(UNESP - 2018 - 1 FASE) Na Europa, os artistas continuam a explorar caminhos traados pelos primeiros pintores abstratos. Mas a abstrao desses artistas no geomtrica: sua pintura no representa nenhuma realidade, tampouco procura reproduzir formas precisas. Cada artista inventa sua prpria linguagem. Cores, formas e luz so exploradas, desenvolvidas e invadem as telas. Traos vivos e dinmicos... Para cada um, uma abstrao, um lirismo. (Christian Demilly. Arte em movimentos e outras correntes do sculo XX, 2016. Adaptado.) O comentrio do historiador Christian Demilly aplica-se obra reproduzida em:
(UNESP - 2018/2 - 2 fase - Questo 9) Texto 1 Com o desenvolvimento industrial, o proletariado no apenas se multiplica; comprime-se em massas cada vez maiores, sua fora cresce e ele adquire maior conscincia dela. Os choques individuais entre o operrio singular e o burgus singular tomam cada vez mais o carter de confrontos entre duas classes. Os operrios comeam a formar associaes contra os burgueses. Aqui e ali a luta irrompe em motim. (Karl Marx e Friedrich Engels. Manifesto Comunista, 2005. Adaptado.) Texto 2 A identificao das classes oprimidas com a classe que as domina e explora parte de um todo maior. Isso porque as classes oprimidas podem estar emocionalmente ligadas a seus senhores; apesar de sua hostilidade para com eles, podem ver neles os seus ideais. A menos que tais relaes existam, impossvel compreender como uma srie de civilizaes sobreviveu por to longo tempo, apesar da justificvel hostilidade de grandes massas humanas. (Sigmund Freud. O futuro de uma iluso, 1974. Adaptado.) a) Citeas duas reas do pensamento originadas a partir das obras dos autores dos textos. Indique um fato histrico de natureza revolucionria marcadamente influenciado pelo texto 1. b) Quais foram os critrios utilizados por Marx e Engels para analisar a relao entre as classes sociais? Segundo Freud, qual o fator que impede a realizao de uma revoluo proletria?
(UNESP - 2018 - 2 FASE) Para responder (s) questo(es), leia o trecho inicial do conto Desenredo, do escritor Joo Guimares Rosa (1908-1967). Do narrador a seus ouvintes: J Joaquim, cliente, era quieto, respeitado, bom como o cheiro de cerveja. Tinha o para no ser clebre. Com elas quem pode, porm? Foi Ado dormir, e Eva nascer. Chamando-se Livria, Rivlia ou Irlvia, a que, nesta observao, a J Joaquim apareceu. Antes bonita, olhos de viva mosca, morena mel e po. Alis, casada. Sorriram-se, viram-se. Era infinitamente maio e J Joaquim pegou o amor. Enfim, entenderam-se. Voando o mais em mpeto de nau tangida a vela e vento. Mas muito tendo tudo de ser secreto, claro, coberto de sete capas. Porque o marido se fazia notrio, na valentia com cime; e as aldeias so a alheia vigilncia. Ento ao rigor geral os dois se sujeitaram, conforme o clandestino amor em sua forma local, conforme o mundo mundo. Todo abismo navegvel a barquinhos de papel. No se via quando e como se viam. J Joaquim, alm disso, existindo s retrado, minuciosamente. Esperar reconhecer-se incompleto. Dependiam eles de enorme milagre. O inebriado engano. At que deu-se o desmastreio. O trgico no vem a conta-gotas. Apanhara o marido a mulher: com outro, um terceiro Sem mais c nem mais l, mediante revlver, assustou-a e matou-o. Diz-se, tambm, que de leve a ferira, leviano modo. J Joaquim, derrubadamente surpreso, no absurdo desistia de crer, e foi para o decbito dorsal, por dores, frios, calores, qui lgrimas, devolvido ao barro, entre o inefvel e o infando. Imaginara-a jamais a ter o p em trs estribos; chegou a maldizer de seus prprios e gratos abusufrutos. Reteve-se de v-la. Proibia-se de ser pseudopersonagem, em lance de to vermelha e preta amplitude. Ela longe sempre ou ao mximo mais formosa, j sarada e s. Ele exercitava-se a aguentar-se, nas defeituosas emoes. Enquanto, ora, as coisas amaduravam. Todo fim impossvel? Azarado fugitivo, e como Providncia praz, o marido faleceu, afogado ou de tifo. O tempo engenhoso. Soube-o logo J Joaquim, em seu franciscanato, dolorido mas j medicado. Vai, pois, com a amada se encontrou ela sutil como uma colher de ch, grude de engodos, o firme fascnio. Nela acreditou, num abrir e no fechar de ouvidos. Da, de repente, casaram-se. Alegres, sim, para feliz escndalo popular, por que forma fosse. (Tutameia, 1979.) a) No contexto do conto, explique sucintamente o sentido do trecho Imaginara-a jamais a ter o p em trs estribos (7 pargrafo). b) Transcreva dois pequenos trechos em que se verifica certa insegurana do narrador a respeito dos eventos narrados.
(UNESP - 2018- 1 FASE)Juliana pratica corridas e consegue correr 5,0 km em meia hora. Seu prximo desafio participar da corrida de So Silvestre, cujo percurso de15 km. Como uma distncia maior do que a que est acostumada a correr, seu instrutor orientou que diminusse sua velocidade mdia habitual em 40% durante a nova prova. Se seguir a orientao de seu instrutor, Juliana completar a corrida de So Silvestre em
(UNESP - 2018) A Transamaznica inscrevia-se tambm nesse amlgama Geopoltica-Segurana Nacional. No caso da Amaznia, o projeto da corrente nacionalista de direita do Exrcito era o de povoar, mas as contingncias do tempo e do capital no seguiam mais as frmulas pombalinas. Assim, na impossibilidade de povoar com gente seria necessria a migrao de toda a populao brasileira para chegar-se a taxas de densidade razoveis no vasto territrio amaznico optou-se pelo povoamento com interesses: a Zona Franca de Manaus configura-se como uma modalidade de povoamento por meio de interesses constitudos. A prpria Transamaznica era uma estratgia mista de povoamento populacional e de interesses. (Francisco de Oliveira. A reconquista da Amaznia. Novos Estudos Cebrap, maro de 1994. Adaptado.) a) Em que perodo da histria brasileira foi proposto e iniciado o projeto de construo da rodovia Transamaznica? Qual semelhana o texto estabelece entre o projeto de construo da Transamaznica e a constituio da Zona Franca de Manaus? b) Qual foi a justificativa dada pelo governo federal para a abertura da estrada? A que se refere a afirmao de que A Transamaznica inscrevia-se tambm nesse amlgama Geopoltica-Segurana Nacional?
(UNESP - 2018 - 1 FASE) O cerrado brasileiro conhecido como o bero das guas da Amrica do Sul, pois abastece as grandes bacias hidrogrficas e reservatrios de gua doce do continente. Considerando o conhecimento sobre as guas subterrneas, a rea destacada na figura corresponde ao Sistema Aqufero
(UNESP -2018 - 1 FASE) Esse produto percorreu ampla regio, desde o Morro da Tijuca, no Rio de Janeiro, no primeiro quartel do sculo XIX, at o norte do Paran, onde praticamente cessou sua marcha na dcada de 1970. Nesse perodo, seu percurso deixou marcas significativas na paisagem: vasta rede urbana e densa malha ferroviria, solos empobrecidos pela eroso, florestas dizimadas e extensivas pastagens, quase sempre de baixa produtividade. (Jurandyr L. S. Ross. Ecogeografia do Brasil, 2009. Adaptado.) O excerto refere-se produo do espao brasileiro relacionada ao ciclo econmico
(UNESP - 2018 - 1 FASE) Leia o trecho do livro Bem-vindo ao deserto do real!, de Slavoj Žižek, para responder (s) questo(es) a seguir. Numa antiga anedota que circulava na hoje falecida Repblica Democrtica Alem, um operrio alemo consegue um emprego na Sibria; sabendo que toda correspondncia ser lida pelos censores, ele combina com os amigos: Vamos combinar um cdigo: se uma carta estiver escrita em tinta azul, o que ela diz verdade; se estiver escrita em tinta vermelha, tudo mentira. Um ms depois, os amigos recebem uma carta escrita em tinta azul: Tudo aqui maravilhoso: as lojas vivem cheias, a comida abundante, os apartamentos so grandes e bem aquecidos, os cinemas exibem filmes do Ocidente, h muitas garotas, sempre prontas para um programa o nico seno que no se consegue encontrar tinta vermelha. Neste caso, a estrutura mais refinada do que indicam as aparncias: apesar de no ter como usar o cdigo combinado para indicar que tudo o que est dito mentira, mesmo assim ele consegue passar a mensagem. Como? Pela introduo da referncia ao cdigo, como um de seus elementos, na prpria mensagem codificada. (Bem-vindo ao deserto do real!, 2003.) A introduo da referncia ao cdigo, como um de seus elementos, na prpria mensagem codificada constitui um exemplo de
(UNESP - 2018 - 1 FASE) Amigrao de Maom e seus seguidores, em 622, de Meca para Medina permitiu a consolidao da religio muulmana que inclua, entre outros princpios,
(UNESP - 2018/2 - 2 fase - Questo 6) O governo anuncia planos antidesmatamento para a Amaznia, mas a derrubada de rvores s aumenta. Uma explicao a falta de foco no que mais influencia o problema: a grilagem de terras, que se confirmou fator primordial do desmatamento, abrindo novas fronteiras antes mesmo da chegada de atividades econmicas. Para combater esse problema, uma ao concreta e ao alcance do governo seria reverter os estmulos grilagem gerados pela perspectiva de valorizao da terra que atrai fluxos invasores. (Roberto Smeraldi. http://panoramaecologia.blogspot.com.br, 27.08.2007. Adaptado.) a) O que grilagem de terras? Explique a origem dessa expresso no contexto da propriedade de terras. b) Apresente duas aes que valorizam as terras na Amaznia e atraem os fluxos invasores.
(UNESP - 2018) Se um estranho chegasse de sbito a este mundo, eu poderia exemplificar seus males mostrando-lhe um hospital cheio de doentes, uma priso apinhada de malfeitores e endividados, um campo de batalha salpicado de carcaas, uma frota naufragando no oceano, uma nao desfalecendo sob a tirania, fome ou pestilncia. Se eu lhe mostrasse uma casa ou um palcio onde no houvesse um nico aposento confortvel ou aprazvel, onde a organizao do edifcio fosse causa de rudo, confuso, fadiga, obscuridade, e calor e frio extremados, ele com certeza culparia o projeto do edifcio. Ao constatar quaisquer inconvenincias ou defeitos na construo, ele invariavelmente culparia o arquiteto, sem entrar em maiores consideraes. (David Hume. Dilogos sobre a religio natural, 1992. Adaptado.) a) Explicite o tema filosfico abordado no texto e sua relao com a criao do mundo. b) Explique como os argumentos do filsofo evidenciam um ponto de vista empirista (fundamentado na experincia) e ctico (baseado na dvida), em contraste com uma concepo metafsica sobre o tema.
(UNESP - 2018 - 2 FASE) Para responder (s) questo(es), leia o trecho inicial do conto Desenredo, do escritor Joo Guimares Rosa (1908-1967). Do narrador a seus ouvintes: J Joaquim, cliente, era quieto, respeitado, bom como o cheiro de cerveja. Tinha o para no ser clebre. Com elas quem pode, porm? Foi Ado dormir, e Eva nascer. Chamando-se Livria, Rivlia ou Irlvia, a que, nesta observao, a J Joaquim apareceu. Antes bonita, olhos de viva mosca, morena mel e po. Alis, casada. Sorriram-se, viram-se. Era infinitamente maio e J Joaquim pegou o amor. Enfim, entenderam-se. Voando o mais em mpeto de nau tangida a vela e vento. Mas muito tendo tudo de ser secreto, claro, coberto de sete capas. Porque o marido se fazia notrio, na valentia com cime; e as aldeias so a alheia vigilncia. Ento ao rigor geral os dois se sujeitaram, conforme o clandestino amor em sua forma local, conforme o mundo mundo. Todo abismo navegvel a barquinhos de papel. No se via quando e como se viam. J Joaquim, alm disso, existindo s retrado, minuciosamente. Esperar reconhecer-se incompleto. Dependiam eles de enorme milagre. O inebriado engano. At que deu-se o desmastreio. O trgico no vem a conta-gotas. Apanhara o marido a mulher: com outro, um terceiro Sem mais c nem mais l, mediante revlver, assustou-a e matou-o. Diz-se, tambm, que de leve a ferira, leviano modo. J Joaquim, derrubadamente surpreso, no absurdo desistia de crer, e foi para o decbito dorsal, por dores, frios, calores, qui lgrimas, devolvido ao barro, entre o inefvel e o infando. Imaginara-a jamais a ter o p em trs estribos; chegou a maldizer de seus prprios e gratos abusufrutos. Reteve-se de v-la. Proibia-se de ser pseudopersonagem, em lance de to vermelha e preta amplitude. Ela longe sempre ou ao mximo mais formosa, j sarada e s. Ele exercitava-se a aguentar-se, nas defeituosas emoes. Enquanto, ora, as coisas amaduravam. Todo fim impossvel? Azarado fugitivo, e como Providncia praz, o marido faleceu, afogado ou de tifo. O tempo engenhoso. Soube-o logo J Joaquim, em seu franciscanato, dolorido mas j medicado. Vai, pois, com a amada se encontrou ela sutil como uma colher de ch, grude de engodos, o firme fascnio. Nela acreditou, num abrir e no fechar de ouvidos. Da, de repente, casaram-se. Alegres, sim, para feliz escndalo popular, por que forma fosse. (Tutameia, 1979.) a) Considere os seguintes provrbios: 1. A desgraa vem sem ser chamada. 2. desgraa ningum foge. 3. At com a desgraa a gente se acostuma. 4. Desgraa pouca bobagem. 5. A desgraa de uns o bem de outros. Qual dos provrbios mais se aproxima da ideia contida em O trgico no vem a conta-gotas. (6 pargrafo)? Justifique sua resposta. b) Reescreva a frase Com elas quem pode, porm? (2 pargrafo), substituindo o pronome elas pelo seu referente e a conjuno porm por outra de sentido equivalente.
(UNESP - 2018) Examine a tabela. (Srgio Buarque de Holanda (org). O Brasil Monrquico: declnio e queda do Imprio, 1985. Adaptado.) a) Qual era o produto que, no perodo 1841/50, representava o maior percentual sobre o valor do conjunto das exportaes brasileiras? Esboce, no plano cartesiano a seguir, um grfico que demonstra o comportamento da exportao desta mercadoria durante todo o perodo compreendido pela tabela (1821/80). Imagem presente na prova para auxiliar na resoluo b) Qual foi a mercadoria que sofreu maior oscilao percentual sobre o valor do conjunto das exportaes brasileiras na passagem do perodo 1851/60 para o perodo 1861/70? Aponte o principal motivo dessa oscilao.
(UNESP - 2018 - 1 FASE) Considere a notcia sobre o controle biolgico de pragas adotado pela prefeitura de Paris e as pirmides ecolgicas apresentadas logo a seguir. Para combater parasitas que tm consumido a vegetao de Paris, a prefeitura distribuiu aos moradores 40000larvas de joaninhas, predador natural desses organismos e que pode substituir pesticidas. (Veja, 05.04.2017. Adaptado.) A pirmide de biomassa, a pirmide de energia e a barra que representa as joaninhas so:
(UNESP -2018 - 1 FASE) Entre as manifestaes msticas presentes no Nordeste brasileiro no final do Imprio e nas primeiras dcadas da Repblica, identificam-se