(UNESP - 2015 - 2 FASE) Nota preliminar 1 Em todo o momento de atividade mental acontece em ns um duplo fenmeno de percepo: ao mesmo tempo que temos conscincia dum estado de alma, temos diante de ns, impressionando-nos os sentidos que esto virados para o exterior, uma paisagem qualquer, entendendo por paisagem, para convenincia de frases, tudo o que forma o mundo exterior num determinado momento da nossa percepo. 2 Todo o estado de alma uma paisagem. Isto , todo o estado de alma no s representvel por umapaisagem, mas verdadeiramente uma paisagem. H em ns um espao interior onde a matria da nossa vida fsica se agita. Assim uma tristeza um lago morto dentro de ns, uma alegria um dia de sol no nosso esprito. E mesmo que se no queira admitir que todo o estado de alma uma paisagem pode ao menos admitir-se que todo o estado de alma se pode representar por uma paisagem. Se eu disser H sol nos meus pensamentos,ningum compreender que os meus pensamentos esto tristes. 3 Assim tendo ns, ao mesmo tempo, conscincia do exterior e do nosso esprito, e sendo o nosso esprito uma paisagem, temos ao mesmo tempo conscincia de duas paisagens. Ora essas paisagens fundem-se, interpenetram-se, de modo que o nosso estado de alma, seja ele qual for, sofre um pouco da paisagem que estamos vendo num dia de sol uma alma triste no pode estar to triste como num dia de chuva e, tambm, a paisagem exterior sofre do nosso estado de alma de todos os tempos dizer-se, sobretudo em verso, coisas como que na ausncia da amada o sol no brilha, e outras coisas assim. (Obra potica, 1965.) Paisagem holandesa No me sais da memria. s tu, querida amiga, Uma imagem que eu vi numa aguarela1 antiga. Era na Holanda. Um fim de tarde. Um cu lavado. Frondes abrindo no ar um plio recortado... 5 Um moinho beira dgua e imensa e desconforme A pincelada verde-azul de um barco enorme. A casaria alm... Perto o cais refletindo Uma barra de sombra entre as guas bulindo... E, debruada ao cais, olhando a tarde imensa, 10 Uma rapariguinha olha as guas e pensa... loira e triste. Nos seus olhos claros anda A mesma paz que envolve a paisagem da Holanda. Paira o silncio... Uma ave passa, arminho2 e gaza3, flor dgua, acenando adeus com o leno da asa... 15 a saudade de Algum que anda extasiado, a esmo, Com a paisagem da Holanda escondida em si mesmo, Com aquela rapariga a sofrer e a cismar Num pr de sol que d vontade de chorar... Ai no ser eu um moinho isolado e tristonho 20 Para viver como na paz de um grande sonho, A refletir a minha vida singular Na gua dormente, na gua azul do teu olhar... (Toda uma vida de poesia, 1957.) 1 aguarela: aquarela. 2 arminho: pele ou pelo do arminho; muito alvo, muito branco, alvura (sentido figurado). 3 gaza: tecido fino, transparente, feito de seda ou algodo. No primeiro perodo do segundo pargrafo, Fernando Pessoa faz uma afirmao categrica, mas ainda nesse mesmo pargrafo a atenua. Transcreva o perodo em que ocorre essa atenuao e explique a razo apresentada pelo escritor para faz-la.
(UNESP - 2015 - 2 FASE) Nota preliminar 1 Em todo o momento de atividade mental acontece em ns um duplo fenmeno de percepo: ao mesmo tempo que temos conscincia dum estado de alma, temos diante de ns, impressionando-nos os sentidos que esto virados para o exterior, uma paisagem qualquer, entendendo por paisagem, para convenincia de frases, tudo o que forma o mundo exterior num determinado momento da nossa percepo. 2 Todo o estado de alma uma paisagem. Isto , todo o estado de alma no s representvel por umapaisagem, mas verdadeiramente uma paisagem. H em ns um espao interior onde a matria da nossa vida fsica se agita. Assim uma tristeza um lago morto dentro de ns, uma alegria um dia de sol no nosso esprito. E mesmo que se no queira admitir que todo o estado de alma uma paisagem pode ao menos admitir-se que todo o estado de alma se pode representar por uma paisagem. Se eu disser H sol nos meus pensamentos,ningum compreender que os meus pensamentos esto tristes. 3 Assim tendo ns, ao mesmo tempo, conscincia do exterior e do nosso esprito, e sendo o nosso esprito uma paisagem, temos ao mesmo tempo conscincia de duas paisagens. Ora essas paisagens fundem-se, interpenetram-se, de modo que o nosso estado de alma, seja ele qual for, sofre um pouco da paisagem que estamos vendo num dia de sol uma alma triste no pode estar to triste como num dia de chuva e, tambm, a paisagem exterior sofre do nosso estado de alma de todos os tempos dizer-se, sobretudo em verso, coisas como que na ausncia da amada o sol no brilha, e outras coisas assim. (Obra potica, 1965.) Paisagem holandesa No me sais da memria. s tu, querida amiga, Uma imagem que eu vi numa aguarela1 antiga. Era na Holanda. Um fim de tarde. Um cu lavado. Frondes abrindo no ar um plio recortado... 5 Um moinho beira dgua e imensa e desconforme A pincelada verde-azul de um barco enorme. A casaria alm... Perto o cais refletindo Uma barra de sombra entre as guas bulindo... E, debruada ao cais, olhando a tarde imensa, 10 Uma rapariguinha olha as guas e pensa... loira e triste. Nos seus olhos claros anda A mesma paz que envolve a paisagem da Holanda. Paira o silncio... Uma ave passa, arminho2 e gaza3, flor dgua, acenando adeus com o leno da asa... 15 a saudade de Algum que anda extasiado, a esmo, Com a paisagem da Holanda escondida em si mesmo, Com aquela rapariga a sofrer e a cismar Num pr de sol que d vontade de chorar... Ai no ser eu um moinho isolado e tristonho 20 Para viver como na paz de um grande sonho, A refletir a minha vida singular Na gua dormente, na gua azul do teu olhar... (Toda uma vida de poesia, 1957.) 1 aguarela: aquarela. 2 arminho: pele ou pelo do arminho; muito alvo, muito branco, alvura (sentido figurado). 3 gaza: tecido fino, transparente, feito de seda ou algodo. Em todo o momento de atividade mental acontece em ns um duplo fenmeno de percepo. Na orao transcrita, que inicia o comentrio de Fernando Pessoa, explique por que, sob o ponto de vista gramatical, a forma verbal acontece est flexionada na terceira pessoa do singular.
(UNESP - 2015 - 2 FASE) No cemitrio de S. Benedito Em lgubre recinto escuro e frio, Onde reina o silncio aos mortos dado, Entre quatro paredes descoradas, Que o caprichoso luxo no adorna, 5 Jaz da terra coberto humano corpo, que escravo sucumbiu, livre nascendo! Das hrridas cadeias desprendido, Que s forjam sacrlegos tiranos, Dorme o sono feliz da eternidade. 10 No cercam a morada lutuosa Os salgueiros, os fnebres ciprestes, Nem lhe guarda os umbrais da sepultura Pesada laje de espartano mrmore, Somente levantado em quadro negro 15 Epitfio se l, que impe silncio! Descansam neste lar caliginoso1 O msero cativo, o desgraado!... Aqui no vem rasteira a vil lisonja Os feitos decantar da tirania, 20 Nem ofuscando a luz da s verdade Eleva o crime, perpetua a infmia. Aqui no se ergue altar ou trono douro Ao torpe mercador de carne humana. Aqui se curva o filho respeitoso 25 Ante a lousa materna, e o pranto em fio Cai-lhe dos olhos revelando mudo A histria do passado. Aqui nas sombras Da funda escurido do horror eterno, Dos braos de uma cruz pende o mistrio, 30 Faz-se o cetro2 bordo3, andrajo a tnica, Mendigo o rei, o potentado4 escravo! (Primeiras trovas burlescas e outros poemas, 2000.) 1 caliginoso: muito escuro, tenebroso. 2 cetro: basto de comando usado pelos reis. 3 bordo: cajado grosso usado como apoio ao caminhar. 4 potentado: pessoa muito rica e poderosa. Doze anos de escravido Houvera momentos em minha infeliz vida, muitos, em que o vislumbre da morte como o fim de sofrimentos terrenos do tmulo como um local de descanso para um corpo cansado e alquebrado tinha sido agradvel de imaginar. Mas tal contemplao desaparece na hora do perigo. Nenhum homem, em posse de suas foras, consegue ficar imperturbvel na presena do rei dos horrores. A vida cara a qualquer coisa viva; o verme rastejante lutar por ela. Naquele momento, era cara para mim, escravizado e tratado tal como eu era. Sem conseguir livrar a mo dele, novamente o peguei pelo pescoo e dessa vez com uma empunhadura medonha que logo o fez afrouxar a mo. Tibeats ficou enfraquecido e desmobilizado. Seu rosto, que estivera branco de paixo, estava agora preto de asfixia. Aqueles olhos midos de serpente que exalavam tanto veneno estavam agora cheios de horror duas rbitas brancas precipitando-se para fora. Havia um demnio espreita em meu corao que me instava a matar o maldito co naquele instante a manter a presso em seu odioso pescoo at que o sopro de vida se fosse! No ousava assassin-lo, mas no ousava deix-lo viver. Se eu o matasse, minha vida teria de pagar pelo crime se ele vivesse, apenas minha vida satisfaria sua sede de vingana. Uma voz l dentro me dizia para fugir. Ser um andarilho nos pntanos, um fugitivo e um vagabundo sobre a Terra, era prefervel vida que eu estava levando. (Doze anos de escravido, 2014.) No ltimo pargrafo do excerto, explique por que o raciocnio de Solomon durante a luta contra Tibeats, um de seus proprietrios, corresponde a um dilema.
(UNESP - 2015 - 2 FASE) A realizao da Copa do Mundo de Futebol no Brasil pode ser entendida como um evento que articulou duas escalas fundamentais do espao geogrfico: a global e a local. Aponte dois fatores que justificam o entendimento da Copa do Mundo de Futebol como um evento representativo da globalizao e dois aspectos, um positivo e outro negativo, que evidenciem as consequncias desse evento nas cidades-sedes dos jogos no Brasil.
(UNESP - 2015 - 2 FASE) No cemitrio de S. Benedito Em lgubre recinto escuro e frio, Onde reina o silncio aos mortos dado, Entre quatro paredes descoradas, Que o caprichoso luxo no adorna, 5 Jaz da terra coberto humano corpo, que escravo sucumbiu, livre nascendo! Das hrridas cadeias desprendido, Que s forjam sacrlegos tiranos, Dorme o sono feliz da eternidade. 10 No cercam a morada lutuosa Os salgueiros, os fnebres ciprestes, Nem lhe guarda os umbrais da sepultura Pesada laje de espartano mrmore, Somente levantado em quadro negro 15 Epitfio se l, que impe silncio! Descansam neste lar caliginoso1 O msero cativo, o desgraado!... Aqui no vem rasteira a vil lisonja Os feitos decantar da tirania, 20 Nem ofuscando a luz da s verdade Eleva o crime, perpetua a infmia. Aqui no se ergue altar ou trono douro Ao torpe mercador de carne humana. Aqui se curva o filho respeitoso 25 Ante a lousa materna, e o pranto em fio Cai-lhe dos olhos revelando mudo A histria do passado. Aqui nas sombras Da funda escurido do horror eterno, Dos braos de uma cruz pende o mistrio, 30 Faz-se o cetro2 bordo3, andrajo a tnica, Mendigo o rei, o potentado4 escravo! (Primeiras trovas burlescas e outros poemas, 2000.) 1 caliginoso: muito escuro, tenebroso. 2 cetro: basto de comando usado pelos reis. 3 bordo: cajado grosso usado como apoio ao caminhar. 4 potentado: pessoa muito rica e poderosa. Doze anos de escravido Houvera momentos em minha infeliz vida, muitos, em que o vislumbre da morte como o fim de sofrimentos terrenos do tmulo como um local de descanso para um corpo cansado e alquebrado tinha sido agradvel de imaginar. Mas tal contemplao desaparece na hora do perigo. Nenhum homem, em posse de suas foras, consegue ficar imperturbvel na presena do rei dos horrores. A vida cara a qualquer coisa viva; o verme rastejante lutar por ela. Naquele momento, era cara para mim, escravizado e tratado tal como eu era. Sem conseguir livrar a mo dele, novamente o peguei pelo pescoo e dessa vez com uma empunhadura medonha que logo o fez afrouxar a mo. Tibeats ficou enfraquecido e desmobilizado. Seu rosto, que estivera branco de paixo, estava agora preto de asfixia. Aqueles olhos midos de serpente que exalavam tanto veneno estavam agora cheios de horror duas rbitas brancas precipitando-se para fora. Havia um demnio espreita em meu corao que me instava a matar o maldito co naquele instante a manter a presso em seu odioso pescoo at que o sopro de vida se fosse! No ousava assassin-lo, mas no ousava deix-lo viver. Se eu o matasse, minha vida teria de pagar pelo crime se ele vivesse, apenas minha vida satisfaria sua sede de vingana. Uma voz l dentro me dizia para fugir. Ser um andarilho nos pntanos, um fugitivo e um vagabundo sobre a Terra, era prefervel vida que eu estava levando. (Doze anos de escravido, 2014.) Tanto no poema de Luiz Gama quanto no excerto de Solomon Northup se verifica uma mesma concepo de morte para os escravos. Explique essa concepo comum aos dois textos e, a seguir, transcreva um verso da primeira estrofe do poema e a frase do primeiro pargrafo do excerto que expressam essa concepo.
(UNESP - 2015 - 2 FASE) No cemitrio de S. Benedito Em lgubre recinto escuro e frio, Onde reina o silncio aos mortos dado, Entre quatro paredes descoradas, Que o caprichoso luxo no adorna, 5 Jaz da terra coberto humano corpo, que escravo sucumbiu, livre nascendo! Das hrridas cadeias desprendido, Que s forjam sacrlegos tiranos, Dorme o sono feliz da eternidade. 10 No cercam a morada lutuosa Os salgueiros, os fnebres ciprestes, Nem lhe guarda os umbrais da sepultura Pesada laje de espartano mrmore, Somente levantado em quadro negro 15 Epitfio se l, que impe silncio! Descansam neste lar caliginoso1 O msero cativo, o desgraado!... Aqui no vem rasteira a vil lisonja Os feitos decantar da tirania, 20 Nem ofuscando a luz da s verdade Eleva o crime, perpetua a infmia. Aqui no se ergue altar ou trono douro Ao torpe mercador de carne humana. Aqui se curva o filho respeitoso 25 Ante a lousa materna, e o pranto em fio Cai-lhe dos olhos revelando mudo A histria do passado. Aqui nas sombras Da funda escurido do horror eterno, Dos braos de uma cruz pende o mistrio, 30 Faz-se o cetro2 bordo3, andrajo a tnica, Mendigo o rei, o potentado4 escravo! (Primeiras trovas burlescas e outros poemas, 2000.) 1 caliginoso: muito escuro, tenebroso. 2 cetro: basto de comando usado pelos reis. 3 bordo: cajado grosso usado como apoio ao caminhar. 4 potentado: pessoa muito rica e poderosa. Doze anos de escravido Houvera momentos em minha infeliz vida, muitos, em que o vislumbre da morte como o fim de sofrimentos terrenos do tmulo como um local de descanso para um corpo cansado e alquebrado tinha sido agradvel de imaginar. Mas tal contemplao desaparece na hora do perigo. Nenhum homem, em posse de suas foras, consegue ficar imperturbvel na presena do rei dos horrores. A vida cara a qualquer coisa viva; o verme rastejante lutar por ela. Naquele momento, era cara para mim, escravizado e tratado tal como eu era. Sem conseguir livrar a mo dele, novamente o peguei pelo pescoo e dessa vez com uma empunhadura medonha que logo o fez afrouxar a mo. Tibeats ficou enfraquecido e desmobilizado. Seu rosto, que estivera branco de paixo, estava agora preto de asfixia. Aqueles olhos midos de serpente que exalavam tanto veneno estavam agora cheios de horror duas rbitas brancas precipitando-se para fora. Havia um demnio espreita em meu corao que me instava a matar o maldito co naquele instante a manter a presso em seu odioso pescoo at que o sopro de vida se fosse! No ousava assassin-lo, mas no ousava deix-lo viver. Se eu o matasse, minha vida teria de pagar pelo crime se ele vivesse, apenas minha vida satisfaria sua sede de vingana. Uma voz l dentro me dizia para fugir. Ser um andarilho nos pntanos, um fugitivo e um vagabundo sobre a Terra, era prefervel vida que eu estava levando. (Doze anos de escravido, 2014.) Indique os termos que exercem a funo de sujeito nas oraes que constituem os versos 24 e 29 do poema de Luiz Gama e o que h de comum nesses versos no que se refere posio que ocupam em relao aos respectivos predicados.
(UNESP - 2015 - 2 FASE) No cemitrio de S. Benedito Em lgubre recinto escuro e frio, Onde reina o silncio aos mortos dado, Entre quatro paredes descoradas, Que o caprichoso luxo no adorna, 5 Jaz da terra coberto humano corpo, que escravo sucumbiu, livre nascendo! Das hrridas cadeias desprendido, Que s forjam sacrlegos tiranos, Dorme o sono feliz da eternidade. 10 No cercam a morada lutuosa Os salgueiros, os fnebres ciprestes, Nem lhe guarda os umbrais da sepultura Pesada laje de espartano mrmore, Somente levantado em quadro negro 15 Epitfio se l, que impe silncio! Descansam neste lar caliginoso1 O msero cativo, o desgraado!... Aqui no vem rasteira a vil lisonja Os feitos decantar da tirania, 20 Nem ofuscando a luz da s verdade Eleva o crime, perpetua a infmia. Aqui no se ergue altar ou trono douro Ao torpe mercador de carne humana. Aqui se curva o filho respeitoso 25 Ante a lousa materna, e o pranto em fio Cai-lhe dos olhos revelando mudo A histria do passado. Aqui nas sombras Da funda escurido do horror eterno, Dos braos de uma cruz pende o mistrio, 30 Faz-se o cetro2 bordo3, andrajo a tnica, Mendigo o rei, o potentado4 escravo! (Primeiras trovas burlescas e outros poemas, 2000.) 1 caliginoso: muito escuro, tenebroso. 2 cetro: basto de comando usado pelos reis. 3 bordo: cajado grosso usado como apoio ao caminhar. 4 potentado: pessoa muito rica e poderosa. Doze anos de escravido Houvera momentos em minha infeliz vida, muitos, em que o vislumbre da morte como o fim de sofrimentos terrenos do tmulo como um local de descanso para um corpo cansado e alquebrado tinha sido agradvel de imaginar. Mas tal contemplao desaparece na hora do perigo. Nenhum homem, em posse de suas foras, consegue ficar imperturbvel na presena do rei dos horrores. A vida cara a qualquer coisa viva; o verme rastejante lutar por ela. Naquele momento, era cara para mim, escravizado e tratado tal como eu era. Sem conseguir livrar a mo dele, novamente o peguei pelo pescoo e dessa vez com uma empunhadura medonha que logo o fez afrouxar a mo. Tibeats ficou enfraquecido e desmobilizado. Seu rosto, que estivera branco de paixo, estava agora preto de asfixia. Aqueles olhos midos de serpente que exalavam tanto veneno estavam agora cheios de horror duas rbitas brancas precipitando-se para fora. Havia um demnio espreita em meu corao que me instava a matar o maldito co naquele instante a manter a presso em seu odioso pescoo at que o sopro de vida se fosse! No ousava assassin-lo, mas no ousava deix-lo viver. Se eu o matasse, minha vida teria de pagar pelo crime se ele vivesse, apenas minha vida satisfaria sua sede de vingana. Uma voz l dentro me dizia para fugir. Ser um andarilho nos pntanos, um fugitivo e um vagabundo sobre a Terra, era prefervel vida que eu estava levando. (Doze anos de escravido, 2014.) O filme 12 anos de escravido, considerado uma excelente obra de arte cinematogrfica pela crtica, tem seu roteiro baseado na narrativa Doze anos de escravido. Assistindo-se ao filme e lendo a narrativa, percebe-se, por exemplo, a ausncia no filme de algumas cenas presentes na narrativa. Esse fato deve ser considerado uma falha do filme? Justifique sua resposta.
(UNESP - 2015 - 2 FASE) A indstria de doces utiliza grande quantidade de acar invertido para a produo de biscoitos, bolos, bombons, dentre outros produtos. O acar invertido consiste em um xarope transparente, isento de odores, com poder edulcorante maior que o da sacarose e obtido a partir da reao de hidrlise cida ou enzimtica, de acordo com a equao: Em uma reao de hidrlise enzimtica, inicialmente, a concentrao de sacarose era de 0,12 mol . L-1Aps 10hde reao, a concentrao caiu para 0,06 mol . L-1e, aps 20hde reao, a concentrao caiu para 0,03 mol . L-1Determine a meia-vida da reao e a velocidade mdia de consumo da sacarose, em mol . L-1no intervalo entre 600e 1200 min
(Unesp 2015) Renato e Alice fazem parte de um grupo de 8pessoas que serão colocadas, ao acaso, em fila. Calcule a probabilidade de haver exatamente 4pessoas entre Renato e Alice na fila que será formada. Generalize uma fórmula para o cálculo da probabilidade do problema descrito acima com o mesmo grupo de 8pessoas, trocando 4pessoas por mpessoas, em que .A probabilidade deverá ser dada em função de m.
(UNESP - 2015/2 - 1 FASE)Analise a imagem de satlite meteorolgico e os mapas de precipitao, presso atmosfrica e umidade relativa do ar no territrio brasileiro, captados s 12 horas do dia 27 de outubro de 2010, para responder questo. Considerando conhecimentos sobre a dinmica atmosfrica, correto afirmar que os nmeros 1, 2 e 3 na imagem de satlite correspondem, respectivamente, a
(UNESP - 2015 - 2 FASE) Em um laboratrio didtico, um aluno montou pilhas eltricas usando placas metlicas de zinco e cobre, separadas com pedaos de papel-toalha, como mostra a figura. Utilizando trs pilhas ligadas em srie, o aluno montou o circuito eltrico esquematizado, a fim de produzir corrente eltrica a partir de reaes qumicas e acender uma lmpada. Com o conjunto e os contatos devidamente fixados, o aluno adicionou uma soluo de sulfato de cobre (CuSO4)aos pedaos de papel-toalha de modo a umedec-los e, instantaneamente, houve o acendimento da lmpada. A tabela apresenta os valores de potencial-padro para algumas semirreaes. Considerando os dados da tabela e que o experimento tenha sido realizado nas condies ambientes, escreva a equao global da reao responsvel pelo acendimento da lmpada e calcule a diferena de potencial (ddp) terica da bateria montada pelo estudante.
(UNESP - 2015/2 - 2 fase - Questo 21) Em muitos experimentos envolvendo cargas eltricas, conveniente que elas mantenham sua velocidade vetorial constante. Isso pode ser conseguido fazendo a carga movimentar-se em uma regio onde atuam um campo eltrico e um campo magntico ,ambos uniformes e perpendiculares entre si. Quando as magnitudes desses campos so ajustadas convenientemente, a carga atravessa a regio em movimento retilneo e uniforme. A figura representa um dispositivo cuja finalidade fazer com que uma partcula eletrizada com carga eltrica q 0atravesse uma regio entre duas placas paralelas P1 e P2eletrizadas com cargas de sinais opostos, seguindo a trajetria indicada pela linha tracejada. O smbolo representa um campo magntico uniforme B = 0,04 T,com direo horizontal, perpendicular ao plano que contm a figura e com sentido para dentro dele. As linhas verticais, ainda no orientadas e paralelas entre si, representam as linhas de fora de um campo eltrico uniforme de mdulo E = 20N/C. Desconsiderando a ao do campo gravitacional sobre a partcula e considerando que os mdulos de e sejam ajustados para que a carga no desvie quando atravessar o dispositivo, determine, justificando, se as linhas de fora do campo eltrico devem ser orientadas no sentido da placa P1 ou da placa P2 e calcule o mdulo da velocidade v da carga, em m/s.
(UNESP - 2015 - 2 FASE) Em uma novela recentemente exibida na TV, um dos personagens picado por uma cobra e, para curar-se, recorre a remdios caseiros e crenas da cultura popular. O mdico da cidade, que no havia sido chamado para tratar do caso, afirmou que a prtica adotada no era recomendvel, e que a cura s se deu porque provavelmente a cobra no era venenosa. Em se tratando de uma cobra peonhenta, qual o tratamento mais adequado: soro ou vacina? Seria importante saber a espcie da cobra? Justifique suas respostas.
Ao implacvel Pesquisadores descobrem no solo antibitico natural capaz de matar bactrias resistentes causadoras de doenas graves, como infeces hospitalares e tuberculose. (http://cienciahoje.uol.com.br) O novo antibitico, a teixobactina, impede a sntese da parede celular de alguns tipos de bactrias por se ligar a substncias precursoras de lipdios dessa parede. Alm de presente nas bactrias, a parede celular tambm encontrada
(UNESP - 2015 - 2 FASE) O Acre est praticamente isolado do restante do Pas. Um trecho da BR-364, ligao entre o Acre e Rondnia, foi interditado por causa da chuva. A gua tomou conta de toda a regio e a estrada ficou embaixo dgua. O nvel do rio Madeira, que corta os dois estados, est quase 18 metros acima do normal. a pior cheia em 100 anos. Empresas de nibus cancelaram as viagens e h risco de desabastecimento de combustvel. O governo do Acre estuda a possibilidade de trazer o combustvel do Peru. Mais de 2 000 famlias esto desabrigadas em Rio Branco e Porto Velho. (http://noticias.r7.com, 20.02.2014. Adaptado.) Defina uma caracterstica do regime fluvial e outra do relevo da regio amaznica e correlacione essas caractersticas com as situaes de enchente e o isolamento territorial ocorridos no estado do Acre no incio de 2014.