Kuadro - O MELHOR CURSO PRÉ-VESTIBULAR
Kuadro - O MELHOR CURSO PRÉ-VESTIBULAR
MEDICINAITA - IMEENEMENTRAR
Logo do Facebook   Logo do Instagram   Logo do Youtube

Conquiste sua aprovação na metade do tempo!

No Kuadro, você aprende a estudar com eficiência e conquista sua aprovação muito mais rápido. Aqui você aprende pelo menos 2x mais rápido e conquista sua aprovação na metade do tempo que você demoraria estudando de forma convencional.

Questões de Português - ITA | Gabarito e resoluções

Questão 29
2009Português

(ITA - 2009 - 1 FASE) Assinale a opo cuja pergunta delimita o tema do texto:

Questão 30
2009Português

(ITA - 2009 - 1 FASE) [1]A vegetao do cerrado influenciada pelas caractersticas do solo e do clima, bem como pela freqncia de incndios. O excesso de alumnio provoca uma alta acidez no solo, o que diminui a disponibilidade de nutrientes e o torna txico para plantas no adaptadas. A hiptese do escleromorfismo oligotrfico defende que a elevada toxicidade do solo e a baixa fertilidade das plantas levariam ao nanismo e [5] tortuosidade da vegetao. Alm disso, a variao do clima nas diferentes estaes (sazonalidade) tem efeito sobre a quantidade de nutrientes e o nvel txico do solo. Com baixa umidade, a toxicidade se eleva e a disponibilidade de nutrientes diminui, influenciando o crescimento das plantas. J outra hiptese prope que o formato tortuoso das rvores do cerrado se deve ocorrncia de [10] incndios. Aps a passagem do fogo, as folhas e gemas (aglomerados de clulas que do origem a novos galhos) sofrem necrose e morrem. As gemas que ficam nas extremidades dos galhos so substitudas por gemas internas, que nascem em outros locais, quebrando a linearidade do crescimento. Quando a freqncia de incndios muito elevada, a parte area (galhos e folhas) do vegetal pode no se desenvolver e ele se torna uma planta an. Pode-se dizer, ento, que a combinao entre sazonalidade, [15]deficincia nutricional dos solos e ocorrncia de incndios determina as caractersticas da vegetao do cerrado. (Andr Stella e Isabel Figueiredo. Cincia hoje, maro/2008, adaptado.) *os nmeros entre colchetes correspondem s linhas do texto original. As relaes de causalidade so estabelecidas no texto, entre outros recursos, pelos verbos. Assinale a opo em que o sujeito e o complemento do verbo NO correspondem, respectivamente, ordem causa-conseqncia:

Questão 31
2009Português

(ITA - 2009 - 1 FASE) Os parnteses nos trechos abaixo so usados para inserir I. uma sntese, em a variao do clima nas diferentes estaes (sazonalidade) (linha 6). II. uma explicao, em as folhas e gemas (aglomerados de clulas que do origem a novos galhos) (linhas 10 e 11). III. uma explicao, em a parte area (galhos e folhas) (linha 13). Est(o) correta(s)

Questão 32
2009Português

(ITA - 2009 - 1 FASE) [1]A vegetao do cerrado influenciada pelas caractersticas do solo e do clima, bem como pela freqncia de incndios. O excesso de alumnio provoca uma alta acidez no solo, o que diminui a disponibilidade de nutrientes e o torna txico para plantas no adaptadas. A hiptese do escleromorfismo oligotrfico defende que a elevada toxicidade do solo e a baixa fertilidade das plantas levariam ao nanismo e [5]tortuosidade da vegetao. Alm disso, a variao do clima nas diferentes estaes (sazonalidade) tem efeito sobre a quantidade de nutrientes e o nvel txico do solo. Com baixa umidade, a toxicidade se eleva e a disponibilidade de nutrientes diminui, influenciando o crescimento das plantas. J outra hiptese prope que o formato tortuoso das rvores do cerrado se deve ocorrncia de [10]incndios. Aps a passagem do fogo, as folhas e gemas (aglomerados de clulas que do origem a novos galhos) sofrem necrose e morrem. As gemas que ficam nas extremidades dos galhos so substitudas por gemas internas, que nascem em outros locais, quebrando a linearidade do crescimento. Quando a freqncia de incndios muito elevada, a parte area (galhos e folhas) do vegetal pode no se desenvolver e ele se torna uma planta an. Pode-se dizer, ento, que a combinao entre sazonalidade, [15]deficincia nutricional dos solos e ocorrncia de incndios determina as caractersticas da vegetao do cerrado. (Andr Stella e Isabel Figueiredo. Cincia hoje, maro/2008, adaptado.) *os nmeros entre colchetes indicam as linhas do texto original. Abaixo so apresentadas trs das acepes da palavra hiptese, extradas do Dicionrio Houaiss eletrnico 5.0, CD-ROM: Substantivo feminino I. suposio, conjectura, pela qual a imaginao antecipa o conhecimento, com o fim de explicar ou prever a possvel realizao de um fato e deduzir-lhe as conseqncias; pressuposio, presuno II. proposio (ou conjunto de proposies) antecipada provisoriamente como explicao de fatos, fenmenos naturais, e que deve ser ulteriormente verificada pela deduo ou pela experincia; conjectura III. aquilo que se toma como dados de um problema (ou como enunciaes) a partir do qual se parte para demonstrar um teorema. A palavra hiptese, usada duas vezes no texto (linhas 3 e 9), corresponde apenas (s) acepo(es)

Questão 33
2009Português

(ITA - 2009 - 1 FASE) Considere o trecho abaixo: Aps a passagem do fogo, as folhas e gemas (aglomerados de clulas que do origem a novos galhos) sofrem necrose e morrem. As gemas que ficam nas extremidades dos galhos so substitudas por gemas internas, que nascem em outros locais, quebrando a linearidade do crescimento. (3 pargrafo) Nesse trecho, as oraes adjetivas permitem afirmar que I. nem todas as clulas produzem novos galhos. II. algumas gemas se localizam nas extremidades dos galhos. III. todas as gemas internas nascem em outros pontos do galho. Est(o) correta(s)

Questão 34
2009Português

(ITA - 2009 - 1 FASE) Assinale a opo em que a ausncia da vrgula NO altera o sentido da frase.

Questão 35
2009Português

(ITA - 2009 - 1 FASE) Leia o poema abaixo, O anel de vidro, de Manuel Bandeira. Aquele pequenino anel que tu me deste, Ai de mim era vidro e logo se quebrou... Assim tambm o eterno amor que prometeste, Eterno! era bem pouco e cedo se acabou. Frgil penhor que foi do amor que me tiveste, Smbolo da afeio que o tempo aniquilou Aquele pequenino anel que tu me deste, Ai de mim era vidro e logo se quebrou... No me turbou, porm, o despeito que investe Gritando maldies contra aquilo que amou. De tu conservo na alma a saudade celeste... Como tambm guardei o p que me ficou Daquele pequenino anel que tu me deste. Nesse texto,

Questão 36
2009Português

(ITA - 2009 - 1 FASE) Leia o poema abaixo, Inscrio na areia, de Ceclia Meireles Nesse texto,

Questão 37
2009Português

[ITA - 1 FASE -2009] Leia o poema abaixo, Na contramo, de Chacal. Acerca desse poema, considere as seguintes afirmaes: I. Ele possui uma das marcas mais tpicas da poesia contempornea, que a brevidade. II. notria a informalidade da linguagem, que afasta o poema da tradio culta e erudita. III. H um sentimentalismo contemporneo que filtra os excessos da expresso sentimental. IV. Existe a persistncia do tema do desencontro amoroso (tradicional na literatura). Est(o) correta(s)

Questão 38
2009Português

(ITA - 2009 - 1 FASE) Quando comparamos a fico romntica de Jos de Alencar com as obras realistas de Machado de Assis, possvel diferenci-las em muitos pontos, tais como: I. A fico romntica, em geral, termina com a unio do casal no casamento (como em Senhora, em que a unio do casal s se realiza no fim do livro), ao passo que a narrativa realista costuma terminar com a dissoluo do casamento (como em Dom Casmurro). II. Na fico romntica, visvel que tudo gira em torno do sentimento amoroso (como em Senhora), mas na fico realista o que se percebe muito mais erotismo que amor (como em Memrias pstumas de Brs Cubas, em que h o envolvimento adltero de Virglia e Brs Cubas). III. Os protagonistas das obras romnticas so muito virtuosos (como Peri em O Guarani), j os protagonistas das obras realistas so comuns (como em Dom Casmurro). IV. As obras romnticas so sempre localizadas no passado histrico (como em O Guarani), enquanto as realistas so invariavelmente localizadas no presente (como em Quincas Borba). Est(o) correta(s)

Questão 39
2009Português

(ITA - 2009 - 1 FASE) Os romances de Machado de Assis e os de Graciliano Ramos so exemplos bem acabados da forte presena do realismo na Literatura Brasileira. Entretanto, h diferenas bem marcantes entre a fico realista do sculo XIX e a fico de cunho realista da gerao de 30. Algumas delas so: I. As obras realistas do sculo XIX (em particular os romances de Machado de Assis) retratam a burguesia rica, enquanto os romances de Graciliano Ramos retratam apenas os retirantes vtimas da seca. II. No sculo XIX, o realismo tem preferncia pela temtica do adultrio feminino e do tringulo amoroso, tema este que no central nas obras da gerao de 30, que se preocupam mais com a desigualdade social. III. Os romances machadianos so urbanos; as obras de Graciliano Ramos retratam, em geral, os ambientes rurais do Nordeste. IV. No realismo do sculo XIX, as personagens, em geral, so mesquinhas, vis e medocres. J na fico realista dos anos 30, as personagens so, sobretudo, produtos de um meio social adverso e injusto. Est(o) correta(s)

Questão 40
2009Português

(ITA - 2009 - 1 FASE) O conto A terceira margem do rio, que faz parte do livro Primeiras estrias, de Guimares Rosa, um dos textos mais clebres e complexos do autor. Acerca desse conto, correto afirmar que

Questão 23
2008Português

(ITA - 2008 - 1 FASE) 1Com um pouco de exagero, costumo dizer que todo jogo de azar. Falo assim referindo-me ao futebol que, ao contrrio da roleta ou da loteria, implica ttica e estratgia, sem falar no principal, que o talento e a 3habilidade dos jogadores. Apesar disso, no consegue eliminar o azar, isto , o acaso. 4E j que falamos em acaso, vale lembrar que, em francs, acaso escreve-se hasard, como no 5clebre verso de Mallarm, que diz: um lance de dados jamais eliminar o acaso. Ele est, no fundo, referindo-se ao fazer do poema que, em que pese a mestria e lucidez do poeta, est ainda assim sujeito ao azar, ou seja, ao acaso. 8Se no poema assim, imagina numa partida de futebol, que envolve 22 jogadores se movendo num 9campo de amplas dimenses. Se verdade que eles jogam conforme esquemas de marcao e ataque, 10seguindo a orientao do tcnico, deve-se no entanto levar em conta que cada jogador tem sua percepo da 11jogada e decide deslocar-se nesta ou naquela direo, ou manter-se parado, certo de que a bola chegar a 12seus ps. Nada disso se pode prever, da resultando um alto ndice de probabilidades, ou seja, de ocorrncias 13imprevisveis e que, portanto, escapam ao controle. 14Tomemos, como exemplo, um lance que quase sempre implica perigo de gol: o tiro de canto. No 15toa que, quando se cria essa situao, os jogadores da defesa se afligem em anular as possibilidades que tm os adversrios de fazerem o gol. Sentem-se ao sabor do acaso, da imprevisibilidade. O time adversrio desloca para a rea do que sofre o tiro de canto seus jogadores mais altos e, por isso mesmo, treinados para cabecear para dentro do gol. Isto reduz o grau de imprevisibilidade por aumentar as possibilidades do time atacante de aproveitar em seu favor o tiro de canto e fazer o gol. Nessa mesma medida, crescem, para a 20defesa, as dificuldades de evitar o pior. Mas nada disso consegue eliminar o acaso, uma vez que o batedor do 21escanteio, por mais exmio que seja, no pode com preciso absoluta lanar a bola na cabea de determinado 22jogador. Alm do mais, a inquietao ali na rea grande, todos os jogadores se movimentam, uns tentando 23escapar marcao, outros procurando marc-los. Essa movimentao, multiplicada pelo nmero de 24jogadores que se movem, aumenta fantasticamente o grau de imprevisibilidade do que ocorrer quando a bola 25for lanada. A que altura chegar ali? Qual jogador estar, naquele instante, em posio propcia para 26cabece-la, seja para dentro do gol, seja para longe dele? No existe treinamento ttico, posio privilegiada, 27nada que torne previsvel o desfecho do tiro de canto. A bola pode cair ao alcance deste ou daquele jogador e, 28dependendo da sorte, ser gol ou no. 29No quero dizer com isso que o resultado das partidas de futebol seja apenas fruto do acaso, mas a 30verdade que, sem um pouco de sorte, neste campo, como em outros, no se vai muito longe; jogadores, 31tcnicos e torcedores sabem disso, tanto que todos querem se livrar do chamado p frio. Como no pretendo 32passar por supersticioso, evito aderir abertamente a essa tese, mas quando vejo, durante uma partida, meu 33time perder gols feitos, nasce-me o desagradvel temor de que aquele no um bom dia para ns e de que a derrota certa. 35Que eu, mero torcedor, pense assim, compreensvel, mas que dizer de tcnicos de futebol que vivem de tero na mo e medalhas de santos sob a camisa e que, em face de cada lance decisivo, as puxam para fora, as beijam e murmuram oraes? Isso para no falar nos que consultam pais-de-santo e pagam promessas a Iemanj. como se dissessem: treino os jogadores, trao o esquema de jogo, armo jogadas, 39mas, independentemente disso, existem foras imponderveis que s obedecem aos santos e pais-de-santo; 40so as foras do acaso. 41Mas no se pode descartar o fator psicolgico que, como se sabe, atua sobre os jogadores de qualquer 42esporte; tanto isso certo que, hoje, entre os preparadores das equipes h sempre um psiclogo. De fato, se 43o jogador no estiver psicologicamente preparado para vencer, no dar o melhor de si. 44Exemplifico essa crena na psicologia com a histria de um tcnico ingls que, num jogo decisivo da 45Copa da Europa, teve um de seus jogadores machucado. No era um craque, mas sua perda desfalcaria o time. O mdico da equipe, depois de atender o jogador, disse ao tcnico: Ele j voltou a si do desmaio, mas 47no sabe quem . E o tcnico: timo! Diga que ele o Pel e que volte para o campo imediatamente. (Ferreira Gullar. Jogos de azar. Em: Folha de S. Paulo, 24/06/2007.) ndices em canto superior esquerdo de palavras indicam nmero da linha no texto original. No penltimo pargrafo, a conjuno mas (linha 41) estabelece com os demais argumentos do texto uma relao de

Questão 24
2008Português

(ITA - 2008 - 1 FASE) 1Com um pouco de exagero, costumo dizer que todo jogo de azar. Falo assim referindo-me ao futebol que, ao contrrio da roleta ou da loteria, implica ttica e estratgia, sem falar no principal, que o talento e a 3habilidade dos jogadores. Apesar disso, no consegue eliminar o azar, isto , o acaso. 4E j que falamos em acaso, vale lembrar que, em francs, acaso escreve-se hasard, como no 5clebre verso de Mallarm, que diz: um lance de dados jamais eliminar o acaso. Ele est, no fundo, referindo-se ao fazer do poema que, em que pese a mestria e lucidez do poeta, est ainda assim sujeito ao azar, ou seja, ao acaso. 8Se no poema assim, imagina numa partida de futebol, que envolve 22 jogadores se movendo num 9campo de amplas dimenses. Se verdade que eles jogam conforme esquemas de marcao e ataque, 10seguindo a orientao do tcnico, deve-se no entanto levar em conta que cada jogador tem sua percepo da 11jogada e decide deslocar-se nesta ou naquela direo, ou manter-se parado, certo de que a bola chegar a 12seus ps. Nada disso se pode prever, da resultando um alto ndice de probabilidades, ou seja, de ocorrncias 13imprevisveis e que, portanto, escapam ao controle. 14Tomemos, como exemplo, um lance que quase sempre implica perigo de gol: o tiro de canto. No 15toa que, quando se cria essa situao, os jogadores da defesa se afligem em anular as possibilidades que tm os adversrios de fazerem o gol. Sentem-se ao sabor do acaso, da imprevisibilidade. O time adversrio desloca para a rea do que sofre o tiro de canto seus jogadores mais altos e, por isso mesmo, treinados para cabecear para dentro do gol. Isto reduz o grau de imprevisibilidade por aumentar as possibilidades do time atacante de aproveitar em seu favor o tiro de canto e fazer o gol. Nessa mesma medida, crescem, para a 20defesa, as dificuldades de evitar o pior. Mas nada disso consegue eliminar o acaso, uma vez que o batedor do 21escanteio, por mais exmio que seja, no pode com preciso absoluta lanar a bola na cabea de determinado 22jogador. Alm do mais, a inquietao ali na rea grande, todos os jogadores se movimentam, uns tentando 23escapar marcao, outros procurando marc-los. Essa movimentao, multiplicada pelo nmero de 24jogadores que se movem, aumenta fantasticamente o grau de imprevisibilidade do que ocorrer quando a bola 25for lanada. A que altura chegar ali? Qual jogador estar, naquele instante, em posio propcia para 26cabece-la, seja para dentro do gol, seja para longe dele? No existe treinamento ttico, posio privilegiada, 27nada que torne previsvel o desfecho do tiro de canto. A bola pode cair ao alcance deste ou daquele jogador e, 28dependendo da sorte, ser gol ou no. 29No quero dizer com isso que o resultado das partidas de futebol seja apenas fruto do acaso, mas a 30verdade que, sem um pouco de sorte, neste campo, como em outros, no se vai muito longe; jogadores, 31tcnicos e torcedores sabem disso, tanto que todos querem se livrar do chamado p frio. Como no pretendo 32passar por supersticioso, evito aderir abertamente a essa tese, mas quando vejo, durante uma partida, meu 33time perder gols feitos, nasce-me o desagradvel temor de que aquele no um bom dia para ns e de que a derrota certa. 35Que eu, mero torcedor, pense assim, compreensvel, mas que dizer de tcnicos de futebol que vivem de tero na mo e medalhas de santos sob a camisa e que, em face de cada lance decisivo, as puxam para fora, as beijam e murmuram oraes? Isso para no falar nos que consultam pais-de-santo e pagam promessas a Iemanj. como se dissessem: treino os jogadores, trao o esquema de jogo, armo jogadas, 39mas, independentemente disso, existem foras imponderveis que s obedecem aos santos e pais-de-santo; 40so as foras do acaso. 41Mas no se pode descartar o fator psicolgico que, como se sabe, atua sobre os jogadores de qualquer 42esporte; tanto isso certo que, hoje, entre os preparadores das equipes h sempre um psiclogo. De fato, se 43o jogador no estiver psicologicamente preparado para vencer, no dar o melhor de si. 44Exemplifico essa crena na psicologia com a histria de um tcnico ingls que, num jogo decisivo da 45Copa da Europa, teve um de seus jogadores machucado. No era um craque, mas sua perda desfalcaria o time. O mdico da equipe, depois de atender o jogador, disse ao tcnico: Ele j voltou a si do desmaio, mas 47no sabe quem . E o tcnico: timo! Diga que ele o Pel e que volte para o campo imediatamente. (Ferreira Gullar. Jogos de azar. Em: Folha de S. Paulo, 24/06/2007.) ndices em canto superior esquerdo de palavras indicam nmero da linha no texto original. Da frase iniciada na linha 42, De fato, se o jogador..., pode-se concluir que o autor

Questão 25
2008Português

[QUESTO ANULADA] (ITA - 2008 - 1 FASE) 1Com um pouco de exagero, costumo dizer que todo jogo de azar. Falo assim referindo-me ao futebol que, ao contrrio da roleta ou da loteria, implica ttica e estratgia, sem falar no principal, que o talento e a 3habilidade dos jogadores. Apesar disso, no consegue eliminar o azar, isto , o acaso. 4E j que falamos em acaso, vale lembrar que, em francs, acaso escreve-se hasard, como no 5clebre verso de Mallarm, que diz: um lance de dados jamais eliminar o acaso. Ele est, no fundo, referindo-se ao fazer do poema que, em que pese a mestria e lucidez do poeta, est ainda assim sujeito ao azar, ou seja, ao acaso. 8Se no poema assim, imagina numa partida de futebol, que envolve 22 jogadores se movendo num 9campo de amplas dimenses. Se verdade que eles jogam conforme esquemas de marcao e ataque, 10seguindo a orientao do tcnico, deve-se no entanto levar em conta que cada jogador tem sua percepo da 11jogada e decide deslocar-se nesta ou naquela direo, ou manter-se parado, certo de que a bola chegar a 12seus ps. Nada disso se pode prever, da resultando um alto ndice de probabilidades, ou seja, de ocorrncias 13imprevisveis e que, portanto, escapam ao controle. 14Tomemos, como exemplo, um lance que quase sempre implica perigo de gol: o tiro de canto. No 15toa que, quando se cria essa situao, os jogadores da defesa se afligem em anular as possibilidades que tm os adversrios de fazerem o gol. Sentem-se ao sabor do acaso, da imprevisibilidade. O time adversrio desloca para a rea do que sofre o tiro de canto seus jogadores mais altos e, por isso mesmo, treinados para cabecear para dentro do gol. Isto reduz o grau de imprevisibilidade por aumentar as possibilidades do time atacante de aproveitar em seu favor o tiro de canto e fazer o gol. Nessa mesma medida, crescem, para a 20defesa, as dificuldades de evitar o pior. Mas nada disso consegue eliminar o acaso, uma vez que o batedor do 21escanteio, por mais exmio que seja, no pode com preciso absoluta lanar a bola na cabea de determinado 22jogador. Alm do mais, a inquietao ali na rea grande, todos os jogadores se movimentam, uns tentando 23escapar marcao, outros procurando marc-los. Essa movimentao, multiplicada pelo nmero de 24jogadores que se movem, aumenta fantasticamente o grau de imprevisibilidade do que ocorrer quando a bola 25for lanada. A que altura chegar ali? Qual jogador estar, naquele instante, em posio propcia para 26cabece-la, seja para dentro do gol, seja para longe dele? No existe treinamento ttico, posio privilegiada, 27nada que torne previsvel o desfecho do tiro de canto. A bola pode cair ao alcance deste ou daquele jogador e, 28dependendo da sorte, ser gol ou no. 29No quero dizer com isso que o resultado das partidas de futebol seja apenas fruto do acaso, mas a 30verdade que, sem um pouco de sorte, neste campo, como em outros, no se vai muito longe; jogadores, 31tcnicos e torcedores sabem disso, tanto que todos querem se livrar do chamado p frio. Como no pretendo 32passar por supersticioso, evito aderir abertamente a essa tese, mas quando vejo, durante uma partida, meu 33time perder gols feitos, nasce-me o desagradvel temor de que aquele no um bom dia para ns e de que a derrota certa. 35Que eu, mero torcedor, pense assim, compreensvel, mas que dizer de tcnicos de futebol que vivem de tero na mo e medalhas de santos sob a camisa e que, em face de cada lance decisivo, as puxam para fora, as beijam e murmuram oraes? Isso para no falar nos que consultam pais-de-santo e pagam promessas a Iemanj. como se dissessem: treino os jogadores, trao o esquema de jogo, armo jogadas, 39mas, independentemente disso, existem foras imponderveis que s obedecem aos santos e pais-de-santo; 40so as foras do acaso. 41Mas no se pode descartar o fator psicolgico que, como se sabe, atua sobre os jogadores de qualquer 42esporte; tanto isso certo que, hoje, entre os preparadores das equipes h sempre um psiclogo. De fato, se 43o jogador no estiver psicologicamente preparado para vencer, no dar o melhor de si. 44Exemplifico essa crena na psicologia com a histria de um tcnico ingls que, num jogo decisivo da 45Copa da Europa, teve um de seus jogadores machucado. No era um craque, mas sua perda desfalcaria o time. O mdico da equipe, depois de atender o jogador, disse ao tcnico: Ele j voltou a si do desmaio, mas 47no sabe quem . E o tcnico: timo! Diga que ele o Pel e que volte para o campo imediatamente. (Ferreira Gullar. Jogos de azar. Em: Folha de S. Paulo, 24/06/2007.) ndices em canto superior esquerdo de palavras indicam nmero da linha no texto original. Considere as seguintes afirmaes sobre a expresso perigo de gol (linha 14): I. exemplo de uso de linguagem denotativa, j que foi usada em sentido dicionarizado. II. exemplo de uso de linguagem tcnica, uma vez que configura uma terminologia especfica do futebol. III. exemplo de uso de linguagem popular, visto que utilizada por leigos em relao a lances, dos quais desconhecem os nomes. Est(ao) correta(s): a)apenas I. b)apenas II. c)apenas III. d)apenas I e II. e)todas.