(Unesp 2016/2 - 2 fase) Um dos elementos marcantes do imaginrio republicano francs foi o uso da alegoria feminina para representar a Repblica. A Monarquia representava-se naturalmente pela figura do rei, que, eventualmente, simbolizava a prpria nao. Derrubada a Monarquia, decapitado o rei, novos smbolos faziam-se necessrios para preencher o vazio, para representar as novas ideias e ideais, como a revoluo, a liberdade, a repblica, a prpria ptria. Entre os muitos smbolos e alegorias utilizados, em geral inspirados na tradio clssica, salienta-se o da figura feminina. (Jos Murilo de Carvalho. A formao das almas, 1990.) Estabelea uma relao entre o texto e a imagem. Indique trs elementos da imagem que justifiquem a relao estabelecida.
(Unesp 2016/2 - 2 fase) Esta terra, Senhor, me parece que da ponta que mais contra o sul vimos at a outra ponta que contra o norte vem, de que ns deste porto houvemos vista, ser tamanha que haver nela bem vinte ou vinte e cinco lguas por costa. Traz, ao longo do mar, nalgumas partes, grandes barreiras, delas vermelhas e delas brancas; e a terra por cima toda ch e muito cheia de grandes arvoredos. De ponta a ponta, toda praia parma, muito ch e muito formosa. [...] Nela, at agora, no pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal nem de ferro; nem lho vimos. Porm a terra em si de muito bons ares [...]. guas so muitas; infindas. Em tal maneira graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se- nela tudo, por bem das guas que tem. Porm o melhor fruto, que nela se pode fazer, me parece que ser salvar esta gente. E esta deve ser a principal semente que vossa alteza em ela deve lanar. (Carta de Pero Vaz de Caminha, 1500. http://objdigital.bn.br.) Identifique duas das motivaes da colonizao portuguesa do Brasil citadas na Carta, indicando os trechos do documento que as mencionam.
(UNESP - 2016 - 1a fase) Entre os mecanismos que sustentavam o regime poltico da Primeira Repblica brasileira, pode-se citar
(Unesp 2016/2 - 2 FASE) A malaquita um mineral cuja composio dada pela frmula Cu2(OH)2CO3Por aquecimento a seco, a malaquita produz xido de cobre (II), um slido preto, alm de gua e dixido de carbono, ambos no estado gasoso. O xido de cobre (II), por sua vez, reage com soluo aquosa de cido sulfrico, originando uma soluo aquosa azul de sulfato de cobre (II). Por evaporao da gua, formam-se cristais azuis de CuSO4. 5H2O. Escreva a equao qumica do aquecimento a seco da malaquita produzindo xido de cobre(II), gua e dixido de carbono e, em seguida, a equao qumica da reao do xido de cobre(II) com a soluo aquosa de cido sulfrico. Admitindo rendimento de 100%calcule a massa de sulfato de cobre penta-hidratado obtida a partir de 22,1 gde malaquita. Dados: Cu = 63,5; O = 16; H = 1; C = 12; S = 32
(UNESP - 2016 - 1a fase) Nenhum dos filmes que vi, e me divertiram tanto, me ajudou a compreender o labirinto da psicologia humana como os romances de Dostoievski ou os mecanismos da vida social como os livros de Tolsti e de Balzac, ou os abismos e os pontos altos que podem coexistir no ser humano, como me ensinaram as sagas literrias de um Thomas Mann, um Faulkner, um Kafka, um Joyce ou um Proust. As fices apresentadas nas telas so intensas por seu imediatismo e efmeras por seus resultados. Prendem-nos e nos desencarceram quase de imediato, mas das fices literrias nos tornamos prisioneiros pela vida toda. Ao menos o que acontece comigo, porque, sem elas, para o bem ou para o mal, eu no seria como sou, no acreditaria no que acredito nem teria as dvidas e as certezas que me fazem viver. Mario Vargas Llosa. Dinossauros em tempos difceis. www.valinor.com.br. O Estado de S. Paulo, 1996. Adaptado. Segundo o autor, sobre cinema e literatura correto afirmar que
(Unesp 2016/2 - 2 FASE) O metanol, CH3OH uma substncia de grande importncia para a indstria qumica, como matria-prima e como solvente. Esse lcool obtido industrialmente pela reao entre os gases COe H2conforme a equao: = -103 kJ/mol de metanol Para realizar essa reao, os gases reagentes, misturados na proporo estequiomtrica e em presena de catalisador (geralmente prata ou cobre), so comprimidos a 306 atme aquecidos a 300 CNessas condies, o equilbrio apresenta um rendimento de 60%no sentido da formao de metanol. Escreva a expresso da constante Kpdesse equilbrio e explique o papel do catalisador na reao entre os gases COe H2Com base no princpio de Le Chatelier, justifique a importncia da compresso desses gases para a produo de metanol e explique o que aconteceria com o rendimento do equilbrio no sentido da formao de metanol, caso a reao ocorresse em temperaturas superiores a 300 C.
(Unesp 2016) Dentro das condies mais suaves do Egito, com cus sem nuvens e uma enchente anual previsvel e uniforme, uma regularidade moderada contrasta com o ambiente tempestuoso e turbulento, os relmpagos, as catastrficas torrentes e inundaes, das regies mais orientais. To logo os novos cereais e a cultura do arado foram introduzidos no Egito, houve semelhante superabundncia de alimentos, e por causa dela, sem dvida, uma superabundncia de bebs. Mas todos os feitos de domesticao do Egito foram realizados sob um cu sem nuvens de tempestade, intocado por sombrias incertezas, no amargurado nem atormentado por repetidas derrotas. A vida era boa. (Lewis Mumford. A cidade na histria: suas origens, transformaes e perspectivas, 1991. Adaptado.) Caracterize, a partir do texto, o papel do rio Nilo no desenvolvimento da regio e justifique a afirmao de que a vida era boa no Antigo Egito.
(Unesp 2016/2 - 2 fase) Identifique a forma de relevo indicada pela seta e o processo responsvel por sua formao. Considerando seus diferentes agentes formadores, cite dois exemplos de classificao desta forma de relevo.
(Unesp 2016/2 - 2 FASE) As Olimpadas de 2016 no Brasil contaro com 42 esportes diferentes. Dentre as modalidades de atletismo, teremos a corrida dos 100metros rasos e a maratona, com percurso de pouco mais de 42 km. A musculatura esqueltica dos atletas que competiro nessas duas modalidades apresenta uma composio distinta de fibras. As fibras musculares do tipo I so de contrao lenta, possuem muita irrigao sangunea e muitas mitocndrias. Ao contrrio, as fibras do tipo II so de contrao rpida, pouco irrigadas e com poucas mitocndrias. As fibras do tipo I tm muita mioglobina, uma protena transportadora de molculas de gs oxignio que confere a estas fibras colorao vermelha escura, ao passo que as do tipo II tm pouca mioglobina, sendo mais claras. A imagem ilustra a disposio das fibras musculares de cortes histolgicos transversais, vistas ao microscpio, da musculatura dos atletas Carlos e Joo. Cada atleta compete em uma dessas duas modalidades. Por que possvel afirmar que Carlos o atleta que compete na maratona? Que metabolismo energtico predomina em suas fibras musculares? Determine o metabolismo energtico que predomina nas fibras musculares de Joo e explique por que ele mais suscetvel fadiga muscular quando submetido ao exerccio fsico intenso e prolongado.
(UNESP - 2016/2 - 2 FASE) Texto 1 Diversamente do idealismo, o positivismo reivindica o primado da cincia: ns conhecemos somente aquilo que as cincias nos do a conhecer, pois o nico mtodo de conhecimento o das cincias naturais. O positivismo no apenas afirma a unidade do mtodo cientfico e o primado desse mtodo como instrumento de conhecimento, mas tambm exalta a cincia como o nico meio em condies de resolver, ao longo do tempo, todos os problemas humanos e sociais que at ento haviam atormentado a humanidade. (Giovanni Reale e Dario Antiseri. Histria da Filosofia, vol. 3, 1999. Adaptado.) Texto 2 Basta, portanto, que os homens sejam considerados coisas para que se tornem manipulveis, submetidos ditadura racionalizada moderna que encontra seu apogeu no campo de concentrao. Assim, a nova crise da razo interna e traz subitamente luz, no cerne da racionalizao, a presena destrutiva da desrazo. J no apenas a suficincia e a insuficincia da razo que esto em causa, a irracionalidade do racionalismo e da racionalizao. Essa irracionalidade pode devorar a razo sem que ela se d conta. (Edgar Morin. Cincia com conscincia, 1996. Adaptado.) Considerando a anlise realizada por Edgar Morin sobre as tendncias irracionais da razo, explique sua importncia para uma crtica ao otimismo positivista diante da cincia
(UNESP - 2016/2 - 2 FASE) POEMA S PARA JAIME OVALLE1 Quando hoje acordei, ainda fazia escuro (Embora a manh j estivesse avanada). Chovia. Chovia uma triste chuva de resignao Como contraste e consolo ao calor tempestuoso da [noite. Ento me levantei, Bebi o caf que eu mesmo preparei, Depois me deitei novamente, acendi um cigarro e [fiquei pensando... Humildemente pensando na vida e nas mulheres que [amei. (Estrela da vida inteira, 1993.) 1 Jaime Ovalle (1894-1955): compositor e instrumentista. Aproximou-se do meio intelectual carioca e se tornou amigo ntimo de Villa-Lobos, Di Cavalcanti, Srgio Buarque de Hollanda e Manuel Bandeira. Sua msica mais famosa Azulo, em parceria com o poeta Manuel Bandeira. (Dicionrio Cravo Albin da msica popular brasileira) Pleonasmo (do grego pleonasms, superabundncia): emprego de palavras redundantes, de igual sentido; redun dncia. H o pleonasmo vicioso, decorrente da ignorncia da lngua e que deve ser evitado, e o pleo - nasmo estilstico, usado intencionalmente para comunicar expresso mais vigor ou intensidade. (Domingos Paschoal Cegalla. Dicionrio de dificuldades da lngua portuguesa, 2009. Adaptado.) Transcreva o verso em que se verifica a ocorrncia de um pleonasmo. Justifique sua resposta. Identifique ainda duas caractersticas do poema, uma formal e outra temtica, que o vinculam ao movimento modernista brasileiro.
(UNESP - 2016/2 - 2 FASE) A discusso sobre a relao arte-sociedade levou a duas atitudes filosficas opostas: a que afirma que a arte s arte se for pura, isto , se no estiver preocupada com as circunstncias histricas, sociais, econmicas e polticas. Trata-se da defesa da arte pela arte. A outra afirma que o valor da obra de arte decorre de seu compromisso crtico diante das circunstncias presentes. Trata-se da arte engajada, na qual o artista toma posio diante de sua sociedade, lutando para transform-la e melhor-la, e para conscientizar as pessoas sobre as injustias e as opresses do presente. (Marilena Chau. Convite Filosofia, 1994.) Considerando o conceito de indstria cultural formulado pelos filsofos Adorno e Horkheimer, explique as modificaes ocorridas na relao entre arte e sociedade quando comparadas com a concepo purista da arte pela arte e com a concepo engajada.
(UNESP - 2016/2 - 2 FASE) Suponhamos, pois, que a mente um papel em branco, desprovida de todos os caracteres, sem nenhuma ideia; como ela ser suprida? De onde lhe provm este vasto estoque, que a ativa e ilimitada fantasia do homem pintou nela com uma variedade quase infinita? De onde apreende todos os materiais da razo e do conhecimento? A isso respondo, numa palavra: da experincia. Todo o nosso conhecimento est nela fundado, e dela deriva fundamentalmente o prprio conhecimento. (John Locke. Ensaio acerca do entendimento humano [publicado originalmente em 1690], 1999. Adaptado.) Qual a interpretao de Locke sobre as ideias inatas? Explique quais foram as implicaes do pensamento desse filsofo no que se refere metafsica.
(UNESP - 2016/2 - 2 FASE) Texto 1 Se dois homens desejam a mesma coisa, ao mesmo tempo que impossvel ela ser gozada por ambos, eles tornam-se inimigos. E no caminho para seu fim (que princi palmente sua prpria conservao, e s vezes apenas seu deleite) esforam-se por se destruir ou subjugar um ao outro. E disto se segue que, quando um invasor nada mais tem a recear do que o poder de um nico outro homem, se algum planta, semeia, constri ou possui um lugar conveniente, provvel de esperar que outros venham preparados com foras conjugadas, para desaposs-lo e priv-lo, no apenas do fruto de seu trabalho, mas tambm de sua vida e de sua liberdade. Por sua vez, o invasor ficar no mesmo perigo em relao aos outros. (Thomas Hobbes. Leviat [publicado originalmente em 1651], 1999. Adaptado.) Texto 2 Anarquismo a doutrina segundo a qual o indivduo a nica realidade, que deve ser absolutamente livre e que qualquer restrio que lhe seja imposta ilegtima. Costuma-se atribuir a Proudhon (1809-1865) o nasci - mento do Anarquismo. Sua principal preocupao foi mostrar que a justia no pode ser imposta ao indivduo, mas uma faculdade do eu individual que, sem sair do seu foro interior, sente a dignidade da pessoa do prximo como a sua prpria e, portanto, adapta-se realidade coletiva mesmo conservando a sua individualidade. (Nicola Abbagnano. Dicionrio de Filosofia, 2000. Adaptado.) Qual foi a soluo proposta por Hobbes para a resoluo do problema exposto no texto 1? Explique a principal diferena entre Hobbes e a doutrina anarquista de Proudhon quanto organizao poltica.
(UNESP - 2016 - 1a fase)Os espaos margem da economia mundial so igualmente pouco integrados regionalmente, e a desintegrao nacional limita a integrao. O comrcio intrarregional africano se situa em torno de 10% do que movimentado e polarizado em alguns pases. Fora a frica do Sul, cinco pases representam trs quartos das exportaes intra-africanas. (Philippe Hugon. Geopoltica da frica, 2009.) A inexpressividade do comrcio intrarregional africano deve-se, em parte,