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Questões de Português - FUVEST | Gabarito e resoluções

Questão 4
2005Português

(FUVEST - 2005 - 2FASE) Sobre o emprego do gerndio em frases como Ns vamos estar analisando os seus dados e vamos estar dando um retorno assim que possvel, um jornalista escreveu uma crnica intitulada Em 2004, gerundismo zero!, da qual extramos o seguinte trecho: Quando a teleatendente diz: O senhor pode estar aguardando na linha, que eu vou estar transferindo a sua ligao, ela pensa que est falando bonito. Por sinal, ela no entende por que eu vou estar transferindo errado e ela est falando bonito certo. a) Voc concorda com a afirmao do jornalista sobre o que certo e o que errado no emprego do gerndio? Justifique sucintamente sua resposta. b) Identifique qual de seus vrios sentidos assume o sufixo empregado na formao da palavra gerundismo. Cite outra palavra em que se utiliza o mesmo sufixo com esse mesmo sentido.

Questão 4
2005Português

(FUVEST - 2005 - 1 FASE)Texto para as questes O filme Cazuza O tempo no pra me deixou numa espcie de felicidade pensativa. Tento explicar por qu. Cazuza mordeu a vida com todos os dentes. A doena e a morte parecem ter-se vingado de sua paixo exagerada de viver. impossvel sair da sala de cinema sem se perguntar mais uma vez: o que vale mais, a preservao de nossas foras, que garantiria uma vida mais longa, ou a livre procura da mxima intensidade e variedade de experincias? Digo que a pergunta se apresenta mais uma vez porque a questo hoje trivial e, ao mesmo tempo, persecutria. (...) Obedecemos a uma proliferao de regras que so ditadas pelos progressos da preveno. Ningum imagina que comer banha, fumar, tomar pinga, transar sem camisinha e combinar, sei l, nitratos com Viagra seja uma boa idia. De fato no . primeira vista, parece lgico que concordemos sem hesitao sobre o seguinte: no h ou no deveria haver prazeres que valham um risco de vida ou, simplesmente, que valham o risco de encurtar a vida. De que adiantaria um prazer que, por assim dizer, cortasse o galho sobre o qual estou sentado? Os jovens tm uma razo bsica para desconfiar de uma moral prudente e um pouco avara que sugere que escolhamos sempre os tempos suplementares. que a morte lhes parece distante, uma coisa com a qual a gente se preocupar mais tarde, muito mais tarde. Mas sua vontade de caminhar na corda bamba e sem rede no apenas a inconscincia de quem pode esquecer que o tempo no pra. tambm (e talvez sobretudo) um questionamento que nos desafia: para disciplinar a experincia, ser que temos outras razes que no sejam s a deciso de durar um pouco mais? (Contardo Calligaris, Folha de S. Paulo) Considere as seguintes afirmaes: I. Os trechos mordeu a vida com todos os dentes e caminhar na corda bamba e sem rede podem ser compreendidos tanto no sentido figurado quanto no sentido literal. II. Na frase De que adiantaria um prazer que (...) cortasse o galho sobre o qual estou sentado, o sentido da expresso sublinhada corresponde ao de se est sentado. III. Em mais uma vez, no incio do terceiro pargrafo, o autor empregou aspas para indicar a precisa retomada de uma expresso do texto. Est correto o que se afirma em

Questão 5
2005Português

(FUVEST - 2005 - 1 FASE)Texto para as questes O filme Cazuza - O tempo no para me deixou numa espcie de felicidade pensativa. Tento explicar por qu. Cazuza mordeu a vida com todos os dentes. A doena e a morte parecem ter-se vingado de sua paixo exagerada de viver. impossvel sair da sala de cinema sem se perguntar mais uma vez: o que vale mais, a preservao de nossas foras, que garantiria uma vida mais longa, ou a livre procura da mxima intensidade e variedade de experincias? Digo que a pergunta se apresenta mais uma vez porque a questo hoje trivial e, ao mesmo tempo, persecutria. (...) Obedecemos a uma proliferao de regras que so ditadas pelos progressos da preveno. Ningum imagina que comer banha, fumar, tomar pinga, transar sem camisinha e combinar, sei l, nitratos com Viagra seja uma boa ideia. De fato no . primeira vista, parece lgico que concordemos sem hesitao sobre o seguinte: no h ou no deveria haver prazeres que valham um risco de vida ou, simplesmente, que valham o risco de encurtar a vida. De que adiantaria um prazer que, por assim dizer, cortasse o galho sobre o qual estou sentado? Os jovens tm uma razo bsica para desconfiar de uma moral prudente e um pouco avara que sugere que escolhamos sempre os tempos suplementares. que a morte lhes parece distante, uma coisa com a qual a gente se preocupar mais tarde, muito mais tarde. Mas sua vontade de caminhar na corda bamba e sem rede no apenas a inconscincia de quem pode esquecer que o tempo no para. tambm (e talvez sobretudo) um questionamento que nos desafia: para disciplinar a experincia, ser que temos outras razes que no sejam s a deciso de durar um pouco mais? (Contardo Calligaris, Folha de S. Paulo) Considere as seguintes frases: I. O autor do texto assistiu ao filme sobre Cazuza. II. O filme provocou-lhe uma viva e complexa reao. III. Sua reao mereceu uma anlise. O perodo em que as frases acima esto articuladas de modo correto e coerente :

Questão 5
2005Português

(FUVEST - 2005 - 2FASE)Graciliano Ramos, em seu livro INFNCIA, reflete sobre uma de suas marcantes impresses de menino. Bem e mal ainda no existiam, faltava razo para que nos afligissem com pancadas e gritos. Contudo as pancadas e os gritos figuravam na ordem dos acontecimentos, partiam sempre de seres determinados, como a chuva e o sol vinham do cu. E o cu era terrvel, e os donos da casa eram fortes. Ora, sucedia que a minha me abrandava de repente e meu pai, silencioso, explosivo, resolvia contar-me histrias. Admirava-me, aceitava a lei nova, ingnuo, admitia que a natureza se houvesse modificado. Fechava-se o doce parntese e isso me desorientava. a) Ao se referir s violncias sofridas quando menino, o autor compara-as a elementos da natureza (chuva, sol, cu). O que mostra ele, ao estabelecer tal comparao? b) Esclarea o preciso significado, no contexto, da expresso fechava-se o doce parntese.

Questão 6
2005Português

(FUVEST - 2005 - 2FASE)s seis da tarde s seis da tarde as mulheres choravam no banheiro. No choravam por isso ou por aquilo choravam porque o pranto subia garganta acima mesmo se os filhos cresciam com boa sade se havia comida no fogo e se o marido lhes dava do bom e do melhor choravam porque no cu alm do basculante o dia se punha porque uma nsia uma dor uma gastura era s o que sobrava dos seus sonhos. Agora s seis da tarde as mulheres regressam do trabalho o dia se pe os filhos crescem o fogo espera e elas no podem no querem chorar na conduo. (Marina Colasanti Gargantas abertas) Basculante = um tipo de janela. Gastura = inquietao nervosa, aflio, mal-estar. a) O texto faz ver que mudanas histricas ocorridas na situao de vida das mulheres no alteraram substancialmente sua condio subjetiva. Concorda com essa afirmao? Justifique sucintamente. b) No poema, o emprego dos tempos do imperfeito e do presente do indicativo deixa claro que apenas um deles capaz de indicar aes repetidas, durativas ou habituais. Concorda com essa afirmao? Justifique sucintamente.

Questão 6
2005Português

(FUVEST - 2005 - 1 FASE)Texto para as questes O filme Cazuza O tempo no pra me deixou numa espcie de felicidade pensativa. Tento explicar por qu. Cazuza mordeu a vida com todos os dentes. A doena e a morte parecem ter-se vingado de sua paixo exagerada de viver. impossvel sair da sala de cinema sem se perguntar mais uma vez: o que vale mais, a preservao de nossas foras, que garantiria uma vida mais longa, ou a livre procura da mxima intensidade e variedade de experincias? Digo que a pergunta se apresenta mais uma vez porque a questo hoje trivial e, ao mesmo tempo, persecutria. (...) Obedecemos a uma proliferao de regras que so ditadas pelos progressos da preveno. Ningum imagina que comer banha, fumar, tomar pinga, transar sem camisinha e combinar, sei l, nitratos com Viagra seja uma boa idia. De fato no . primeira vista, parece lgico que concordemos sem hesitao sobre o seguinte: no h ou no deveria haver prazeres que valham um risco de vida ou, simplesmente, que valham o risco de encurtar a vida. De que adiantaria um prazer que, por assim dizer, cortasse o galho sobre o qual estou sentado? Os jovens tm uma razo bsica para desconfiar de uma moral prudente e um pouco avara que sugere que escolhamos sempre os tempos suplementares. que a morte lhes parece distante, uma coisa com a qual a gente se preocupar mais tarde, muito mais tarde. Mas sua vontade de caminhar na corda bamba e sem rede no apenas a inconscincia de quem pode esquecer que o tempo no pra. tambm (e talvez sobretudo) um questionamento que nos desafia: para disciplinar a experincia, ser que temos outras razes que no sejam s a deciso de durar um pouco mais? (Contardo Calligaris, Folha de S. Paulo) Entre as frases Cazuza mordeu a vida com todos os dentes e A doena e a morte parecem ter-se vingado de sua paixo exagerada de viver estabelece-se um vnculo que pode ser corretamente explicitado com o emprego de

Questão 7
2005Português

(FUVEST - 2005 - 1 FASE)Texto para as questes O filme Cazuza O tempo no pra me deixou numa espcie de felicidade pensativa. Tento explicar por qu. Cazuza mordeu a vida com todos os dentes. A doena e a morte parecem ter-se vingado de sua paixo exagerada de viver. impossvel sair da sala de cinema sem se perguntar mais uma vez: o que vale mais, a preservao de nossas foras, que garantiria uma vida mais longa, ou a livre procura da mxima intensidade e variedade de experincias? Digo que a pergunta se apresenta mais uma vez porque a questo hoje trivial e, ao mesmo tempo, persecutria. (...) Obedecemos a uma proliferao de regras que so ditadas pelos progressos da preveno. Ningum imagina que comer banha, fumar, tomar pinga, transar sem camisinha e combinar, sei l, nitratos com Viagra seja uma boa idia. De fato no . primeira vista, parece lgico que concordemos sem hesitao sobre o seguinte: no h ou no deveria haver prazeres que valham um risco de vida ou, simplesmente, que valham o risco de encurtar a vida. De que adiantaria um prazer que, por assim dizer, cortasse o galho sobre o qual estou sentado? Os jovens tm uma razo bsica para desconfiar de uma moral prudente e um pouco avara que sugere que escolhamos sempre os tempos suplementares. que a morte lhes parece distante, uma coisa com a qual a gente se preocupar mais tarde, muito mais tarde. Mas sua vontade de caminhar na corda bamba e sem rede no apenas a inconscincia de quem pode esquecer que o tempo no pra. tambm (e talvez sobretudo) um questionamento que nos desafia: para disciplinar a experincia, ser que temos outras razes que no sejam s a deciso de durar um pouco mais? (Contardo Calligaris, Folha de S. Paulo) As opes de vida que se caracterizam pela preservao de nossas foras e pela procura da mxima intensidade e variedade de experincias esto metaforizadas no texto, respectivamente, pelas expresses:

Questão 7
2005Português

(FUVEST - 2005 - 2FASE)Leia o seguinte poema de Manuel Bandeira: PORQUINHO-DA-NDIA Quando eu tinha seis anos Ganhei um porquinho-da-ndia. Que dor de corao me dava Porque o bichinho s queria estar debaixo do fogo! Levava ele pra sala Pra os lugares mais bonitos mais limpinhos Ele no gostava: Queria era estar debaixo do fogo. No fazia caso nenhum das minhas ternurinhas ... ⎯ O meu porquinho-da-ndia foi a minha primeira namorada. a) Aponte, no poema, dois aspectos de estilo que estejam relacionados ao tema da infncia. Explique sucintamente. b) Qual o elemento comum entre a experincia infantil e a experincia mais adulta presentes no poema? Explique sucintamente.

Questão 8
2005Português

(FUVEST - 2005 - 1 FASE)Texto para as questes O filme Cazuza O tempo no pra me deixou numa espcie de felicidade pensativa. Tento explicar por qu. Cazuza mordeu a vida com todos os dentes. A doena e a morte parecem ter-se vingado de sua paixo exagerada de viver. impossvel sair da sala de cinema sem se perguntar mais uma vez: o que vale mais, a preservao de nossas foras, que garantiria uma vida mais longa, ou a livre procura da mxima intensidade e variedade de experincias? Digo que a pergunta se apresenta mais uma vez porque a questo hoje trivial e, ao mesmo tempo, persecutria. (...) Obedecemos a uma proliferao de regras que so ditadas pelos progressos da preveno. Ningum imagina que comer banha, fumar, tomar pinga, transar sem camisinha e combinar, sei l, nitratos com Viagra seja uma boa idia. De fato no . primeira vista, parece lgico que concordemos sem hesitao sobre o seguinte: no h ou no deveria haver prazeres que valham um risco de vida ou, simplesmente, que valham o risco de encurtar a vida. De que adiantaria um prazer que, por assim dizer, cortasse o galho sobre o qual estou sentado? Os jovens tm uma razo bsica para desconfiar de uma moral prudente e um pouco avara que sugere que escolhamos sempre os tempos suplementares. que a morte lhes parece distante, uma coisa com a qual a gente se preocupar mais tarde, muito mais tarde. Mas sua vontade de caminhar na corda bamba e sem rede no apenas a inconscincia de quem pode esquecer que o tempo no pra. tambm (e talvez sobretudo) um questionamento que nos desafia: para disciplinar a experincia, ser que temos outras razes que no sejam s a deciso de durar um pouco mais? (Contardo Calligaris, Folha de S. Paulo) Embora predomine no texto a linguagem formal, possvel identificar nele marcas de coloquialidade, como as expresses assinaladas em:

Questão 8
2005Português

(FUVEST - 2005 - 2FASE)Considere os seguintes versos, que fazem parte de um poema em que Carlos Drummond de Andrade fala de Guimares Rosa e de sua obra: (...) ou ele mesmo [Guimares Rosa] era a parte de gente servindo de ponte entre o sub e o sobre que se arcabuzeiam de antes do princpio, que se entrelaam para melhor guerra, para maior festa? (arcabuzeiam = lutam com arcabuzes, espingardas) a) A luta entre Augusto Matraga e Joozinho Bem-Bem (do conto A hora e vez de Augusto Matraga) apresenta, conjugados, os aspectos de guerra e de festa referidos nos versos de Drummond. Voc concorda com esta afirmao? Justifique sucintamente. b) O conflito entre Turbio Todo e Cassiano Gomes (do conto Duelo) apresenta essa mesma juno de aspectos de guerra e de festa? Justifique sucintamente.

Questão 9
2005Português

(FUVEST - 2005 - 1 FASE) Texto para as questes. Assim, pois, o sacristo da S, um dia. ajudando a missa, viu entrar a dama, que devia ser sua colaboradora na vida de Dona Plcida. Viu-a outros dias, durante semanas inteiras, gostou, disse-lhe alguma graa, pisou-lhe o p, ao acender os altares, nos dias de festa. Ela gostou dele, acercaram-se, amaram-se. Dessa conjuno de luxrias vadias brotou D. Plcida. de crer que D. Plcida no falasse ainda quando nasceu, mas se falasse podia dizer aos autores de seus dias: Aqui estou. Para que me chamastes? E o sacristo e a sacrist naturalmente lhe responderiam: Chamamos-te para queimar os dedos nos tachos, os olhos na costura, comer mal, ou no comer, andar de um lado para outro, na faina, adoecendo e sarando, com o fim de tornar a adoecer e sarar outra vez, triste agora, logo desesperada, amanh resignada, mas sempre com as mos no tacho e os olhos na costura, at acabar um dia na lama ou no hospital; foi para isso que te chamamos, num momento de simpatia. (Machado de Assis, Memrias Pstumas de Brs Cubas) No trecho acima, Brs Cubas reflete sobre a histria de Dona Plcida, reconhecendo a extrema dureza de sua vida. No contexto do livro, esse reconhecimento revela que Brs Cubas, embora perceba com preciso o desamparo dos pobres, no faz mais que

Questão 9
2005Português

(FUVEST - 2005 - 2FASE)Leia este trecho de A hora da estrela, de Clarice Lispector, no qual Macaba, depois de receber o aviso de que seria despedida do emprego, olha-se ao espelho: Depois de receber o aviso foi ao banheiro para ficar sozinha porque estava toda atordoada. Olhou-se maquinalmente ao espelho que encimava a pia imunda e rachada, cheia de cabelos, o que tanto combinava com sua vida. Pareceu-lhe que o espelho bao e escurecido no refletia imagem alguma. Sumira por acaso a sua existncia fsica? Logo depois passou a iluso e enxergou a cara toda deformada pelo espelho ordinrio, o nariz tornado enorme como o de um palhao de nariz de papelo. Olhou-se e levemente pensou: to jovem e j com ferrugem. a) Neste trecho, o fato de parecer, a Macaba, no se ver refletida no espelho liga-se imediatamente ao aviso de que seria despedida. Projetando essa ausncia de reflexo no contexto mais geral da obra, como voc a interpreta? b) Tambm no contexto da obra, explique por que o narrador diz que Macaba pensou levemente.

Questão 10
2005Português

(FUVEST - 2005 - 1 FASE)Texto para as questes Assim, pois, o sacristo da S, um dia, ajudando missa, viu entrar a dama, que devia ser sua colaboradora na vida de Dona Plcida. Viu-a outros dias, durante semanas inteiras, gostou, disse-lhe alguma graa, pisou--lhe o p, ao acender os altares, nos dias de festa. Ela gostou dele, acercaram-se, amaram-se. Dessa conjuno de luxrias vadias brotou Dona Plcida. de crer que Dona Plcida no falasse ainda quando nasceu, mas se falasse podia dizer aos autores de seus dias: - Aqui estou. Para que me chamastes? E o sacristo e a sacrist naturalmente lhe responderiam: - Chamamos-te para queimar os dedos nos tachos, os olhos na costura, comer mal, ou no comer, andar de um lado para outro, na faina, adoecendo e sarando, com o fim de tornar a adoecer e sarar outra vez, triste agora, logo desesperada, amanh resignada, mas sempre com as mos no tacho e os olhos na costura, at acabar um dia na lama ou no hospital; foi para isso que te chamamos, num momento de simpatia. (Machado de Assis, Memrias pstumas de Brs Cubas) A vida de Dona Plcida, referida no excerto, muito semelhante vida de trabalhos duros e incessantes de Juliana (O primo Baslio), com a diferena de que a personagem de Ea de Queirs

Questão 10
2005Português

(FUVEST - 2005 - 2FASE)Leia o seguinte poema de Alberto Caeiro: Ponham na minha sepultura Aqui jaz, sem cruz, Alberto Caeiro Que foi buscar os deuses... Se os deuses vivem ou no isso convosco. A mim deixei que me recebessem. a) Identifique, no poema, a modalidade religiosa que o poeta rejeita e aquela com que tem maior afinidade. Explique sucintamente. b) Relacione a referncia a deuses (plural), no poema, com o seguinte verso, extrado de outro poema de Alberto Caeiro: A natureza partes sem um todo.

Questão 11
2005Português

(FUVEST - 2005 - 1 FASE)Texto para as questes Assim, pois, o sacristo da S, um dia, ajudando missa, viu entrar a dama, que devia ser sua colaboradora na vida de Dona Plcida. Viu-a outros dias, durante semanas inteiras, gostou, disse-lhe alguma graa, pisou--lhe o p, ao acender os altares, nos dias de festa. Ela gostou dele, acercaram-se, amaram-se. Dessa conjuno de luxrias vadias brotou Dona Plcida. de crer que Dona Plcida no falasse ainda quando nasceu, mas se falasse podia dizer aos autores de seus dias: - Aqui estou. Para que me chamastes? E o sacristo e a sacrist naturalmente lhe responderiam: - Chamamos-te para queimar os dedos nos tachos, os olhos na costura, comer mal, ou no comer, andar de um lado para outro, na faina, adoecendo e sarando, com o fim de tornar a adoecer e sarar outra vez, triste agora, logo desesperada, amanh resignada, mas sempre com as mos no tacho e os olhos na costura, at acabar um dia na lama ou no hospital; foi para isso que te chamamos, num momento de simpatia. (Machado de Assis, Memrias pstumas de Brs Cubas) Tal como narradas neste trecho, as circunstncias que levam ao nascimento de Dona Plcida apresentam semelhana maior com as que conduzem ao nascimento da personagem