(UNESP - 2018/2 - 2 FASE - Questo 2) Leia o poema de Murilo Mendes (1901-1975) para responder (s) questo(es) a seguir. O pastor pianista Soltaram os pianos na plancie deserta Onde as sombras dos pssaros vm beber. Eu sou o pastor pianista, Vejo ao longe com alegria meus pianos Recortarem os vultos monumentais Contra a lua. Acompanhado pelas rosas migradoras 1Apascento os pianos: gritam E transmitem o antigo clamor do homem Que reclamando a contemplao, Sonha e provoca a harmonia, Trabalha mesmo fora, E pelo vento nas folhagens, Pelos planetas, pelo andar das mulheres, Pelo amor e seus contrastes, Comunica-se com os deuses. (As metamorfoses, 2015.) 1apascentar: vigiar no pasto; pastorear. a) Explique por que se pode afirmar que o verso inicial desse poema opera uma perturbao ou quebra do discurso lgico. b) Sem prejuzo para o sentido dos versos, que expresses poderiam substituir os termos onde (2 verso da 1 estrofe) e pelo (4 verso da 3 estrofe), respectivamente?
(UNESP - 2018/2 - 2 fase - Questo 8) Leia o trecho da entrevista a seguir: Agora, os Estados Unidos integram, ao lado de Sria e Nicargua, o grupo de pases que no aderem ao Acordo. Qual o impacto? Com relao s emisses, Sria e Nicargua no tm muita importncia, so pases pequenos. Os EUA estavam frente do processo de regulamentao do Acordo e agora esto como os ltimos da fila, no grupo dos que negam uma pauta considerada por quase todos os lderes do planeta. um retrocesso. (Ana Luiza Baslio. www.cartaeducacao.com.br, 02.06.2017. Adaptado.) a) Identifique o Acordo abordado pelo excerto e seu principal objetivo. b) Cite dois exemplos de como os pases podem alcanar as metas propostas por esse Acordo.
(UNESP - 2018) Dogmatismo vem da palavra grega dogma, que significa: uma opinio estabelecida por decreto e ensinada como uma doutrina, sem contestao. O dogmatismo uma atitude autoritria e submissa. Autoritria porque no admite dvida, contestao e crtica. Submissa porque se curva a opinies estabelecidas. A cincia distingue-se do senso comum porque esta uma opinio baseada em hbitos, preconceitos, tradies cristalizadas, enquanto a cincia baseia-se em pesquisas, investigaes metdicas e sistemticas e na exigncia de que as teorias sejam internamente coerentes e digam a verdade sobre a realidade. (Marilena Chaui. Convite filosofia, 1994. Adaptado.) a) Cite duas implicaes polticas do dogmatismo. b) Do ponto de vista da objetividade, explique por que o conhecimento cientfico superior ao senso comum.
(UNESP -2018 - 1 FASE) Ao longo da evoluo dos vertebrados, alguns grupos passaram a explorar o ambiente terrestre, o que demandou adaptaes que permitissem o desenvolvimento do embrio nesse novo ambiente. A mais emblemtica dessas adaptaes talvez seja o mnio, razo pela qual os rpteis (incluindo as aves) e os mamferos so chamados de amniotas. A importncia do mnio est em
(UNESP - 2018/2 - 2 FASE- Questo 7) Leia o trecho do livro O maior espetculo da Terra, do bilogo britnico Richard Dawkins (1941- ), para responder (s) questo(es). A seleo natural impele espcies predadoras a tornarem-se cada vez melhores em apanhar presas, e simultaneamente impele espcies que so caadas a tornarem-se cada vez melhores em escapar dos caadores. Predadores e presas apostam uma corrida armamentista evolucionria, disputada no tempo evolucionrio. O resultado tem sido uma constante escalada na quantidade de recursos econmicos que os animais, dos dois lados, despendem na corrida armamentista, em detrimento de outros departamentos de sua economia corporal. Caadores e caados tornam-se cada vez mais bem equipados para correr mais do que (ou surpreender, ou sobrepujar em astcia etc.) o outro lado. Mas um equipamento aprimorado para correr mais no se traduz obviamente em mais sucesso numa corrida, pela simples razo de que, numa corrida armamentista, o outro lado tambm est aprimorando seu equipamento: essa a marca registrada das corridas armamentistas. Poderamos dizer, como explicou a Rainha de Copas a Alice, que eles correm o mais rpido possvel para no sair do lugar. Darwin tinha plena noo das corridas armamentistas evolucionrias, embora no usasse essa expresso. Meu colega John Krebs e eu publicamos um artigo sobre o tema em 1979, no qual atribumos a expresso corrida armamentista ao bilogo britnico Hugh Cott. Talvez significativamente, Cott publicou seu livro, Adaptive coloration in animals, em 1940, em plena Segunda Guerra Mundial: Antes de afirmar que a aparncia enganosa de um gafanhoto ou borboleta desnecessariamente detalhada, devemos verificar primeiro quais so os poderes de percepo e discriminao dos inimigos naturais desses insetos. No faz-lo como dizer que a blindagem de um cruzador pesada demais ou que seu conjunto de canhes demasiado grande, sem investigar a natureza e a eficcia do armamento do inimigo. O fato que, na primeva1 luta da selva, assim como nos refinamentos da guerra civilizada, vemos em progresso uma grande corrida armamentista evolucionria cujos resultados, para a defesa, manifestam-se em recursos como velocidade, estado de alerta, couraa, colorao, hbitos subterrneos, hbitos noturnos, secrees venenosas e gosto nauseante; e, para o ataque, em atributos compensadores como velocidade, surpresa, emboscada, atrao, acuidade visual, garras, dentes, ferres, presas venenosas e colorao atrativa. Assim como a velocidade do perseguido desenvolveu-se em relao a um aumento na velocidade do perseguidor, ou uma couraa defensiva em relao a armas ofensivas, tambm a perfeio de recursos de disfarce evoluiu em resposta a poderes crescentes de percepo. Saliento que a corrida armamentista disputada no tempo evolucionrio. No deve ser confundida com as corridas entre, por exemplo, um guepardo individual e uma gazela individual, que disputada em tempo real. A corrida no tempo evolucionrio uma corrida que desenvolve equipamento para as corridas em tempo real. E o que isso realmente significa que os genes para produzir o equipamento destinado a vencer o adversrio em esperteza ou velocidade acumulam-se nos reservatrios gnicos de ambos os lados. (O maior espetculo da Terra, 2009. Adaptado.) 1primevo: antigo, primitivo. a) Explique sucintamente o que o autor entende por corrida armamentista evolucionria. b) De que forma a fala da Rainha de Copas a Alice eles correm o mais rpido possvel para no sair do lugar (1 pargrafo) relaciona-se com a marca registrada das corridas armamentistas (1 pargrafo)?
(UNESP - 2018 - 1 FASE) Bicarbonato de sdio slido aquecido se decompe, produzindo carbonato de sdio slido, alm de gua e dixido de carbono gasosos. O grfico mostra os resultados de um experimento em que foram determinadas as massas de carbonato de sdio obtidas pela decomposio de diferentes massas de bicarbonato de sdio. Os dados do grfico permitem concluir que as massas de carbonato de sdio e bicarbonato de sdio nessa reao esto relacionadas pela equao e que o valor aproximado de k
(UNESP - 2018/2 - 2 fase - Redao) Texto 1 A maioria dos brasileiros segue contrria ampliao do porte de armas de fogo. Segundo recente pesquisa Datafolha, 56% dos entrevistados se disseram contrrios ao porte legal estendido a todos os cidados. Sancionado em 2003, o Estatuto do Desarmamento, criado para controlar o uso de armas no pas, constantemente alvo de crticas por no ter contribudo para a reduo da criminalidade. Especialistas em segurana pblica, porm, dizem o contrrio. (Maioria no pas segue contrria ampliao do porte legal de armas. www1.folha.uol.com.br, 07.01.2018. Adaptado.) Texto 2 Imagine um pas onde qualquer pessoa com mais de 21 anos pudesse andar armada na rua, dentro do carro, nos bares, festas, parques e shoppings centers. Em um passado no muito distante, esse pas era o Brasil. At 2003, aqui era possvel, sem muita burocracia, comprar uma pistola ou um revlver em lojas de artigos esportivos, onde as armas ficavam em prateleiras na seo de artigos de caa, ao lado de varas de pesca e anzis. Mas, de acordo com os indicadores da poca, os anos em que a populao podia se armar para teoricamente fazer frente bandidagem no foram de paz absoluta, mas de crescente violncia, segundo dados do Ministrio da Sade e do Instituto de Pesquisa Econmica Aplicada (IPEA). Para conter o avano das mortes, foi sancionado, em 2003, o Estatuto do Desarmamento, que restringiu drasticamente a posse e o acesso a armas no pas. Atualmente a taxa de homicdios est em 29,9 assassinatos por 100.000 habitantes, o que pressupe que o desarmamento no reduziu drasticamente os homicdios mas estancou seu crescimento. O tema sensvel, uma vez que um grupo de deputados e senadores quer voltar para os velhos tempos, quando era possvel comprar armas com facilidade. O tema ganha eco tambm em alguns setores da sociedade que enxergam no direito de se armar e a reagir violncia uma possibilidade de salvar vidas. Daniel Cerqueira, pesquisador do IPEA, explica que uma grave crise econmica ocorrida durante a dcada de 1980 ampliou a desigualdade social e foi um dos fatores responsveis pelo aumento das taxas de homicdio. No meio desse processo, as pessoas comearam a comprar mais armas. Isso fez com que o ciclo de violncia se UNESP - 2 FASE - JUNHO/2018 autoalimentasse. Quanto mais medo as pessoas sentem e mais homicdios ocorrem, mais elas se armam. Quanto mais se armam, mais mortes temos, afirma. Ele destaca que, ao contrrio do que frequentemente se diz, a maior parte dos crimes com morte no so praticados pelo criminoso contumaz, e sim pelo cidado de bem que, em um momento de ira, perde a cabea. Nem todos concordam com Cerqueira. As pessoas se sentiam mais seguras naquela poca, afirma Ben Barbosa, um dos mais antigos militantes pr-armas do Brasil. De acordo com Barbosa, nos anos de 1990 deveria haver aproximadamente meio milho de pessoas armadas em So Paulo, e voc no tinha bangue-bangue nas ruas. Para ele, o Estatuto do Desarmamento elitizou a posse de armas, ao instituir a cobrana de taxas proibitivas. (Gil Alessi. Como era o Brasil quando as armas eram vendidas em shoppings e munio nas lojas de ferragem. http://brasil.elpais.com, 31.10.2017. Adaptado.) Texto 3 Devemos liberar as armas? Sim. O direito autodefesa pilar de uma sociedade livre e democrtica. No Brasil, os bandidos continuam a ter acesso livre s armas de fogo e o cidado fica merc dos criminosos. Denis Rosenfield (professor de filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Devemos liberar as armas? No. Voltar a armar a sociedade um fator de risco para o aumento das mortes violentas no pas. O uso de armas deve ser restrito s foras policiais. Jos Mariano Beltrame (ex-secretrio de Segurana Pblica do Estado do Rio de Janeiro). (Devemos liberar as armas?. https://epoca.globo.com, 24.04.2015. Adaptado.) Com base nos textos apresentados e em seus prprios conhecimentos, escreva uma dissertao, empregando a norma-padro da lngua portuguesa, sobre o tema: Liberar o porte de armas de fogo a todos os cidados diminuir a violncia no Brasil?
(UNESP - 2018 - 1 FASE) Sob temperatura constante, acrescentou-se cloreto de sdio em gua at sobrar sal sem se dissolver, como corpo de fundo. Estabeleceu-se assim o seguinte equilbrio: NaCl(s)⇌Na+(aq)+Cl-(aq) Mantendo a temperatura constante, foi acrescentada mais uma poro de NaCl(s). Com isso, observa-se que a condutibilidade eltrica da soluo sobrenadante ___________, a quantidade de corpo de fundo ___________ e a concentrao de ons em soluo ___________. As lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, por:
(UNESP - 2018 - 2 FASE) Para responder (s) questo(es), leia o soneto de Raimundo Correia (1859-1911). Esbraseia o Ocidente na agonia O sol... Aves em bandos destacados, Por cus de ouro e de prpura raiados, Fogem... Fecha-se a plpebra do dia... Delineiam-se, alm, da serrania Os vrtices de chama aureolados, E em tudo, em torno, esbatem derramados Uns tons suaves de melancolia... Um mundo de vapores no ar flutua... Como uma informe ndoa, avulta e cresce A sombra proporo que a luz recua... A natureza aptica esmaece... Pouco a pouco, entre as rvores, a lua Surge trmula, trmula... Anoitece. (Poesia completa e prosa, 1961.) a) Transcreva da primeira estrofe um exemplo de personificao. Justifique sua resposta. b) Cite duas caractersticas que permitem filiar esse soneto esttica parnasiana.
(UNESP -2018 - 1 FASE) A mdia esttica porque o seu poder de convencimento, a sua fora de verdade e autoridade, passa por categorias do entendimento humano que esto pautadas na sensibilidade, e no na racionalidade. A mdia nos influencia por imagens, e no por argumentos. Se a propaganda de um carro nos promete o dom da liberdade absoluta e no o entrega, a propaganda poltica no vai ser mais cuidadosa na entrega de suas promessas simblicas, mesmo porque ela se alimenta das mesmas categorias de discurso messinico que a religio, outra grande rea de venda de castelos no ar. (Francisco Fianco. O desespero de pensar a poltica na sociedade do espetculo. http://revistacult.uol.com.br, 11.01.2017. Adaptado.) Considerando o texto, a integrao entre os meios de comunicao de massa e o universo da poltica apresenta como implicao
(UNESP - 2018 - 1 FASE) Em 03.04.2017, o jornal El Pas publicou matria que pode ser assim resumida: Os pases __________ no tm poder poltico sobre os demais Estados Partes, mas possuem ferramentas para tentar reconduzir a situao de um membro, caso esse se afaste dos princpios do Tratado de Assuno, assinado em 1991. Nessa perspectiva, insere-se a aplicao da clusula democrtica do bloco sobre a __________, em funo da crise poltica, institucional, social, de abastecimento e econmica que atravessa o pas. As lacunas do excerto devem ser preenchidas por
(UNESP - 2018 - 1 FASE) Analise as imagens de uma mesma planta sob as mesmas condies de luminosidade e sob condies hdricas distintas. Os estmatos desta planta esto
(UNESP - 2018 - 2 FASE) Para responder (s) questo(es), leia o trecho inicial do conto Desenredo, do escritor Joo Guimares Rosa (1908-1967). Do narrador a seus ouvintes: J Joaquim, cliente, era quieto, respeitado, bom como o cheiro de cerveja. Tinha o para no ser clebre. Com elas quem pode, porm? Foi Ado dormir, e Eva nascer. Chamando-se Livria, Rivlia ou Irlvia, a que, nesta observao, a J Joaquim apareceu. Antes bonita, olhos de viva mosca, morena mel e po. Alis, casada. Sorriram-se, viram-se. Era infinitamente maio e J Joaquim pegou o amor. Enfim, entenderam-se. Voando o mais em mpeto de nau tangida a vela e vento. Mas muito tendo tudo de ser secreto, claro, coberto de sete capas. Porque o marido se fazia notrio, na valentia com cime; e as aldeias so a alheia vigilncia. Ento ao rigor geral os dois se sujeitaram, conforme o clandestino amor em sua forma local, conforme o mundo mundo. Todo abismo navegvel a barquinhos de papel. No se via quando e como se viam. J Joaquim, alm disso, existindo s retrado, minuciosamente. Esperar reconhecer-se incompleto. Dependiam eles de enorme milagre. O inebriado engano. At que deu-se o desmastreio. O trgico no vem a conta-gotas. Apanhara o marido a mulher: com outro, um terceiro Sem mais c nem mais l, mediante revlver, assustou-a e matou-o. Diz-se, tambm, que de leve a ferira, leviano modo. J Joaquim, derrubadamente surpreso, no absurdo desistia de crer, e foi para o decbito dorsal, por dores, frios, calores, qui lgrimas, devolvido ao barro, entre o inefvel e o infando. Imaginara-a jamais a ter o p em trs estribos; chegou a maldizer de seus prprios e gratos abusufrutos. Reteve-se de v-la. Proibia-se de ser pseudopersonagem, em lance de to vermelha e preta amplitude. Ela longe sempre ou ao mximo mais formosa, j sarada e s. Ele exercitava-se a aguentar-se, nas defeituosas emoes. Enquanto, ora, as coisas amaduravam. Todo fim impossvel? Azarado fugitivo, e como Providncia praz, o marido faleceu, afogado ou de tifo. O tempo engenhoso. Soube-o logo J Joaquim, em seu franciscanato, dolorido mas j medicado. Vai, pois, com a amada se encontrou ela sutil como uma colher de ch, grude de engodos, o firme fascnio. Nela acreditou, num abrir e no fechar de ouvidos. Da, de repente, casaram-se. Alegres, sim, para feliz escndalo popular, por que forma fosse. (Tutameia, 1979.) a) No contexto do conto, explique sucintamente o sentido do trecho Imaginara-a jamais a ter o p em trs estribos (7 pargrafo). b) Transcreva dois pequenos trechos em que se verifica certa insegurana do narrador a respeito dos eventos narrados.
(UNESP - 2018- 1 FASE)Juliana pratica corridas e consegue correr 5,0 km em meia hora. Seu prximo desafio participar da corrida de So Silvestre, cujo percurso de15 km. Como uma distncia maior do que a que est acostumada a correr, seu instrutor orientou que diminusse sua velocidade mdia habitual em 40% durante a nova prova. Se seguir a orientao de seu instrutor, Juliana completar a corrida de So Silvestre em
(UNESP - 2018 - 1 FASE) O cerrado brasileiro conhecido como o bero das guas da Amrica do Sul, pois abastece as grandes bacias hidrogrficas e reservatrios de gua doce do continente. Considerando o conhecimento sobre as guas subterrneas, a rea destacada na figura corresponde ao Sistema Aqufero