(UNICAMP - 2009 - 2 FASE - Questo 3) sabido que as histrias de Chico Bento so situadas no universo rural brasileiro a) Explique o recurso utilizado para caracterizar o modo de falar das personagens na tira. b) possvel afirmar que esse modo de falar caracterizado na tira exclusivo do universo rural brasileiro? Justifique.
(UNICAMP - 2009 - 2 FASE - Questo 4) Em transmisso de um jornal noturno televisivo (RedeTV, 7/10/2008), um jornalista afirmou: No h uma s medida que o governo possa tomar. a) Considerando que h duas possibilidades de interpretao do enunciado acima, construa uma parfrase para cada sentido possvel de modo a explicit-los. b) Compare o enunciado citado com: No h uma medida que s o governo possa tomar. O termo s tem papel fundamental na interpretao de um e outro enunciado. Descreva como funciona o termo em cada um dos enunciados. Explique.
(UNICAMP - 2009 - 2 FASE - Questo 5) Calvin personagem de uma conhecida tirinha americana traduzida para vrias lnguas. a) A primeira tira uma traduo portuguesa e a segunda, uma traduo brasileira. D um exemplo de uma diferena sinttica entre a traduo do portugus europeu e a do portugus brasileiro. Descreva essa diferena. b) Explique a diferena de sentido entre os verbos ter e haver em Tem que haver um jeito melhor de fazer ele comer!, na segunda tirinha.
(UNICAMP - 2009 - 2 FASE - Questo 6) Encontram-se, abaixo, a transcrio de parte de uma transmisso de jogo de futebol, trecho de uma cano e uma manchete de notcia a) Nos trs textos ocorrem verbos no tempo presente. Entretanto, seu uso descreve as aes de formas diferentes. Compare o uso do presente nos textos 1 e 2, e mostre a diferena. Faa o mesmo com os textos 2 e 3. Explique. b) O encadeamento narrativo do texto 1 construdo pela alternncia entre verbos no presente e no passado. Justifique a presena exclusiva do passado no ltimo pargrafo, considerando que se trata de uma transmisso de jogo de futebol.
(UNICAMP - 2009 - 2 FASE - Questo 7) Na seguinte cena do Auto da Barca do Inferno, o Corregedor e o Procurador dirigem-se Barca da Glria, depois de se recusarem a entrar na Barca do Inferno: a) De que pecado o Parvo acusa o homem de leis (Corregedor)? Este o nico pecado de que ele acusado na pea? b) Com que propsito o latim empregado pelo Corregedor? E pelo Parvo?
(UNICAMP - 2009 - 2 FASE - Questo 8) Leia, abaixo, a letra de uma cano de Chico Buarque inspirada no romance de Jos de Alencar, Iracema uma lenda do Cear: a) Que papel desempenha Iracema no romance de Jos de Alencar? E na cano de Chico Buarque? b) Uma das interpretaes para o nome da herona do romance de Jos de Alencar de que seja um anagrama de Amrica. Isto , o nome da herona possui as mesmas letras de Amrica dispostas em outra ordem. Partindo dessa interpretao, explique o que distingue a referncia Amrica no romance daquela que feita na cano.
(UNICAMP - 2009 - 2 FASE - Questo 9) Leia o seguinte captulo do romance Dom Casmurro, de Machado de Assis: a) Explique a metfora empregada pelo narrador, neste captulo, para caracterizar sua imaginao. b) De que maneira a imaginao de Bentinho, assim caracterizada, se relaciona com a temtica amorosa neste captulo? E no romance?
(UNICAMP - 2009 - 2 FASE - Questo 10) No poema abaixo, Alberto Caeiro compara o trabalho do poeta com o do carpinteiro: a) Por que tal comparao feita? Por que ela rejeitada pelo eu lrico na segunda estrofe do poema? b) Identifique duas caractersticas prprias da viso de mundo de Alberto Caeiro presentes na terceira estrofe. Justifique sua resposta.
(UNICAMP - 2009 - 2 FASE - Questo 11) Carlos Drummond de Andrade reescreve a famosa Cano do exlio de Gonalves Dias, na qual o poeta romntico idealiza a terra natal distante: a) Alm de expatriao, a palavra exlio significa tambm lugar longnquo e isolamento do convvio social. Quais palavras expressam estes dois ltimos significados no poema de Drummond? b) Como o eu lrico imagina o lugar para onde quer voltar?
(UNICAMP - 2009 - 2 FASE - Questo 12) Conversa de Bois, de Guimares Rosa, narra acontecimentos de uma viagem no carro-de-bois, em que esto o carreador Agenor Soronho, Tiozinho e o corpo de seu pai morto. O trecho abaixo reproduz um dos dilogos entre os bois: a) Explique o sentido das expresses bezerro-de-homem e babando gua dos olhos. Relacione-as com o enredo. b) Explique a expresso homem-do-pau-comprido-com-o-marimbondo-na-ponta. Que caracterstica do carreador Agenor Soronho ela busca evidenciar?
(UNICAMP - 2008 - 2fase - Questo 10) O poema abaixo pertence aO Guardador de Rebanhos, de Alberto Caeiro: Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo.... Por isso a minha aldeia to grande como outra terra qualquer Porque eu sou do tamanho do que vejo E no do tamanho da minha altura... Nas cidades a vida mais pequena Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro. Na cidade as grandes casas fecham a vista chave, Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe de todo o cu, Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos nos podem dar, E tornam-nos pobres porque a nossa nica riqueza ver. (Fernando Pessoa, Obra Potica. Rio de Janeiro: Editora Nova Aguilar, 1983, p.142.) O trecho abaixo pertence ao captulo VIII de A cidade e as serras, em que se narra a viagem de Jacinto a Tormes. Trepvamos ento alguma ruazinha de aldeia, dez ou doze casebres, sumidos entre figueiras, onde se esgaava, fugindo do lar pela telha-v o fumo branco e cheiroso das pinhas. Nos cerros remotos, por cima da negrura pensativa dos pinheirais, branquejavam ermidas. O ar fino e puro entrava na alma, e na alma espalhava alegria e fora. Um esparso tilintar de chocalhos de guizos morria pelas quebradas... Jacinto adiante, na sua gua rua, murmurava: - Que beleza ! E eu atrs, no burro de Sancho, murmurava: - Que beleza ! Frescos ramos roavam os nossos ombros com familiaridade e carinho. (Ea de Queiroz, Obra Completa. Beatriz Berrini (org.). Rio de Janeiro: Editora Nova Aguilar, 1997, Vol.II, pp. 561, grifos nossos.) a) O que o trecho revela da viso de Jacinto sobre a aldeia e que afinidade existe entre essa viso e a de Alberto Caeiro no poema da questo anterior. b) Explique a relao entre o protagonista e a paisagem nas duas frases sublinhadas.
(UNICAMP - 2008 - 2fase - Questo 12) O trecho abaixo pertence ao captulo XXII (Empenhos), de Memrias de um Sargento de Milcias. Isto tudo vem para dizermos que Maria-Regalada tinha um verdadeiro amor ao Major Vidigal; o Major pagava-lho na mesma moeda. Ora, D. Maria era uma das camaradas mais do corao de Maria-Regalada. Eis a porque falando delaD. Maria e a comadre se mostraram to esperanadas a respeito da sorte do Leonardo. J naquele tempo (e dizem que defeito do nosso) o empenho, o compadresco, era uma mola real de todo o movimento social. (Manuel Antonio de Almeida, Memrias de um Sargento de Milcias. Mamede Mustaf Jarouche (org.). Cotia: Ateli Editorial, 2000, p.319.) a) Explique o defeito a que o narrador se refere. b) Relacione o defeito com esse episdio, que envolveu o Major Vidigal e as trs mulheres.
(UNICAMP - 2008 - 2fase - Questo 5) Um chamado Joo Joo era fabulista? fabuloso? fbula? Serto mstico disparando no exlio da linguagem comum? Projetava na gravatinha a quinta face das coisas inenarrvel narrada? Um estranho chamado Joo para disfarar, para farar o que no ousamos compreender? (...) Mgico sem apetrechos, civilmente mgico, apelador de precpites prodgios acudindo a chamado geral? (...) Ficamos sem saber o que era Joo e se Joo existiu deve pegar. (Carlos Drummond de Andrade, em Correio da Manh, 22/11/1967, publicado em Rosa, J. G. Sagarana. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.) Na segunda estrofe, h dois processos muito interessantes de associao de palavras. Em inenarrvel/narrada encontramos claramente um processo de derivao. Em disfarar/farar, temos a sugesto de um processo semelhante, embora farar no conste dos dicionrios modernos. a) Relacione o significado de inenarrvel com o processo de sua formao; e o de farar, na relao sugerida no poema, com disfarar. b) Explique como esses processos contribuem na construo dos sentidos dessa estrofe.
(UNICAMP - 2008 - 2fase - Questo 1) a) No primeiro quadrinho, a meno a palavres constri uma expectativa que quebrada no segundo quadrinho. Mostre como ela produzida, apontando uma expresso relacionada a palavres, presente no primeiro quadrinho, que ajuda na construo dessa expectativa. b) No segundo quadrinho, o cmico se constri justamente pela quebra da expectativa produzida no quadrinho anterior. Entretanto, embora a relao pressuposta no primeiro quadrinho se mantenha, ela passa a ser entendida num outro sentido, o que produz o riso. Explique o que se mantm e o que alterado no segundo quadrinho em termos de pressupostos e relaes entre as palavras.
(UNICAMP - 2008 - 2fase - Questo 2) A carta abaixo reproduzida foi publicada em outubro de 2007, aps declarao sobre a legalizao do aborto feita por Srgio Cabral, governador do Estado do Rio de Janeiro. Sobre a declarao do governador fluminense, Srgio Cabral, deque as mes faveladas so uma fbrica de produzir marginais,cabe indagar: essas mes produzem marginais apenas quando do luz ou tambm quando votam? (Juarez R. Venitez, Sacramento-MG, seo Painel do Leitor, Folha de So Paulo, 29/10/2007.) a) H uma forte ironia produzida no texto da carta. Destaque a parte do texto em que se expressa essa ironia. Justifique. b) Nessa ironia, marca-se uma crtica declarao do governador do Rio de Janeiro. Entretanto, em funo da presena de uma construo sinttica, a crtica no incorre em uma oposio. Indique a construo sinttica que relativiza essa crtica. Justifique.