(UNICAMP - 2024) Um deles viu umas contas brancas de rosrio, acenou que lhas dessem e divertiu-se muito com elas. Enrolou-as ao pescoo, depois tirou-as e embrulhou-as no brao, e acenava para a terra e depois para as contas, e em seguida para o colar do capito, dando a entender que eles dariam ouro por aquilo. Isto ns entendamos assim porque queramos. Mas se ele queria dizer que levaria as contas e mais o colar, isto ns no queramos entender, porque no lho daramos. (CAMINHA, Pero Vaz de. Carta de Achamento do Brasil. Campinas: Editora da UNICAMP, p. 108, 2001.) Em seu relato de viagem, Pero Vaz de Caminha
(UNICAMP - 2024) Em 1921, Mrio de Andrade, escrevendo a srie de artigos Mestres do passado, publicados no Jornal do Comrcio (edio de So Paulo), observou: Tarde [de Olavo Bilac] foi uma promessa de anos seguidos. Tais so, to salientes os artifcios e to repetidos que muito bem provam o esforo do poeta decado da poesia e a sua parca inspirao (...). (ANDRADE, M. Mestres do passado Olavo Bilac. In: BRITO, M.S. Histria do modernismo brasileiro. Antecedentes da Semana de Arte Moderna. 5.ed. Rio de Janeiro: Civilizao Brasileira, p. 288-289, 1978.) Relacione, ao poema a seguir, o trecho da crtica anterior, assinalando a alternativa que coincide com a ideia geral de Mrio sobre a obra de Bilac. As estrelas Olavo Bilac Desenrola-se a sombra no regaço Da morna tarde, no esmaiado anil; Dorme, no ofego do calor febril, A natureza, mole de cansaço. Vagarosas estrelas! passo a passo, O aprisco desertando, às mil e às mil, Vindes do ignoto seio do redil Num compacto rebanho, e encheis o espaço... E, enquanto, lentas, sobre a paz terrena, Vos tresmalhais tremulamente a flux, Uma divina música serena Desce rolando pela vossa luz: Cuida-se ouvir, ovelhas de ouro: a avena Do invisível pastor que vos conduz... (BILAC, Olavo. Tarde. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves, p. 42-43, 1919.) Esmaiado: esmaecido, plido Aprisco: curral Redil: curral para o gado ovino ou caprino; rebanho de ovelhas Tresmalhar: Afastar-se, perder-se do rebanho Flux: fluxo Avena: flauta pastoril
(UNICAMP - 2024) Leia as duas citaes a seguir, extradas do incio e do final de O Ateneu: Lembramo-nos, entretanto, com saudade hipcrita, dos felizes tempos; como se a mesma incerteza de hoje, sob outro aspecto, no nos houvesse perseguido outrora e no viesse de longe a enfiada das decepes que nos ultrajam. Eufemismo, os felizes tempos, eufemismo apenas, igual aos outros que nos alimentam, a saudade dos dias que correram como melhores. Bem considerando, a atualidade a mesma em todas as datas. Feita a compensao dos desejos que variam, das aspiraes que se transformam, alentadas perpetuamente do mesmo ardor, sobre a mesma base fantstica de esperanas, a atualidade uma (...). Aqui suspendo a crnica das saudades. Saudades verdadeiramente? Puras recordaes, saudades talvez, se ponderarmos que o tempo a ocasio passageira dos fatos, mas sobretudo o funeral para sempre das horas. (POMPEIA, Raul. O Atheneu (Chronica de saudades). Rio de Janeiro: Tipografia de Gazeta de Notcias, p 3-4 e 368, 1888.) Com base nessas duas citaes, possvel afirmar que, ao fim da narrativa de Srgio sobre sua vida no colgio, o narrador
(UNICAMP - 2023- 1 fase) Texto 1 Texto 2 Cracolndia vive 30 anos de eterno retorno Represso droga no faz mais do que dispersar usurios; especialistas cobram articulao de polticas Ela surgiu na Santa Efignia, nos cruzamentos da rua dos Gusmes com as pequenas ruas dos Protestantes e do Triunfo, logo atrs da Estao Ferroviria da Luz, no centro de So Paulo. E h quase 30 anos, migra de um quarteiro para outro, em modo constante, se esparramando pelos bairros vizinhos. A itinerncia da maior cena aberta de uso de crack e outras drogas do pas, batizada de cracolndia nos anos 1990, fruto ora de um jogo de esconde-esconde, a partir do mando do crime organizado, ora do empurra-empurra das operaes policiais que incidem sobre ela, onde quer que esteja. (Adaptado de MENA, Fernanda, Cracolndia vive 30 anos de eterno retorno. Folha de So Paulo, 4 jun. 2022, p. B4.) Indique a alternativa que apresenta palavras ou termos do Texto 2 diretamente relacionados a elementos representados na charge (Texto 1).
(UNICAMP - 2023- 2 fase) Chargistas fizeram, a convite, releituras da obra de Pedro Amrico, publicadas no Caderno Especial Independncia 200, da Folha de So Paulo, em 7 de setembro de 2022. Leia o depoimento e a charge da Laerte publicados nesse Caderno. Texto 1 Texto 2 Conheci o quadro numa visita escolar ao Museu Paulista, devia ter 10 anos. Me deram uma mquina fotogrfica (parecia uma caixa, abria e se colocava o filme l dentro). Algum tinha colocado pra mim um filme de 36 poses. Fiz fotos de tudo que me pareceu lindo ou importante, a pintura do Pedro Amrico fazia parte. No final da visita, dei uma olhada num pequeno visor que mostrava quantas fotos tinham sido batidas e quantas faltavam para o filme terminar. Abri a mquina pra conferir. Algum me alertou, mas era tarde. Perdi todas, pobre Pedro Amrico. Da pra frente no consigo pensar no quadro sem lembrar as tecnologias que tanto me desorientam. (Adaptado) Texto 3 a) Explique por que a charge (texto 3) pode ser considerada uma releitura da obra de Pedro Amrico (texto 1). Fundamente sua explicao com elementos da charge. b)Transcreva o trecho do texto 2 que traduz o sentimento da Laerte em relao ao quadro, aps a visita ao Museu Paulista. Como esse sentimento se reflete na releitura que faz do quadro?
(UNICAMP - 2023- 1 fase) Papo Preto: Vamos falar sobre transfeminismo? Neste episdio do podcast Papo Preto, o apresentador Yago Rodrigues e a cinegrafista Dbora Oliveira recebem Jarda Maria, que se tornou smbolo da luta pelos direitos das transexuais em Recife aps ingressar na Universidade Federal de Pernambuco. Ela fala sobre os desafios de ocupar e se manter no ambiente acadmico e da importncia de compreender o que o transfeminismo. Jarda explica que o conceito de transfeminismo ou feminismo trans surge nos EUA quando foi percebido que as pautas discutidas no feminismo no abarcavam a situao das mulheres trans e travestis. Ela diz que h muita cobrana em cima da comunidade de transexuais e travestis sobre os motivos e as causas da violncia que sofrem todos os dias, mas as respostas devem partir da sociedade, que deve praticar a no violncia e dar exemplos. Ns j estamos preocupadas em pensar esses meios de sobrevivncia, que as pessoas que movimentam a transfobia pensem os movimentos de enfrentamento. A transfobia e a travestifobia so problemticas cisgneras e no nossa. Ns somos vtimas desse processo, afirma Jarda. (PAPO PRETO 69: Vamos falar sobre transfeminismo? [Locuo de] Yago Rodrigues. S. I. Ecoa Produes, 09/03/2020. Podcast. Disponvel em https://uol.com.br/ecoa/videos/2022/03/09/papo-preto-69-vamos-falar-sobre-transfeminism0.htm. Acesso em 20/10/2022.) Sobre as ocorrncias do item trans no texto, podemos afirmar que
(UNICAMP - 2023- 2 fase) sobre isso e (no) est tudo bem De tanto que o bordo se espalhou, os brasileiros querem saber: o to falado sobre isso sobre o qu? A frase est por todo lado e em qualquer contexto e sua principal funo parece ser confirmar o que foi dito anteriormente. H quem no suporte mais ouvi-lo. Como que prevendo essa discordncia entre adeptos e detratores, os usurios da expresso passaram a acrescentar e t tudo bem ao final da frase. Segundo Luana de Conto, professora de Lingustica na UFPR, a peculiaridade do bordo o uso do isso como termo coringa, que remete a entidades abstratas. Essa abstrao permite que se encaixe em basicamente qualquer assunto. O isso pode s vezes retomar um fato, uma afirmao, e todo um contexto comunicativo, explica de Conto. O bordo pode tambm ser associado a uma cultura de positividade. Para mim, a frase remete a algo positivo, sim diz a influenciadora Larissa Tomsia, que participou do BBB22. Ela conforta. Uso em todos os meus vdeos nas redes sociais. Tanta positividade pode no ser muito... positivo. Frases feitas repetidas exausto podem acabar escondendo sentimentos como a tristeza e a dor. Hoje, com as redes sociais, h uma necessidade de mostrar que estamos sempre bem o tempo todo diz Larissa Polejack Brambatti, professora da UnB e especialista em sade mental. - S que ningum est sempre bem. preciso tomar cuidado com uma cultura de no entrar em contato com os sentimentos. (Adaptado de TORRES, Bolvar. O Globo, Segundo Caderno, p. A1-A2, 24/04/2022.) a)A partir do exemplo mencionado no texto e dos seus conhecimentos, defina o que um bordo. O que teria facilitado, de acordo com o texto, o uso de sobre isso como um bordo? b)O texto menciona vises distintas sobre os usos de sobre isso. Quais so essas vises? Como o texto remete implicitamente a tais vises antes de explicit-las?
(UNICAMP - 2023- 2 fase) O livro Tarde (1919), de Olavo Bilac, abriga um de seus sonetos mais conhecidos, Lngua Portuguesa, transcrito a seguir. Dcadas depois, Caetano Veloso evocou esse poema na cano Lngua, da qual citamos, tambm abaixo, a primeira parte e o refro: Lngua Portuguesa ltima flor do Lcio, inculta e bela, s, a um tempo, esplendor e sepultura: Ouro nativo, que na ganga impura A bruta mina entre os cascalhos vela... Amo-te assim, desconhecida e obscura, Tuba de alto clangor, lira singela, Que tens o trom e o silvo da procela, E o arrolo da saudade e da ternura! Amo o teu vio agreste e o teu aroma De virgens selvas e de oceano largo! Amo-te, rude e doloroso idioma, Em que da voz materna ouvi: meu filho! E em que Cames chorou, no exlio amargo, O gnio sem ventura e amor sem brilho! * ganga: material sem valor comercial, misturado aos minrios que se buscam no processo de minerao. ** clangor: som forte e agudo de alguns instrumentos de sopro. *** trom: estrondo **** procela: forte tempestade martima ***** arrolo: canto para adormecer crianas (BILAC, Olavo. Tarde. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1919, p. 16-17.) Lngua Gosto de sentir a minha lngua roar a lngua de Lus de Cames Gosto de ser e de estar E quero me dedicar a criar confuses de prosdias E uma profuso de pardias Que encurtem dores E furtem cores como camalees Gosto do Pessoa na pessoa Da rosa no Rosa E sei que a poesia est para a prosa Assim como o amor est para a amizade E quem h de negar que esta lhe superior? E quem h de negar que esta lhe superior? E deixe os Portugais morrerem mngua Minha ptria minha lngua Fala Mangueira! Fala! Flor do Lcio Sambdromo Lusamrica Latim em p O que quer O que pode esta lngua? (...) (VELOSO, Caetano. Album Vel, Philips LP, 1984.) a)Considerando o poema Lngua Portuguesa, de Bilac, identifique os paradoxos nos versos s, a um tempo, esplendor e sepultura e Amo-te, rude e doloroso idioma. A seguir, explique o conflito que eles expressam. b) Comparando os textos de Olavo Bilac e de Caetano Veloso, identifique e explique uma das formas pelas quais o segundo autor revisita o primeiro.
(UNICAMP - 2023- 1 fase) Leia o texto a seguir para responder s questes 3 e 4. Quebrando o silncio dos hospcios Stella do Patrocnio, apesar de ser reconhecida postumamente como poeta, nunca se definiu assim e no escreveu nenhuma das linhas que esto no livro Reino dos bichos e dos animais o meu nome, pelo qual ficou conhecida. A potncia de suas palavras se encontra no seu falatrio (como chamava suas falas), que foi preservado em fitas de udio pela artista plstica Carla Guagliardi. As conversas entre as duas foram gravadas durante oficinas de arte para pacientes psiquitricos, entre 1986 e 1988, e o livro, publicado muitos anos depois da morte de Patrocnio, um recorte de frases dela, transcritas desses dilogos. As falas de Patrocnio so de uma mulher negra e pobre que foi levada fora pela polcia e internada, no Centro Pedro 2 e depois na Colnia Juliano Moreira, no Rio de Janeiro, onde ficou por trinta anos; quando morreu, foi enterrada como indigente. A histria de Patrocnio a histria de milhares de vtimas que foram encarceradas nos hospcios brasileiros por serem consideradas desajustadas. Em sua maioria negras. Ali, elas sofreram abusos, violncias e torturas, alm de serem abandonadas pelo Estado. (Adaptado de: Quebrando o silncio dos hospcios. Quatro cinco um, 05/2022, p. 27.) Examinando a relao do ttulo com o corpo do excerto da reportagem de revista, o que representa a quebra do silncio dos hospcios?
(UNICAMP - 2023- 1 fase) Leia o texto a seguir para responder s questes 3 e 4. Quebrando o silncio dos hospcios Stella do Patrocnio, apesar de ser reconhecida postumamente como poeta, nunca se definiu assim e no escreveu nenhuma das linhas que esto no livro Reino dos bichos e dos animais o meu nome, pelo qual ficou conhecida. A potncia de suas palavras se encontra no seu falatrio (como chamava suas falas), que foi preservado em fitas de udio pela artista plstica Carla Guagliardi. As conversas entre as duas foram gravadas durante oficinas de arte para pacientes psiquitricos, entre 1986 e 1988, e o livro, publicado muitos anos depois da morte de Patrocnio, um recorte de frases dela, transcritas desses dilogos. As falas de Patrocnio so de uma mulher negra e pobre que foi levada fora pela polcia e internada, no Centro Pedro 2 e depois na Colnia Juliano Moreira, no Rio de Janeiro, onde ficou por trinta anos; quando morreu, foi enterrada como indigente. A histria de Patrocnio a histria de milhares de vtimas que foram encarceradas nos hospcios brasileiros por serem consideradas desajustadas. Em sua maioria negras. Ali, elas sofreram abusos, violncias e torturas, alm de serem abandonadas pelo Estado. (Adaptado de: Quebrando o silncio dos hospcios. Quatro cinco um, 05/2022, p. 27.) Com base ainda no texto, falatrio pode ser considerado como
(UNICAMP - 2023- 2 fase) Aps reler o pargrafo final de O ateneu, de Raul Pompeia, responda s questes abaixo: L estava; em roda amontoavam-se figuras torradas de geometria, aparelhos de cosmografia partidos, enormes cartas murais em tiras, queimadas, enxovalhadas, vsceras dispersas das lies de anatomia, gravuras quebradas da histria santa em quadros, cronologias da histria ptria, ilustraes zoolgicas, preceitos morais pelo ladrilho, como ensinamentos perdidos, esferas terrestres contundidas, esferas celestes rachadas; borra, chamusco por cima de tudo: despojos negros da vida, da histria, da crena tradicional, da vegetao de outro tempo, lascas de continentes calcinados, planetas exorbitados de uma astronomia morta, sis de ouro destronados e incinerados. (POMPEIA, Raul. O Ateneu. So Paulo: Publifolha,1997, p. 218.) a) Identifique o principal recurso estilstico da prosa de Raul Pompia neste trecho e explique como essa tcnica responsvel por criar uma certa atmosfera de destruio da escola O Ateneu, frequentada pelo jovem Srgio. b) Relacione o trecho acima com a crtica institucional que o romance realiza, comentando o episdio central do desfecho.
(UNICAMP - 2023- 1 fase) O texto apresenta a reproduo de uma postagem em Twitter do ilustrador e quadrinista Paulo Bruno. Considerando o texto e as duas imagens do tute, assinale a alternativa que melhor descreve o sentido de interpretao nesse contexto particular de uso.
(UNICAMP - 2023- 2 fase) A palavra aporofobia, ainda no dicionarizada, definida pela Academia Brasileira de Letras como: s.f. repdio, averso ou desprezo pelos pobres ou desfavorecidos; hostilidade para com pessoas em situao de pobreza ou misria. [Do grego -poros, pobre, desamparado, sem recursos + -fobia.] (Disponvel em https://www.academia.org.br/nossa-lingua/nova-palavra/aporofobia. Acesso em 08/09/2022.) Atualmente, a palavra tem sido usada para denunciar no s atitudes individuais, mas tambm arquiteturas, discursos e movimentos que expressem averso aos mais pobres. Quando essa luta se espalhou pelas redes sociais, o Padre Jlio Lancellotti passou a usar o termo em suas falas e a receber imagens de situaes aporofbicas, trazendo luz a um debate at ento invisvel. Padre Jlio cita um exemplo: Se o Gil do Vigor sentar l na porta da vitrine de um shopping, algum vai chamar a polcia para tir-lo? No, mas se for um catador de papel, ele nem vai entrar no shopping. O Gil negro e o catador negro. Por que um pode sentar e outro no? (Adaptado de BORGES, Thas. A gente banaliza a crueldade, diz padre Jlio Lancellotti, sobre averso a pobres. Correio 24horas. 22/01/2022.) a) As imagens 1 e 2 denunciam formas de aporofobia. Diga qual o tipo de aporofobia em cada caso, recorrendo, em sua explicao, a elementos das imagens. b)Voc deseja se posicionar, nas suas redes sociais, a respeito da matria. Assuma a voz do catador de papel envolvido na situao relatada e responda pergunta do Padre Jlio Lancelotti. Esse texto dever ter entre 40 e 50 palavras. Ateno: no copie trechos da matria.
(UNICAMP - 2024) Em sua pgina nas redes sociais, @sebastiao.salgados criou o Festival Miojo Literrio (Instagram) em comemorao ao Dia do Escritor (#sebastiaoseriesescritores). O desafio era que seus seguidores assumissem a mscara discursiva de um(a) escritor(a) literrio(a) para narrar o ato de comer um miojo. A primeira provocao se deu com a seguinte postagem: Voc escritora? Sou sim. Ento fala: Comi um miojo. Vrios seguidores toparam o desafio, como, por exemplo, o internauta @aldanuzio, que assumiu ser o poeta Gonalves Dias, e escreveu: Texto 1 Minha terra tem miojo E no de Sabi galinha caipira Tempero que aqui no h. Em cismar sozinho noite No sabes prazer que me d O fervor em trs minutos Macarro melhor no h. Texto 2 Cano do exlio (Gonalves Dias) Minha terra tem palmeiras Onde canta o Sabi, As aves, que aqui gorjeiam, No gorjeiam como l. ... Em cismar, sozinho, noite, Mais prazer encontro eu l; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabi... a) Considerando as formas de intertextualidade entre o tema comer um miojo e o poema de Gonalves Dias, pode-se dizer que a produo do internauta uma parfrase ou uma pardia? Justifique sua resposta, com base nos textos 1 e 2. b) Para este Vestibular Unicamp 2024, voc leu a obra literria Alice no pas das maravilhas, de Lewis Carroll. Aceite o desafio de @sebastiao.salgados, entre no pas das maravilhas e elabore um dilogo em discurso direto, entre o Coelho Branco e o Chapeleiro Maluco. O dilogo deve mostrar ao menos uma caracterstica de cada um dos personagens, o Coelho e o Chapeleiro, com mnimo de 3 e mximo de 5 linhas.
(UNICAMP - 2023- 1 fase) Voc provavelmente j encontrou pelas redes sociais o famigerado #sqn, aquele jeito telegrfico de dizer que tal coisa muito legal, s que no. Agora, imagine uma lngua diferente do portugus que tenha incorporado um conceito parecido na prpria estrutura das palavras, criando o que foi apelidado de sufixo frustrativo. Bom, assim no kotiria, um idioma da famlia lingustica tukano falado por indgenas do Alto Rio Negro, na fronteira do Brasil com a Colmbia. Para exprimir a funo frustrativa, o kotiria usa um sufixo com a forma -ma. Voc quer dizer que foi at um lugar sem conseguir o que queria indo at l? Basta pegar o verbo ir, que waa em kotiria, e acrescentar o sufixo: waama, ir em vo. (Adaptado de: LOPES, R. J. L. A sofisticao das lnguas indgenas. Superinteressante, 18/11/2021.) O excerto, retirado de uma revista de jornalismo cientfico, exemplifica um processo de formao de palavras na lngua indgena kotiria e o compara com o uso da hashtag #sqn. correto afirmar que essa comparao