TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Para responder à(s) questão(ões) a seguir, considere o texto abaixo.
(...) o romantismo no Brasil não foi apenas um projeto estético, mas também um movimento cultural e político, profundamente ligado ao nacionalismo. Diferente do movimento alemão de finais do século XIX, tão bem descrito por Norbert Elias, o nacionalismo brasileiro, pintado com as cores do lugar, partiu sobretudo das elites cariocas, que, associadas à monarquia, esforçavam-se em chegar a uma emancipação em termos culturais. Os temas eram nacionais, mas a cultura, em vez de popular, era cada vez mais palaciana (...). Atacados de frente por um historiador como Varhagen, que os chamava de “patriotas caboclos”, os indianistas brasileiros ganharam, porém, popularidade e tiveram sucesso nesse contexto na imposição da representação romântica do indígena como símbolo nacional.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. As barbas do imperador. D. Pedro II, um monarca nos trópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 139-140.
(Puccamp 2017) No final do XIX, as regiões de população germânica (que posteriormente integrariam a Alemanha) assaram por um processo de formação de um Estado nacional. Esse processo foi caracterizado
pela ratificação, por meio de um amplo plebiscito, da decisão de que a língua e a cultura alemã fossem consideradas “nacionais” em todas as regiões habitadas por povos da raça ariana.
pela adesão das elites burguesas vinculadas a diferentes estados ao movimento cultural do romantismo, que se impôs com forte carga nacionalista e como forma de a jovem burguesia de Viena se contrapor às velhas aristocracias alemãs.
por violentas guerras travadas entre o exército da Prússia, liderado por Bismarck, contra a França e a Áustria para consolidar um Império Alemão sob o comando de Guilherme I.
pelo apoio dos Habsburgos à formação de um império vizinho que irmanasse as duas principais regiões de língua alemã (Alemanha e Áustria) a fim de consolidar uma aliança política entre Estados distintos, porém ancorada na identidade comum possibilitada pela cultura germânica.
pelo impacto positivo da reformulação de leis alfandegárias que contribuíram para criar um próspero “mercado comum alemão”, favorecendo o desenvolvimento da região e estimulando o nacionalismo popular que resultaria em movimentos revolucionários camponeses pró-unificação.