(UNESP -2018 - 1 FASE) Sou imperfeito, logo existo. Sustento que o ser ou carncia ou no nada. Sustento que uma pessoa com deficincia intelectual um ser com carncias e imperfeies. Sustento que eu, voc e ele somos seres com carncias e imperfeies. Portanto, concluo que ns, os seres humanos, pelo fato de existir, somos TODOS incapazes e capazes intelectualmente. A diferena entre um autista severo e eu o grau de carncia, no a diferena entre o que somos. A razo alterada um tipo de racionalidade diferenciada que considera as pessoas como seres nicos e no categorizados em padres sociais que agrupam as pessoas por nveis, ndices ou coeficientes. (Chema Snchez Alcn. Crtica de la razn alterada. http://losojosdehipatia.com.es, 30.10.2016. Adaptado.) De acordo com o texto, razo alterada
(UNESP - 2018/2 - 1 FASE) A obsesso do Estado por controlar todos os comportamentos dos cidados tem como resultado um enfraquecimento da responsabilidade moral e cvica dos mesmos. A lei deveria ser o ltimo recurso, depois da educao, da tica, da negociao e do compromisso entre os indivduos. agora o primeiro recurso. Imagino potenciais crimes que os filhos dos nossos filhos tero receio de cometer: Crime de imposio de gnero: os pais devero abster-se de identificar o gnero dos filhos tomando como referncia o sexo biolgico dos mesmos. Crime de apropriao cultural: sero severamente punidos os cidados que, alegando interesse cultural ou razes artsticas, se apropriem de prticas e temticas de um grupo tnico a que no pertencem. Crime de envelhecimento pblico: com os avanos da medicina, ser intolervel que um cidado recuse tratamentos/cirurgias para ocultar/reverter o seu processo de envelhecimento, exibindo em pblico as marcas da decadncia fsica ou neurolgica. Crime de interesse sentimental no solicitado: ser punido qualquer adulto que manifeste interesse sentimental no solicitado por outro adulto atravs de sorriso, elogio, convite para jantar etc. O interesse sentimental de um adulto por outro ser mediado por um advogado que apresentar ao advogado da parte desejada as intenes do seu cliente. (Joo Pereira Coutinho. Cinco potenciais crimes que geraes futuras tero receio de cometer. www1.folha.com.br, 21.11.2017. Adaptado.) O perfil antiutpico sugerido pelo autor para o mundo futuro rene tendncias de
(UNESP -2018 - 1 FASE) De um lado, dizem os materialistas, a mente um processo material ou fsico, um produto do funcionamento cerebral. De outro lado, de acordo com as vises no materialistas, a mente algo diferente do crebro, podendo existir alm dele. Ambas as posies esto enraizadas em uma longa tradio filosfica, que remonta pelo menos Grcia Antiga. Assim, enquanto Demcrito defendia a ideia de que tudo composto de tomos e todo pensamento causado por seus movimentos fsicos, Plato insistia que o intelecto humano imaterial e que a alma sobrevive morte do corpo. (Alexander Moreira-Almeida e Saulo de F. Araujo. O crebro produz a mente?: um levantamento da opinio de psiquiatras. www.archivespsy.com, 2015.) A partir das informaes e das relaes presentes no texto, conclui-se que
(UNESP - 2018/2 - 1 FASE) No Brasil, para uma populao 54% negra (includos os pardos), apenas 14% dos juzes e 2% dos procuradores e promotores pblicos so negros. Juzes devem ser imparciais em relao a cor, credo, gnero, e os mais sensveis desenvolvem empatia que lhes permite colocar-se no lugar dos mais desfavorecidos socialmente. Nos Estados Unidos, vrias ONGs dedicam-se a defender rus j condenados. Como resultado do trabalho de apenas uma delas, 353 presos foram inocentados em novos julgamentos desde 1989. Desses, 219 eram negros. No Brasil, uma incgnita o avano social que seria obtido por uma justia cega cor. (Mylene Pereira Ramos. A justia tem cor?. Veja, 24.01.2018. Adaptado.) Sobre o funcionamento da justia, pode-se afirmar que
(UNESP - 2018 - 1 FASE) Texto 1 Victor Frankl descrevia o fantico por dois traos essenciais: a absoro da prpria individualidade na ideologia coletiva e o desprezo pela individualidade alheia. Individualidade a combinao singular de fatores que faz de cada ser humano um exemplar nico e insubstituvel. O que o fantico nega aos demais seres humanos o direito de definir-se nos seus prprios termos. S valem os termos dele. Para ele, em suma, voc no existe como indivduo real e independente. S existe como tipo: amigo ou inimigo. Uma vez definido como inimigo, voc se torna, para todos os fins, idntico e indiscernvel de todos os demais inimigos, por mais estranhos e repelentes que voc prprio os julgue. (Olavo de Carvalho. O mnimo que voc precisa saber para no ser um idiota, 2013. Adaptado.) Texto 2 necessrio questionar a funo de amparo identitrio de todas as formas de organizao de massas partidos, igrejas, sindicatos independente de seu objetivo poltico manifesto, de esquerda ou de direita. No descabido supor que qualquer organizao de massas tenha o potencial de favorecer em seus membros a adeso identidade de vtimas, sendo um srio obstculo luta pela autonomia e pela liberdade de seus membros. (Maria Rita Kehl. Ressentimento, 2015. Adaptado.) Os dois textos
(UNESP - 2018/2 - 1 FASE) O homem que agride mulher aquele que levanta todo dia e sai para trabalhar. Frequenta grupos sociais corriqueiros, como reunies de pais em escolas. Ele se veste e age de forma socialmente aceita. S que, ao chegar em casa, comporta-se de forma violenta para manter a qualquer custo o posto de autoridade mxima, declara a magistrada Teresa Cristina dos Santos. A juza afirma que a violncia contra a mulher a nica forma democrtica de violncia. Vtimas e agressores so encontrados em todos os segmentos da sociedade. Segundo pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina, a despeito de a maioria ter entre 25 e 30 anos e baixa escolaridade, h agressores de todas as idades, condio financeira, nvel de instruo e situao profissional. De acordo com a juza Teresa Cristina, o enfrentamento da violncia contra a mulher passa justamente por essa desmistificao de quem o agressor. Ao contrrio dos crimes comuns, a violncia contra a mulher uma questo cultural. (Adriana Nogueira. Violncia contra a mulher vem do homem comum e pode atingir qualquer uma. www.uol.com.br, 26.09.2017. Adaptado.) A partir do texto, a violncia contra a mulher na sociedade brasileira
(UNESP - 2018/2 - 1 FASE) TEXTO 1 O fato de a exposio Queermuseu ter sofrido uma srie de retaliaes de setores fascistas e reacionrios do Brasil, conhecidos por suas posies homofbicas, racistas e classistas, faz com que seja importante trazer outras camadas para esse debate. Os ataques mostra se deram no somente na internet, mas tambm na prpria exposio onde o pblico visitante era constrangido com a presena de manifestantes a favor do fechamento da exposio. (Tiago SantAna. Queermuseu: a apropriao que acabou em censura. Le Monde Diplomatique, 18.09.2017. Adaptado.) TEXTO 2 A diretora Daniela Thomas apresentou seu filme, Vazante, que fala sobre escravido, no Festival de Braslia do Cinema Brasileiro. Ela foi duramente questionada no debate a partir de questes que no falam de aspectos estticos propriamente, mas sobre procedimentos escolhidos para fazer a obra: voc no incluiu pessoas negras na produo, voc no teve consultoria de negros para o roteiro. Chegou-se a sugerir que Daniela no exibisse o filme comercialmente, que ele no fosse colocado nas salas de cinema. A censura est muito presente e ela no s uma vontade ou um movimento que parte do ponto de vista da direita, mas tambm da esquerda. (Rodrigo Cssio. Conversa entre professores: a censura no tem lado. www.adufg.org.br, 09.11.2017. Adaptado.) A partir da anlise dos textos 1 e 2, depreende-se que ambos os acontecimentos
(UNESP - 2018 - 1 FASE) Os homens, diz antigo ditado grego, atormentam-se com a ideia que tm das coisas e no com as coisas em si. Seria grande passo, em alvio da nossa miservel condio, se se provasse que isso uma verdade absoluta. Pois se o mal s tem acesso em ns porque julgamos que o seja, parece que estaria em nosso poder no o levarmos a srio ou o colocarmos a nosso servio. Por que atribuir doena, indigncia, ao desprezo um gosto cido e mau se o podemos modificar? Pois o destino apenas suscita o incidente; a ns que cabe determinar a qualidade de seus efeitos. (Michel de Montaigne. Ensaios, 2000. Adaptado.) De acordo com o filsofo, a diferena entre o bem e o mal
(UNESP - 2018/2 - 1 FASE) Nada acusa mais uma extrema fraqueza de esprito do que no conhecer qual a infelicidade de um homem sem Deus; nada marca mais uma m disposio do corao do que no desejar a verdade das promessas eternas; nada mais covarde do que fazer-se de bravo contra Deus. Deixem ento essas impiedades para aqueles que so bastante mal nascidos para ser verdadeiramente capazes disso. Reconheam enfim que no h seno duas espcies de pessoas a quem se possam chamar razoveis: ou os que servem a Deus de todo o corao porque o conhecem ou os que o buscam de todo o corao porque no o conhecem. (Blaise Pascal. Pensamentos, 2015. Adaptado.) O pensamento desse filsofo nitidamente influenciado por uma tica
(UNESP - 2018/2 - 1 FASE) Convico a crena de estar na posse da verdade absoluta. Essa crena pressupe que h verdades absolutas, que foram encontrados mtodos perfeitos para chegar a elas e que todo aquele que tem convices se serve desses mtodos perfeitos. Esses trs pressupostos demonstram que o homem das convices est na idade da inocncia, e uma criana, por adulto que seja quanto ao mais. Mas milnios viveram nesses pressupostos infantis, e deles jorraram as mais poderosas fontes de fora da humanidade. Se, entretanto, todos aqueles que faziam uma ideia to alta de sua convico houvessem dedicado apenas metade de sua fora para investigar por que caminho haviam chegado a ela: que aspecto pacfico teria a histria da humanidade! (Nietzsche. Obras incompletas, 1991. Adaptado.) Nesse excerto, Nietzsche
(UNESP -2018 - 1 FASE) Posto que as qualidades que impressionam nossos sentidos esto nas prprias coisas, claro que as ideias produzidas na mente entram pelos sentidos. O entendimento no tem o poder de inventar ou formar uma nica ideia simples na mente que no tenha sido recebida pelos sentidos. Gostaria que algum tentasse imaginar um gosto que jamais impressionou seu paladar, ou tentasse formar a ideia de um aroma que nunca cheirou. Quando puder fazer isso, concluirei tambm que um cego tem ideias das cores, e um surdo, noes reais dos diversos sons. (John Locke. Ensaio acerca do entendimento humano, 1991. Adaptado.) De acordo com o filsofo, todo conhecimento origina-se
(UNESP - 2018/2 - 1 FASE) A resposta das clulas a pulsos eltricos sugere que a membrana plasmtica assemelha-se a um circuito eltrico composto por uma associao paralela entre um resistor (R) e um capacitor (C) conectados a uma fonte eletromotriz (E). A composio por fosfolipdios e protenas que confere resistncia eltrica membrana, enquanto a propriedade de manter uma diferena de potencial eltrico, ou potencial de membrana, comparvel a um capacitor. (Eduardo A. C. Garcia. Biofsica, 2002. Adaptado.) A figura mostra a analogia entre um circuito eltrico e a membrana plasmtica. A diferena de potencial eltrico na membrana plasmtica mantida
(UNESP - 2018/2 - 1 FASE) No interior de uma clula mantida a 40 C ocorreu uma reao bioqumica enzimtica exotrmica. O grfico 1 mostra a energia de ativao (Ea) envolvida no processo e o grfico 2 mostra a atividade da enzima que participa dessa reao, em relao variao da temperatura. Se essa reao bioqumica ocorrer com a clula mantida a 36C a energia de ativao (Ea) indicada no grfico 1 e a velocidade da reao sero, respectivamente,
(UNESP - 2018 - 1 FASE) Marina no menstruou na data prevista e ento comprou um teste para gravidez. A figura ilustra a realizao do teste, que indicou que Marina estaria grvida. No mesmo dia, Marina procurou um laboratrio especializado para realizar o exame sanguneo de gravidez, que confirmou o resultado do teste anterior. Considere o hormnio que evidenciou a gravidez nos dois testes realizados. O resultado positivo indica que a concentrao de
(UNESP - 2018/2 - 1 FASE) A amnia (NH3) obtida industrialmente pelo processo Haber-Bosch, que consiste na reao qumica entre o gs nitrognio proveniente do ar e o gs hidrognio. O processo ocorre em temperaturas superiores a 500 C e presses maiores que 200 atm e pode ser representado pela equao qumica: N2(g) + H2(g) 2NH3(g) A amnia produzida por esse processo tem como uma de suas aplicaes a fabricao de fertilizantes para o aumento da produo agrcola. Na natureza, a amnia tambm produzida tendo o ar como fonte de gs nitrognio, que assimilado