(ITA - 2010 - 1 FASE) O texto abaixo a resposta a uma pergunta dirigida escritora estadunidense Lenore Skenazy, quando entrevistada. As coisas mudaram muito em termos do que achamos necessrio fazer para manter nossos filhos seguros. Um exemplo: s 10% das crianas americanas vo para a escola sozinhas hoje em dia. Mesmo quando vo de nibus, so levadas pelos pais at a porta do veculo. Chegou a ponto de colocarem venda vagas que do o direito de o pai parar o carro bem em frente porta na hora de levar e buscar os filhos. Os pais se acham timos porque gastam algumas centenas de dlares na segurana das crianas. Mas o que voc realmente fez pelo seu filho? Se o seu filho est numa cadeira de rodas, voc vai querer estacionar em frente porta. Essa a vaga normalmente reservada aos portadores de deficincia. Ento, voc assegurou ao seu filho saudvel a chance de ser tratado como um invlido. Isso considerado um exemplo de paternidade hoje em dia. (Isto, 22/07/2009) A palavra isso, na ltima linha do texto, retoma o fato de
(ITA - 2010 - 1 FASE) Acerca do livro Quincas Borba (1891), de Machado de Assis, INCORRETO dizer que:
(ITA - 2010 - 1 FASE) Na obra Quaderna (1960), Joo Cabral de Melo Neto incluiu um conjunto de textos, intitulado Poemas da cabra, cujo tema o papel desse animal no universo social e cultural nordestino. Um desses poemas reproduzido abaixo: Um ncleo de cabra visvel por debaixo de muitas coisas. Com a natureza da cabra Outras aprendem sua crosta. Um ncleo de cabra visvel em certos atributos roucos que tm as coisas obrigadas a fazer de seu corpo couro. A fazer de seu couro sola. a armar-se em couraas, escamas: como se d com certas coisas e muitas condies humanas. Os jumentos so animais que muito aprenderam da cabra. O nordestino, convivendo-a, fez-se de suamesma casta. Acerca desse poema, NO se pode afirmar que:
(ITA - 2010 - 1 FASE) No romance A hora da estrela (1977), de Clarice Lispector, o narrador faz muitas observaes acerca de Macaba, tais como: I. H os que tm. E h os que no tm. muito simples: a moa no tinha. No tinha o qu? apenas isso mesmo: no tinha. II. Ela no pensava em Deus. Deus no pensava nela. III. Vejo a nordestina se olhando no espelho e um ruflar de tambor no espelho aparece o meu rosto cansado e barbudo. Tanto ns nos intertrocamos. IV. [...] ela era um acaso. [...] Pensando bem: quem no um acaso na vida? Tais frases nos permitem dizer que Macaba provoca no narrador
(ITA - 2010 - 1 FASE) O poema abaixo faz parte da obra Livro sobre nada (1996), de Manoel de Barros: A cincia pode classificar e nomear os rgos de um sabi mas no pode medir seus encantos A cincia no pode calcular quantos cavalos de fora existem nos encantos de um sabi Quem acumula muita informao perde o condo de adivinhar: divinare. Os sabis divinam. certo dizer que estamos diante de um poema
(ITA - 2010 - 1 FASE) Acerca de Paulo Honrio, narrador protagonista do romance So Bernardo (1934), de Graciliano Ramos, INCORRETO dizer que:
(ITA - 2010 - 1 FASE) No ltimo livro que publicou em vida, Teia (1996), a escritora Orides Fontela escreveu o poema abaixo. Joo I De barro o operrio e a casa (de barro o nome e a obra) II O pssaro-operrio madruga: construir a casa construir o canto ganhar construir o dia III O pssaro faz o seu trabalho e o trabalho faz o pssaro IV O duro impuro labor: construir-se. V O canto anterior ao pssaro a casa anterior ao barro O nome anterior vida. Podemos afirmar que: I. nem a parte I nem a II indicam que o pssaro joo-de-barro pode ser visto como metfora de um determinado tipo social. II. apenas a parte III sugere que o trabalho feito pelo joo-de-barro aproxima-se daquele feito por um operrio. III. o poema, em seu todo, aproxima metaforicamente o joo-de-barro de um trabalhador brasileiro (um Joo, como o ttulo indica). IV. como no caso do pssaro, tambm para o operrio vale a idia de que o homem faz o trabalho e o trabalho faz o homem. Esto corretas apenas as afirmaes:
(ITA - 2009 - 1 FASE) Considere as afirmaes abaixo: I. Para a autora, o luxo de Paris no se restringe somente ao aspecto fsico da cidade. II. A autora mostra algumas diferenas entre viver em Paris e em uma cidade brasileira como So Paulo. III. A autora, tomada pela francofilia, quer mostrar, ao longo do texto, o luxo urbano raro de Paris. De acordo com o texto, est(o) correta(s)
(ITA - 2009 - 1 FASE) [1] Vou direto ao ponto: estive em Paris. Est dito e precisava ser dito, logo vero por qu. Mas difcil escapar impresso de pedantismo ou de exibicionismo, ao dizer isto. Culpa da nossa velha francofilia (j um tanto fora de moda). Ou do complexo de eternos colonizados diante dos pases de primeiro mundo. Alguns significantes, como Nova Iorque ou Paris, produzem fascnio instantneo. Se eu disser fui a Paris, o [5] interlocutor responder sempre: que luxo!. E se contar: fui assaltada em Paris, ou fui atropelada em Paris, bem provvel que escute: mas que luxo, ser assaltada (atropelada) em Paris! O pior que verdade. um verdadeiro luxo, Paris. No por causa do Louvre, da Place Vndome ou dos Champs lises. Nem pelas mercadorias todas, lindas, chiques, caras, que nem penso em trazer para casa. Meu luxo andar nas ruas, a qualquer hora da noite ou do dia, sozinha ou acompanhada, a p, de [10] nibus ou de metr (nunca de txi) e no sentir medo de nada. Melhor: de ningum. Meu luxo enfrentar sem medo o corpo a corpo com a cidade, com a multido. O artigo de luxo que eu traria de Paris para a vida no Brasil, se eu pudesse artigo que no se globalizou, ao contrrio, a cada dia fica mais raro e caro seria este. O luxo de viver sem medo. Sem medo de qu? De doenas? Da velhice? Da morte, da solido? No, estes medos fazem parte da condio humana. [15] Pertencemos a esta espcie desnaturada, a nica que sabe de antemo que o coroamento da vida consiste na decadncia fsica, na perda progressiva dos companheiros de gerao e, para coroar tudo, na morte. Do medo deste previsvel grand finale no se escapa. O luxo de viver sem medo a que me refiro bem outro. O de circular na cidade sem temer o semelhante, sem que o fantasma de um encontro violento esteja sempre presente. No escrevi viver numa sociedade sem [20] violncia, j que a violncia parte integrante da vida social. Basta que a expectativa da violncia no predomine sobre todas as outras. Que a preocupao com a segurana (que no Brasil de hoje se traduz nas mais variadas formas de isolamento) no seja o critrio principal para definir a qualidade da vida urbana. No vale dizer que fora do socialismo este problema no tem soluo. H mais conformismo do que parece em apostar todas as fichas da poltica na utopia. Enquanto a sociedade ideal no vem, estaremos condenados a [25] viver to mal como vivemos todos por aqui? Temos que nos conformar com a sociabilidade do medo? Mas eu conheo, eu vivi numa cidade diferente desta em que vivo hoje. Esta cidade era So Paulo. J fiz longas caminhadas a p pelo centro, de madrugada. Namorando, conversando com amigos, pelo prazer despreocupado da flnerie*. A passagem do ano de 1981 para 82 est viva na minha lembrana. Uma amiga pernambucana quis conhecer a esquina de Sampa. Fomos, num grupo de quatro pessoas, at a Ipiranga com [30] a So Joo. Dali nos empolgamos e seguimos pelo centro velho. Mendigos na rua no causavam medo. Do Paysandu (o Ponto Chic estava aberto, claro!) seguimos pelo Arouche, Repblica, So Lus, Municipal, Patriarca, S; o dia primeiro nasceu no Largo So Bento. No escrevo movida pelo saudosismo, mas pela esperana. Isso faz to pouco tempo! Sei l como os franceses conseguiram preservar seu raro luxo urbano. Talvez o valor do espao pblico, entre eles, no tenha [35] sido superado pelo dos privilgios privados. Talvez a lei se proponha, de fato, a valer para todos. Pode ser que a justia funcione melhor. E que a sociedade no abra mo da aposta nos direitos. Pode ser que a violncia necessria se exera, prioritariamente, no campo da poltica, e no da criminalidade. Se for assim, acabo de mudar de idia. Viver sem medo no , no pode ser um luxo. bsico; o grau zero da vida em sociedade. Viver com medo que uma grande humilhao. (Maria Rita Kehl. Voc tem medo de [40] qu? Em: http://www.mariaritakehl.psc.br, 2007, adaptado.) *flnerie (substantivo feminino): passeio sem destino. *os nmeros entre colchetes correspondem s linhas do texto original. Da leitura do texto, NO se pode inferir que
(ITA - 2009 - 1 FASE) Assinale a opo em que o uso do sinal de pontuao NO se justifica pelo mesmo motivo nas duas ocorrncias.
(ITA - 2009 - 1 FASE) O destaque para o luxo urbano de Paris dado principalmente porque a cidade
(ITA -2009 - 1 FASE) [1] Vou direto ao ponto: estive em Paris. Est dito e precisava ser dito, logo vero por qu. Mas difcil escapar impresso de pedantismo ou de exibicionismo, ao dizer isto. Culpa da nossa velha francofilia (j um tanto fora de moda). Ou do complexo de eternos colonizados diante dos pases de primeiro mundo. Alguns significantes, como Nova Iorque ou Paris, produzem fascnio instantneo. Se eu disser fui a Paris, o [5] interlocutor responder sempre: que luxo!. E se contar: fui assaltada em Paris, ou fui atropelada em Paris, bem provvel que escute: mas que luxo, ser assaltada (atropelada) em Paris! O pior que verdade. um verdadeiro luxo, Paris. No por causa do Louvre, da Place Vndome ou dos Champs lises. Nem pelas mercadorias todas, lindas, chiques, caras, que nem penso em trazer para casa. Meu luxo andar nas ruas, a qualquer hora da noite ou do dia, sozinha ou acompanhada, a p, de [10] nibus ou de metr (nunca de txi) e no sentir medo de nada. Melhor: de ningum. Meu luxo enfrentar sem medo o corpo a corpo com a cidade, com a multido. O artigo de luxo que eu traria de Paris para a vida no Brasil, se eu pudesse artigo que no se globalizou, ao contrrio, a cada dia fica mais raro e caro seria este. O luxo de viver sem medo. Sem medo de qu? De doenas? Da velhice? Da morte, da solido? No, estes medos fazem parte da condio humana. [15] Pertencemos a esta espcie desnaturada, a nica que sabe de antemo que o coroamento da vida consiste na decadncia fsica, na perda progressiva dos companheiros de gerao e, para coroar tudo, na morte. Do medo deste previsvelgrand finaleno se escapa. O luxo de viver sem medo a que me refiro bem outro. O de circular na cidade sem temer o semelhante, sem que o fantasma de um encontro violento esteja sempre presente. No escrevi viver numa sociedade sem [20] violncia, j que a violncia parte integrante da vida social. Basta que a expectativa da violncia no predomine sobre todas as outras. Que a preocupao com a segurana (que no Brasil de hoje se traduz nas mais variadas formas de isolamento) no seja o critrio principal para definir a qualidade da vida urbana. No vale dizer que fora do socialismo este problema no tem soluo. H mais conformismo do que parece em apostar todas as fichas da poltica na utopia. Enquanto a sociedade ideal no vem, estaremos condenados a [25] viver to mal como vivemos todos por aqui? Temos que nos conformar com a sociabilidade do medo? Mas eu conheo, eu vivi numa cidade diferente desta em que vivo hoje. Esta cidade era So Paulo. J fiz longas caminhadas a p pelo centro, de madrugada. Namorando, conversando com amigos, pelo prazer despreocupado daflnerie*. A passagem do ano de 1981 para 82 est viva na minha lembrana. Uma amiga pernambucana quis conhecer a esquina de Sampa. Fomos, num grupo de quatro pessoas, at a Ipiranga com [30] a So Joo. Dali nos empolgamos e seguimos pelo centro velho. Mendigos na rua no causavam medo. Do Paysandu (o Ponto Chic estava aberto, claro!) seguimos pelo Arouche, Repblica, So Lus, Municipal, Patriarca, S; o dia primeiro nasceu no Largo So Bento. No escrevo movida pelo saudosismo, mas pela esperana. Isso faz to pouco tempo! Sei l como os franceses conseguiram preservar seu raro luxo urbano. Talvez o valor do espao pblico, entre eles, no tenha [35] sido superado pelo dos privilgios privados. Talvez a lei se proponha, de fato, a valer para todos. Pode ser que a justia funcione melhor. E que a sociedade no abra mo da aposta nos direitos. Pode ser que a violncia necessria se exera, prioritariamente, no campo da poltica, e no da criminalidade. Se for assim, acabo de mudar de idia. Viver sem medo no , no pode ser um luxo. bsico; o grau zero da vida em sociedade. Viver com medo que uma grande humilhao. (Maria Rita Kehl. Voc tem medo de [40] qu? Em: http://www.mariaritakehl.psc.br, 2007, adaptado.) *flnerie(substantivo feminino): passeio sem destino. *os nmeros entre colchetes correspondem s linhas do texto original. Da leitura do texto, pode-se inferir que
(ITA - 2009 - 1 FASE) Considere as afirmaes abaixo: I. Em So Paulo, at pouco tempo, era possvel preservar o luxo urbano de no se preocupar com a violncia nas ruas. II. No Brasil, geralmente, as pessoas superestimam os produtos de pases desenvolvidos e subestimam produtos nacionais. III. Diferentemente da Frana, no Brasil, segurana est prioritariamente relacionada ao isolamento urbano. Est(o) correta(s)
(ITA -2009 - 1 FASE) [1] Vou direto ao ponto: estive em Paris. Est dito e precisava ser dito, logo vero por qu. Mas difcil escapar impresso de pedantismo ou de exibicionismo, ao dizer isto. Culpa da nossa velha francofilia (j um tanto fora de moda). Ou do complexo de eternos colonizados diante dos pases de primeiro mundo. Alguns significantes, como Nova Iorque ou Paris, produzem fascnio instantneo. Se eu disser fui a Paris, o [5] interlocutor responder sempre: que luxo!. E se contar: fui assaltada em Paris, ou fui atropelada em Paris, bem provvel que escute: mas que luxo, ser assaltada (atropelada) em Paris! O pior que verdade. um verdadeiro luxo, Paris. No por causa do Louvre, da Place Vndome ou dos Champs lises. Nem pelas mercadorias todas, lindas, chiques, caras, que nem penso em trazer para casa. Meu luxo andar nas ruas, a qualquer hora da noite ou do dia, sozinha ou acompanhada, a p, de [10] nibus ou de metr (nunca de txi) e no sentir medo de nada. Melhor: de ningum. Meu luxo enfrentar sem medo o corpo a corpo com a cidade, com a multido. O artigo de luxo que eu traria de Paris para a vida no Brasil, se eu pudesse artigo que no se globalizou, ao contrrio, a cada dia fica mais raro e caro seria este. O luxo de viver sem medo. Sem medo de qu? De doenas? Da velhice? Da morte, da solido? No, estes medos fazem parte da condio humana. [15] Pertencemos a esta espcie desnaturada, a nica que sabe de antemo que o coroamento da vida consiste na decadncia fsica, na perda progressiva dos companheiros de gerao e, para coroar tudo, na morte. Do medo deste previsvelgrand finaleno se escapa. O luxo de viver sem medo a que me refiro bem outro. O de circular na cidade sem temer o semelhante, sem que o fantasma de um encontro violento esteja sempre presente. No escrevi viver numa sociedade sem [20] violncia, j que a violncia parte integrante da vida social. Basta que a expectativa da violncia no predomine sobre todas as outras. Que a preocupao com a segurana (que no Brasil de hoje se traduz nas mais variadas formas de isolamento) no seja o critrio principal para definir a qualidade da vida urbana. No vale dizer que fora do socialismo este problema no tem soluo. H mais conformismo do que parece em apostar todas as fichas da poltica na utopia. Enquanto a sociedade ideal no vem, estaremos condenados a [25] viver to mal como vivemos todos por aqui? Temos que nos conformar com a sociabilidade do medo? Mas eu conheo, eu vivi numa cidade diferente desta em que vivo hoje. Esta cidade era So Paulo. J fiz longas caminhadas a p pelo centro, de madrugada. Namorando, conversando com amigos, pelo prazer despreocupado daflnerie*. A passagem do ano de 1981 para 82 est viva na minha lembrana. Uma amiga pernambucana quis conhecer a esquina de Sampa. Fomos, num grupo de quatro pessoas, at a Ipiranga com [30] a So Joo. Dali nos empolgamos e seguimos pelo centro velho. Mendigos na rua no causavam medo. Do Paysandu (o Ponto Chic estava aberto, claro!) seguimos pelo Arouche, Repblica, So Lus, Municipal, Patriarca, S; o dia primeiro nasceu no Largo So Bento. No escrevo movida pelo saudosismo, mas pela esperana. Isso faz to pouco tempo! Sei l como os franceses conseguiram preservar seu raro luxo urbano. Talvez o valor do espao pblico, entre eles, no tenha [35] sido superado pelo dos privilgios privados. Talvez a lei se proponha, de fato, a valer para todos. Pode ser que a justia funcione melhor. E que a sociedade no abra mo da aposta nos direitos. Pode ser que a violncia necessria se exera, prioritariamente, no campo da poltica, e no da criminalidade. Se for assim, acabo de mudar de idia. Viver sem medo no , no pode ser um luxo. bsico; o grau zero da vida em sociedade. Viver com medo que uma grande humilhao. (Maria Rita Kehl. Voc tem medo de [40] qu? Em: http://www.mariaritakehl.psc.br, 2007, adaptado.) *flnerie(substantivo feminino): passeio sem destino. *os nmeros entre colchetes correspondem s linhas do texto original. Mas difcil escapar impresso de pedantismo ou de exibicionismo, ao dizer isto. (linhas 1 e 2) Com o pronome isto, a autora refere-se
(ITA - 2009 - 1 FASE) Assinale a opo que apresenta os significados corretos para os termos numerados: I. Pertencemos a esta espcie desnaturada, a nica que sabe de antemo[1] que o coroamento[2] da vida consiste na decadncia fsica, na perda progressiva dos companheiros de gerao e, para coroar tudo, na morte. (linhas 15 e 16) II. Pode ser que a violncia necessria se exera, prioritariamente[3], no campo da poltica, e no da criminalidade. (linhas 36 e 37)