(PUC/CAMP - 2017) As colônias que se formaram na América portuguesa tiveram, desde o século XVI, o caráter de sociedades escravistas. Com o passar do tempo, consolidaram-se em todas elas algumas práticas relacionadas à escravidão que ajudaram a cimentar a unidade e a própria identidade dos colonos luso-brasileiros. Dentre essas práticas, ressalta-se a combinação entre um avultado tráfico negreiro gerido a partir dos portos brasileiros e altas taxas de alforria.
BERBEL, Márcia; MARQUESE, Rafael e PARRON, Tâmis. Escravidão e política. Brasil e Cuba, c. 1790-1850. São Paulo: Hucitec/Fapesp. 2010. p. 178-179.
Os holandeses, durante o governo de Maurício de Nassau, lançaram mão de algumas estratégias ao se relacionarem com os colonos luso-brasileiros durante o período em que dominaram parte do Nordeste brasileiro, no século XVII. Dentre essas estratégias, incluem-se
a busca do controle do tráfico negreiro a partir de um entreposto na África do Sul, a expropriação dos engenhos de açúcar mais produtivos e a difusão do calvinismo aos colonos luso-brasileiros.
o estímulo à imigração holandesa para o nordeste brasileiro, a limpeza étnica da porção urbana da região ocupada e a expansão da cultura canavieira para o Suriname.
o controle das rotas comerciais no Atlântico, a implantação do trabalho livre em sua área de influência, e a formação de uma colônia judaica na região do Maranhão.
o estabelecimento de redes de comércio com os produtores de uma vasta região da costa nordestina, certa tolerância religiosa e a manutenção das relações escravistas.
a formação de um exército antilusitano de alforriados em Recife, o estabelecimento de alianças com os espanhóis e a concessão de créditos aos colonos protestantes.