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Questões de Português - AFA | Gabarito e resoluções

Questão 12
2019Português

(AFA - 2019) TEXTO II Gabriel, o Pensador Que tiro foi esse? No, no vou cair no cho, pelo menos agora Eu tambm sou brincalho, mas brincadeira tem hora L fora, no meu Rio, cada vez mais gente chora E cada vez mais gente boa tem vontade de ir embora O Rio que a gente adora comemora o carnaval E a violncia apavora, ou voc acha normal? A boca que explode, o silncio do medo O suspiro da morte banal O lamento de um povo que implora Por uma vitria do bem sobre o mal Ateno: confuso, invaso Tiroteio fechando a avenida outra vez Muita bala voando e acertando At mesmo as crianas; s vezes, bebs Criana, meu irmo, no estatstica, gente (...) E os valores so invertidos Se o desonesto malandro O menor tambm quer ser bandido Alguns, n, a minoria. (...) A me desmaiou no enterro Voc no desmaiaria? Que fora voc teria pra enterrar o seu garoto? Que foras ainda temos Pra nos amar uns aos outros? E nos armar de indignao por justia e educao (...) Pra que essas crianas no tenham morrido em vo Sofia, Maria Eduarda, Caque, Fernanda Arthur, Paulo Henrique, Renan Eduardo, Vanessa, Vitor Esses foram ano passado Quem ser que vai ser amanh? (https://genius.com/13846436. Acesso em 24 de fevereiro 2018) Observa-se, na cano de Gabriel, o Pensador, o uso de linguagem oral, a utilizao de rimas e interpelao ao leitor. Todos esses trs elementos NO esto presentes somente em

Questão 13
2019Português

(AFA - 2019) TEXTO II Gabriel, o Pensador Que tiro foi esse? No, no vou cair no cho, pelo menos agora Eu tambm sou brincalho, mas brincadeira tem hora L fora, no meu Rio, cada vez mais gente chora E cada vez mais gente boa tem vontade de ir embora O Rio que a gente adora comemora o carnaval E a violncia apavora, ou voc acha normal? A boca que explode, o silncio do medo O suspiro da morte banal O lamento de um povo que implora Por uma vitria do bem sobre o mal Ateno: confuso, invaso Tiroteio fechando a avenida outra vez Muita bala voando e acertando At mesmo as crianas; s vezes, bebs Criana, meu irmo, no estatstica, gente (...) E os valores so invertidos Se o desonesto malandro O menor tambm quer ser bandido Alguns, n, a minoria. (...) A me desmaiou no enterro Voc no desmaiaria? Que fora voc teria pra enterrar o seu garoto? Que foras ainda temos Pra nos amar uns aos outros? E nos armar de indignao por justia e educao (...) Pra que essas crianas no tenham morrido em vo Sofia, Maria Eduarda, Caque, Fernanda Arthur, Paulo Henrique, Renan Eduardo, Vanessa, Vitor Esses foram ano passado Quem ser que vai ser amanh? (https://genius.com/13846436. Acesso em 24 de fevereiro 2018) Assinale a alternativa que caracteriza corretamente a figura de linguagem em destaque.

Questão 14
2019Português

(AFA - 2019) TEXTO III Para que ningum a quisesse Porque os homens olhavam demais para a sua mulher, mandou que descesse a bainha dos vestidos e parasse de se pintar. Apesar disso, sua beleza chamava a ateno, e ele foi obrigado a exigir que eliminasse os decotes, jogasse fora os sapatos de saltos altos. Dos armrios tirou as roupas de seda, da gaveta tirou todas as jias. E vendo que, ainda assim, um ou outro olhar viril se acendia passagem dela, pegou a tesoura e tosquiou-lhe os longos cabelos. Agora podia viver descansado. Ningum a olhava duas vezes, homem nenhum se interessava por ela. Esquiva como um gato, no mais atravessava praas. E evitava sair. To esquiva se fez, que ele foi deixando de ocupar-se dela, permitindo que flusse em silncio pelos cmodos, mimetizada com os mveis e as sombras. Uma fina saudade, porm, comeou a alinhavar-se em seus dias. No saudade da mulher. Mas do desejo inflamado que tivera por ela. Ento lhe trouxe um batom. No outro dia um corte de seda. noite tirou do bolso uma rosa de cetim para enfeitar-lhe o que restava dos cabelos. Mas ela tinha desaprendido a gostar dessas coisas, nem pensava mais em lhe agradar. Largou o tecido em uma gaveta, esqueceu o batom. E continuou andando pela casa de vestido de chita, enquanto a rosa desbotava sobre a cmoda. (COLASANTI, Marina. Um espinho de Marfim outras histrias. Porto Alegre: LPM, 1999, p. 88 - 89.) Tendo como base as atitudes tomadas pelo homem no texto, podemos atribuir-lhe caractersticas como as citadas abaixo, EXCETO

Questão 15
2019Português

(AFA - 2019) TEXTO I Violncia: presente e passado da histria Vilma Homero Ao olhar para o passado, costumamos imaginar que estamos nos afastando dos tempos da barbrie pura e simples para alcanar uma almejada civilizao, calcada sobre relaes livres, iguais e fraternas, tpicas do homem culto. Um olhar sobre a histria, no entanto, pe em xeque esta viso utpica. Organizado pelos historiadores Regina Bustamante e Jos Francisco de Moura, o livroViolncia na Histria, publicado pela Mauad Editora com apoio da FAPERJ, rene diversos ensaios que mostram, ao longo do tempo, diferentes aspectos da violncia, propondo uma reflexo mais demorada sobre o tema. Nos ensaios reunidos no livro, podemos vislumbrar como, desde a antiguidade e ao longo da histria humana, a violncia se insere, sob diversos vieses, nas relaes de poder, seja entre Estado e cidados, entre livres e escravos, entre homens e mulheres, ou entre diferentes religies. Durante a Idade Mdia, por exemplo, vemos como a violncia se manifesta na religiosidade, durante o movimento das Cruzadas. Ou, hoje, no caso dos movimentos sociais, como ela acontece em relao aos excludos das favelas. O sentido amplo. A desigualdade social, por exemplo, um tipo de violncia; a expropriao do patrimnio cultural, que significa no permitir que a memria cultural de determinado grupo se manifeste, tambm, prossegue a organizadora. (...) A prpria palavra violncia, que etimologicamente deriva do latimvis, com significado de fora, virilidade, pode ser positiva em termos de transformao social, no sentido de uma violncia revolucionria, usada como forma de se tentar transformar uma sociedade em determinado momento. (...) Essas variadas abordagens vo aparecendo ao longo do livro. (...) Na Roma antiga, as penas, aplicadas aps julgamento, ganhavam um sentido religioso. Despido de sua humanidade, o ru era declarado homo sacer. Ou seja, sua vida passava a ser consagrada aos deuses. Segundo a pesquisadora Norma Mendes, havia o firme propsito de fazer da morte dos condenados um espetculo de carter exemplar, revestido de sentido religioso e de dominao, cuja funo era o reforo, manuteno e ratificao das relaes de poder. (...) O historiador Francisco Carlos Teixeira da Silva um dos que traz a discusso para o presente, analisando as transformaes polticas do ltimo sculo. Desde Voltaire at Kant e Hegel, acreditava-se no contnuo aperfeioamento da condio humana como uma marcha inexorvel em direo razo. (...) O Holocausto, perpetrado em um dos pases mais avanados e cultos poca, deixou claro que a luta pela dignidade humana um esforo contnuo e, pior de tudo, lento. (...) E, sobretudo, mais de 50 anos depois da II Guerra Mundial, a ocorrncia de outros genocdios Ruanda, Iugoslvia, Camboja etc. leva a refletir sobre a convivncia entre os homens nesse comeo do sculo XXI. O historiador prossegue: De forma paradoxal, a globalizao, conforme se aprofunda e pluga os homens a escalas planetrias, fortemente acompanhada pelo localismo e o particularismo religioso, tnico ou cultural, promovendo dios e incompreenses crescentes. Na Bsnia ou em Kosovo, na Faixa de Gaza ou na Irlanda do Norte, a capacidade de entendimento chegou a seu mais baixo nvel de tolerncia, e transpor uma linha, imaginria ou no, entre bairros pode representar a morte. Como nem tudo se limita s questes polticas e s guerras, o livro ainda analisa as formas que a violncia assume nas relaes de gnero, na religio, na cultura e aborda tambm a questo dos direitos humanos, vista sob a perspectiva de diferentes sistemas culturais. (http://www.faperj.br/?id=1518.2.4. Acesso em 05 de maro de 2018.) TEXTO II Gabriel, o Pensador Que tiro foi esse? No, no vou cair no cho, pelo menos agora Eu tambm sou brincalho, mas brincadeira tem hora L fora, no meu Rio, cada vez mais gente chora E cada vez mais gente boa tem vontade de ir embora O Rio que a gente adora comemora o carnaval E a violncia apavora, ou voc acha normal? A boca que explode, o silncio do medo O suspiro da morte banal O lamento de um povo que implora Por uma vitria do bem sobre o mal Ateno: confuso, invaso Tiroteio fechando a avenida outra vez Muita bala voando e acertando At mesmo as crianas; s vezes, bebs Criana, meu irmo, no estatstica, gente (...) E os valores so invertidos Se o desonesto malandro O menor tambm quer ser bandido Alguns, n, a minoria. (...) A me desmaiou no enterro Voc no desmaiaria? Que fora voc teria pra enterrar o seu garoto? Que foras ainda temos Pra nos amar uns aos outros? E nos armar de indignao por justia e educao (...) Pra que essas crianas no tenham morrido em vo Sofia, Maria Eduarda, Caque, Fernanda Arthur, Paulo Henrique, Renan Eduardo, Vanessa, Vitor Esses foram ano passado Quem ser que vai ser amanh? (https://genius.com/13846436. Acesso em 24 de fevereiro 2018) TEXTO III Para que ningum a quisesse Porque os homens olhavam demais para a sua mulher, mandou que descesse a bainha dos vestidos e parasse de se pintar. Apesar disso, sua beleza chamava a ateno, e ele foi obrigado a exigir que eliminasse os decotes, jogasse fora os sapatos de saltos altos. Dos armrios tirou as roupas de seda, da gaveta tirou todas as jias. E vendo que, ainda assim, um ou outro olhar viril se acendia passagem dela, pegou a tesoura e tosquiou-lhe os longos cabelos. Agora podia viver descansado. Ningum a olhava duas vezes, homem nenhum se interessava por ela. Esquiva como um gato, no mais atravessava praas. E evitava sair. To esquiva se fez, que ele foi deixando de ocupar-se dela, permitindo que flusse em silncio pelos cmodos, mimetizada com os mveis e as sombras. Uma fina saudade, porm, comeou a alinhavar-se em seus dias. No saudade da mulher. Mas do desejo inflamado que tivera por ela. Ento lhe trouxe um batom. No outro dia um corte de seda. noite tirou do bolso uma rosa de cetim para enfeitar-lhe o que restava dos cabelos. Mas ela tinha desaprendido a gostar dessas coisas, nem pensava mais em lhe agradar. Largou o tecido em uma gaveta, esqueceu o batom. E continuou andando pela casa de vestido de chita, enquanto a rosa desbotava sobre a cmoda. (COLASANTI, Marina. Um espinho de Marfim outras histrias. Porto Alegre: LPM, 1999, p. 88 - 89.) Os textos I, II e III possuem como temtica a questo da violncia. Sobre isso correto afirmar que

Questão 16
2019Português

(AFA - 2019) TEXTO III Para que ningum a quisesse Porque os homens olhavam demais para a sua mulher, mandou que descesse a bainha dos vestidos e parasse de se pintar. Apesar disso, sua beleza chamava a ateno, e ele foi obrigado a exigir que eliminasse os decotes, jogasse fora os sapatos de saltos altos. Dos armrios tirou as roupas de seda, da gaveta tirou todas as jias. E vendo que, ainda assim, um ou outro olhar viril se acendia passagem dela, pegou a tesoura e tosquiou-lhe os longos cabelos. Agora podia viver descansado. Ningum a olhava duas vezes, homem nenhum se interessava por ela. Esquiva como um gato, no mais atravessava praas. E evitava sair. To esquiva se fez, que ele foi deixando de ocupar-se dela, permitindo que flusse em silncio pelos cmodos, mimetizada com os mveis e as sombras. Uma fina saudade, porm, comeou a alinhavar-se em seus dias. No saudade da mulher. Mas do desejo inflamado que tivera por ela. Ento lhe trouxe um batom. No outro dia um corte de seda. noite tirou do bolso uma rosa de cetim para enfeitar-lhe o que restava dos cabelos. Mas ela tinha desaprendido a gostar dessas coisas, nem pensava mais em lhe agradar. Largou o tecido em uma gaveta, esqueceu o batom. E continuou andando pela casa de vestido de chita, enquanto a rosa desbotava sobre a cmoda. (COLASANTI, Marina. Um espinho de Marfim outras histrias. Porto Alegre: LPM, 1999, p. 88 - 89.) Assinale a alternativa que apresenta uma anlise morfossinttica correta.

Questão 1
2018Português

(AFA - 2018) TEXTO I MAIS QUE ORWELL, HUXLEY PREVIU NOSSO TEMPO Hlio Gurovitz Publicado em 1948, o livro 1984, de George Orwell, saltou para o topo da lista dos mais vendidos (...) A distopia de Orwel, mesmo situada no futuro, tinha um endereo certo em seu tempo: o stalinismo. (...) O mundo da ps-verdade, dos fatos alternativos e da anestesia intelectual nas redes sociais mais parece outra distopia, publicada em 1932: Admirvel mundo novo, de Aldous Huxley. No se trata de uma tese nova. Ela foi levantada pela primeira vez em 1985, num livreto do terico da comunicao americano Neil Postman: Amusing ourselves to death (Nos divertindo at morrer), relembrado por seu filho Andrew em artigo recente no The Guardian. Na viso de Huxley, no necessrio nenhum Grande Irmo para despojar a populao de autonomia, maturidade ou histria, escreveu Postman. Ela acabaria amando sua opresso, adorando as tecnologias que destroem sua capacidade de pensar. Orwell temia aqueles que proibiriam os livros. Huxley temia que no haveria motivo para proibir um livro, pois no haveria ningum que quisesse l-los. Orwell temia aqueles que nos privariam de informao. Huxley, aqueles que nos dariam tanta que seramos reduzidos passividade e ao egosmo. Orwell temia que a verdade fosse escondida de ns. Huxley, que fosse afogada num mar de irrelevncia. No futuro pintado por Huxley, (...) no h mes, pais ou casamentos. O sexo livre. A diverso est disponvel na forma de jogos esportivos, cinema multissensorial e de uma droga que garante o bem-estar sem efeito colateral: o soma. Restaram na Terra dez reas civilizadas e uns poucos territrios selvagens, onde grupos nativos ainda preservam costumes e tradies primitivos, como famlia ou religio. O mundo agora estvel, diz um lder civilizado. As pessoas so felizes, tm o que desejam e nunca desejam o que no podem ter. Sentem-se bem, esto em segurana; nunca adoecem; no tm medo da morte; vivem na ditosa ignorncia da paixo e da velhice; no se acham sobrecarregadas de pais e mes; no tm esposas, nem filhos, nem amantes por quem possam sofrer emoes violentas; so condicionadas de tal modo que praticamente no podem deixar de se portar como devem. E se, por acaso, alguma coisa andar mal, h o soma. Para chegar estabilidade absoluta, foi necessrio abrir mo da arte e da cincia. A felicidade universal mantm as engrenagens em funcionamento regular; a verdade e a beleza so incapazes de faz-lo, diz o lder. Cada vez que as massas tomavam o poder pblico, era a felicidade, mais que a verdade e a beleza, o que importava. A verdade considerada uma ameaa; a cincia e a arte, perigos pblicos. Mas no necessrio esforo totalitrio para control-las. Todos aceitam de bom grado, fazem qualquer sacrifcio em troca de uma vida sossegada e de sua dose diria de soma. No foi muito bom para a verdade, sem dvida. Mas foi excelente para a felicidade. No universo de Orwell, a populao controlada pela dor. No de Huxley, pelo prazer. Orwell temia que nossa runa seria causada pelo que odiamos. Huxley, pelo que amamos, escreve Postman. S precisa haver censura, diz ele, se os tiranos acreditam que o pblico sabe a diferena entre discurso srio e entretenimento. (...) O alvo de Postman, em seu tempo, era a televiso, que ele julgava ter imposto uma cultura fragmentada e superficial, incapaz de manter com a verdade a relao reflexiva e racional da palavra impressa. O computador s engatinhava, e Postman mal poderia prever comocelulares, tablets e redes sociais se tornariam -bem mais que a TV -o soma contemporneo. Mas suas palavras foram prescientes: O que afligia a populao em Admirvel mundo novo no que estivessem rindo em vez de pensar, mas que no sabiam do que estavam rindo, nem tinham parado de pensar. (Adaptado, Revista poca n 973 13 de fevereiro de 2017, p. 67) Sobre o texto correto afirmar que

Questão 2
2018Português

(AFA - 2018) TEXTO I MAIS QUE ORWELL, HUXLEY PREVIU NOSSO TEMPO Hlio Gurovitz Publicado em 1948, o livro 1984, de George Orwell, saltou para o topo da lista dos mais vendidos (...) A distopia de Orwel, mesmo situada no futuro, tinha um endereo certo em seu tempo: o stalinismo. (...) O mundo da ps-verdade, dos fatos alternativos e da anestesia intelectual nas redes sociais mais parece outra distopia, publicada em 1932: Admirvel mundo novo, de Aldous Huxley. No se trata de uma tese nova. Ela foi levantada pela primeira vez em 1985, num livreto do terico da comunicao americano Neil Postman: Amusing ourselves to death (Nos divertindo at morrer), relembrado por seu filho Andrew em artigo recente no The Guardian. Na viso de Huxley, no necessrio nenhum Grande Irmo para despojar a populao de autonomia, maturidade ou histria, escreveu Postman. Ela acabaria amando sua opresso, adorando as tecnologias que destroem sua capacidade de pensar. Orwell temia aqueles que proibiriam os livros. Huxley temia que no haveria motivo para proibir um livro, pois no haveria ningum que quisesse l-los. Orwell temia aqueles que nos privariam de informao. Huxley, aqueles que nos dariam tanta que seramos reduzidos passividade e ao egosmo. Orwell temia que a verdade fosse escondida de ns. Huxley, que fosse afogada num mar de irrelevncia. No futuro pintado por Huxley, (...) no h mes, pais ou casamentos. O sexo livre. A diverso est disponvel na forma de jogos esportivos, cinema multissensorial e de uma droga que garante o bem-estar sem efeito colateral: o soma. Restaram na Terra dez reas civilizadas e uns poucos territrios selvagens, onde grupos nativos ainda preservam costumes e tradies primitivos, como famlia ou religio. O mundo agora estvel, diz um lder civilizado. As pessoas so felizes, tm o que desejam e nunca desejam o que no podem ter. Sentem-se bem, esto em segurana; nunca adoecem; no tm medo da morte; vivem na ditosa ignorncia da paixo e da velhice; no se acham sobrecarregadas de pais e mes; no tm esposas, nem filhos, nem amantes por quem possam sofrer emoes violentas; so condicionadas de tal modo que praticamente no podem deixar de se portar como devem. E se, por acaso, alguma coisa andar mal, h o soma. Para chegar estabilidade absoluta, foi necessrio abrir mo da arte e da cincia. A felicidade universal mantm as engrenagens em funcionamento regular; a verdade e a beleza so incapazes de faz-lo, diz o lder. Cada vez que as massas tomavam o poder pblico, era a felicidade, mais que a verdade e a beleza, o que importava. A verdade considerada uma ameaa; a cincia e a arte, perigos pblicos. Mas no necessrio esforo totalitrio para control-las. Todos aceitam de bom grado, fazem qualquer sacrifcio em troca de uma vida sossegada e de sua dose diria de soma. No foi muito bom para a verdade, sem dvida. Mas foi excelente para a felicidade. No universo de Orwell, a populao controlada pela dor. No de Huxley, pelo prazer. Orwell temia que nossa runa seria causada pelo que odiamos. Huxley, pelo que amamos, escreve Postman. S precisa haver censura, diz ele, se os tiranos acreditam que o pblico sabe a diferena entre discurso srio e entretenimento. (...) O alvo de Postman, em seu tempo, era a televiso, que ele julgava ter imposto uma cultura fragmentada e superficial, incapaz de manter com a verdade a relao reflexiva e racional da palavra impressa. O computador s engatinhava, e Postman mal poderia prever comocelulares, tablets e redes sociais se tornariam  bem mais que a TV  o soma contemporneo. Mas suas palavras foram prescientes: O que afligia a populao em Admirvel mundo novo no que estivessem rindo em vez de pensar, mas que no sabiam do que estavam rindo, nem tinham parado de pensar. (Adaptado, Revista poca n 973 13 de fevereiro de 2017, p.67) Do ponto de vista da composio, s NO correto afirmar que o texto se vale de

Questão 3
2018Português

(AFA - 2018) TEXTO I MAIS QUE ORWELL, HUXLEY PREVIU NOSSO TEMPO Hlio Gurovitz Publicado em 1948, o livro 1984, de George Orwell, saltou para o topo da lista dos mais vendidos (...) A distopia de Orwel, mesmo situada no futuro, tinha um endereo certo em seu tempo: o stalinismo. (...) O mundo da ps-verdade, dos fatos alternativos e da anestesia intelectual nas redes sociais mais parece outra distopia, publicada em 1932: Admirvel mundo novo, de Aldous Huxley. No se trata de uma tese nova. Ela foi levantada pela primeira vez em 1985, num livreto do terico da comunicao americano Neil Postman: Amusing ourselves to death (Nos divertindo at morrer), relembrado por seu filho Andrew em artigo recente no The Guardian. Na viso de Huxley, no necessrio nenhum Grande Irmo para despojar a populao de autonomia, maturidade ou histria, escreveu Postman. Ela acabaria amando sua opresso, adorando as tecnologias que destroem sua capacidade de pensar. Orwell temia aqueles que proibiriam os livros. Huxley temia que no haveria motivo para proibir um livro, pois no haveria ningum que quisesse l-los. Orwell temia aqueles que nos privariam de informao. Huxley, aqueles que nos dariam tanta que seramos reduzidos passividade e ao egosmo. Orwell temia que a verdade fosse escondida de ns. Huxley, que fosse afogada num mar de irrelevncia. No futuro pintado por Huxley, (...) no h mes, pais ou casamentos. O sexo livre. A diverso est disponvel na forma de jogos esportivos, cinema multissensorial e de uma droga que garante o bem-estar sem efeito colateral: o soma. Restaram na Terra dez reas civilizadas e uns poucos territrios selvagens, onde grupos nativos ainda preservam costumes e tradies primitivos, como famlia ou religio. O mundo agora estvel, diz um lder civilizado. As pessoas so felizes, tm o que desejam e nunca desejam o que no podem ter. Sentem-se bem, esto em segurana; nunca adoecem; no tm medo da morte; vivem na ditosa ignorncia da paixo e da velhice; no se acham sobrecarregadas de pais e mes; no tm esposas, nem filhos, nem amantes por quem possam sofrer emoes violentas; so condicionadas de tal modo que praticamente no podem deixar de se portar como devem. E se, por acaso, alguma coisa andar mal, h o soma. Para chegar estabilidade absoluta, foi necessrio abrir mo da arte e da cincia. A felicidade universal mantm as engrenagens em funcionamento regular; a verdade e a beleza so incapazes de faz-lo, diz o lder. Cada vez que as massas tomavam o poder pblico, era a felicidade, mais que a verdade e a beleza, o que importava. A verdade considerada uma ameaa; a cincia e a arte, perigos pblicos. Mas no necessrio esforo totalitrio para control-las. Todos aceitam de bom grado, fazem qualquer sacrifcio em troca de uma vida sossegada e de sua dose diria de soma. No foi muito bom para a verdade, sem dvida. Mas foi excelente para a felicidade. No universo de Orwell, a populao controlada pela dor. No de Huxley, pelo prazer. Orwell temia que nossa runa seria causada pelo que odiamos. Huxley, pelo que amamos, escreve Postman. S precisa haver censura, diz ele, se os tiranos acreditam que o pblico sabe a diferena entre discurso srio e entretenimento. (...) O alvo de Postman, em seu tempo, era a televiso, que ele julgava ter imposto uma cultura fragmentada e superficial, incapaz de manter com a verdade a relao reflexiva e racional da palavra impressa. O computador s engatinhava, e Postman mal poderia prever comocelulares, tablets e redes sociais se tornariam -bem mais que a TV -o soma contemporneo. Mas suas palavras foram prescientes: O que afligia a populao em Admirvel mundo novo no que estivessem rindo em vez de pensar, mas que no sabiam do que estavam rindo, nem tinham parado de pensar. (Adaptado, Revista poca n 973 13 de fevereiro de 2017, p.67) Assinale a alternativa que apresenta o principal objetivo comunicativo do emissor do texto.

Questão 4
2018Português

(AFA - 2018) TEXTO I MAIS QUE ORWELL, HUXLEY PREVIU NOSSO TEMPO Hlio Gurovitz Publicado em 1948, o livro 1984, de George Orwell, saltou para o topo da lista dos mais vendidos (...) A distopia de Orwel, mesmo situada no futuro, tinha um endereo certo em seu tempo: o stalinismo. (...) O mundo da ps-verdade, dos fatos alternativos e da anestesia intelectual nas redes sociais mais parece outra distopia, publicada em 1932: Admirvel mundo novo, de Aldous Huxley. No se trata de uma tese nova. Ela foi levantada pela primeira vez em 1985, num livreto do terico da comunicao americano Neil Postman: Amusing ourselves to death (Nos divertindo at morrer), relembrado por seu filho Andrew em artigo recente no The Guardian. Na viso de Huxley, no necessrio nenhum Grande Irmo para despojar a populao de autonomia, maturidade ou histria, escreveu Postman. Ela acabaria amando sua opresso, adorando as tecnologias que destroem sua capacidade de pensar. Orwell temia aqueles que proibiriam os livros. Huxley temia que no haveria motivo para proibir um livro, pois no haveria ningum que quisesse l-los. Orwell temia aqueles que nos privariam de informao. Huxley, aqueles que nos dariam tanta que seramos reduzidos passividade e ao egosmo. Orwell temia que a verdade fosse escondida de ns. Huxley, que fosse afogada num mar de irrelevncia. No futuro pintado por Huxley, (...) no h mes, pais ou casamentos. O sexo livre. A diverso est disponvel na forma de jogos esportivos, cinema multissensorial e de uma droga que garante o bem-estar sem efeito colateral: o soma. Restaram na Terra dez reas civilizadas e uns poucos territrios selvagens, onde grupos nativos ainda preservam costumes e tradies primitivos, como famlia ou religio. O mundo agora estvel, diz um lder civilizado. As pessoas so felizes, tm o que desejam e nunca desejam o que no podem ter. Sentem-se bem, esto em segurana; nunca adoecem; no tm medo da morte; vivem na ditosa ignorncia da paixo e da velhice; no se acham sobrecarregadas de pais e mes; no tm esposas, nem filhos, nem amantes por quem possam sofrer emoes violentas; so condicionadas de tal modo que praticamente no podem deixar de se portar como devem. E se, por acaso, alguma coisa andar mal, h o soma. Para chegar estabilidade absoluta, foi necessrio abrir mo da arte e da cincia. A felicidade universal mantm as engrenagens em funcionamento regular; a verdade e a beleza so incapazes de faz-lo, diz o lder. Cada vez que as massas tomavam o poder pblico, era a felicidade, mais que a verdade e a beleza, o que importava. A verdade considerada uma ameaa; a cincia e a arte, perigos pblicos. Mas no necessrio esforo totalitrio para control-las. Todos aceitam de bom grado, fazem qualquer sacrifcio em troca de uma vida sossegada e de sua dose diria de soma. No foi muito bom para a verdade, sem dvida. Mas foi excelente para a felicidade. No universo de Orwell, a populao controlada pela dor. No de Huxley, pelo prazer. Orwell temia que nossa runa seria causada pelo que odiamos. Huxley, pelo que amamos, escreve Postman. S precisa haver censura, diz ele, se os tiranos acreditam que o pblico sabe a diferena entre discurso srio e entretenimento. (...) O alvo de Postman, em seu tempo, era a televiso, que ele julgava ter imposto uma cultura fragmentada e superficial, incapaz de manter com a verdade a relao reflexiva e racional da palavra impressa. O computador s engatinhava, e Postman mal poderia prever comocelulares, tablets e redes sociais se tornariam -bem mais que a TV -o soma contemporneo. Mas suas palavras foram prescientes: O que afligia a populao em Admirvel mundo novo no que estivessem rindo em vez de pensar, mas que no sabiam do que estavam rindo, nem tinham parado de pensar. (Adaptado, Revista poca n 973 13 de fevereiro de 2017, p. 67) Leia as afirmaes feitas acerca do texto e julgue-as como VERDADEIRAS (V) ou FALSAS (F). ( ) As obras citadas, 1984, Admirvel mundo novo e Nos divertindo at morrer se assemelham por serem obras que tratam de teoria da comunicao. ( ) H dois meios de controle ou de runa social: a dor ou o prazer. ( ) A censura tirana necessria porque o pblico sabe a diferena entre discurso srio e entretenimento. ( ) A televiso incapaz de manter com a verdade a mesma relao reflexiva e racional da palavra impressa. ( ) Tal qual a TV, os celulares, tabletes e redes se prestam a funcionar como o soma: garantir o bem-estar social. ( ) Na obra de Huxley, as pessoas no pensavam, mas riam, mesmo no sabendo de qu. Assinale a alternativa que contm a sequncia correta.

Questão 5
2018Português

(AFA - 2018) TEXTO I MAIS QUE ORWELL, HUXLEY PREVIU NOSSO TEMPO Hlio Gurovitz Publicado em 1948, o livro 1984, de George Orwell, saltou para o topo da lista dos mais vendidos (...) A distopia de Orwel, mesmo situada no futuro, tinha um endereo certo em seu tempo: o stalinismo. (...) O mundo da ps-verdade, dos fatos alternativos e da anestesia intelectual nas redes sociais mais parece outra distopia, publicada em 1932: Admirvel mundo novo, de Aldous Huxley. No se trata de uma tese nova. Ela foi levantada pela primeira vez em 1985, num livreto do terico da comunicao americano Neil Postman: Amusing ourselves to death (Nos divertindo at morrer), relembrado por seu filho Andrew em artigo recente no The Guardian. Na viso de Huxley, no necessrio nenhum Grande Irmo para despojar a populao de autonomia, maturidade ou histria, escreveu Postman. Ela acabaria amando sua opresso, adorando as tecnologias que destroem sua capacidade de pensar. Orwell temia aqueles que proibiriam os livros. Huxley temia que no haveria motivo para proibir um livro, pois no haveria ningum que quisesse l-los. Orwell temia aqueles que nos privariam de informao. Huxley, aqueles que nos dariam tanta que seramos reduzidos passividade e ao egosmo. Orwell temia que a verdade fosse escondida de ns. Huxley, que fosse afogada num mar de irrelevncia. No futuro pintado por Huxley, (...) no h mes, pais ou casamentos. O sexo livre. A diverso est disponvel na forma de jogos esportivos, cinema multissensorial e de uma droga que garante o bem-estar sem efeito colateral: o soma. Restaram na Terra dez reas civilizadas e uns poucos territrios selvagens, onde grupos nativos ainda preservam costumes e tradies primitivos, como famlia ou religio. O mundo agora estvel, diz um lder civilizado. As pessoas so felizes, tm o que desejam e nunca desejam o que no podem ter. Sentem-se bem, esto em segurana; nunca adoecem; no tm medo da morte; vivem na ditosa ignorncia da paixo e da velhice; no se acham sobrecarregadas de pais e mes; no tm esposas, nem filhos, nem amantes por quem possam sofrer emoes violentas; so condicionadas de tal modo que praticamente no podem deixar de se portar como devem. E se, por acaso, alguma coisa andar mal, h o soma. Para chegar estabilidade absoluta, foi necessrio abrir mo da arte e da cincia. A felicidade universal mantm as engrenagens em funcionamento regular; a verdade e a beleza so incapazes de faz-lo, diz o lder. Cada vez que as massas tomavam o poder pblico, era a felicidade, mais que a verdade e a beleza, o que importava. A verdade considerada uma ameaa; a cincia e a arte, perigos pblicos. Mas no necessrio esforo totalitrio para control-las. Todos aceitam de bom grado, fazem qualquer sacrifcio em troca de uma vida sossegada e de sua dose diria de soma. No foi muito bom para a verdade, sem dvida. Mas foi excelente para a felicidade. No universo de Orwell, a populao controlada pela dor. No de Huxley, pelo prazer. Orwell temia que nossa runa seria causada pelo que odiamos. Huxley, pelo que amamos, escreve Postman. S precisa haver censura, diz ele, se os tiranos acreditam que o pblico sabe a diferena entre discurso srio e entretenimento. (...) O alvo de Postman, em seu tempo, era a televiso, que ele julgava ter imposto uma cultura fragmentada e superficial, incapaz de manter com a verdade a relao reflexiva e racional da palavra impressa. O computador s engatinhava, e Postman mal poderia prever comocelulares, tablets e redes sociais se tornariam -bem mais que a TV -o soma contemporneo. Mas suas palavras foram prescientes: O que afligia a populao em Admirvel mundo novo no que estivessem rindo em vez de pensar, mas que no sabiam do que estavam rindo, nem tinham parado de pensar. (Adaptado, Revista poca n 973 13 de fevereiro de 2017, p. 67) Assinale a opo cuja figura de linguagem NO tem como elemento central um verbo.

Questão 6
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(AFA - 2018) TEXTO I MAIS QUE ORWELL, HUXLEY PREVIU NOSSO TEMPO Hlio Gurovitz Publicado em 1948, o livro 1984, de George Orwell, saltou para o topo da lista dos mais vendidos (...) 1A distopia de Orwel, mesmo situada no futuro, tinha um endereo certo em seu tempo: o stalinismo. (...) 2O mundo da ps-verdade, dos fatos alternativos e da anestesia intelectual nas redes sociais mais parece outra distopia, publicada em 1932: Admirvel mundo novo, de Aldous Huxley. 3No se trata de uma tese nova. Ela foi levantada pela primeira vez em 1985, num livreto do terico da comunicao americano Neil Postman: Amusing ourselves to death (4Nos divertindo at morrer), relembrado por seu filho Andrew em artigo recente no The Guardian. Na viso de Huxley, no necessrio nenhum Grande Irmo para despojar a populao de autonomia, maturidade ou histria, escreveu Postman. Ela acabaria amando sua opresso, adorando as tecnologias que destroem sua capacidade de pensar. Orwell temia aqueles que proibiriam os livros. Huxley temia que no haveria motivo para proibir um livro, pois no haveria ningum que quisesse l-los. Orwell temia aqueles que nos privariam de informao. Huxley, aqueles que nos dariam tanta que seramos reduzidos passividade e ao egosmo. 5Orwell temia que a verdade fosse escondida de ns. Huxley, que fosse afogada num mar de irrelevncia. 6No futuro pintado por Huxley, (...) no h mes, pais ou casamentos. O sexo livre. A diverso est disponvel na forma de jogos esportivos, cinema multissensorial e de uma droga que garante o bem-estar sem efeito colateral: o soma. Restaram na Terra dez reas civilizadas e uns poucos territrios selvagens, onde 7grupos nativos ainda preservam costumes e tradies primitivos, como famlia ou religio. O mundo agora estvel, diz um lder civilizado. As pessoas so felizes, tm o que desejam e nunca desejam o que no podem ter. Sentem-se bem, esto em segurana; nunca adoecem; 8no tm medo da morte; vivem na ditosa ignorncia da paixo e da velhice; no se acham sobrecarregadas de pais e mes; 9no tm esposas, nem filhos, nem amantes por quem possam sofrer emoes violentas; so condicionadas de tal modo que praticamente no podem deixar de se portar como devem. E se, por acaso, alguma coisa andar mal, h o soma. 10Para chegar estabilidade absoluta, foi necessrio abrir mo da arte e da cincia. A felicidade universal mantm as engrenagens em funcionamento regular; a verdade e a beleza so incapazes de faz-lo, diz o lder. Cada vez que as massas tomavam o poder pblico, era a felicidade, mais que a verdade e a beleza, o que importava. A verdade considerada uma ameaa; a cincia e a arte, perigos pblicos. Mas no necessrio esforo totalitrio para control-las. Todos aceitam de bom grado, fazem qualquer sacrifcio em troca de uma vida sossegada e de sua dose diria de soma. No foi muito bom para a verdade, sem dvida. Mas foi excelente para a felicidade. No universo de Orwell, a populao controlada pela dor. No de Huxley, pelo prazer. Orwell temia que nossa runa seria causada pelo que odiamos. Huxley, pelo que amamos, escreve Postman. S precisa haver censura, diz ele, se os tiranos acreditam que o pblico sabe a diferena entre discurso srio e entretenimento. (...) O alvo de Postman, em seu tempo, era a televiso, que ele julgava ter imposto uma cultura fragmentada e superficial, incapaz de manter com a verdade a relao reflexiva e racional da palavra impressa. 11O computador s engatinhava, e Postman mal poderia prever como celulares, tablets e redes sociais se tornariam bem mais que a TV o soma contemporneo. Mas suas palavras foram prescientes: O que afligia a populao em Admirvel mundo novo no que estivessem rindo em vez de pensar, mas que no sabiam do que estavam rindo, nem tinham parado de pensar. (Adaptado, Revista poca n 973 13 de fevereiro de 2017, p. 67.) Distopia = Pensamento, filosofia ou processo discursivo caracterizado pelo totalitarismo, autoritarismo e opressivo controle da sociedade, representando a anttese de utopia. (BECHARA, E. Dicionrio da lngua portuguesa. 1 ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 2011, p. 533). Analise as assertivas que dizem respeito ao trecho a seguir. No se trata de uma tese nova. Ela foi levantada pela primeira vez em 1985, num livreto do terico da comunicao americano Neil Postman: Amusing ourselves to death (Nos divertindo at morrer), relembrado por seu filho Andrew em artigo recente no The guardian. (ref. 3) I. O primeiro perodo constitudo de uma orao absoluta sem sujeito. II. Est de acordo com a Norma Gramatical Brasileira a seguinte reescrita No se trata de uma tese nova: esta tese foi levantada pela primeira vez em 1985. III. O termo Neil Postman classifica-se como agente da passiva, uma vez que o elemento que realiza a ao expressa na locuo verbal indicativa de voz passiva. IV. O termo do terico da comunicao americano associa-se a um substantivo, especificando-lhe o sentido, sendo, portanto, um adjunto adnominal. V. O substantivo livreto encontra-se flexionado no grau diminutivo sinttico para representar uma relao de tamanho. Est correto o que se afirma apenas em

Questão 7
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(AFA - 2018) TEXTO I MAIS QUE ORWELL, HUXLEY PREVIU NOSSO TEMPO Hlio Gurovitz Publicado em 1948, o livro 1984, de George Orwell, saltou para o topo da lista dos mais vendidos (...) 1A distopia de Orwel, mesmo situada no futuro, tinha um endereo certo em seu tempo: o stalinismo. (...) 2O mundo da ps-verdade, dos fatos alternativos e da anestesia intelectual nas redes sociais mais parece outra distopia, publicada em 1932: Admirvel mundo novo, de Aldous Huxley. 3No se trata de uma tese nova. Ela foi levantada pela primeira vez em 1985, num livreto do terico da comunicao americano Neil Postman: Amusing ourselves to death (4Nos divertindo at morrer), relembrado por seu filho Andrew em artigo recente no The Guardian. Na viso de Huxley, no necessrio nenhum Grande Irmo para despojar a populao de autonomia, maturidade ou histria, escreveu Postman. Ela acabaria amando sua opresso, adorando as tecnologias que destroem sua capacidade de pensar. Orwell temia aqueles que proibiriam os livros. Huxley temia que no haveria motivo para proibir um livro, pois no haveria ningum que quisesse l-los. Orwell temia aqueles que nos privariam de informao. Huxley, aqueles que nos dariam tanta que seramos reduzidos passividade e ao egosmo. 5Orwell temia que a verdade fosse escondida de ns. Huxley, que fosse afogada num mar de irrelevncia. 6No futuro pintado por Huxley, (...) no h mes, pais ou casamentos. O sexo livre. A diverso est disponvel na forma de jogos esportivos, cinema multissensorial e de uma droga que garante o bem-estar sem efeito colateral: o soma. Restaram na Terra dez reas civilizadas e uns poucos territrios selvagens, onde 7grupos nativos ainda preservam costumes e tradies primitivos, como famlia ou religio. O mundo agora estvel, diz um lder civilizado. As pessoas so felizes, tm o que desejam e nunca desejam o que no podem ter. Sentem-se bem, esto em segurana; nunca adoecem; 8no tm medo da morte; vivem na ditosa ignorncia da paixo e da velhice; no se acham sobrecarregadas de pais e mes; 9no tm esposas, nem filhos, nem amantes por quem possam sofrer emoes violentas; so condicionadas de tal modo que praticamente no podem deixar de se portar como devem. E se, por acaso, alguma coisa andar mal, h o soma. 10Para chegar estabilidade absoluta, foi necessrio abrir mo da arte e da cincia. A felicidade universal mantm as engrenagens em funcionamento regular; a verdade e a beleza so incapazes de faz-lo, diz o lder. Cada vez que as massas tomavam o poder pblico, era a felicidade, mais que a verdade e a beleza, o que importava. A verdade considerada uma ameaa; a cincia e a arte, perigos pblicos. Mas no necessrio esforo totalitrio para control-las. Todos aceitam de bom grado, fazem qualquer sacrifcio em troca de uma vida sossegada e de sua dose diria de soma. No foi muito bom para a verdade, sem dvida. Mas foi excelente para a felicidade. No universo de Orwell, a populao controlada pela dor. No de Huxley, pelo prazer. Orwell temia que nossa runa seria causada pelo que odiamos. Huxley, pelo que amamos, escreve Postman. S precisa haver censura, diz ele, se os tiranos acreditam que o pblico sabe a diferena entre discurso srio e entretenimento. (...) O alvo de Postman, em seu tempo, era a televiso, que ele julgava ter imposto uma cultura fragmentada e superficial, incapaz de manter com a verdade a relao reflexiva e racional da palavra impressa. 11O computador s engatinhava, e Postman mal poderia prever como celulares, tablets e redes sociais se tornariam bem mais que a TV o soma contemporneo. Mas suas palavras foram prescientes: O que afligia a populao em Admirvel mundo novo no que estivessem rindo em vez de pensar, mas que no sabiam do que estavam rindo, nem tinham parado de pensar. (Adaptado, Revista poca n 973 13 de fevereiro de 2017, p. 67.) Distopia = Pensamento, filosofia ou processo discursivo caracterizado pelo totalitarismo, autoritarismo e opressivo controle da sociedade, representando a anttese de utopia. (BECHARA, E. Dicionrio da lngua portuguesa. 1 ed. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, Assinale a alternativa em que a anlise dos termos presentes no excerto abaixo est de acordo com o que prescreve a Gramtica Normativa da Lngua Portuguesa. A distopia de Orwell, mesmo situada no futuro, tinha um endereo certo em seu tempo: o stalinismo. (ref. 1)

Questão 8
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(AFA - 2018) TEXTO I MAIS QUE ORWELL, HUXLEY PREVIU NOSSO TEMPO Hlio Gurovitz Publicado em 1948, o livro 1984, de George Orwell, saltou para o topo da lista dos mais vendidos (...) A distopia de Orwel, mesmo situada no futuro, tinha um endereo certo em seu tempo: o stalinismo. (...) O mundo da ps-verdade, dos fatos alternativos e da anestesia intelectual nas redes sociais mais parece outra distopia, publicada em 1932: Admirvel mundo novo, de Aldous Huxley. No se trata de uma tese nova. Ela foi levantada pela primeira vez em 1985, num livreto do terico da comunicao americano Neil Postman: Amusing ourselves to death (Nos divertindo at morrer), relembrado por seu filho Andrew em artigo recente no The Guardian. Na viso de Huxley, no necessrio nenhum Grande Irmo para despojar a populao de autonomia, maturidade ou histria, escreveu Postman. Ela acabaria amando sua opresso, adorando as tecnologias que destroem sua capacidade de pensar. Orwell temia aqueles que proibiriam os livros. Huxley temia que no haveria motivo para proibir um livro, pois no haveria ningum que quisesse l-los. Orwell temia aqueles que nos privariam de informao. Huxley, aqueles que nos dariam tanta que seramos reduzidos passividade e ao egosmo. Orwell temia que a verdade fosse escondida de ns. Huxley, que fosse afogada num mar de irrelevncia. No futuro pintado por Huxley, (...) no h mes, pais ou casamentos. O sexo livre. A diverso est disponvel na forma de jogos esportivos, cinema multissensorial e de uma droga que garante o bem-estar sem efeito colateral: o soma. Restaram na Terra dez reas civilizadas e uns poucos territrios selvagens, onde grupos nativos ainda preservam costumes e tradies primitivos, como famlia ou religio. O mundo agora estvel, diz um lder civilizado. As pessoas so felizes, tm o que desejam e nunca desejam o que no podem ter. Sentem-se bem, esto em segurana; nunca adoecem; no tm medo da morte; vivem na ditosa ignorncia da paixo e da velhice; no se acham sobrecarregadas de pais e mes; no tm esposas, nem filhos, nem amantes por quem possam sofrer emoes violentas; so condicionadas de tal modo que praticamente no podem deixar de se portar como devem. E se, por acaso, alguma coisa andar mal, h o soma. Para chegar estabilidade absoluta, foi necessrio abrir mo da arte e da cincia. A felicidade universal mantm as engrenagens em funcionamento regular; a verdade e a beleza so incapazes de faz-lo, diz o lder. Cada vez que as massas tomavam o poder pblico, era a felicidade, mais que a verdade e a beleza, o que importava. A verdade considerada uma ameaa; a cincia e a arte, perigos pblicos. Mas no necessrio esforo totalitrio para control-las. Todos aceitam de bom grado, fazem qualquer sacrifcio em troca de uma vida sossegada e de sua dose diria de soma. No foi muito bom para a verdade, sem dvida. Mas foi excelente para a felicidade. No universo de Orwell, a populao controlada pela dor. No de Huxley, pelo prazer. Orwell temia que nossa runa seria causada pelo que odiamos. Huxley, pelo que amamos, escreve Postman. S precisa haver censura, diz ele, se os tiranos acreditam que o pblico sabe a diferena entre discurso srio e entretenimento. (...) O alvo de Postman, em seu tempo, era a televiso, que ele julgava ter imposto uma cultura fragmentada e superficial, incapaz de manter com a verdade a relao reflexiva e racional da palavra impressa. O computador s engatinhava, e Postman mal poderia prever comocelulares, tablets e redes sociais se tornariam bem mais que a TV o soma contemporneo. Mas suas palavras foram prescientes: O que afligia a populao em Admirvel mundo novo no que estivessem rindo em vez de pensar, mas que no sabiam do que estavam rindo, nem tinham parado de pensar. (Adaptado, Revista poca n 973 13 de fevereiro de 2017, p. 67) Tendo como base o que prescreve a norma culta padro da Lngua Portuguesa, assinale a alternativa cuja anlise est correta.

Questão 9
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(AFA - 2018) TEXTO I MAIS QUE ORWELL, HUXLEY PREVIU NOSSO TEMPO Hlio Gurovitz Publicado em 1948, o livro 1984, de George Orwell, saltou para o topo da lista dos mais vendidos (...) A distopia de Orwel, mesmo situada no futuro, tinha um endereo certo em seu tempo: o stalinismo. (...) O mundo da ps-verdade, dos fatos alternativos e da anestesia intelectual nas redes sociais mais parece outra distopia, publicada em 1932: Admirvel mundo novo, de Aldous Huxley. No se trata de uma tese nova. Ela foi levantada pela primeira vez em 1985, num livreto do terico da comunicao americano Neil Postman: Amusing ourselves to death (Nos divertindo at morrer), relembrado por seu filho Andrew em artigo recente no The Guardian. Na viso de Huxley, no necessrio nenhum Grande Irmo para despojar a populao de autonomia, maturidade ou histria, escreveu Postman. Ela acabaria amando sua opresso, adorando as tecnologias que destroem sua capacidade de pensar. Orwell temia aqueles que proibiriam os livros. Huxley temia que no haveria motivo para proibir um livro, pois no haveria ningum que quisesse l-los. Orwell temia aqueles que nos privariam de informao. Huxley, aqueles que nos dariam tanta que seramos reduzidos passividade e ao egosmo. Orwell temia que a verdade fosse escondida de ns. Huxley, que fosse afogada num mar de irrelevncia. No futuro pintado por Huxley, (...) no h mes, pais ou casamentos. O sexo livre. A diverso est disponvel na forma de jogos esportivos, cinema multissensorial e de uma droga que garante o bem-estar sem efeito colateral: o soma. Restaram na Terra dez reas civilizadas e uns poucos territrios selvagens, onde grupos nativos ainda preservam costumes e tradies primitivos, como famlia ou religio. O mundo agora estvel, diz um lder civilizado. As pessoas so felizes, tm o que desejam e nunca desejam o que no podem ter. Sentem-se bem, esto em segurana; nunca adoecem; no tm medo da morte; vivem na ditosa ignorncia da paixo e da velhice; no se acham sobrecarregadas de pais e mes; no tm esposas, nem filhos, nem amantes por quem possam sofrer emoes violentas; so condicionadas de tal modo que praticamente no podem deixar de se portar como devem. E se, por acaso, alguma coisa andar mal, h o soma. Para chegar estabilidade absoluta, foi necessrio abrir mo da arte e da cincia. A felicidade universal mantm as engrenagens em funcionamento regular; a verdade e a beleza so incapazes de faz-lo, diz o lder. Cada vez que as massas tomavam o poder pblico, era a felicidade, mais que a verdade e a beleza, o que importava. A verdade considerada uma ameaa; a cincia e a arte, perigos pblicos. Mas no necessrio esforo totalitrio para control-las. Todos aceitam de bom grado, fazem qualquer sacrifcio em troca de uma vida sossegada e de sua dose diria de soma. No foi muito bom para a verdade, sem dvida. Mas foi excelente para a felicidade. No universo de Orwell, a populao controlada pela dor. No de Huxley, pelo prazer. Orwell temia que nossa runa seria causada pelo que odiamos. Huxley, pelo que amamos, escreve Postman. S precisa haver censura, diz ele, se os tiranos acreditam que o pblico sabe a diferena entre discurso srio e entretenimento. (...) O alvo de Postman, em seu tempo, era a televiso, que ele julgava ter imposto uma cultura fragmentada e superficial, incapaz de manter com a verdade a relao reflexiva e racional da palavra impressa. O computador s engatinhava, e Postman mal poderia prever comocelulares, tablets e redes sociais se tornariam -bem mais que a TV -o soma contemporneo. Mas suas palavras foram prescientes: O que afligia a populao em Admirvel mundo novo no que estivessem rindo em vez de pensar, mas que no sabiam do que estavam rindo, nem tinham parado de pensar. (Adaptado, Revista poca n 973 13 de fevereiro de 2017, p. 67) Assinale a alternativa em que o aspecto gramatical analisado est correto.

Questão 10
2018Português

(AFA - 2018) TEXTO II REDES SOCIAIS E COLABORAO EXTREMA: O FIM DO SENSO CRTICO? Eugnio Mira Conectados. Essa palavra nunca fez tanto sentido quanto agora. Quando se discutia no passado sobre como os homens agiriam com o advento da aldeia global (...) no se imaginava o quanto esse processo seria rpido e devastador. (...) quando McLuhan apresentou o termo, em 1968, ele sequer imaginaria que no seria a televiso a grande responsvel pela interligao mundial absoluta, e sim a internet, que na poca no passava de um projeto militar do governo dos Estados Unidos. A internet mudou definitivamente a maneira como nos comunicamos e percebemos o mundo. Graas a ela temos acesso a toda informao do mundo distncia de apenas um toque de boto. E quando comearam a se popularizar as redes sociais, um admirvel mundo novo abriu-se ante nossos olhos. Uma ferramenta colaborativa extrema, que possibilitaria o contato imediato com outras pessoas atravs de suas afinidades, fossem elas polticas, religiosas ou mesmo geogrficas. Projetos colaborativos, revolues instantneas... Tudo seria maior e melhor quando as pessoas se alinhassem na rbita de seus ideais. O tempo passou, e essa revoluo no se instaurou. Basta observar as figuras que surgem nos sites de humor e outros assemelhados. Conhecidos como memes (termo cunhado pelo pesquisador Richard Dawkins, que representaria para nossa memria o mesmo que os genes representam para o corpo, ou seja, uma parcela mnima de informao), essas figuras surgiram com a inteno de demonstrar, de maneira icnica, algum sentimento ou sensao. Ao fazer isso, a tendncia de ter uma reao diversa daquelas expressas pelas tirinhas cada vez menor. Tudo fica branco e preto. Ou se aceita a situao, ou revolta-se. Sem chance para o debate ou questionamento. (...) A situao ainda mais grave quando um dos poucos entes criativos restantes na internet produz algum comentrio curto, espirituoso ou reflexivo, a respeito de alguma situao atual ou recente... Em minutos pipocam cpias da frase por todo lugar. Copia-se sem o menor bom senso, sem crditos. Pensar e refletir, e depois falar, so coisas do passado. O importante agora copiar e colar, e depois partilhar. As redes sociais desfraldaram um mundo completamente novo, e o uso que o homem far dessas ferramentas o que dir o nosso futuro cultural. Se enveredarmos pela partilha de ideias, gestando-as em nossas mentes e depois as passando a outros, ser uma estufa mundial a produzir avanos incrveis em todos os campos de conhecimento. Se, no entanto, as redes sociais se transformarem em uma rede neural de apoio preguia de pensar, a humanidade estar fadada ao processo antinatural de regresso. O advento das redes sociais trouxe para perto das pessoas comuns os amigos distantes, os dolos e as ideias consumistas mais arraigados, mas aparentemente est levando para longe algo muito mais humano e essencial na vida em sociedade: o senso crtico. Ser uma troca justa? (http://obviousmag.org/archives/2011/09/redes_sociais_e_colaboracao_extrema_O_fim_do_senso_critico-.htm. Adaptado. Acesso em: 21 fev 2017.) Assinale a alternativa que apresenta uma afirmativa correta em relao ao texto.