaud que nas peas didticas de Brecht. (Herbert Marcuse. A dimenso esttica, s/d.) Segundo o filsofo, a dimenso esttica da obra de arte caracteriza-se por

Questão 59
2013Sociologia

(UNESP - 2013/2 - 1a fases) A Repblica Islmica do Ir abenoa e incentiva operaes de troca de sexo, em nome de uma poltica que considera todo cidado no heterossexual como esprito nascido no corpo errado. Com ao menos 50 cirurgias por ano, o pas recordista mundial em mudana de sexo, aps a Tailndia. Oficialmente, gays no existem no pas. Ficou famosa a frase do presidente Mahmoud Ahmadinejad dita a uma plateia de estudantes nos EUA em 2007, de que no h homossexuais no Ir. A homossexualidade nem consta da lei. Mas sodomia passvel de execuo. [] Uma transexual operada confidenciou um sentimento amplamente compartilhado em silncio: No teria mutilado meu corpo se a sociedade tivesse me aceitado do jeito que eu nasci. (Samy Adghirny. Operao antigay. Folha de S.Paulo, 13.01.2013.) O incentivo a cirurgias de troca de sexo no Ir motivado por

Questão 60
2013HistóriaSociologia

(UNESP - 2013/2 - 1a fase) Hoje, a melhor cincia informa que as etnias so variaes cosmticas do ncleo gentico humano, incapazes sozinhas de determinar a superioridade de um indivduo ou grupo sobre outros. Segundo o mdico Srgio Pena, no somos todos iguais, somos igualmente diferentes. uma beleza, do ponto de vista da antropologia gentica, esperar que, um dia, ela ajude a desvendar o enigma clssico da condio humana que a eterna desconfiana do outro, do diferente, do estrangeiro. O DNA nada sabe desse sentimento. No seu corao gentico, a espcie humana to mais forte e sadia quanto mais variaes apresenta. (Fbio Altman. Unidos pelo futebol e pelo DNA. Veja, 09.06.2010. Adaptado.) Esta reportagem aborda o tema das diferenas entre as etnias humanas sob um ponto de vista contrastante em relao a outras abordagens vigentes ao longo da histria. Em termos ticos, trata-se de uma abordagem promissora, pois

Questão
2013Sociologia

(UNESP - 2013/2) Texto 1 Um consumidor de 34 anos aproveitou a carona do pai no bairro Tucuruvi, Zona Norte de So Paulo, na manh desta quinta-feira [13.12.12], para chegar antes na fila pelo lanamento do iPhone 5, em um shopping da Zona Oeste. Por volta das 17h, cerca de 50 pessoas j formavam uma fila em frente loja responsvel. Ele chegou com a me, de 65 anos, s 7h30, 16 horas antes do incio das vendas daquele smartphone. (http://g1.globo.com. Adaptado.) Texto 2 Os produtos de consumo doutrinam e manipulam; promovem uma falsa conscincia que imune sua falsidade. As falsas necessidades tm um contedo e uma funo sociais determinados por foras externas sobre as quais o indivduo no tem controle algum; o desenvolvimento e a satisfao dessas necessidades so heternomos. Independentemente do quanto tais necessidades se possam ter tornado do prprio indivduo; reproduzidas e fortalecidas pelas condies de sua existncia; independentemente do quanto ele se identifique com elas e se encontre em sua satisfao, elas continuam a ser o que eram de incio produtos de uma sociedade cujo interesse dominante exige represso. (Herbert Marcuse. Ideologia da sociedade industrial, 1969. Adaptado.) Explique o significado da heteronomia das falsas necessidades na sociedade de consumo e relacione o fato descrito no texto 1 a esse conceito filosfico apresentado por Marcuse.

Questão 10
2012Sociologia

(UNESP - 2012- 2 fase) Leia os textos. Texto 1 Ora, a propriedade privada atual, a propriedade burguesa, a ltima e mais perfeita expresso do modo de produo e de apropriao baseado nos antagonismos de classes, na explorao de uns pelos outros. Neste sentido, os comunistas podem resumir sua teoria nesta frmula nica: a abolio da propriedade privada. () () A ao comum do proletariado, pelo menos nos pases civilizados, uma das primeiras condies para sua emancipao. Suprimi a explorao do homem pelo homem e tereis suprimido a explorao de uma nao por outra. Quando os antagonismos de classes, no interior das naes, tiverem desaparecido, desaparecer a hostilidade entre as prprias naes. (Marx e Engels. Manifesto comunista, 1848.) Texto 2 Os comunistas acreditam ter descoberto o caminho para nos livrar de nossos males. Segundo eles, o homem inteiramente bom e bem disposto para com seu prximo, mas a instituio da propriedade privada corrompeu-lhe a natureza. () Se a propriedade privada fosse abolida, possuda em comum toda a riqueza e permitida a todos a partilha de sua fruio, a m vontade e a hostilidade desapareceriam entre os homens. () Mas sou capaz de reconhecer que as premissas psicolgicas em que o sistema se baseia so uma iluso insustentvel. () A agressividade no foi criada pela propriedade. () Certamente () existir uma objeo muito bvia a ser feita: a de que a natureza, por dotar os indivduos com atributos fsicos e capacidades mentais extremamente desiguais, introduziu injustias contra as quais no h remdio. (Sigmund Freud. Mal-estar na civilizao, 1930. Adaptado.) Qual a diferena que os dois textos estabelecem sobre a relao entre a propriedade privada e as tendncias de hostilidade e agressividade entre os homens e as naes? Explicite, tambm, a diferena entre os mtodos ou pontos de vista empregados pelos autores dos textos para analisar a realidade.

Questão 55
2012Sociologia

(UNESP - 2012/2 - 1a fase) Regulamentao publicada nesta segunda-feira, no Dirio Oficial do Municpio do Rio, determina que as crianas e adolescentes apreendidos nas chamadas cracolndias fiquem internados para tratamento mdico, mesmo contra a vontade deles ou dos familiares. Os jovens, segundo a Secretaria Municipal de Assistncia Social (Smas), s recebero alta quando estiverem livres do vcio. A internao compulsria vale somente para aqueles que, na avaliao de um especialista, estiverem com dependncia qumica. Ainda de acordo com a resoluo, todas as crianas e adolescentes que forem acolhidos noite, independente de estarem ou no sob a influncia do uso de drogas, no podero sair do abrigo at o dia seguinte. www.estadao.com.br, 30.05.2012. Adaptado. As justificativas apresentadas neste texto para legitimar a internao compulsria de usurios de drogas so norteadas por:

Questão 56
2012Sociologia

(UNESP - 2012 - 1a Fase) Uma me canadense defendeu a deciso tomada por ela e por seu marido de manter em segredo o sexo de seu filho mais novo, para dar criana a oportunidade de desenvolver a sua identidade sexual por conta prpria. A deciso tomada por Kathy Witterick, 38 anos, e David Stocker, 39, de no revelar o gnero de seu beb Storm, de quatro meses de idade, gerou uma avalanche de reaes positivas e negativas aps reportagem do jornal Toronto Star, publicada nesta semana [28.05.2011]. (www.g1.globo.com. Adaptado.) De acordo com o texto, pode-se afirmar que:

Questão 56
2012Sociologia

(UNESP - 2012/2 - 1a fase) O clima do politicamente correto em que nos mergulharam impede o raciocnio. Este novo senso comum diz que todos os preconceitos so errados. Ao que um amigo observou: Ento vocs tm preconceito contra os preconceitos. Ele demonstrava que impossvel no ter preconceitos, que vivemos com eles, e que grande quantidade deles nos til. Mas, afinal, quais preconceitos so pr-julgamentos danosos? So aqueles que carregam um juzo de valor depreciativo e hostil. Lembre-se do seu tempo de colgio. Quem era alvo dos bullies? Os diferentes. As crianas parecem repetir a histria da humanidade: nascem trogloditas, violentas, cruis com quem no da tribo, e vo se civilizando aos poucos. Alguns, nem tanto. Sero os que vo conservar esses rtulos ptreos, imutveis, muitas vezes carregados de dio contra os diferentes, e difceis (se no impossveis) de mudar. (Francisco Daudt. Folha de S.Paulo, 07.02.2012. Adaptado.) O artigo citado aborda a relao entre as tendncias culturais politicamente corretas e os preconceitos. Com base no texto, pode-se afirmar que a superao dos preconceitos que induzem comportamentos agressivos depende

Questão 57
2012Sociologia

(UNESP - 2012/2 - 1a fase) Se um governo quer reduzir o ndice de abortos e o risco para as mulheres em idade reprodutiva, no deveria proibi-los, nem restringir demais os casos em que permitido. Um estudo publicado em The Lancet revela que o ndice de abortos menor nos pases com leis mais permissivas, e maior onde a interveno ilegal ou muito limitada. Aprovar leis restritivas no reduz o ndice de abortos, afirma Gilda Sedgh (Instituto Guttmacher, Nova York), lder do estudo, mas sim aumenta a morte de mulheres. Condenar, estigmatizar e criminalizar o aborto so estratgias cruis e falidas, afirma Richard Horton, diretor de The Lancet. preciso investir mais em planejamento familiar, pediu a pesquisadora, que assina o estudo com a Organizao Mundial da Sade (OMS). Os seis autores concluem que as leis restritivas no esto associadas a taxas menores de abortos. Por exemplo, o sul da frica, onde a frica do Sul, que o legalizou em 1997, dominante, tem a taxa mais baixa do continente. (http://noticias.uol.com.br, 22.01.2012. Adaptado.) Na reportagem, o tema do aborto tratado sob um ponto de vista

Questão 58
2012Sociologia

(UNESP - 2012 - 1a Fase) Leia o texto sobre a tragdia de Realengo. possvel que a vida escolar de Wellington, o assassino de Realengo, tenha sido um suplcio. Mas a simples vingana pelo bullying sofrido no basta para explicar seu ato. Eis um modelo um pouco mais plausvel. A matana, neste caso, uma maneira de suprimir os objetos de desejo, cuja existncia ameaa o ideal de pureza do jovem. Para transformar os fracassos amorosos em glria, o fanatismo religioso o cmplice perfeito. Voc acha que seu desejo volta e insiste? Nada disso, o demnio que continua trabalhando para sujar sua pureza. Graas ao fanatismo, em vez de sofrer com a frustrao de meus desejos, oponho-me a eles como se fossem tentaes externas. As meninas me do um certo frio na barriga? Nenhum problema, preciso apenas evitar sua seduo quem sabe, silenci-las. Fantico (e sempre perigoso) aquele que, para reprimir suas dvidas e seus prprios desejos impuros, sai caando os impuros e os infiis mundo afora. H uma lio na histria de Realengo e no sobre preveno psiquitrica nem sobre segurana nas escolas. uma lio sobre os riscos do aparente consolo que oferecido pelo fanatismo moral ou religioso. Dito brutalmente, na carta sinistra de Wellington, eu leio isto: minha f me autorizou a matar meninas (e a me matar) para evitar a frustrante infmia de pensamentos e atos impuros. (Contardo Calligaris. Folha de S.Paulo, 14.04.2011. Adaptado.) De acordo com o autor,

Questão 58
2012Sociologia

(UNESP - 2012/2 - 1a fase) A convite da Confederao Nacional de Seguros, instituio privada, ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), do STJ (Superior Tribunal de Justia) e do TST (Tribunal Superior do Trabalho) participaram de seminrio em hotel de luxo no Guaruj (SP), no incio de outubro. O evento, que aconteceu num hotel cinco estrelas, comeou numa quinta-feira e prolongou-se at domingo. No perodo, as dirias variavam de R$ 688,00 a R$ 8.668,00. Alm dos ministros, desembargadores e juzes de tribunais estaduais participaram do seminrio. Foram discutidos assuntos de interesse dos anfitries, como o julgamento de processos sobre previdncia complementar e a boa-f nos contratos de seguros. (Folha de S.Paulo, 14.11.2011. Adaptado.) A relevncia jornalstica do fato retratado pode ser relacionada a questes

Questão 59
2012Sociologia

(UNESP - 2012/2 - 1a fase) Cada cultura tem suas virtudes, seus vcios, seus conhecimentos, seus modos de vida, seus erros, suas iluses. Na nossa atual era planetria, o mais importante cada nao aspirar a integrar aquilo que as outras tm de melhor, e a buscar a simbiose do melhor de todas as culturas. A Frana deve ser considerada em sua histria no somente segundo os ideais de Liberdade-Igualdade-Fraternidade promulgados por sua Revoluo, mas tambm segundo o comportamento de uma potncia que, como seus vizinhos europeus, praticou durante sculos a escravido em massa, e em sua colonizao oprimiu povos e negou suas aspiraes emancipao. H uma barbrie europeia cuja cultura produziu o colonialismo e os totalitarismos fascistas, nazistas, comunistas. Devemos considerar uma cultura no somente segundo seus nobres ideais, mas tambm segundo sua maneira de camuflar sua barbrie sob esses ideais. (Edgard Morin. Le Monde, 08.02.2012. Adaptado.) No texto citado, o pensador contemporneo Edgard Morin desenvolve

Questão 60
2012Sociologia

(UNESP - 2012 - 1Fase) Leia o trecho da entrevista com um ex-presidente dos Estados Unidos. Veja Lucro rima com ONG? Bill Clinton Sim. Queremos que os investidores tenham lucro. No existe incompatibilidade. Sem lucro, as operaes de microcrdito tendem a no ser sustentveis. preciso, porm, que a busca do lucro seja alinhada a objetivos sociais. () No nosso caso, recebemos 20 milhes de dlares do milionrio mexicano Carlos Slim e do no menos rico Frank Giustra, do Canad, para emprestar a pequenos empreendedores do Haiti. Eles vo ter lucro nessas operaes, mas j se comprometeram a reinvesti-lo nos mesmos moldes. (Veja, 22.06.2011. Adaptado.) Assinale a alternativa que corresponde ao pensamento econmico expresso no texto.

Questão 60
2012Sociologia

(UNESP - 2012/2 - 1a fase) O psiclogo Drew Westen mostrou que, na poltica, emoes falam mais alto que a lgica. Ele monitorou os crebros de militantes partidrios enquanto viam seus candidatos favoritos caindo em contradio. Como previsto, eles no tiveram dificuldade para perceber a incongruncia do inimigo, mas foram bem menos crticos em relao ao aliado. Segundo Westen, quando confrontados com informaes ameaadoras s nossas convices polticas, redes de neurnios associadas ao estresse so ativadas. O crebro percebe o conflito e tenta desligar a emoo negativa. Circuitos encarregados de regular emoes recrutam, ento, crenas capazes de eliminar o estresse. A contradio apenas fracamente percebida. (Hlio Schwartsman. Folha de S.Paulo, 07.02.2012.) A tese exposta no texto expe uma dificuldade em compreender a contradio entre convices pessoais e fatos objetivos. De acordo com o texto, essa contradio est relacionada

Questão 12
2011FilosofiaSociologia

(UNESP - 2011/2 - 2 FASE) TEXTO I A amgdala cerebral e o crtex pr-frontal so regies do crebro reguladoras de emoes como culpa, remorso e medo de punio. Duas pesquisadoras americanas esto revolucionando a comunidade cientfica ao afirmarem que, estudando essas duas importantes reas, possvel identificar em crianas de 3 anos se elas apresentam riscos de se tornarem criminosas quando adultas. Segundo os cientistas Adrian Raine, da Universidade da Pensilvnia, e Nathalie Fontaine, da Universidade de Indiana, o crebro de psicopatas exibe amgdalas 20% menores do que as do crebro de um no criminoso. (Isto, 16.03.2011. Adaptado.) TEXTO II Criminalidade efeito, forma perversa de protesto, gerada por uma patologia social que a antecede e que , tambm ela, perversa. Sem os filtros despoluidores da justia social e da decncia poltica, toda e qualquer medida contra o crime, por mais violenta e repressiva que seja, constituir mero recurso paliativo. claro que a criminalidade, enquanto sintoma, tem de ser adequadamente combatida por medidas policiais enrgicas. Mas que no se fique nisso, j que o puro e simples combate ao efeito no remove nem resolve a causa que o produz. Ao contrrio: a luta isolada contra o efeito pode tornar se danosa e perversa, uma vez que, destruindo sua funo alertadora e denunciadora, provoca uma cegueira perigosa, que aprofunda a raiz do mal. (Hlio Pelegrino. Texto publicado em 1986. Adaptado.) Explique uma diferena de abordagem entre os dois textos sobre os fatores determinantes da violncia, bem como uma diferena no que se refere concepo de meios para evit-la.

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