(UNESP - 2018 - 2 FASE) Leia a notcia. O Projeto de Lei n 5 989 de 2009, que originalmente pretende liberar a aquicultura com tilpias e carpas (espcies no nativas no Brasil) em reservatrios de usinas hidreltricas, tramita agora no Senado. [...] Facilitar o uso de espcies no nativas na aquicultura em reservatrios de usinas pode ser altamente prejudicial aos ambientes aquticos brasileiros, j que as represas recebem rios afluentes. Desse modo, os peixes criados ali [...] poderiam chegar a diversos ambientes do pas por esse caminho. (Unespcincia, maio de 2017.) a) Supondo que antes da introduo de espcies no nativas o ambiente j havia atingido sua carga bitica mxima (capacidade limite ou capacidade de carga), explique por que a presena dessas espcies no nativas de peixes pode ser prejudicial aos ambientes aquticos naturais brasileiros. b) Alm das espcies no nativas de peixes, que outros organismos, associados a essas espcies, podem juntamente ser introduzidos nesses ambientes aquticos? Explique o impacto que esses organismos podem causar no tamanho das populaes de peixes locais.
(UNESP - 2018/2 - 1 FASE) Leia o trecho do livro Em casa, de Bill Bryson, para responder s questes de 14 a 17. Quase nada, no sculo XVII, escapava astcia dos que adulteravam alimentos. O acar e outros ingredientes caros muitas vezes eram aumentados com gesso, areia e poeira. A manteiga tinha o volume aumentado com sebo e banha. Quem tomasse ch, segundo autoridades da poca, poderia ingerir, sem querer, uma srie de coisas, desde serragem at esterco de carneiro pulverizado. Um carregamento inspecionado, relata Judith Flanders, demonstrou conter apenas a metade de ch; o resto era composto de areia e sujeira. Acrescentava-se cido sulfrico ao vinagre para dar mais acidez; giz ao leite; terebintina1ao gim. O arsenito de cobre era usado para tornar os vegetais mais verdes, ou para fazer a geleia brilhar. O cromato de chumbo dava um brilho dourado aos pes e tambm mostarda. O acetato de chumbo era adicionado s bebidas como adoante, e o chumbo avermelhado deixava o queijo Gloucester, se no mais seguro para comer, mais belo para olhar. No havia praticamente nenhum gnero que no pudesse ser melhorado ou tornado mais econmico para o varejista por meio de um pouquinho de manipulao e engodo. At as cerejas, como relata Tobias Smollett, ganhavam novo brilho depois de roladas, delicadamente, na boca do vendedor antes de serem colocadas em exposio. Quantas damas inocentes, perguntava ele, tinham saboreado um prato de deliciosas cerejas que haviam sido umedecidas e roladas entre os maxilares imundos e, talvez, ulcerados de um mascate de Saint Giles? O po era particularmente atingido. Em seu romance de 1771, The expedition of Humphry Clinker, Smollett definiu o po de Londres como um composto txico de giz, alume2e cinzas de ossos, inspido ao paladar e destrutivo para a constituio; mas acusaes assim j eram comuns na poca. A primeira acusao formal j encontrada sobre a adulterao generalizada do po est em um livro chamado Poison detected: or frightful truths, escrito anonimamente em 1757, que revelou segundo uma autoridade altamente confivel que sacos de ossos velhos so usados por alguns padeiros, no infrequentemente, e que os ossurios dos mortos so revolvidos para adicionar imundcies ao alimento dos vivos. (Em casa, 2011. Adaptado.) 1 terebintina: resina extrada de uma planta e usada na fabricao de vernizes, diluio de tintas etc. 2 alume: designao dos sulfatos duplos de alumnio e metais alcalinos, com propriedades adstringentes, usado na fabricao de corantes, papel, porcelana, na purificao de gua, na clarificao de acar etc. Em No havia praticamente nenhum gnero que no pudesse ser melhorado ou tornado mais econmico para o varejista por meio de um pouquinho de manipulao e engodo (2o pargrafo), o termo sublinhado est empregado em sentido similar ao do termo sublinhado em:
(UNESP - 2018 - 2 FASE) Em uma pea teatral encenada na escola para um trabalho de biologia, trs personagens mantiveram o seguinte dilogo. Aedes aegypti (mosquito-da-dengue): Estou cansada de ser considerada a vil da dengue. Afinal, tambm sou vtima, tambm sou parasitada. E por culpa dos seres humanos, que me fornecem alimento contaminado! Triatoma infestans (barbeiro): E eu, ento?! So os prprios seres humanos que levam o parasita da doena de Chagas para dentro do prprio corpo. Eu no inoculo nada em ningum. Pulex irritans (pulga): Eu sou ainda mais injustiada! Nem eu nem as outras espcies de pulgas somos capazes de transmitir microrganismos prejudiciais aos seres humanos. Sequer somos parasitas. Mas ainda assim nos associam a doenas, quando o mximo que fazemos provocar uma coceira ou uma dermatite alrgica. a) Dois desses personagens apresentaram argumentaes biologicamente corretas. Cite um desses personagens e explique por que sua argumentao est correta. b) A argumentao de um desses personagens no est biologicamente correta. Cite esse personagem e explique por que sua argumentao no est correta.
(UNESP - 2018/2 - 2 fase - Questo 2) Pesquisadores chineses realizaram o seguinte experimento com cinomolgos (Macaca fascicularis), espcie de macacos do Sudeste Asitico: obtiveram fibroblastos (clulas do tecido conjuntivo) do feto de um macaco e, ao mesmo tempo, extraram vulos de uma macaca adulta e retiraram os ncleos desses vulos. Cada vulo anucleado foi fundido a uma clula de fibroblasto do feto. Uma substncia foi injetada em cada clula reconstituda para reprogramar as molculas de DNA do fibroblasto para retornarem ao estgio embrionrio. Os embries formados foram transferidos para uma macaca me de aluguel, que gestou os embries. No fim do processo, dois filhotes nasceram. (Reinaldo Jos Lopes. www.folha.uol.com.br, 24.01.2018. Adaptado.) a) Como denominada a tcnica empregada no experimento citado? Os dois macacos gerados so geneticamente idnticos ao feto doador dos fibroblastos, macaca doadora de vulos ou macaca que gestou os embries? b) Considerando todas as molculas de DNA presentes nas clulas dos macacos gerados, por que eles apresentam molculas de DNA originrias de diferentes macacos envolvidos no experimento?
(UNESP - 2018 - 1 FASE) Leia o trecho do conto Pai contra me, de Machado de Assis (1839-1908), para responder (s) questo(es). A escravido levou consigo ofcios e aparelhos, como ter sucedido a outras instituies sociais. No cito alguns aparelhos seno por se ligarem a certo ofcio. Um deles era o ferro ao pescoo, outro o ferro ao p; havia tambm a mscara de folha de flandres. A mscara fazia perder o vcio da embriaguez aos escravos, por lhes tapar a boca. Tinha s trs buracos, dois para ver, um para respirar, e era fechada atrs da cabea por um cadeado. Com o vcio de beber, perdiam a tentao de furtar, porque geralmente era dos vintns do senhor que eles tiravam com que matar a sede, e a ficavam dois pecados extintos, e a sobriedade e a honestidade certas. Era grotesca tal mscara, mas a ordem social e humana nem sempre se alcana sem o grotesco, e alguma vez o cruel. Os funileiros as tinham penduradas, venda, na porta das lojas. Mas no cuidemos de mscaras. O ferro ao pescoo era aplicado aos escravos fujes. Imaginai uma coleira grossa, com a haste grossa tambm, direita ou esquerda, at ao alto da cabea e fechada atrs com chave. Pesava, naturalmente, mas era menos castigo que sinal. Escravo que fugia assim, onde quer que andasse, mostrava um reincidente, e com pouco era pegado. H meio sculo, os escravos fugiam com frequncia. Eram muitos, e nem todos gostavam da escravido. Sucedia ocasionalmente apanharem pancada, e nem todos gostavam de apanhar pancada. Grande parte era apenas repreendida; havia algum de casa que servia de padrinho, e o mesmo dono no era mau; alm disso, o sentimento da propriedade moderava a ao, porque dinheiro tambm di. A fuga repetia-se, entretanto. Casos houve, ainda que raros, em que o escravo de contrabando, apenas comprado no Valongo, deitava a correr, sem conhecer as ruas da cidade. Dos que seguiam para casa, no raro, apenas ladinos, pediam ao senhor que lhes marcasse aluguel, e iam ganh-lo fora, quitandando. Quem perdia um escravo por fuga dava algum dinheiro a quem lho levasse. Punha anncios nas folhas pblicas, com os sinais do fugido, o nome, a roupa, o defeito fsico, se o tinha, o bairro por onde andava e a quantia de gratificao. Quando no vinha a quantia, vinha promessa: gratificar-se- generosamente ou receber uma boa gratificao. Muita vez o anncio trazia em cima ou ao lado uma vinheta, figura de preto, descalo, correndo, vara ao ombro, e na ponta uma trouxa. Protestava-se com todo o rigor da lei contra quem o acoitasse. Ora, pegar escravos fugidios era um ofcio do tempo. No seria nobre, mas por ser instrumento da fora com que se mantm a lei e a propriedade, trazia esta outra nobreza implcita das aes reivindicadoras. Ningum se metia em tal ofcio por desfastio ou estudo; a pobreza, a necessidade de uma achega, a inaptido para outros trabalhos, o acaso, e alguma vez o gosto de servir tambm, ainda que por outra via, davam o impulso ao homem que se sentia bastante rijo para pr ordem desordem. (Contos: uma antologia, 1998.) Embora no participe da ao, o narrador intromete-se de forma explcita na narrativa em:
(UNESP - 2018 - 2 FASE)O professor de um cursinho pr-vestibular criou a seguinte estrofe para discutir com seus alunos sobre um dos tipos de clula do tecido sanguneo humano. Eu sou clula passageira Que com o sangue se vai Levando oxignio Para o corpo respirar De acordo com a composio do tecido sanguneo humano e considerando que o termo passageira se refere tanto ao fato de essas clulas serem levadas pela corrente sangunea quanto ao fato de terem um tempo de vida limitado, responda: a) Que clulas so essas e em que rgo de um corpo humano adulto e saudvel so produzidas? b) Considerando a organizao interna dessas clulas, que caracterstica as difere das demais clulas do tecido sanguneo? Em que essa caracterstica contribui para seu limitado tempo de vida, de cerca de 120 dias?
(UNESP - 2018/2 - 2 fase - Questo 3) Bilogos marinhos da Universidade da Califrnia observaram que as algas que se estabelecem prximas a corais das espcies Porites, Pocillopora e Montipora podem secretar polissacardeos em excesso. Esses nutrientes alimentam microrganismos aerbios que se proliferam rapidamente ao redor desses corais, levando-os morte. No entanto, perceberam que os microrganismos no parasitavam os corais nem produziam substncias danosas. Para entender esse fenmeno natural, os bilogos criaram corais em recipientes com e sem algas e descobriram que os corais sobreviviam bem quando as algas estavam ausentes, mas sofriam alta mortalidade quando elas estavam presentes. Em outro conjunto de recipientes, fizeram o mesmo experimento, mas trataram a gua com antibitico. O grfico compara o efeito do antibitico sobre os corais dos recipientes que tambm continham algas. a) A que Reino pertencem os microrganismos presentes no experimento? Cite a relao ecolgica interespecfica direta entre as algas e os microrganismos. b) Na situao analisada, como os microrganismos estavam causando a morte dos corais?
(UNESP - 2018/2 - 1 FASE) Leia o trecho do livroEm casa, de Bill Bryson, para responder s questes de 14 a 17. Quase nada, no sculo XVII, escapava astcia dos que adulteravam alimentos. O acar e outros ingredientes caros muitas vezes eram aumentados com gesso, areia e poeira. A manteiga tinha o volume aumentado com sebo e banha. Quem tomasse ch, segundo autoridades da poca, poderia ingerir, sem querer, uma srie de coisas, desde serragem at esterco de carneiro pulverizado. Um carregamento inspecionado, relata Judith Flanders, demonstrou conter apenas a metade de ch; o resto era composto de areia e sujeira. Acrescentava-se cido sulfrico ao vinagre para dar mais acidez; giz ao leite; terebintina1ao gim. O arsenito de cobre era usado para tornar os vegetais mais verdes, ou para fazer a geleia brilhar. O cromato de chumbo dava um brilho dourado aos pes e tambm mostarda. O acetato de chumbo era adicionado s bebidas como adoante, e o chumbo avermelhado deixava o queijo Gloucester, se no mais seguro para comer, mais belo para olhar. No havia praticamente nenhum gnero que no pudesse ser melhorado ou tornado mais econmico para o varejista por meio de um pouquinho de manipulao e engodo. At as cerejas, como relata Tobias Smollett, ganhavam novo brilho depois de roladas, delicadamente, na boca do vendedor antes de serem colocadas em exposio. Quantas damas inocentes, perguntava ele, tinham saboreado um prato de deliciosas cerejas que haviam sido umedecidas e roladas entre os maxilares imundos e, talvez, ulcerados de um mascate de Saint Giles? O po era particularmente atingido. Em seu romance de 1771,The expedition of Humphry Clinker, Smollett definiu o po de Londres como um composto txico de giz, alume2e cinzas de ossos, inspido ao paladar e destrutivo para a constituio; mas acusaes assim j eram comuns na poca. A primeira acusao formal j encontrada sobre a adulterao generalizada do po est em um livro chamadoPoison detected: or frightful truths, escrito anonimamente em 1757, que revelou segundo uma autoridade altamente confivel que sacos de ossos velhos so usados por alguns padeiros, no infrequentemente, e que os ossurios dos mortos so revolvidos para adicionar imundcies ao alimento dos vivos. (Em casa, 2011. Adaptado.) 1terebintina: resina extrada de uma planta e usada na fabricao de vernizes, diluio de tintas etc. 2alume: designao dos sulfatos duplos de alumnio e metais alcalinos, com propriedades adstringentes, usado na fabricao de corantes, papel, porcelana, na purificao de gua, na clarificao de acar etc. O acetato de chumbo era adicionado s bebidas como adoante (1pargrafo) Preservando-se a correo gramatical e o seu sentido original, essa orao pode ser reescrita na forma:
(UNESP - 2018 - 1 FASE) Leia o trecho do conto Pai contra me, de Machado de Assis (1839-1908), para responder (s) questo(es). A escravido levou consigo ofcios e aparelhos, como ter sucedido a outras instituies sociais. No cito alguns aparelhos seno por se ligarem a certo ofcio. Um deles era o ferro ao pescoo, outro o ferro ao p; havia tambm a mscara de folha de flandres. A mscara fazia perder o vcio da embriaguez aos escravos, por lhes tapar a boca. Tinha s trs buracos, dois para ver, um para respirar, e era fechada atrs da cabea por um cadeado. Com o vcio de beber, perdiam a tentao de furtar, porque geralmente era dos vintns do senhor que eles tiravam com que matar a sede, e a ficavam dois pecados extintos, e a sobriedade e a honestidade certas. Era grotesca tal mscara, mas a ordem social e humana nem sempre se alcana sem o grotesco, e alguma vez o cruel. Os funileiros as tinham penduradas, venda, na porta das lojas. Mas no cuidemos de mscaras. O ferro ao pescoo era aplicado aos escravos fujes. Imaginai uma coleira grossa, com a haste grossa tambm, direita ou esquerda, at ao alto da cabea e fechada atrs com chave. Pesava, naturalmente, mas era menos castigo que sinal. Escravo que fugia assim, onde quer que andasse, mostrava um reincidente, e com pouco era pegado. H meio sculo, os escravos fugiam com frequncia. Eram muitos, e nem todos gostavam da escravido. Sucedia ocasionalmente apanharem pancada, e nem todos gostavam de apanhar pancada. Grande parte era apenas repreendida; havia algum de casa que servia de padrinho, e o mesmo dono no era mau; alm disso, o sentimento da propriedade moderava a ao, porque dinheiro tambm di. A fuga repetia-se, entretanto. Casos houve, ainda que raros, em que o escravo de contrabando, apenas comprado no Valongo, deitava a correr, sem conhecer as ruas da cidade. Dos que seguiam para casa, no raro, apenas ladinos, pediam ao senhor que lhes marcasse aluguel, e iam ganh-lo fora, quitandando. Quem perdia um escravo por fuga dava algum dinheiro a quem lho levasse. Punha anncios nas folhas pblicas, com os sinais do fugido, o nome, a roupa, o defeito fsico, se o tinha, o bairro por onde andava e a quantia de gratificao. Quando no vinha a quantia, vinha promessa: gratificar-se- generosamente ou receber uma boa gratificao. Muita vez o anncio trazia em cima ou ao lado uma vinheta, figura de preto, descalo, correndo, vara ao ombro, e na ponta uma trouxa. Protestava-se com todo o rigor da lei contra quem o acoitasse. Ora, pegar escravos fugidios era um ofcio do tempo. No seria nobre, mas por ser instrumento da fora com que se mantm a lei e a propriedade, trazia esta outra nobreza implcita das aes reivindicadoras. Ningum se metia em tal ofcio por desfastio ou estudo; a pobreza, a necessidade de uma achega, a inaptido para outros trabalhos, o acaso, e alguma vez o gosto de servir tambm, ainda que por outra via, davam o impulso ao homem que se sentia bastante rijo para pr ordem desordem. (Contos: uma antologia, 1998.) Em Protestava-se com todo o rigor da lei contra quem o acoitasse. (4 pargrafo), o termo destacado pode ser substitudo, sem prejuzo de sentido para o texto, por:
(UNESP - 2018 - 1 FASE) Leia o trecho do conto Pai contra me, de Machado de Assis (1839-1908), para responder (s) questo(es). A escravido levou consigo ofcios e aparelhos, como ter sucedido a outras instituies sociais. No cito alguns aparelhos seno por se ligarem a certo ofcio. Um deles era o ferro ao pescoo, outro o ferro ao p; havia tambm a mscara de folha de flandres. A mscara fazia perder o vcio da embriaguez aos escravos, por lhes tapar a boca. Tinha s trs buracos, dois para ver, um para respirar, e era fechada atrs da cabea por um cadeado. Com o vcio de beber, perdiam a tentao de furtar, porque geralmente era dos vintns do senhor que eles tiravam com que matar a sede, e a ficavam dois pecados extintos, e a sobriedade e a honestidade certas. Era grotesca tal mscara, mas a ordem social e humana nem sempre se alcana sem o grotesco, e alguma vez o cruel. Os funileiros as tinham penduradas, venda, na porta das lojas. Mas no cuidemos de mscaras. O ferro ao pescoo era aplicado aos escravos fujes. Imaginai uma coleira grossa, com a haste grossa tambm, direita ou esquerda, at ao alto da cabea e fechada atrs com chave. Pesava, naturalmente, mas era menos castigo que sinal. Escravo que fugia assim, onde quer que andasse, mostrava um reincidente, e com pouco era pegado. H meio sculo, os escravos fugiam com frequncia. Eram muitos, e nem todos gostavam da escravido. Sucedia ocasionalmente apanharem pancada, e nem todos gostavam de apanhar pancada. Grande parte era apenas repreendida; havia algum de casa que servia de padrinho, e o mesmo dono no era mau; alm disso, o sentimento da propriedade moderava a ao, porque dinheiro tambm di. A fuga repetia-se, entretanto. Casos houve, ainda que raros, em que o escravo de contrabando, apenas comprado no Valongo, deitava a correr, sem conhecer as ruas da cidade. Dos que seguiam para casa, no raro, apenas ladinos, pediam ao senhor que lhes marcasse aluguel, e iam ganh-lo fora, quitandando. Quem perdia um escravo por fuga dava algum dinheiro a quem lho levasse. Punha anncios nas folhas pblicas, com os sinais do fugido, o nome, a roupa, o defeito fsico, se o tinha, o bairro por onde andava e a quantia de gratificao. Quando no vinha a quantia, vinha promessa: gratificar-se- generosamente ou receber uma boa gratificao. Muita vez o anncio trazia em cima ou ao lado uma vinheta, figura de preto, descalo, correndo, vara ao ombro, e na ponta uma trouxa. Protestava-se com todo o rigor da lei contra quem o acoitasse. Ora, pegar escravos fugidios era um ofcio do tempo. No seria nobre, mas por ser instrumento da fora com que se mantm a lei e a propriedade, trazia esta outra nobreza implcita das aes reivindicadoras. Ningum se metia em tal ofcio por desfastio ou estudo; a pobreza, a necessidade de uma achega, a inaptido para outros trabalhos, o acaso, e alguma vez o gosto de servir tambm, ainda que por outra via, davam o impulso ao homem que se sentia bastante rijo para pr ordem desordem. (Contos: uma antologia, 1998.) A perspectiva do narrador diante das situaes e dos fatos relacionados escravido marcada, sobretudo,
(UNESP - 2018 - 2 FASE) A alpaca uma liga metlica constituda por cobre (61%)zinco (20%)e nquel (19%).Essa liga conhecida como metal branco ou liga branca, razo pela qual muitas pessoas a confundem com a prata. A tabela fornece as densidades dos metais citados. a) A alpaca uma mistura homognea ou heterognea? Que caracterstica da estrutura metlica explica o fato de essa liga ser condutora de corrente eltrica. b) A determinao da densidade pode ser utilizada para se saber se um anel de prata ou de alpaca? Justifique sua resposta apenas por meio da comparao de valores, sem recorrer a clculos.
(UNESP - 2018/2 - 1 FASE) Leia o trecho do livro Em casa, de Bill Bryson, para responder s questes de 14 a 17. Quase nada, no sculo XVII, escapava astcia dos que adulteravam alimentos. O acar e outros ingredientes caros muitas vezes eram aumentados com gesso, areia e poeira. A manteiga tinha o volume aumentado com sebo e banha. Quem tomasse ch, segundo autoridades da poca, poderia ingerir, sem querer, uma srie de coisas, desde serragem at esterco de carneiro pulverizado. Um carregamento inspecionado, relata Judith Flanders, demonstrou conter apenas a metade de ch; o resto era composto de areia e sujeira. Acrescentava-se cido sulfrico ao vinagre para dar mais acidez; giz ao leite; terebintina1ao gim. O arsenito de cobre era usado para tornar os vegetais mais verdes, ou para fazer a geleia brilhar. O cromato de chumbo dava um brilho dourado aos pes e tambm mostarda. O acetato de chumbo era adicionado s bebidas como adoante, e o chumbo avermelhado deixava o queijo Gloucester, se no mais seguro para comer, mais belo para olhar. No havia praticamente nenhum gnero que no pudesse ser melhorado ou tornado mais econmico para o varejista por meio de um pouquinho de manipulao e engodo. At as cerejas, como relata Tobias Smollett, ganhavam novo brilho depois de roladas, delicadamente, na boca do vendedor antes de serem colocadas em exposio. Quantas damas inocentes, perguntava ele, tinham saboreado um prato de deliciosas cerejas que haviam sido umedecidas e roladas entre os maxilares imundos e, talvez, ulcerados de um mascate de Saint Giles? O po era particularmente atingido. Em seu romance de 1771, The expedition of Humphry Clinker, Smollett definiu o po de Londres como um composto txico de giz, alume2e cinzas de ossos, inspido ao paladar e destrutivo para a constituio; mas acusaes assim j eram comuns na poca. A primeira acusao formal j encontrada sobre a adulterao generalizada do po est em um livro chamado Poison detected: or frightful truths, escrito anonimamente em 1757, que revelou segundo uma autoridade altamente confivel que sacos de ossos velhos so usados por alguns padeiros, no infrequentemente, e que os ossurios dos mortos so revolvidos para adicionar imundcies ao alimento dos vivos. (Em casa, 2011. Adaptado.) 1terebintina: resina extrada de uma planta e usada na fabricao de vernizes, diluio de tintas etc. 2alume: designao dos sulfatos duplos de alumnio e metais alcalinos, com propriedades adstringentes, usado na fabricao de corantes, papel, porcelana, na purificao de gua, na clarificao de acar etc. Em Quase nada, no sculo XVII, escapava astcia dos que adulteravam alimentos (1pargrafo), o termo sublinhado um verbo
(UNESP - 2018 - 2 FASE) No cultivo hidropnico, a composio da soluo nutritiva deve ser adequada ao tipo de vegetal que se pretende cultivar. Uma soluo especfica para o cultivo do tomate, por exemplo, apresenta as seguintes concentraes de macronutrientes: (Maria C. L. Braccini et al. Semina: Cincias agrrias, maro de 1999.) Durante o desenvolvimento das plantas, necessrio um rgido controle da condutividade eltrica da soluo nutritiva, cuja queda indica diminuio da concentrao de nutrientes. tambm necessrio o controle do pH dessa soluo que, para a maioria dos vegetais, deve estar na faixa de 5,0a 6,5. a) Por que a soluo nutritiva para o cultivo hidropnico de tomate condutora de eletricidade? Calcule a quantidade, em mmol,do elemento nitrognio presente em 1,0 Ldessa soluo. b) Considere que 1,0 Lde uma soluo nutritiva a 25oC,inicialmente com pH = 6,0,tenha, em um controle posterior, apresentado o valor mnimo tolervel de pH = 4,0.Nessa situao, quantas vezes variou a concentrao de ons H+(aq)?Sabendo que o produto inico da gua, Kw,a 25oC, igual a 1,0x10-14,calcule as quantidades, em mol, de ons OH-(aq)presentes, respectivamente, na soluo inicial e na soluo final.
(UNESP - 2018 - 2 FASE) A regenerao do cido sulfrico (H2SO4)em geral no economicamente vantajosa, mas uma imposio das leis ambientais. Nessa regenerao, normalmente se utiliza o cido proveniente de snteses orgnicas, que est diludo e contaminado. (Mariana de Mattos V. M. Souza. Processos inorgnicos, 2012. Adaptado.) O processo de regenerao feito em trs etapas principais: Etapa I Etapa II Etapa III a) Classifique as etapas I e II como endotrmica ou exotrmica. b) Calcule a massa mnima de SO3(g)que deve reagir completamente com gua para obteno de 98 gde H2SO4(l)na etapa III. Dados: H = 1; S = 32; O = 16.
(UNESP - 2018 - 2 FASE) A pilha Ag - Zn bastante empregada na rea militar (submarinos, torpedos, msseis), sendo adequada tambm para sistemas compactos. A diferena de potencial desta pilha de cerca de 1,6 V temperatura ambiente. As reaes que ocorrem nesse sistema so: No ctodo: No nodo: Reao global: (Cristiano N. da Silva e Julio C. Afonso. Processamento de pilhas do tipo boto. Qum. Nova, vol. 31, 2008. Adaptado.) a) Identifique o eletrodo em que ocorre a semirreao de reduo. Esse eletrodo o polo positivo ou o negativo da pilha? b) Considerando a reao global, calcule a razo entre as massas de zinco e de xido de prata que reagem. Determine a massa de prata metlica formada pela reao completa de 2,32 gde xido de prata.