(UNESP - 2018 - 1 FASE) Leia o trecho do livro Bem-vindo ao deserto do real!, de Slavoj Žižek, para responder (s) questo(es) a seguir. Numa antiga anedota que circulava na hoje falecida Repblica Democrtica Alem, um operrio alemo consegue um emprego na Sibria; sabendo que toda correspondncia ser lida pelos censores, ele combina com os amigos: Vamos combinar um cdigo: se uma carta estiver escrita em tinta azul, o que ela diz verdade; se estiver escrita em tinta vermelha, tudo mentira. Um ms depois, os amigos recebem uma carta escrita em tinta azul: Tudo aqui maravilhoso: as lojas vivem cheias, a comida abundante, os apartamentos so grandes e bem aquecidos, os cinemas exibem filmes do Ocidente, h muitas garotas, sempre prontas para um programa o nico seno que no se consegue encontrar tinta vermelha. Neste caso, a estrutura mais refinada do que indicam as aparncias: apesar de no ter como usar o cdigo combinado para indicar que tudo o que est dito mentira, mesmo assim ele consegue passar a mensagem. Como? Pela introduo da referncia ao cdigo, como um de seus elementos, na prpria mensagem codificada. (Bem-vindo ao deserto do real!, 2003) Um ms depois, os amigos recebem uma carta escrita em tinta azul [...]. Assinale a alternativa que expressa, na voz passiva, o contedo dessa orao.
(UNESP - 2018 - 1 FASE) Leia o trecho do livro Bem-vindo ao deserto do real!, de Slavoj Žižek, para responder (s) questo(es) a seguir. Numa antiga anedota que circulava na hoje falecida Repblica Democrtica Alem, um operrio alemo consegue um emprego na Sibria; sabendo que toda correspondncia ser lida pelos censores, ele combina com os amigos: Vamos combinar um cdigo: se uma carta estiver escrita em tinta azul, o que ela diz verdade; se estiver escrita em tinta vermelha, tudo mentira. Um ms depois, os amigos recebem uma carta escrita em tinta azul: Tudo aqui maravilhoso: as lojas vivem cheias, a comida abundante, os apartamentos so grandes e bem aquecidos, os cinemas exibem filmes do Ocidente, h muitas garotas, sempre prontas para um programa o nico seno que no se consegue encontrar tinta vermelha. Neste caso, a estrutura mais refinada do que indicam as aparncias: apesar de no ter como usar o cdigo combinado para indicar que tudo o que est dito mentira, mesmo assim ele consegue passar a mensagem. Como? Pela introduo da referncia ao cdigo, como um de seus elementos, na prpria mensagem codificada. (Bem-vindo ao deserto do real!, 2003.) A introduo da referncia ao cdigo, como um de seus elementos, na prpria mensagem codificada constitui um exemplo de
(UNESP - 2018 - 1 FASE) Na Europa, os artistas continuam a explorar caminhos traados pelos primeiros pintores abstratos. Mas a abstrao desses artistas no geomtrica: sua pintura no representa nenhuma realidade, tampouco procura reproduzir formas precisas. Cada artista inventa sua prpria linguagem. Cores, formas e luz so exploradas, desenvolvidas e invadem as telas. Traos vivos e dinmicos... Para cada um, uma abstrao, um lirismo. (Christian Demilly. Arte em movimentos e outras correntes do sculo XX, 2016. Adaptado.) O comentrio do historiador Christian Demilly aplica-se obra reproduzida em:
(UNESP - 2018 - 2 FASE) Para responder (s) questo(es), leia o trecho inicial do conto Desenredo, do escritor Joo Guimares Rosa (1908-1967). Do narrador a seus ouvintes: J Joaquim, cliente, era quieto, respeitado, bom como o cheiro de cerveja. Tinha o para no ser clebre. Com elas quem pode, porm? Foi Ado dormir, e Eva nascer. Chamando-se Livria, Rivlia ou Irlvia, a que, nesta observao, a J Joaquim apareceu. Antes bonita, olhos de viva mosca, morena mel e po. Alis, casada. Sorriram-se, viram-se. Era infinitamente maio e J Joaquim pegou o amor. Enfim, entenderam-se. Voando o mais em mpeto de nau tangida a vela e vento. Mas muito tendo tudo de ser secreto, claro, coberto de sete capas. Porque o marido se fazia notrio, na valentia com cime; e as aldeias so a alheia vigilncia. Ento ao rigor geral os dois se sujeitaram, conforme o clandestino amor em sua forma local, conforme o mundo mundo. Todo abismo navegvel a barquinhos de papel. No se via quando e como se viam. J Joaquim, alm disso, existindo s retrado, minuciosamente. Esperar reconhecer-se incompleto. Dependiam eles de enorme milagre. O inebriado engano. At que deu-se o desmastreio. O trgico no vem a conta-gotas. Apanhara o marido a mulher: com outro, um terceiro Sem mais c nem mais l, mediante revlver, assustou-a e matou-o. Diz-se, tambm, que de leve a ferira, leviano modo. J Joaquim, derrubadamente surpreso, no absurdo desistia de crer, e foi para o decbito dorsal, por dores, frios, calores, qui lgrimas, devolvido ao barro, entre o inefvel e o infando. Imaginara-a jamais a ter o p em trs estribos; chegou a maldizer de seus prprios e gratos abusufrutos. Reteve-se de v-la. Proibia-se de ser pseudopersonagem, em lance de to vermelha e preta amplitude. Ela longe sempre ou ao mximo mais formosa, j sarada e s. Ele exercitava-se a aguentar-se, nas defeituosas emoes. Enquanto, ora, as coisas amaduravam. Todo fim impossvel? Azarado fugitivo, e como Providncia praz, o marido faleceu, afogado ou de tifo. O tempo engenhoso. Soube-o logo J Joaquim, em seu franciscanato, dolorido mas j medicado. Vai, pois, com a amada se encontrou ela sutil como uma colher de ch, grude de engodos, o firme fascnio. Nela acreditou, num abrir e no fechar de ouvidos. Da, de repente, casaram-se. Alegres, sim, para feliz escndalo popular, por que forma fosse. (Tutameia, 1979.) a) No contexto do conto, explique sucintamente o sentido do trecho Imaginara-a jamais a ter o p em trs estribos (7 pargrafo). b) Transcreva dois pequenos trechos em que se verifica certa insegurana do narrador a respeito dos eventos narrados.
(UNESP - 2018- 1 FASE)Juliana pratica corridas e consegue correr 5,0 km em meia hora. Seu prximo desafio participar da corrida de So Silvestre, cujo percurso de15 km. Como uma distncia maior do que a que est acostumada a correr, seu instrutor orientou que diminusse sua velocidade mdia habitual em 40% durante a nova prova. Se seguir a orientao de seu instrutor, Juliana completar a corrida de So Silvestre em
(UNESP - 2018 - 1 FASE) O cerrado brasileiro conhecido como o bero das guas da Amrica do Sul, pois abastece as grandes bacias hidrogrficas e reservatrios de gua doce do continente. Considerando o conhecimento sobre as guas subterrneas, a rea destacada na figura corresponde ao Sistema Aqufero
(UNESP -2018 - 1 FASE) Esse produto percorreu ampla regio, desde o Morro da Tijuca, no Rio de Janeiro, no primeiro quartel do sculo XIX, at o norte do Paran, onde praticamente cessou sua marcha na dcada de 1970. Nesse perodo, seu percurso deixou marcas significativas na paisagem: vasta rede urbana e densa malha ferroviria, solos empobrecidos pela eroso, florestas dizimadas e extensivas pastagens, quase sempre de baixa produtividade. (Jurandyr L. S. Ross. Ecogeografia do Brasil, 2009. Adaptado.) O excerto refere-se produo do espao brasileiro relacionada ao ciclo econmico
(UNESP - 2018 - 1 FASE) Amigrao de Maom e seus seguidores, em 622, de Meca para Medina permitiu a consolidao da religio muulmana que inclua, entre outros princpios,
(UNESP - 2018/2 - 2 fase - Questo 6) O governo anuncia planos antidesmatamento para a Amaznia, mas a derrubada de rvores s aumenta. Uma explicao a falta de foco no que mais influencia o problema: a grilagem de terras, que se confirmou fator primordial do desmatamento, abrindo novas fronteiras antes mesmo da chegada de atividades econmicas. Para combater esse problema, uma ao concreta e ao alcance do governo seria reverter os estmulos grilagem gerados pela perspectiva de valorizao da terra que atrai fluxos invasores. (Roberto Smeraldi. http://panoramaecologia.blogspot.com.br, 27.08.2007. Adaptado.) a) O que grilagem de terras? Explique a origem dessa expresso no contexto da propriedade de terras. b) Apresente duas aes que valorizam as terras na Amaznia e atraem os fluxos invasores.
(UNESP - 2018 - 2 FASE) Para responder (s) questo(es), leia o trecho inicial do conto Desenredo, do escritor Joo Guimares Rosa (1908-1967). Do narrador a seus ouvintes: J Joaquim, cliente, era quieto, respeitado, bom como o cheiro de cerveja. Tinha o para no ser clebre. Com elas quem pode, porm? Foi Ado dormir, e Eva nascer. Chamando-se Livria, Rivlia ou Irlvia, a que, nesta observao, a J Joaquim apareceu. Antes bonita, olhos de viva mosca, morena mel e po. Alis, casada. Sorriram-se, viram-se. Era infinitamente maio e J Joaquim pegou o amor. Enfim, entenderam-se. Voando o mais em mpeto de nau tangida a vela e vento. Mas muito tendo tudo de ser secreto, claro, coberto de sete capas. Porque o marido se fazia notrio, na valentia com cime; e as aldeias so a alheia vigilncia. Ento ao rigor geral os dois se sujeitaram, conforme o clandestino amor em sua forma local, conforme o mundo mundo. Todo abismo navegvel a barquinhos de papel. No se via quando e como se viam. J Joaquim, alm disso, existindo s retrado, minuciosamente. Esperar reconhecer-se incompleto. Dependiam eles de enorme milagre. O inebriado engano. At que deu-se o desmastreio. O trgico no vem a conta-gotas. Apanhara o marido a mulher: com outro, um terceiro Sem mais c nem mais l, mediante revlver, assustou-a e matou-o. Diz-se, tambm, que de leve a ferira, leviano modo. J Joaquim, derrubadamente surpreso, no absurdo desistia de crer, e foi para o decbito dorsal, por dores, frios, calores, qui lgrimas, devolvido ao barro, entre o inefvel e o infando. Imaginara-a jamais a ter o p em trs estribos; chegou a maldizer de seus prprios e gratos abusufrutos. Reteve-se de v-la. Proibia-se de ser pseudopersonagem, em lance de to vermelha e preta amplitude. Ela longe sempre ou ao mximo mais formosa, j sarada e s. Ele exercitava-se a aguentar-se, nas defeituosas emoes. Enquanto, ora, as coisas amaduravam. Todo fim impossvel? Azarado fugitivo, e como Providncia praz, o marido faleceu, afogado ou de tifo. O tempo engenhoso. Soube-o logo J Joaquim, em seu franciscanato, dolorido mas j medicado. Vai, pois, com a amada se encontrou ela sutil como uma colher de ch, grude de engodos, o firme fascnio. Nela acreditou, num abrir e no fechar de ouvidos. Da, de repente, casaram-se. Alegres, sim, para feliz escndalo popular, por que forma fosse. (Tutameia, 1979.) a) Considere os seguintes provrbios: 1. A desgraa vem sem ser chamada. 2. desgraa ningum foge. 3. At com a desgraa a gente se acostuma. 4. Desgraa pouca bobagem. 5. A desgraa de uns o bem de outros. Qual dos provrbios mais se aproxima da ideia contida em O trgico no vem a conta-gotas. (6 pargrafo)? Justifique sua resposta. b) Reescreva a frase Com elas quem pode, porm? (2 pargrafo), substituindo o pronome elas pelo seu referente e a conjuno porm por outra de sentido equivalente.
(UNESP -2018 - 1 FASE) Entre as manifestaes msticas presentes no Nordeste brasileiro no final do Imprio e nas primeiras dcadas da Repblica, identificam-se
(UNESP - 2018 - 1 FASE) A participao norte-americana na Guerra do Vietn, entre 1961 e 1973, pode ser interpretada como
(UNESP - 2018) TEXTO 1 O positivismo representa amplo movimento de pensamento que dominou grande parte da cultura europeia, no perodo de 1840 at s vsperas da Primeira Guerra Mundial. Nesse contexto, a Europa consumou sua transformao industrial, e os efeitos dessa revoluo sobre a vida social foram macios: o emprego das descobertas cientficas transformou todo o modo de produo. Em poucas palavras, a Revoluo Industrial mudou radicalmente o modo de vida na Europa. E os entusiasmos se cristalizaram em torno da ideia de progresso humano e social irrefrevel, j que, de agora em diante, possuam-se os instrumentos para a soluo de todos os problemas. A cincia pelos positivistas apresentava-se como a garantia absoluta do destino progressista da humanidade. (Giovanni Reale e Dario Antiseri. Histria da filosofia, 1991. Adaptado.) TEXTO 2 O progresso no nem necessrio nem contnuo. A humanidade em progresso nunca se assemelha a uma pessoa que sobe uma escada, acrescentando para cada um dos seus movimentos um novo degrau a todos aqueles j anteriormente conquistados. Nenhuma frao da humanidade dispe de frmulas aplicveis ao conjunto. Uma humanidade confundida num gnero de vida nico inconcebvel, pois seria uma humanidade petrificada. (Claude Lvi-Strauss. A noo de estrutura em etnologia, 1985. Adaptado.) a) Considerando o texto 1, explique o que significa eurocentrismo e por que o conceito de progresso pressuposto pelo positivismo eurocntrico. b) Por que o mtodo empregado pelo autor do texto 2 considerado relativista? Como sua concepo de progresso se ope ao conceito de progresso positivista?
(UNESP - 2018/2 - 2 FASE - Questo 1) Examine a tira do cartunista argentino Quino (1932- ) para responder questo a seguir. a) Na tira, o que cada um dos dois grupos de pessoas representa? b) Em portugus, empregamos a seguinte expresso: o tiro saiu pela culatra. Explicite o sentido dessa expresso e a relacione com a crtica veiculada pela tira.