(UNESP - 2021- 1 fase - DIA 2) Observe a gravura de Isidore-Stanislas Helman (1743-1806) O evento representado na imagem mostra
(UNESP - 2021 - 1 FASE) O importante trabalho de fazer um alfinete dividido em mais ou menos dezoito operaes distintas. Vi uma pequena fbrica que s empregava dez operrios e onde, em consequncia, alguns deles eram encarregados de duas ou trs operaes. Mas, embora a fbrica fosse muito pobre e, por isso, mal aparelhada, quando em atividade, eles conseguiam fazer cerca de doze libras de alfinetes por dia: ora, cada libra contm mais de quatro mil alfinetes de tamanho mdio. Assim, esses dez operrios podiam fazer mais de quarenta e oito mil alfinetes por dia de trabalho; logo, se cada operrio fez um dcimo desse produto, podemos dizer que fez, num dia de trabalho, mais de quatro mil e oitocentos alfinetes. Mas, se todos tivessem trabalhado parte e independentemente uns dos outros, e se eles no tivessem sido moldados a essa tarefa particular, cada um deles no teria feito, com certeza, vinte alfinetes. (Adam Smith. A riqueza das naes (1776). Apud: Andr Gorz. Crtica da diviso do trabalho, 1980. Adaptado.) Considerando que uma libra equivale a aproximadamente 450 gramas, o texto indica que
(UNESP - 2021 - 1 FASE) Artigo 1 Todos os escravos, que entrarem no territrio ou portos do Brasil, vindos de fora, ficam livres [...]. Artigo 2 Os importadores de escravos no Brasil incorrero na pena corporal do artigo cento e setenta e nove do Cdigo Criminal, imposta aos que reduzem escravido pessoas livres [...]. (Lei de 7 de novembro de 1831. https://camara.leg.br.) A Lei de 7 de novembro de 1831, tambm conhecida como Lei Feij,
(UNESP 2021 - 2 fase) Os meios de transporte e comunicao em massa, as mercadorias, casa, alimento e roupa, a produo irresistvel da indstria de diverses e informao trazem consigo atitudes e hbitos prescritos, certas reaes intelectuais e emocionais que prendem os consumidores mais ou menos agradavelmente aos produtores e, atravs destes, ao todo. Os produtos doutrinam e manipulam; [] E, ao ficarem esses produtos benficos disposio de maior nmero de indivduos e de classes sociais, a doutrinao que eles portam deixa de ser publicidade; torna-se um estilo de vida. (Herbert Marcuse. A ideologia da sociedade industrial: o homem unidimensional, 1973.) Marcuse critica o modelo de produo da sociedade industrial, que, segundo o texto, se expressa na
(UNESP - 2021- 1 fase - DIA 2) O processo de independncia na Amrica espanhola, ocorrido nas primeiras dcadas do sculo XIX,
(UNESP - 2021 - 1 FASE) O reconhecimento do territrio africano empreendido pelas campanhas de explorao e pelas misses religiosas foi facilitador de uma verdadeira invaso de mercadores europeus nas caravanas e rotas de comrcio que ligavam diferentes pontos do continente. Muitos desses mercadores comearam a controlar algumas redes de comrcio, criando novos sistemas de autoridade que no passavam mais por lderes africanos. De incio, isso no representou nenhum tipo de perigo para as elites africanas, que j estavam acostumadas a negociar com rabes, indianos e com os prprios europeus. No entanto, no decorrer do sculo, os europeus se tornaram senhores das principais rotas comerciais do litoral africano, inclusive as que ligavam as cidades orientais com o continente asitico. (Yna Lopes dos Santos. Histria da frica e do Brasil afrodescendente, 2017.) Ao avaliar a presena europeia no continente africano ao longo do sculo XIX, o texto caracteriza
(UNESP 2021 - 2 fase) Texto 1 O significado do termo kosmos para os gregos pr-socrticos liga-se diretamente s ideias de ordem, harmonia e mesmo beleza. [] O cosmo assim o mundo natural, bem como o espao celeste, enquanto realidade ordenada de acordo com certos princpios racionais. A ideia bsica de cosmo , portanto, a de uma ordenao racional, uma ordem hierrquica, em que certos elementos so mais bsicos, e que se constitui de forma determinada, tendo a causalidade como lei principal. (Danilo Marcondes. Iniciao histria da filosofia, 2010.) Texto 2 Quando a filosofia, pela mo de Scrates, desceu do cu terra, na sugestiva expresso de Ccero, o homem passou a ser o centro das indagaes dos pensadores gregos. Plato atribui ao mestre a busca obsessiva do ser e do saber humanos. (Joo Pedro Mendes. Consideraes sobre humanismo. Hvmanitas, vol. XLVII, 1995.) Os textos caracterizam uma mudana importante na histria do pensamento filosfico, trazida pela filosofia de Scrates e que se expressou
(UNESP - 2021- 1 fase - DIA 2) No que dizia respeito ao Estado a ser construdo, genericamente o modelo disponvel era aquele que prevalecia no mundo ocidental. Tratava-se de organizar um aparato poltico-administrativo com jurisdio sobre um territrio definido, que exercia as competncias de ditar as normas que deveriam regrar todos os aspectos da vida na sociedade, cobrar compulsoriamente tributos para financi-lo e s suas polticas, exercer o poder punitivo para aqueles que no respeitassem as normas por ele ditadas. (Miriam Dolhnikoff. Histria do Brasil imprio, 2019.) O texto refere-se organizao poltica do Brasil aps a independncia, em 1822. O novo Estado brasileiro foi baseado em padres
(UNESP - 2021 - 1 FASE) O processo de formao e consolidao dos Estados nacionais na Amrica hispnica, nas duas primeiras dcadas do sculo XIX, envolveu
(UNESP - 2021- 1 fase - DIA 2) A classificao das raas em superiores e inferiores, recorrente desde o sculo XVII, ganha uma falsa legitimidade baseada no mito iluminista do saber cientfico, coincidindo com a necessria justificativa de que a dominao e a explorao da frica, mais do que naturais e inevitveis, eram necessrias para desenvolver os selvagens africanos, de acordo com as normas e os valores da civilizao ocidental. (Leila Leite Hernandez. A frica na sala de aula: visita histria contempornea, 2005.) As teorias raciais utilizadas durante o processo de colonizao da frica no sculo XIX eram
(UNESP 2021 - 2 fase) Texto 1 S reconhecerei um sistema como emprico ou cientfico se ele for passvel de comprovao pela experincia. Essas consideraes sugerem que deve ser tomada como critrio de demarcao [] a falseabilidade de um sistema. Em outras palavras, no exigirei que um sistema cientfico seja suscetvel de ser dado como vlido, de uma vez por todas, em sentido positivo; exigirei, porm, que sua forma lgica seja tal que se torne possvel valid-lo por meio de recurso a provas empricas, em sentido negativo: deve ser possvel refutar, pela experincia, um sistema cientfico emprico. (Karl Popper. A lgica da pesquisa cientfica, 2001.) Texto 2 Imagine um dia em que a humanidade soubesse de tudo. Todos os detalhes do surgimento e da evoluo do Universo, da vida e da inteligncia fossem conhecidos. E a, o que fariam os cientistas nesse dia? [] Essa noo de que existe uma resposta final empobrece o conhecimento em vez de enriquec-lo, afirma o fsico Marcelo Gleiser. Porque justamente o no saber, a ideia de estar sempre buscando, que nutre nossa curiosidade. (Salvador Nogueira. No h respostas finais na cincia, diz Marcelo Gleiser. www.folha.uol.com.br, 11.08.2014.) De acordo com os textos, para assegurar a validade do conhecimento produzido, necessrio que a cincia
(UNESP - 2021- 1 fase - DIA 2) Para Oswald, o primitivo estar associado ao pensamento selvagem como questionamento do pensamento iluminista e como proposta de valorizao do pensamento selvagem local ao qual viria se acrescentar a incorporao contempornea da tcnica. (Viviana Gelado. Poticas da transgresso: vanguarda e cultura popular nos anos 20 na Amrica Latina, 2006.) O primitivismo expresso no Manifesto da Poesia Pau-Brasil, lanado por Oswald de Andrade em 1924, pode ser associado
(UNESP 2021 - 2 fase) O tema do mal, em Hannah Arendt, no tem como pano de fundo a malignidade, a perverso ou o pecado humano. A novidade da sua reflexo reside justamente em evidenciar que os seres humanos podem realizar aes inimaginveis, do ponto de vista da destruio e da morte, sem qualquer motivao maligna. O pano de fundo do exame da questo, em Arendt, o processo de naturalizao da sociedade ocorrido na contemporaneidade. O mal abordado, desse modo, na perspectiva tico-poltica e no na viso moral ou religiosa. O mal banal caracteriza-se pela ausncia do pensamento. Essa ausncia provoca a privao de responsabilidade. O praticante do mal banal no se interroga sobre o sentido da sua ao ou dos acontecimentos ao seu redor. (Odlio Alves Aguiar. Violncia e banalidade do mal. www.revistacult.uol.com.br, 14.03.2010. Adaptado.) Depreende-se do texto que a banalidade do mal na contemporaneidade resulta, segundo Hannah Arendt,
(UNESP - 2021 - 1 FASE) A poltica dos governadores considerada a ltima etapa da montagem do sistema oligrquico ou liberalismo oligrquico, que permitiu, de forma duradoura, o controle do poder central pela oligarquia cafeeira. (Carlos Alberto Ungaretti Dias. Poltica dos governadores. https://cpdoc.fgv.br.) A afirmao do texto pode ser justificada pelo fato de que essa poltica
(UNESP 2021 - 2 fase) A figura mostra uma sequncia que representa as fases de transformao do milho em pipoca quando aquecido. (www.vivianrauh.com.br) O fenmeno de transformao do milho em pipoca ocorre pelo aquecimento e vaporizao da gua em seu interior. A presso exercida pelo vapor rompe a superfcie rgida e selada do milho, e o calor provoca a expanso de parte do seu contedo interno, o que origina a parte branca da pipoca, leve, porosa e crocante. Para que o milho se transforme em pipoca, necessrio que a presso do vapor dgua rompa a superfcie rgida da casca