(UNESP - 2016 - 1a fase) O mundo seria ordenado demais, harmonioso demais, para que se possa explic-lo sem supor, na sua origem, uma inteligncia benevolente e organizadora. Como o acaso poderia fabricar um mundo to bonito? Se encontrassem um relgio num planeta qualquer, ningum poderia acreditar que ele se explicasse unicamente pelas leis da natureza, qualquer um veria nele o resultado de uma ao deliberada e inteligente. Ora, qualquer ser vivo infinitamente mais complexo do que o relgio mais sofisticado. No h relgio sem relojoeiro, diziam Voltaire e Rousseau. Mas que relgio ruim o que contm terremotos, furaces, secas, animais carnvoros, um sem-nmero de doenas e o homem! A histria natural no nem um pouco edificante. A histria humana tambm no. Que Deus aps Darwin? Que Deus aps Auschwitz? (Andr Comte-Sponville. Apresentao da filosofia, 2002. Adaptado.) Sobre os argumentos discorridos pelo autor, correto afirmar que a existncia de Deus
(UNESP - 2016/2 - 1a fase) Os dolos e noes falsas que ora ocupam o intelecto humano e nele se acham implantados no somente o obstruem a ponto de ser difcil o acesso da verdade, como, mesmo depois de superados, podero ressurgir como obstculo prpria instaurao das cincias, a no ser que os homens, j precavidos contra eles, se cuidem o mais que possam. O homem se inclina a ter por verdade o que prefere. Em vista disso, rejeita as dificuldades, levado pela impacincia da investigao; rejeita os princpios da natureza, em favor da superstio; rejeita a luz da experincia, em favor da arrogncia e do orgulho, evitando parecer se ocupar de coisas vis e efmeras; rejeita paradoxos, por respeito a opinies vulgares. Enfim, inmeras so as frmulas pelas quais o sentimento, quase sempre imperceptivelmente, se insinua e afeta o intelecto. (Francis Bacon. Novum Organum [publicado originalmente em 1620], 1999. Adaptado.) Na histria da filosofia ocidental, o texto de Bacon preconiza
(UNESP - 2016 - 1 FASE) Sob o ponto de vista individual, a corrupo pode ser vista como uma escolha racional, baseada em uma ponderao dos custos e dos benefcios dos comportamentos honesto e corrupto. No tocante s empresas, punir apenas as pessoas, ignorando as entidades, implica adotar, nesse mbito, a teoria da ma podre, como se a corrupo fosse um vcio dos indivduos que as praticaram no seio empresarial. O que constatamos bem diferente disso. A corrupo era, para as empresas envolvidas na operao Lava Jato, um modelo de negcio que majorava o lucro em benefcio de todos. (Entrevista com Deltan Martinazzo Dallagnol [procurador pblico].O Estado de S.Paulo, 18.03.2015. Adaptado.) A corrupo abordada no texto como um problema que pode ser explicado sob um ponto de vista
(UNESP - 2016/2 - 1a fase) Jamais um homem fez algo apenas para outros e sem qualquer motivo pessoal. E como poderia fazer algo que fosse sem referncia a ele prprio, ou seja, sem uma necessidade interna? Como poderia o ego agir sem ego? Se um homem desejasse ser todo amor como aquele Deus, fazer e querer tudo para os outros e nada para si, isto pressupe que o outro seja egosta o bastante para sempre aceitar esse sacrifcio, esse viver para ele: de modo que os homens do amor e do sacrifcio tm interesse em que continuem existindo os egostas sem amor e incapazes de sacrifcio, e a suprema moralidade, para poder subsistir, teria de requerer a existncia da imoralidade, com o que, ento, suprimiria a si mesma. (Friedrich Nietzsche. Humano, demasiado humano, 2005. Adaptado.) A reflexo do filsofo sobre a condio humana apresenta pressupostos
(UNESP - 2016 - 1a fase) Defendo a liberdade de expresso irrestrita, mesmo depois desse trgico evento em que os cartunistas do jornal satrico Charlie Hebdo foram mortos, alm de outras pessoas em um mercado kosher, em Paris. [...] Sou intransigente no que diz respeito liberdade de expresso de cada um: e sou ainda mais intransigente quando matam em nome de Al, de Maom, de Cristo, de comunismo, de nazismo, de fascismo etc. Caricaturar nunca crime. Caneta e lpis no matam. Exageram, humilham, fazem rir, mas no matam. (Gerald Thomas. Quem ri por ltimo ri melhor. Folha de S.Paulo, 17.01.2015.) O argumento defendido no texto est baseado na
(UNESP - 2016/2 - 1a fase) No posso dizer o que a alma com expresses materiais, e posso afirmar que no tem qualquer tipo de dimenso, no longa ou larga, ou dotada de fora fsica, e no tem coisa alguma que entre na composio dos corpos, como medida e tamanho. Se lhe parece que a alma poderia ser um nada, porque no apresenta dimenses do corpo, entender que justamente por isso ela deve ser tida em maior considerao, pois superior s coisas materiais exatamente por isso, porque no matria. certo que uma rvore menos significativa que a noo de justia. Diria que a justia no coisa real, mas um nada? Por conseguinte, se a justia no tem dimenses materiais, nem por isso dizemos que nada. E a alma ainda parece ser nada por no ter extenso material? (Santo Agostinho. Sobre a potencialidade da alma, 2015. Adaptado.) No texto de Santo Agostinho, a prova da existncia da alma
(UNESP - 2016/2 - 1a fase) Os testes de qualidade de gua realizados nos rios atingidos pela lama proveniente do rompimento da barragem de uma mineradora, em Mariana (MG), identificaram metais pesados em propores fora dos parmetros permitidos. Nessas guas, os metais identificados em maior quantidade foram o ferro e o mangans, mas alguns testes tambm apontaram grande quantidade de mercrio. (http://epoca.globo.com. Adaptado.) Assinale a alternativa que apresenta um impacto ambiental esperado decorrente da presena de metais pesados nas guas dos rios atingidos.
(UNESP - 2016 1a fase) Em uma rea, as aves de uma certa espcie alimentavam-se dos insetos queatacavam uma plantao. As aves tambm consumiam cerca de 10% da produo de grosdessa lavoura. Para evitar tal perda, o proprietrio obteve autorizao para a caa s aves(momento A) em sua rea de plantio, mas o resultado, ao longo do tempo, foi uma queda naproduo de gros. A caa s aves foi proibida (momento B) e a produo de gros aumentoua partir de ento, mas no chegou aos nveis anteriores. Ao longo de todo esse processo, a populao do nico predador natural dessas aves tambm foi afetada. No grfico esto representados os momentos A e B e as linhas representam a variao daspopulaes de aves, de insetos que atacam a plantao e de predadores das aves, bem comoa produo de gros, ao longo do tempo. No grfico, as linhas:
(UNESP - 2016/2 - 1a fase) Nas clulas ocorrem reaes qumicas para a sntese de molculas orgnicas necessrias prpria clula e ao organismo. A figura mostra a reao qumica de formao de uma estrutura molecular maior a partir da unio de trs outras molculas menores. Esta reao qumica ocorre no interior da clula durante a
(UNESP - 2016 - 1a fase) A professora distribuiu aos alunos algumas fichas contendo, cada umadelas, uma descrio de caractersticas de uma organela celular. Abaixo, as fichas recebidas por sete alunos. Fernando Giovana Auxlio na formao de clios e flagelos. Associao ao RNAm para desempenhar sua funo. Carlos Rodrigo Sntese de protenas que sero exportadas pela clula. Sntese de alguns glicdios e modificao de protenas, preparando-as para secreo. Mayara Gustavo Digesto de componentes desgastados da prpria clula. Presena de equipamento prprio para sntese de protenas. Lgia Sntese de cidos nucleicos. A professora tambm desenhou na quadra de esportes da escola uma grande clula animal,com algumas de suas organelas (fora de escala), conforme mostra a figura. Ao comando da professora, os alunos deveriam correr para a organela cuja caractersticaestava escrita na ficha em seu poder. Carlos e Mayara correram para a organela indicada pela seta 7; Fernando e Rodrigo correrampara a organela indicada pela seta 5; Giovana e Gustavo correram para a organela indicadapela seta 4; Lgia correu para a organela indicada pela seta 6. Os alunos que ocuparam o lugar correto na clula desenhada foram:
(UNESP - 2016 - 1FASE) Considere as seguintes manchetes, noticiadas por diferentes meios de comunicao no primeiro semestre de 2015: Sobre a relao existente entre esses dois temas, vacina contra dengue e febre chikungunya, correto afirmar que a vacina
(UNESP - 2016/2 - 1a fase) Quatro espcies de micro-organismos unicelulares foram isoladas em laboratrio. Para determinar como esses seres vivos obtinham energia, cada espcie foi inserida em um tubo de ensaio transparente contendo gua e acares como fonte de alimento. Os tubos foram rotulados em 1, 2, 3 e 4, e submetidos ao fornecimento ou no de recursos como gs oxignio (O2 ) e luz. Aps certo tempo, verificou-se a sobrevivncia ou a morte desses organismos nessas condies. Os resultados permitem concluir corretamente que os micro-organismos presentes nos tubos 1, 2, 3 e 4, so, respectivamente,
(UNESP - 2016/2 - 1a fase) Na cobra do milharal, os alelos A/a e B/b regulam a colorao da pele. O pigmento preto determinado pelo alelo dominante A, enquanto o alelo recessivo a no produz esse pigmento. O pigmento laranja determinado pelo alelo dominante B, enquanto o alelo b no produz esse pigmento. A cobra selvagem produz os pigmentos preto e laranja. Cobras pretas produzem apenas pigmento preto. Cobras laranja produzem apenas pigmento laranja. Existem ainda cobras albinas, que no produzem os dois pigmentos. As figuras apresentam os quatro fentipos possveis de colorao da pele. Assinale a alternativa na qual os gentipos representam, respectivamente, uma cobra selvagem e uma cobra albina
(UNESP - 2016 - 1a fase) Considere o seguinte experimento: Um experimento simples consiste em mergulhar a extremidade cortada de um ramo de planta de flores com ptalas brancas em uma soluo colorida. Aps algum tempo, as ptalas dessas flores ficaro coloridas. (Sergio Linhares e Fernando Gewandsznajder. Biologia hoje, 2011.) Considere os mecanismos de conduo de seiva bruta e seiva elaborada nos vegetais. Nesse experimento, o processo que resultou na mudana da cor das ptalas anlogo conduo de
(UNESP - 2016/2 - 1a fase) Um hormnio foi injetado na circulao sangunea de uma pessoa. O grfico mostra como a concentrao de clcio no sangue variou ao longo do tempo aps a injeo. correto afirmar que o hormnio injetado na circulao sangunea dessa pessoa foi