(AFA - 2020) TEXTO II Em 1934, um redator de Nova York chamado Robert Pirosh largou o emprego bem remunerado numa agncia de publicidade e rumou para Hollywood, decidido a trabalhar como roteirista. L chegando, anotou o nome e o endereo de todos os diretores, produtores e executivos que conseguiu encontrar e enviou-lhes o que certamente o pedido de emprego mais eficaz que algum j escreveu, pois resultou em trs entrevistas, uma das quais lhe rendeu o cargo de roteirista assistente da MGM. Prezado senhor: Gosto de palavras. Gosto de palavras gordas, untuosas, como lodo, torpitude, glutinoso, bajulador. Gosto de palavras solenes, angulosas, decrpitas, como pudico, ranzinza, pecunioso, valetudinrio. Gosto de palavras esprias, enganosas, como mortio, liquidar, tonsura, mundana. Gosto de suaves palavras com v, como Svengali, avesso, bravura, verve. Gosto de palavras crocantes, quebradias, crepitantes, como estilha, croque, esbarro, crosta. Gosto de palavras emburradas, carrancudas, amuadas, como furtivo, macambzio, escabioso, sovina. Gosto de palavras chocantes, exclamativas, enfticas, como astuto, estafante, requintado, horrendo. Gosto de palavras elegantes, rebuscadas, como estival, peregrinao, elsio, alcone. Gosto de palavras vermiformes, contorcidas, farinhentas, como rastejar, choramingar, guinchar, gotejar. Gosto de palavras escorregadias, risonhas, como topete, borbulho, arroto. Gosto mais da palavra roteirista que da palavra redator, e por isso resolvi largar meu emprego numa agncia de publicidade de Nova York e tentar a sorte em Hollywood, mas, antes de dar o grande salto, fui para a Europa, onde passei um ano estudando, contemplando e perambulando. Acabei de voltar e ainda gosto de palavras. Posso trocar algumas com o senhor? Robert Pirosh Madison Ave, 385 quarto 610 Nova York TEXTO III Janela sobre a palavra (V) Javier Villafae busca em vo a palavra que deixou escapar bem quando ia pronunci-la. Onde ter ido essa palavra, que ele tinha na ponta da lngua? Haver algum lugar onde se juntam todas as palavras que no quiseram ficar? Um reino das palavras perdidas? As palavras que voc deixou escapar, onde estaro sua espera? GALEANO, Eduardo. As palavras andantes. Porto Alegre: LPM, 2017, p. 222 Sobre o texto III, correto afirmar que:
(AFA - 2020) TEXTO IV Poesia Gastei a manh inteira pensando um verso que a pena no quer escrever. No entanto ele est c dentro inquieto, vivo. Ele est c dentro e no quer sair. Mas a poesia deste momento inunda minha vida inteira. (ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. 8. ed. Rio de Janeiro: Record, 2007, p. 45) Assinale a alternativa INCORRETA referente ao texto IV, Poesia.
(AFA - 2020) TEXTO I Trecho da pea teatral A raposa e as uvas, escrita por Guilherme de Figueiredo. A cena ocorre na cidade de Samos (Grcia Antiga), na casa de Xants, um filsofo grego, que recebe o convidado Agnostos, um capito ateniense. O jantar servido por Esopo e Melita, escravos de Xants. XANTS (Descobrindo o prato) Ah, lngua! (Comea a comer com as mos , e faz um sinal parta Melita sirva Agnostos. Este tambm comea a comer vorazmente, dando grunhidos de satisfao.) Fizeste bem em trazer lngua, Esopo. realmente uma das melhores coisas do mundo. (Sinal para que sirvam o vinho. Esopo serve, Xants bebe.) Vs, estrangeiro, de qualquer modo bom possuir riquezas. No gostas de saborear esta lngua e este vinho. AGNOSTOS (A boca entupindo comendo) Hum. XANTS Outro prato Esopo. (Esopo sai E. e volta imediatamente com outro prato coberto. Serve, Xants de boca cheia) Que isto? Ah, lngua de fumeiro! bom lngua de fumeiro, heim, amigo? AGNOSTOS Hum. (Xants serve-se de vinho) XANTS (Bebendo vinho, e dando sinais de alegria alcolica) Concorda-se menos comigo, estico, que apesar de desprezares o mundo e seus bens no desprezas o bom vinho de Samos e a boa lngua que os pastores da Arcadia preparam! AGNOSTOS Hum. (Sinal de Xants para que Melita sirva o vinho. Ela obedece.) XANTS Mulher, podias tomar a lira, e cantar um pouco com a tua bela voz. Isto ainda honraria mais o nosso hspede. CLIA Prefiro olhar o repasto, se me permites. Por que no pede a Esopo que conte uma istria? XANTS Esopo, traz outro prato. (Esopo sai E.) Canta mulher. (Um sinal de Clia e Melita lhe traz uma lira.) CLIA (Tangendo a lira, num acompanhamento simples, enquanto entra Esopo e para para escutar) sobre o colo de Vnus Que tua boca emudece sobre o ventre de Vnus Que teu ventre se estremece preso nos ps de Vnus Que sempre teu p se aquece Braos volta de Vnus Assim teu corpo se esquece Sabei, efebos e atletas, Que me rondais desde de cedo Que Vnus que tanto amais Ensinou-me o seu segredo. XANTS Ela canta bem, no? (Serve-se de vinho) AGNOSTOS (respondendo com a boca cheia) Hum. XANTS (A Esopo) Serve outro prato. (Serve) Que trazes a? ESOPO Lngua. XANTS Mais lngua? No te disse que trouxesse o que h de melhor para o meu hspede? Por que s trazes lngua? Queres expor-me ao ridculo? ESOPO Que h de melhor do que a lngua? A lngua o que nos une todos, quando falamos. Sem a lngua nada poderamos dizer. A lngua a chave das cincias, o rgo da verdade e da razo. Graas a lngua dizemos o nosso amor. Com a lngua se ensina, se persuade, se instrui, se reza, se explica, se canta, se descreve, se elogia, se mostra, se afirma. com a lngua que dizemos sim. a lngua que ordena os exrcitos vitria, a lngua que desdobra os versos de Homero. A lngua cria um mundo de Esquilo, a palavra de Demstenes. Toda a Grcia, Xants, das colunas do Partenon s sottuas de Pidias, dos deuses do Olimpo glria sobre Troia, da ode do poeta ao ensinamento do filsofo, toda a Grcia foi feita com a lngua, a lngua de belos gregos claros falando para a eternidade. XANTS (Levantando-se, entusiasmado, j meio brio) Bravo, Esopo. Realmente, tu nos trouxeste o que h de melhor. (Toma outro saco da cintura e atira-o ao escravo) Vai agora ao mercado, e traze-nos o que houver de pior, pois quero ver a sua sabedoria! (Esopo retira-se F. com o saco, Xants fala a Agnostos.) Entao, no til e bom possuir um escravo assim? AGNOSTOS (A boca cheia) Hum. XANTS Mulher bebe tu tambm, que hoje estamos felizes! Bebe! (Sinal a Melita para que sirva o vinho a Clia. Melita obedece) bebe! Eu meu caro confrade que sou precisamente ao contrrio de ti, gosto de usar as riquezas sejam elas um escravo, sejam estes vinhos que bebemos. Mais vinho! (Melita obedece) Hoje eu seria capaz de beber um tonel de vinho! Farias isto comigo filsofo? AGNOSTOS Hum. (Entra Esopo com prato coberto.) XANTS Agora que j sabemos o que h de melhor na terra, vejamos o que h de pior na opinio deste horrendo escravo! Lngua, ainda? Mais lngua? No disseste que lngua era o que havia de melhor? Queres ser espancado? ESOPO A lngua senhor, o que h de pior no mundo. a fonte de todas as intrigas, o incio de todos os processos, a me de todas as discusses. a lngua que usam os maus poetas que nos fatigam na praa, a lngua que usam os filsofos que no sabem pensar. a lngua que mente, que esconde, que tergiverse, que blasfema, que insulta, que se acovarda, que se mendiga, que impreca, que bajula, que destri, que calunia, que vende, que seduz, com a lngua que dizemos morre e canalha e corja. com a lngua que dizemos no. Com a lngua Aquiles mostrou sua clera, com a lngua a Grcia vai tumultuar os pobres crebros humanos para toda a eternidade. A est, Xants, porque a lngua a pior de todas as coisas! TEXTO II Em 1934, um redator de Nova York chamado Robert Pirosh largou o emprego bem remunerado numa agncia de publicidade e rumou para Hollywood, decidido a trabalhar como roteirista. L chegando, anotou o nome e o endereo de todos os diretores, produtores e executivos que conseguiu encontrar e enviou-lhes o que certamente o pedido de emprego mais eficaz que algum j escreveu, pois resultou em trs entrevistas, uma das quais lhe rendeu o cargo de roteirista assistente da MGM. Prezado senhor: Gosto de palavras. Gosto de palavras gordas, untuosas, como lodo, torpitude, glutinoso, bajulador. Gosto de palavras solenes, angulosas, decrpitas, como pudico, ranzinza, pecunioso, valetudinrio. Gosto de palavras esprias, enganosas, como mortio, liquidar, tonsura, mundana. Gosto de suaves palavras com v, como Svengali, avesso, bravura, verve. Gosto de palavras crocantes, quebradias, crepitantes, como estilha, croque, esbarro, crosta. Gosto de palavras emburradas, carrancudas, amuadas, como furtivo, macambzio, escabioso, sovina. Gosto de palavras chocantes, exclamativas, enfticas, como astuto, estafante, requintado, horrendo. Gosto de palavras elegantes, rebuscadas, como estival, peregrinao, elsio, alcone. Gosto de palavras vermiformes, contorcidas, farinhentas, como rastejar, choramingar, guinchar, gotejar. Gosto de palavras escorregadias, risonhas, como topete, borbulho, arroto. Gosto mais da palavra roteirista que da palavra redator, e por isso resolvi largar meu emprego numa agncia de publicidade de Nova York e tentar a sorte em Hollywood, mas, antes de dar o grande salto, fui para a Europa, onde passei um ano estudando, contemplando e perambulando. Acabei de voltar e ainda gosto de palavras. Posso trocar algumas com o senhor? Robert Pirosh Madison Ave, 385 quarto 610 Nova York TEXTO III Janela sobre a palavra (V) Javier Villafae busca em vo a palavra que deixou escapar bem quando ia pronunci-la. Onde ter ido essa palavra, que ele tinha na ponta da lngua? Haver algum lugar onde se juntam todas as palavras que no quiseram ficar? Um reino das palavras perdidas? As palavras que voc deixou escapar, onde estaro sua espera? TEXTO IV Poesia Gastei a manh inteira pensando um verso que a pena no quer escrever. No entanto ele est c dentro inquieto, vivo. Ele est c dentro e no quer sair. Mas a poesia deste momento inunda minha vida inteira. (ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. 8. ed. Rio de Janeiro: Record, 2007, p. 45) TEXTO V Romance das palavras areas /.../ Ai, palavras, ai, palavras, que estranha potnciaa vossa! ai, palavras, ai, palavras, sois de vento, ides no vento, no vento que no retorna, e, em to rpida existncia, tudo se forma e transforma! Sois de vento, ides no vento, e quedais, com sorte nova! Ai, palavras, ai, palavras, que estranha potncia, a vossa! todo o sentido da vida principia vossa porta; o mel do amor cristaliza seu perfume em vossa rosa; sois o sonho e sois a audcia, calnia, fria, derrota... /.../ frgil, frgil como o vidro e mais que o ao poderosa! (MEIRELLES, Ceclia, Romanceiro da Inconfidncia. So Paulo: Global, 2015.p.150-152.) Sobre os textos analisados nesta prova, correto afirmar que
(AFA - 2020) TEXTO I Trecho da pea teatral A raposa e as uvas, escrita por Guilherme de Figueiredo. A cena ocorre na cidade de Samos (Grcia Antiga), na casa de Xants, um filsofo grego, que recebe o convidado Agnostos, um capito ateniense. O jantar servido por Esopo e Melita, escravos de Xants. XANTS (Descobrindo o prato) Ah, lngua! (Comea a comer com as mos , e faz um sinal parta Melita sirva Agnostos. Este tambm comea a comer vorazmente, dando grunhidos de satisfao.) Fizeste bem em trazer lngua, Esopo. realmente uma das melhores coisas do mundo. (Sinal para que sirvam o vinho. Esopo serve, Xants bebe.) Vs, estrangeiro, de qualquer modo bom possuir riquezas. No gostas de saborear esta lngua e este vinho. AGNOSTOS (A boca entupindo comendo) Hum. XANTS Outro prato Esopo. (Esopo sai E. e volta imediatamente com outro prato coberto. Serve, Xants de boca cheia) Que isto? Ah, lngua de fumeiro! bom lngua de fumeiro, heim, amigo? AGNOSTOS Hum. (Xants serve-se de vinho) XANTS (Bebendo vinho, e dando sinais de alegria alcolica) Concorda-se menos comigo, estico, que apesar de desprezares o mundo e seus bens no desprezas o bom vinho de Samos e a boa lngua que os pastores da Arcadia preparam! AGNOSTOS Hum. (Sinal de Xants para que Melita sirva o vinho. Ela obedece.) XANTS Mulher, podias tomar a lira, e cantar um pouco com a tua bela voz. Isto ainda honraria mais o nosso hspede. CLIA Prefiro olhar o repasto, se me permites. Por que no pede a Esopo que conte uma istria? XANTS Esopo, traz outro prato. (Esopo sai E.) Canta mulher. (Um sinal de Clia e Melita lhe traz uma lira.) CLIA (Tangendo a lira, num acompanhamento simples, enquanto entra Esopo e para para escutar) sobre o colo de Vnus Que tua boca emudece sobre o ventre de Vnus Que teu ventre se estremece preso nos ps de Vnus Que sempre teu p se aquece Braos volta de Vnus Assim teu corpo se esquece Sabei, efebos e atletas, Que me rondais desde de cedo Que Vnus que tanto amais Ensinou-me o seu segredo. XANTS Ela canta bem, no? (Serve-se de vinho) AGNOSTOS (respondendo com a boca cheia) Hum. XANTS (A Esopo) Serve outro prato. (Serve) Que trazes a? ESOPO Lngua. XANTS Mais lngua? No te disse que trouxesse o que h de melhor para o meu hspede? Por que s trazes lngua? Queres expor-me ao ridculo? ESOPO Que h de melhor do que a lngua? A lngua o que nos une todos, quando falamos. Sem a lngua nada poderamos dizer. A lngua a chave das cincias, o rgo da verdade e da razo. Graas a lngua dizemos o nosso amor. Com a lngua se ensina, se persuade, se instrui, se reza, se explica, se canta, se descreve, se elogia, se mostra, se afirma. com a lngua que dizemos sim. a lngua que ordena os exrcitos vitria, a lngua que desdobra os versos de Homero. A lngua cria um mundo de Esquilo, a palavra de Demstenes. Toda a Grcia, Xants, das colunas do Partenon s sottuas de Pidias, dos deuses do Olimpo glria sobre Troia, da ode do poeta ao ensinamento do filsofo, toda a Grcia foi feita com a lngua, a lngua de belos gregos claros falando para a eternidade. XANTS (Levantando-se, entusiasmado, j meio brio) Bravo, Esopo. Realmente, tu nos trouxeste o que h de melhor. (Toma outro saco da cintura e atira-o ao escravo) Vai agora ao mercado, e traze-nos o que houver de pior, pois quero ver a sua sabedoria! (Esopo retira-se F. com o saco, Xants fala a Agnostos.) Ento, no til e bom possuir um escravo assim? AGNOSTOS (A boca cheia) Hum. XANTS Mulher bebe tu tambm, que hoje estamos felizes! Bebe! (Sinal a Melita para que sirva o vinho a Clia. Melita obedece) bebe! Eu meu caro confrade que sou precisamente ao contrrio de ti, gosto de usar as riquezas sejam elas um escravo, sejam estes vinhos que bebemos. Mais vinho! (Melita obedece) Hoje eu seria capaz de beber um tonel de vinho! Farias isto comigo filsofo? AGNOSTOS Hum. (Entra Esopo com prato coberto.) XANTS Agora que j sabemos o que h de melhor na terra, vejamos o que h de pior na opinio deste 1horrendo escravo! Lngua, ainda? Mais lngua? No disseste que lngua era o que havia de melhor? Queres ser espancado? ESOPO A lngua senhor, o que h de pior no mundo. a fonte de todas as intrigas, o incio de todos os processos, a me de todas as discusses. a lngua que usam os maus poetas que nos fatigam na praa, a lngua que usam os filsofos que no sabem pensar. a lngua que mente, que esconde, que tergiverse, que blasfema, que insulta, que se acovarda, que se mendiga, que impreca, que bajula, que destri, que calunia, que vende, que seduz, com a lngua que dizemos morre e canalha e corja. com a lngua que dizemos no. Com a lngua Aquiles mostrou sua clera, com a lngua a Grcia vai tumultuar os 2pobres crebros humanos para toda a eternidade. A est, Xants, porque a lngua a pior de todas as coisas! TEXTO II Em 1934, um redator de Nova York chamado Robert Pirosh largou o emprego bem remunerado numa agncia de publicidade e rumou para Hollywood, decidido a trabalhar como roteirista. L chegando, anotou o nome e o endereo de todos os diretores, produtores e executivos que conseguiu encontrar e enviou-lhes o que certamente o pedido de emprego mais eficaz que algum j escreveu, pois resultou em trs entrevistas, uma das quais lhe rendeu o cargo de roteirista assistente da MGM. Prezado senhor: Gosto de palavras. Gosto de palavras gordas, untuosas, como lodo, torpitude, glutinoso, bajulador. Gosto de palavras solenes, angulosas, decrpitas, como pudico, ranzinza, pecunioso, valetudinrio. Gosto de palavras esprias, enganosas, como mortio, liquidar, tonsura, mundana. Gosto de suaves palavras com v, como Svengali, avesso, bravura, verve. Gosto de palavras crocantes, quebradias, crepitantes, como estilha, croque, esbarro, crosta. Gosto de palavras emburradas, carrancudas, amuadas, como furtivo, macambzio, escabioso, sovina. Gosto de palavras chocantes, exclamativas, enfticas, como astuto, estafante, requintado, horrendo. Gosto de palavras elegantes, rebuscadas, como estival, peregrinao, elsio, alcone. Gosto de palavras vermiformes, contorcidas, farinhentas, como rastejar, choramingar, guinchar, gotejar. Gosto de palavras escorregadias, risonhas, como topete, borbulho, arroto. Gosto mais da palavra roteirista que da palavra redator, e por isso resolvi largar meu emprego numa agncia de publicidade de Nova York e tentar a sorte em Hollywood, mas, antes de dar o 3grande salto, fui para a Europa, onde passei um ano estudando, contemplando e perambulando. Acabei de voltar e ainda gosto de palavras. Posso trocar algumas com o senhor? Robert Pirosh Madison Ave, 385 quarto 610 Nova York TEXTO V Romance das palavras areas /.../ Ai, palavras, ai, palavras, que estranha potnciaa vossa! ai, palavras, ai, palavras, sois de vento, ides no vento, no vento que no retorna, e, em to rpida existncia, tudo se forma e transforma! Sois de vento, ides no vento, e quedais, com sorte nova! Ai, palavras, ai, palavras, que estranha potncia, a vossa! todo o sentido da vida principia vossa porta; o mel do amor cristaliza seu perfume em vossa rosa; sois o sonho e sois a audcia, calnia, fria, derrota... /.../ frgil, frgil como o vidro e mais que o ao poderosa! (MEIRELLES, Ceclia, Romanceiro da Inconfidncia. So Paulo: Global, 2015.p.150-152.) Assinale a alternativa em que a mudana sugerida altera o sentido da expresso no contexto de que foi extrada.
(AFA - 2019) TEXTO I Violncia: presente e passado da histria Vilma Homero Ao olhar para o passado, costumamos imaginar que estamos nos afastando dos tempos da barbrie pura e simples para alcanar uma almejada civilizao, calcada sobre relaes livres, iguais e fraternas, tpicas do homem culto. Um olhar sobre a histria, no entanto, pe em xeque esta viso utpica. Organizado pelos historiadores Regina Bustamante e Jos Francisco de Moura, o livro Violncia na Histria, publicado pela Mauad Editora com apoio da FAPERJ, rene diversos ensaios que mostram, ao longo do tempo, diferentes aspectos da violncia, propondo uma reflexo mais demorada sobre o tema. Nos ensaios reunidos no livro, podemos vislumbrar como, desde a antiguidade e ao longo da histria humana, a violncia se insere, sob diversos vieses, nas relaes de poder, seja entre Estado e cidados, entre livres e escravos, entre homens e mulheres, ou entre diferentes religies. Durante a Idade Mdia, por exemplo, vemos como a violncia se manifesta na religiosidade, durante o movimento das Cruzadas. Ou, hoje, no caso dos movimentos sociais, como ela acontece em relao aos excludos das favelas. O sentido amplo. A desigualdade social, por exemplo, um tipo de violncia; a expropriao do patrimnio cultural, que significa no permitir que a memria cultural de determinado grupo se manifeste, tambm, prossegue a organizadora. (...) A prpria palavra violncia, que etimologicamente deriva do latim vis, com significado de fora, virilidade, pode ser positiva em termos de transformao social, no sentido de uma violncia revolucionria, usada como forma de se tentar transformar uma sociedade em determinado momento. (...) Essas variadas abordagens vo aparecendo ao longo do livro. (...) Na Roma antiga, as penas, aplicadas aps julgamento, ganhavam um sentido religioso. Despido de sua humanidade, o ru era declarado homo sacer. Ou seja, sua vida passava a ser consagrada aos deuses. Segundo a pesquisadora Norma Mendes, havia o firme propsito de fazer da morte dos condenados um espetculo de carter exemplar, revestido de sentido religioso e de dominao, cuja funo era o reforo, manuteno e ratificao das relaes de poder. (...) O historiador Francisco Carlos Teixeira da Silva um dos que traz a discusso para o presente, analisando as transformaes polticas do ltimo sculo. Desde Voltaire at Kant e Hegel, acreditava-se no contnuo aperfeioamento da condio humana como uma marcha inexorvel em direo razo. (...) O Holocausto, perpetrado em um dos pases mais avanados e cultos poca, deixou claro que a luta pela dignidade humana um esforo contnuo e, pior de tudo, lento. (...) E, sobretudo, mais de 50 anos depois da II Guerra Mundial, a ocorrncia de outros genocdios Ruanda, Iugoslvia, Camboja etc. leva a refletir sobre a convivncia entre os homens nesse comeo do sculo XXI. O historiador prossegue: De forma paradoxal, a globalizao, conforme se aprofunda e pluga os homens a escalas planetrias, fortemente acompanhada pelo localismo e o particularismo religioso, tnico ou cultural, promovendo dios e incompreenses crescentes. Na Bsnia ou em Kosovo, na Faixa de Gaza ou na Irlanda do Norte, a capacidade de entendimento chegou a seu mais baixo nvel de tolerncia, e transpor uma linha, imaginria ou no, entre bairros pode representar a morte. Como nem tudo se limita s questes polticas e s guerras, o livro ainda analisa as formas que a violncia assume nas relaes de gnero, na religio, na cultura e aborda tambm a questo dos direitos humanos, vista sob a perspectiva de diferentes sistemas culturais. (http://www.faperj.br/?id=1518.2.4. Acesso em 05 de maro de 2018.) Da leitura global do texto, s correto o que se afirma em:
(AFA - 2019) TEXTO I Violncia: presente e passado da histria Vilma Homero Ao olhar para o passado, costumamos imaginar que estamos nos afastando dos tempos da barbrie pura e simples para alcanar uma almejada civilizao, calcada sobre relaes livres, iguais e fraternas, tpicas do homem culto. Um olhar sobre a histria, no entanto, pe em xeque esta viso utpica. Organizado pelos historiadores Regina Bustamante e Jos Francisco de Moura, o livro Violncia na Histria, publicado pela Mauad Editora com apoio da FAPERJ, rene diversos ensaios que mostram, ao longo do tempo, diferentes aspectos da violncia, propondo uma reflexo mais demorada sobre o tema. Nos ensaios reunidos no livro, podemos vislumbrar como, desde a antiguidade e ao longo da histria humana, a violncia se insere, sob diversos vieses, nas relaes de poder, seja entre Estado e cidados, entre livres e escravos, entre homens e mulheres, ou entre diferentes religies. Durante a Idade Mdia, por exemplo, vemos como a violncia se manifesta na religiosidade, durante o movimento das Cruzadas. Ou, hoje, no caso dos movimentos sociais, como ela acontece em relao aos excludos das favelas. O sentido amplo. A desigualdade social, por exemplo, um tipo de violncia; a expropriao do patrimnio cultural, que significa no permitir que a memria cultural de determinado grupo se manifeste, tambm, prossegue a organizadora. (...) A prpria palavra violncia, que etimologicamente deriva do latim vis, com significado de fora, virilidade, pode ser positiva em termos de transformao social, no sentido de uma violncia revolucionria, usada como forma de se tentar transformar uma sociedade em determinado momento. (...) Essas variadas abordagens vo aparecendo ao longo do livro. (...) Na Roma antiga, as penas, aplicadas aps julgamento, ganhavam um sentido religioso. Despido de sua humanidade, o ru era declarado homo sacer. Ou seja, sua vida passava a ser consagrada aos deuses. Segundo a pesquisadora Norma Mendes, havia o firme propsito de fazer da morte dos condenados um espetculo de carter exemplar, revestido de sentido religioso e de dominao, cuja funo era o reforo, manuteno e ratificao das relaes de poder. (...) O historiador Francisco Carlos Teixeira da Silva um dos que traz a discusso para o presente, analisando as transformaes polticas do ltimo sculo. Desde Voltaire at Kant e Hegel, acreditava-se no contnuo aperfeioamento da condio humana como uma marcha inexorvel em direo razo. (...) O Holocausto, perpetrado em um dos pases mais avanados e cultos poca, deixou claro que a luta pela dignidade humana um esforo contnuo e, pior de tudo, lento. (...) E, sobretudo, mais de 50 anos depois da II Guerra Mundial, a ocorrncia de outros genocdios Ruanda, Iugoslvia, Camboja etc. leva a refletir sobre a convivncia entre os homens nesse comeo do sculo XXI. O historiador prossegue: De forma paradoxal, a globalizao, conforme se aprofunda e pluga os homens a escalas planetrias, fortemente acompanhada pelo localismo e o particularismo religioso, tnico ou cultural, promovendo dios e incompreenses crescentes. Na Bsnia ou em Kosovo, na Faixa de Gaza ou na Irlanda do Norte, a capacidade de entendimento chegou a seu mais baixo nvel de tolerncia, e transpor uma linha, imaginria ou no, entre bairros pode representar a morte. Como nem tudo se limita s questes polticas e s guerras, o livro ainda analisa as formas que a violncia assume nas relaes de gnero, na religio, na cultura e aborda tambm a questo dos direitos humanos, vista sob a perspectiva de diferentes sistemas culturais. (http://www.faperj.br/?id=1518.2.4. Acesso em 05 de maro de 2018.) Assinale a alternativa em que o termo em destaque foi utilizado com a funo de apresentar um juzo de valor.
(AFA - 2019) TEXTO I Violncia: presente e passado da histria Vilma Homero Ao olhar para o passado, costumamos imaginar que estamos nos afastando dos tempos da barbrie pura e simples para alcanar uma almejada civilizao, calcada sobre relaes livres, iguais e fraternas, tpicas do homem culto. Um olhar sobre a histria, no entanto, pe em xeque esta viso utpica. Organizado pelos historiadores Regina Bustamante e Jos Francisco de Moura, o livro Violncia na Histria, publicado pela Mauad Editora com apoio da FAPERJ, rene diversos ensaios que mostram, ao longo do tempo, diferentes aspectos da violncia, propondo uma reflexo mais demorada sobre o tema. Nos ensaios reunidos no livro, podemos vislumbrar como, desde a antiguidade e ao longo da histria humana, a violncia se insere, sob diversos vieses, nas relaes de poder, seja entre Estado e cidados, entre livres e escravos, entre homens e mulheres, ou entre diferentes religies. Durante a Idade Mdia, por exemplo, vemos como a violncia se manifesta na religiosidade, durante o movimento das Cruzadas. Ou, hoje, no caso dos movimentos sociais, como ela acontece em relao aos excludos das favelas. O sentido amplo. A desigualdade social, por exemplo, um tipo de violncia; a expropriao do patrimnio cultural, que significa no permitir que a memria cultural de determinado grupo se manifeste, tambm, prossegue a organizadora. (...) A prpria palavra violncia, que etimologicamente deriva do latim vis, com significado de fora, virilidade, pode ser positiva em termos de transformao social, no sentido de uma violncia revolucionria, usada como forma de se tentar transformar uma sociedade em determinado momento. (...) Essas variadas abordagens vo aparecendo ao longo do livro. (...) Na Roma antiga, as penas, aplicadas aps julgamento, ganhavam um sentido religioso. Despido de sua humanidade, o ru era declarado homo sacer. Ou seja, sua vida passava a ser consagrada aos deuses. Segundo a pesquisadora Norma Mendes, havia o firme propsito de fazer da morte dos condenados um espetculo de carter exemplar, revestido de sentido religioso e de dominao, cuja funo era o reforo, manuteno e ratificao das relaes de poder. (...) O historiador Francisco Carlos Teixeira da Silva um dos que traz a discusso para o presente, analisando as transformaes polticas do ltimo sculo. Desde Voltaire at Kant e Hegel, acreditava-se no contnuo aperfeioamento da condio humana como uma marcha inexorvel em direo razo. (...) O Holocausto, perpetrado em um dos pases mais avanados e cultos poca, deixou claro que a luta pela dignidade humana um esforo contnuo e, pior de tudo, lento. (...) E, sobretudo, mais de 50 anos depois da II Guerra Mundial, a ocorrncia de outros genocdios Ruanda, Iugoslvia, Camboja etc. leva a refletir sobre a convivncia entre os homens nesse comeo do sculo XXI. O historiador prossegue: De forma paradoxal, a globalizao, conforme se aprofunda e pluga os homens a escalas planetrias, fortemente acompanhada pelo localismo e o particularismo religioso, tnico ou cultural, promovendo dios e incompreenses crescentes. Na Bsnia ou em Kosovo, na Faixa de Gaza ou na Irlanda do Norte, a capacidade de entendimento chegou a seu mais baixo nvel de tolerncia, e transpor uma linha, imaginria ou no, entre bairros pode representar a morte. Como nem tudo se limita s questes polticas e s guerras, o livro ainda analisa as formas que a violncia assume nas relaes de gnero, na religio, na cultura e aborda tambm a questo dos direitos humanos, vista sob a perspectiva de diferentes sistemas culturais. (http://www.faperj.br/?id=1518.2.4. Acesso em 05 de maro de 2018.) Pela leitura do texto, pode-se inferir que o livro Violncia na Histria apresenta textos que
(AFA - 2019) TEXTO I Violncia: presente e passado da histria Vilma Homero Ao olhar para o passado, costumamos imaginar que estamos nos afastando dos tempos da barbrie pura e simples para alcanar uma almejada civilizao, calcada sobre relaes livres, iguais e fraternas, tpicas do homem culto. Um olhar sobre a histria, no entanto, pe em xeque esta viso utpica. Organizado pelos historiadores Regina Bustamante e Jos Francisco de Moura, o livro Violncia na Histria, publicado pela Mauad Editora com apoio da FAPERJ, rene diversos ensaios que mostram, ao longo do tempo, diferentes aspectos da violncia, propondo uma reflexo mais demorada sobre o tema. Nos ensaios reunidos no livro, podemos vislumbrar como, desde a antiguidade e ao longo da histria humana, a violncia se insere, sob diversos vieses, nas relaes de poder, seja entre Estado e cidados, entre livres e escravos, entre homens e mulheres, ou entre diferentes religies. Durante a Idade Mdia, por exemplo, vemos como a violncia se manifesta na religiosidade, durante o movimento das Cruzadas. Ou, hoje, no caso dos movimentos sociais, como ela acontece em relao aos excludos das favelas. O sentido amplo. A desigualdade social, por exemplo, um tipo de violncia; a expropriao do patrimnio cultural, que significa no permitir que a memria cultural de determinado grupo se manifeste, tambm, prossegue a organizadora. (...) A prpria palavra violncia, que etimologicamente deriva do latim vis, com significado de fora, virilidade, pode ser positiva em termos de transformao social, no sentido de uma violncia revolucionria, usada como forma de se tentar transformar uma sociedade em determinado momento. (...) Essas variadas abordagens vo aparecendo ao longo do livro. (...) Na Roma antiga, as penas, aplicadas aps julgamento, ganhavam um sentido religioso. Despido de sua humanidade, o ru era declarado homo sacer. Ou seja, sua vida passava a ser consagrada aos deuses. Segundo a pesquisadora Norma Mendes, havia o firme propsito de fazer da morte dos condenados um espetculo de carter exemplar, revestido de sentido religioso e de dominao, cuja funo era o reforo, manuteno e ratificao das relaes de poder. (...) O historiador Francisco Carlos Teixeira da Silva um dos que traz a discusso para o presente, analisando as transformaes polticas do ltimo sculo. Desde Voltaire at Kant e Hegel, acreditava-se no contnuo aperfeioamento da condio humana como uma marcha inexorvel em direo razo. (...) O Holocausto, perpetrado em um dos pases mais avanados e cultos poca, deixou claro que a luta pela dignidade humana um esforo contnuo e, pior de tudo, lento. (...) E, sobretudo, mais de 50 anos depois da II Guerra Mundial, a ocorrncia de outros genocdios Ruanda, Iugoslvia, Camboja etc. leva a refletir sobre a convivncia entre os homens nesse comeo do sculo XXI. O historiador prossegue: De forma paradoxal, a globalizao, conforme se aprofunda e pluga os homens a escalas planetrias, fortemente acompanhada pelo localismo e o particularismo religioso, tnico ou cultural, promovendo dios e incompreenses crescentes. Na Bsnia ou em Kosovo, na Faixa de Gaza ou na Irlanda do Norte, a capacidade de entendimento chegou a seu mais baixo nvel de tolerncia, e transpor uma linha, imaginria ou no, entre bairros pode representar a morte. Como nem tudo se limita s questes polticas e s guerras, o livro ainda analisa as formas que a violncia assume nas relaes de gnero, na religio, na cultura e aborda tambm a questo dos direitos humanos, vista sob a perspectiva de diferentes sistemas culturais. (http://www.faperj.br/?id=1518.2.4. Acesso em 05 de maro de 2018.) Assinale a alternativa em que a palavra ou expresso sugerida entre parnteses, ao substituir o que est destacado, provoca significativa mudana de sentido no Texto I.
(AFA - 2019) TEXTO I Violncia: presente e passado da histria Vilma Homero Ao olhar para o passado, costumamos imaginar que estamos nos afastando dos tempos da barbrie pura e simples para alcanar uma almejada civilizao, calcada sobre relaes livres, iguais e fraternas, tpicas do homem culto. Um olhar sobre a histria, no entanto, pe em xeque esta viso utpica. Organizado pelos historiadores Regina Bustamante e Jos Francisco de Moura, o livro Violncia na Histria, publicado pela Mauad Editora com apoio da FAPERJ, rene diversos ensaios que mostram, ao longo do tempo, diferentes aspectos da violncia, propondo uma reflexo mais demorada sobre o tema. Nos ensaios reunidos no livro, podemos vislumbrar como, desde a antiguidade e ao longo da histria humana, a violncia se insere, sob diversos vieses, nas relaes de poder, seja entre Estado e cidados, entre livres e escravos, entre homens e mulheres, ou entre diferentes religies. Durante a Idade Mdia, por exemplo, vemos como a violncia se manifesta na religiosidade, durante o movimento das Cruzadas. Ou, hoje, no caso dos movimentos sociais, como ela acontece em relao aos excludos das favelas. O sentido amplo. A desigualdade social, por exemplo, um tipo de violncia; a expropriao do patrimnio cultural, que significa no permitir que a memria cultural de determinado grupo se manifeste, tambm, prossegue a organizadora. (...) A prpria palavra violncia, que etimologicamente deriva do latim vis, com significado de fora, virilidade, pode ser positiva em termos de transformao social, no sentido de uma violncia revolucionria, usada como forma de se tentar transformar uma sociedade em determinado momento. (...) Essas variadas abordagens vo aparecendo ao longo do livro. (...) Na Roma antiga, as penas, aplicadas aps julgamento, ganhavam um sentido religioso. Despido de sua humanidade, o ru era declarado homo sacer. Ou seja, sua vida passava a ser consagrada aos deuses. Segundo a pesquisadora Norma Mendes, havia o firme propsito de fazer da morte dos condenados um espetculo de carter exemplar, revestido de sentido religioso e de dominao, cuja funo era o reforo, manuteno e ratificao das relaes de poder. (...) O historiador Francisco Carlos Teixeira da Silva um dos que traz a discusso para o presente, analisando as transformaes polticas do ltimo sculo. Desde Voltaire at Kant e Hegel, acreditava-se no contnuo aperfeioamento da condio humana como uma marcha inexorvel em direo razo. (...) O Holocausto, perpetrado em um dos pases mais avanados e cultos poca, deixou claro que a luta pela dignidade humana um esforo contnuo e, pior de tudo, lento. (...) E, sobretudo, mais de 50 anos depois da II Guerra Mundial, a ocorrncia de outros genocdios Ruanda, Iugoslvia, Camboja etc. leva a refletir sobre a convivncia entre os homens nesse comeo do sculo XXI. O historiador prossegue: De forma paradoxal, a globalizao, conforme se aprofunda e pluga os homens a escalas planetrias, fortemente acompanhada pelo localismo e o particularismo religioso, tnico ou cultural, promovendo dios e incompreenses crescentes. Na Bsnia ou em Kosovo, na Faixa de Gaza ou na Irlanda do Norte, a capacidade de entendimento chegou a seu mais baixo nvel de tolerncia, e transpor uma linha, imaginria ou no, entre bairros pode representar a morte. Como nem tudo se limita s questes polticas e s guerras, o livro ainda analisa as formas que a violncia assume nas relaes de gnero, na religio, na cultura e aborda tambm a questo dos direitos humanos, vista sob a perspectiva de diferentes sistemas culturais. (http://www.faperj.br/?id=1518.2.4. Acesso em 05 de maro de 2018.) Assinale a alternativa cuja palavra em destaque possui sentido denotativo
(AFA - 2019) TEXTO I Violncia: presente e passado da histria Vilma Homero Ao olhar para o passado, costumamos imaginar que estamos nos afastando dos tempos da barbrie pura e simples para alcanar uma almejada civilizao, calcada sobre relaes livres, iguais e fraternas, tpicas do homem culto. Um olhar sobre a histria, no entanto, pe em xeque esta viso utpica. Organizado pelos historiadores Regina Bustamante e Jos Francisco de Moura, o livro Violncia na Histria, publicado pela Mauad Editora com apoio da FAPERJ, rene diversos ensaios que mostram, ao longo do tempo, diferentes aspectos da violncia, propondo uma reflexo mais demorada sobre o tema. Nos ensaios reunidos no livro, podemos vislumbrar como, desde a antiguidade e ao longo da histria humana, a violncia se insere, sob diversos vieses, nas relaes de poder, seja entre Estado e cidados, entre livres e escravos, entre homens e mulheres, ou entre diferentes religies. Durante a Idade Mdia, por exemplo, vemos como a violncia se manifesta na religiosidade, durante o movimento das Cruzadas. Ou, hoje, no caso dos movimentos sociais, como ela acontece em relao aos excludos das favelas. O sentido amplo. A desigualdade social, por exemplo, um tipo de violncia; a expropriao do patrimnio cultural, que significa no permitir que a memria cultural de determinado grupo se manifeste, tambm, prossegue a organizadora. (...) A prpria palavra violncia, que etimologicamente deriva do latim vis, com significado de fora, virilidade, pode ser positiva em termos de transformao social, no sentido de uma violncia revolucionria, usada como forma de se tentar transformar uma sociedade em determinado momento. (...) Essas variadas abordagens vo aparecendo ao longo do livro. (...) Na Roma antiga, as penas, aplicadas aps julgamento, ganhavam um sentido religioso. Despido de sua humanidade, o ru era declarado homo sacer. Ou seja, sua vida passava a ser consagrada aos deuses. Segundo a pesquisadora Norma Mendes, havia o firme propsito de fazer da morte dos condenados um espetculo de carter exemplar, revestido de sentido religioso e de dominao, cuja funo era o reforo, manuteno e ratificao das relaes de poder. (...) O historiador Francisco Carlos Teixeira da Silva um dos que traz a discusso para o presente, analisando as transformaes polticas do ltimo sculo. Desde Voltaire at Kant e Hegel, acreditava-se no contnuo aperfeioamento da condio humana como uma marcha inexorvel em direo razo. (...) O Holocausto, perpetrado em um dos pases mais avanados e cultos poca, deixou claro que a luta pela dignidade humana um esforo contnuo e, pior de tudo, lento. (...) E, sobretudo, mais de 50 anos depois da II Guerra Mundial, a ocorrncia de outros genocdios Ruanda, Iugoslvia, Camboja etc. leva a refletir sobre a convivncia entre os homens nesse comeo do sculo XXI. O historiador prossegue: De forma paradoxal, a globalizao, conforme se aprofunda e pluga os homens a escalas planetrias, fortemente acompanhada pelo localismo e o particularismo religioso, tnico ou cultural, promovendo dios e incompreenses crescentes. Na Bsnia ou em Kosovo, na Faixa de Gaza ou na Irlanda do Norte, a capacidade de entendimento chegou a seu mais baixo nvel de tolerncia, e transpor uma linha, imaginria ou no, entre bairros pode representar a morte. Como nem tudo se limita s questes polticas e s guerras, o livro ainda analisa as formas que a violncia assume nas relaes de gnero, na religio, na cultura e aborda tambm a questo dos direitos humanos, vista sob a perspectiva de diferentes sistemas culturais. (http://www.faperj.br/?id=1518.2.4. Acesso em 05 de maro de 2018.) O uso do conectivo em destaque est corretamente justificado em:
(AFA - 2019) TEXTO I Violncia: presente e passado da histria Vilma Homero Ao olhar para o passado, costumamos imaginar que estamos nos afastando dos tempos da barbrie pura e simples para alcanar uma almejada civilizao, calcada sobre relaes livres, iguais e fraternas, tpicas do homem culto. Um olhar sobre a histria, no entanto, pe em xeque esta viso utpica. Organizado pelos historiadores Regina Bustamante e Jos Francisco de Moura, o livro Violncia na Histria, publicado pela Mauad Editora com apoio da FAPERJ, rene diversos ensaios que mostram, ao longo do tempo, diferentes aspectos da violncia, propondo uma reflexo mais demorada sobre o tema. Nos ensaios reunidos no livro, podemos vislumbrar como, desde a antiguidade e ao longo da histria humana, a violncia se insere, sob diversos vieses, nas relaes de poder, seja entre Estado e cidados, entre livres e escravos, entre homens e mulheres, ou entre diferentes religies. Durante a Idade Mdia, por exemplo, vemos como a violncia se manifesta na religiosidade, durante o movimento das Cruzadas. Ou, hoje, no caso dos movimentos sociais, como ela acontece em relao aos excludos das favelas. O sentido amplo. A desigualdade social, por exemplo, um tipo de violncia; a expropriao do patrimnio cultural, que significa no permitir que a memria cultural de determinado grupo se manifeste, tambm, prossegue a organizadora. (...) A prpria palavra violncia, que etimologicamente deriva do latim vis, com significado de fora, virilidade, pode ser positiva em termos de transformao social, no sentido de uma violncia revolucionria, usada como forma de se tentar transformar uma sociedade em determinado momento. (...) Essas variadas abordagens vo aparecendo ao longo do livro. (...) Na Roma antiga, as penas, aplicadas aps julgamento, ganhavam um sentido religioso. Despido de sua humanidade, o ru era declarado homo sacer. Ou seja, sua vida passava a ser consagrada aos deuses. Segundo a pesquisadora Norma Mendes, havia o firme propsito de fazer da morte dos condenados um espetculo de carter exemplar, revestido de sentido religioso e de dominao, cuja funo era o reforo, manuteno e ratificao das relaes de poder. (...) O historiador Francisco Carlos Teixeira da Silva um dos que traz a discusso para o presente, analisando as transformaes polticas do ltimo sculo. Desde Voltaire at Kant e Hegel, acreditava-se no contnuo aperfeioamento da condio humana como uma marcha inexorvel em direo razo. (...) O Holocausto, perpetrado em um dos pases mais avanados e cultos poca, deixou claro que a luta pela dignidade humana um esforo contnuo e, pior de tudo, lento. (...) E, sobretudo, mais de 50 anos depois da II Guerra Mundial, a ocorrncia de outros genocdios Ruanda, Iugoslvia, Camboja etc. leva a refletir sobre a convivncia entre os homens nesse comeo do sculo XXI. O historiador prossegue: De forma paradoxal, a globalizao, conforme se aprofunda e pluga os homens a escalas planetrias, fortemente acompanhada pelo localismo e o particularismo religioso, tnico ou cultural, promovendo dios e incompreenses crescentes. Na Bsnia ou em Kosovo, na Faixa de Gaza ou na Irlanda do Norte, a capacidade de entendimento chegou a seu mais baixo nvel de tolerncia, e transpor uma linha, imaginria ou no, entre bairros pode representar a morte. Como nem tudo se limita s questes polticas e s guerras, o livro ainda analisa as formas que a violncia assume nas relaes de gnero, na religio, na cultura e aborda tambm a questo dos direitos humanos, vista sob a perspectiva de diferentes sistemas culturais. (http://www.faperj.br/?id=1518.2.4. Acesso em 05 de maro de 2018.) A conjuno ouliga duas palavras ou oraes estabelecendo diferentes relaes semnticas, como excluso, alternncia ou, at mesmo, incluso. Assinale a alternativa em que a relao de sentido estabelecida DIFERENTE das demais.
(AFA - 2019) TEXTO I Violncia: presente e passado da histria Vilma Homero Ao olhar para o passado, costumamos imaginar que estamos nos afastando dos tempos da barbrie pura e simples para alcanar uma almejada civilizao, calcada sobre relaes livres, iguais e fraternas, tpicas do homem culto. Um olhar sobre a histria, no entanto, pe em xeque esta viso utpica. Organizado pelos historiadores Regina Bustamante e Jos Francisco de Moura, o livro Violncia na Histria, publicado pela Mauad Editora com apoio da FAPERJ, rene diversos ensaios que mostram, ao longo do tempo, diferentes aspectos da violncia, propondo uma reflexo mais demorada sobre o tema. Nos ensaios reunidos no livro, podemos vislumbrar como, desde a antiguidade e ao longo da histria humana, a violncia se insere, sob diversos vieses, nas relaes de poder, seja entre Estado e cidados, entre livres e escravos, entre homens e mulheres, ou entre diferentes religies. Durante a Idade Mdia, por exemplo, vemos como a violncia se manifesta na religiosidade, durante o movimento das Cruzadas. Ou, hoje, no caso dos movimentos sociais, como ela acontece em relao aos excludos das favelas. O sentido amplo. A desigualdade social, por exemplo, um tipo de violncia; a expropriao do patrimnio cultural, que significa no permitir que a memria cultural de determinado grupo se manifeste, tambm, prossegue a organizadora. (...) A prpria palavra violncia, que etimologicamente deriva do latim vis, com significado de fora, virilidade, pode ser positiva em termos de transformao social, no sentido de uma violncia revolucionria, usada como forma de se tentar transformar uma sociedade em determinado momento. (...) Essas variadas abordagens vo aparecendo ao longo do livro. (...) Na Roma antiga, as penas, aplicadas aps julgamento, ganhavam um sentido religioso. Despido de sua humanidade, o ru era declarado homo sacer. Ou seja, sua vida passava a ser consagrada aos deuses. Segundo a pesquisadora Norma Mendes, havia o firme propsito de fazer da morte dos condenados um espetculo de carter exemplar, revestido de sentido religioso e de dominao, cuja funo era o reforo, manuteno e ratificao das relaes de poder. (...) O historiador Francisco Carlos Teixeira da Silva um dos que traz a discusso para o presente, analisando as transformaes polticas do ltimo sculo. Desde Voltaire at Kant e Hegel, acreditava-se no contnuo aperfeioamento da condio humana como uma marcha inexorvel em direo razo. (...) O Holocausto, perpetrado em um dos pases mais avanados e cultos poca, deixou claro que a luta pela dignidade humana um esforo contnuo e, pior de tudo, lento. (...) E, sobretudo, mais de 50 anos depois da II Guerra Mundial, a ocorrncia de outros genocdios Ruanda, Iugoslvia, Camboja etc. leva a refletir sobre a convivncia entre os homens nesse comeo do sculo XXI. O historiador prossegue: De forma paradoxal, a globalizao, conforme se aprofunda e pluga os homens a escalas planetrias, fortemente acompanhada pelo localismo e o particularismo religioso, tnico ou cultural, promovendo dios e incompreenses crescentes. Na Bsnia ou em Kosovo, na Faixa de Gaza ou na Irlanda do Norte, a capacidade de entendimento chegou a seu mais baixo nvel de tolerncia, e transpor uma linha, imaginria ou no, entre bairros pode representar a morte. Como nem tudo se limita s questes polticas e s guerras, o livro ainda analisa as formas que a violncia assume nas relaes de gnero, na religio, na cultura e aborda tambm a questo dos direitos humanos, vista sob a perspectiva de diferentes sistemas culturais. (http://www.faperj.br/?id=1518.2.4. Acesso em 05 de maro de 2018.) No texto, percebe-se a citao de vrios nomes e lugares. Assinale a alternativa que analisa adequadamente a funo dessas citaes.
(AFA - 2019) TEXTO I Violncia: presente e passado da histria Vilma Homero Ao olhar para o passado, costumamos imaginar que estamos nos afastando dos tempos da barbrie pura e simples para alcanar uma almejada civilizao, calcada sobre relaes livres, iguais e fraternas, tpicas do homem culto. Um olhar sobre a histria, no entanto, pe em xeque esta viso utpica. Organizado pelos historiadores Regina Bustamante e Jos Francisco de Moura, o livro Violncia na Histria, publicado pela Mauad Editora com apoio da FAPERJ, rene diversos ensaios que mostram, ao longo do tempo, diferentes aspectos da violncia, propondo uma reflexo mais demorada sobre o tema. Nos ensaios reunidos no livro, podemos vislumbrar como, desde a antiguidade e ao longo da histria humana, a violncia se insere, sob diversos vieses, nas relaes de poder, seja entre Estado e cidados, entre livres e escravos, entre homens e mulheres, ou entre diferentes religies. Durante a Idade Mdia, por exemplo, vemos como a violncia se manifesta na religiosidade, durante o movimento das Cruzadas. Ou, hoje, no caso dos movimentos sociais, como ela acontece em relao aos excludos das favelas. O sentido amplo. A desigualdade social, por exemplo, um tipo de violncia; a expropriao do patrimnio cultural, que significa no permitir que a memria cultural de determinado grupo se manifeste, tambm, prossegue a organizadora. (...) A prpria palavra violncia, que etimologicamente deriva do latim vis, com significado de fora, virilidade, pode ser positiva em termos de transformao social, no sentido de uma violncia revolucionria, usada como forma de se tentar transformar uma sociedade em determinado momento. (...) Essas variadas abordagens vo aparecendo ao longo do livro. (...) Na Roma antiga, as penas, aplicadas aps julgamento, ganhavam um sentido religioso. Despido de sua humanidade, o ru era declarado homo sacer. Ou seja, sua vida passava a ser consagrada aos deuses. Segundo a pesquisadora Norma Mendes, havia o firme propsito de fazer da morte dos condenados um espetculo de carter exemplar, revestido de sentido religioso e de dominao, cuja funo era o reforo, manuteno e ratificao das relaes de poder. (...) O historiador Francisco Carlos Teixeira da Silva um dos que traz a discusso para o presente, analisando as transformaes polticas do ltimo sculo. Desde Voltaire at Kant e Hegel, acreditava-se no contnuo aperfeioamento da condio humana como uma marcha inexorvel em direo razo. (...) O Holocausto, perpetrado em um dos pases mais avanados e cultos poca, deixou claro que a luta pela dignidade humana um esforo contnuo e, pior de tudo, lento. (...) E, sobretudo, mais de 50 anos depois da II Guerra Mundial, a ocorrncia de outros genocdios Ruanda, Iugoslvia, Camboja etc. leva a refletir sobre a convivncia entre os homens nesse comeo do sculo XXI. O historiador prossegue: De forma paradoxal, a globalizao, conforme se aprofunda e pluga os homens a escalas planetrias, fortemente acompanhada pelo localismo e o particularismo religioso, tnico ou cultural, promovendo dios e incompreenses crescentes. Na Bsnia ou em Kosovo, na Faixa de Gaza ou na Irlanda do Norte, a capacidade de entendimento chegou a seu mais baixo nvel de tolerncia, e transpor uma linha, imaginria ou no, entre bairros pode representar a morte. Como nem tudo se limita s questes polticas e s guerras, o livro ainda analisa as formas que a violncia assume nas relaes de gnero, na religio, na cultura e aborda tambm a questo dos direitos humanos, vista sob a perspectiva de diferentes sistemas culturais. (http://www.faperj.br/?id=1518.2.4. Acesso em 05 de maro de 2018.) As estruturas sublinhadas so recursos lingusticos usados com variadas funes semnticas. Assinale a alternativa em que essa funo NO foi analisada adequadamente.
(AFA - 2019) TEXTO II Gabriel, o Pensador Que tiro foi esse? No, no vou cair no cho, pelo menos agora Eu tambm sou brincalho, mas brincadeira tem hora L fora, no meu Rio, cada vez mais gente chora E cada vez mais gente boa tem vontade de ir embora O Rio que a gente adora comemora o carnaval E a violncia apavora, ou voc acha normal? A boca que explode, o silncio do medo O suspiro da morte banal O lamento de um povo que implora Por uma vitria do bem sobre o mal Ateno: confuso, invaso Tiroteio fechando a avenida outra vez Muita bala voando e acertando At mesmo as crianas; s vezes, bebs Criana, meu irmo, no estatstica, gente (...) E os valores so invertidos Se o desonesto malandro O menor tambm quer ser bandido Alguns, n, a minoria. (...) A me desmaiou no enterro Voc no desmaiaria? Que fora voc teria pra enterrar o seu garoto? Que foras ainda temos Pra nos amar uns aos outros? E nos armar de indignao por justia e educao (...) Pra que essas crianas no tenham morrido em vo Sofia, Maria Eduarda, Caque, Fernanda Arthur, Paulo Henrique, Renan Eduardo, Vanessa, Vitor Esses foram ano passado Quem ser que vai ser amanh? (https://genius.com/13846436. Acesso em 24 de fevereiro 2018) Analise as afirmativas abaixo sobre a cano-protesto de Gabriel, o Pensador. I. possvel depreender da leitura do texto a existncia de dois Rios de Janeiro, que se contrapem. II. A valorizao da malandragem apontada como um dos fatores responsveis pela disseminao da violncia em nossa sociedade. III. Verbos no futuro do pretrito do indicativo so utilizados, para apresentar suposies que dependem de outro fato que talvez nem acontea com o objetivo de criar empatia no leitor com a dor das famlias das vtimas. IV. A fora expressiva dos versos A boca que explode, o silncio do medo / O suspiro da morte banal consiste na utilizao concomitante da metfora, da metonmia e da personificao numa mesma imagem de violncia e dor. Esto corretas as proposies
(AFA - 2019) TEXTO II Gabriel, o Pensador Que tiro foi esse? No, no vou cair no cho, pelo menos agora Eu tambm sou brincalho, mas brincadeira tem hora L fora, no meu Rio, cada vez mais gente chora E cada vez mais gente boa tem vontade de ir embora O Rio que a gente adora comemora o carnaval E a violncia apavora, ou voc acha normal? A boca que explode, o silncio do medo O suspiro da morte banal O lamento de um povo que implora Por uma vitria do bem sobre o mal Ateno: confuso, invaso Tiroteio fechando a avenida outra vez Muita bala voando e acertando At mesmo as crianas; s vezes, bebs Criana, meu irmo, no estatstica, gente (...) E os valores so invertidos Se o desonesto malandro O menor tambm quer ser bandido Alguns, n, a minoria. (...) A me desmaiou no enterro Voc no desmaiaria? Que fora voc teria pra enterrar o seu garoto? Que foras ainda temos Pra nos amar uns aos outros? E nos armar de indignao por justia e educao (...) Pra que essas crianas no tenham morrido em vo Sofia, Maria Eduarda, Caque, Fernanda Arthur, Paulo Henrique, Renan Eduardo, Vanessa, Vitor Esses foram ano passado Quem ser que vai ser amanh? (https://genius.com/13846436. Acesso em 24 de fevereiro 2018) De acordo com a leitura do texto, as alternativas complementam corretamente o termo abaixo, EXCETO O eu lrico