(AFA - 2015) MULHER BOAZINHA (Martha Medeiros) Qual o elogio que uma mulher adora receber1? 2Bom, se voc est com tempo, pode-se listar aqui uns setecentos: mulher adora que verbalizem seus atributos, sejam eles fsicos ou morais. Diga que ela uma mulher inteligente3,4e ela ir com a sua cara. Diga que ela tem um timo carter e um corpo que uma provocao, e ela decorar o seu nmero. Fale do seu olhar, da sua pele, do seu sorriso, da sua presena de esprito, da sua aura de mistrio, de como ela tem classe: ela achar voc muito observador e lhe dar uma cpia da chave de casa. 5Mas no pense que o jogo est ganho6: manter o cargo vai depender da sua perspiccia para encontrar novas qualidades nessa mulher poderosa, absoluta. 7Diga que ela cozinha melhor que a sua me, que ela tem uma voz que faz voc pensar obscenidades, que 8ela um avio no mundo dos negcios. Fale sobre sua competncia, seu senso de oportunidade, seu bom gosto musical. Agora 9quer ver o mundo cair 10? Diga que ela muito boazinha. Descreva a uma mulher boazinha. Voz fina, roupas pastel, calados rente ao cho. Aceita encomendas de doces, contribui para a igreja, cuida dos sobrinhos nos finais de semana. Disponvel, serena, previsvel, nunca foi vista negando um favor. 11Nunca teve um chilique. 12Nunca colocou os ps num show de rock. queridinha. Pequeninha. Educadinha. 13Enfim, uma mulher boazinha. Fomos boazinhas por sculos. Engolamos tudo e fingamos no ver nada, ceguinhas. Vivamos no nosso mundinho, 14rodeadas de panelinhas e nenezinhos. A vida feminina era esse frege: bordados, paredes brancas, crucifixo em cima da cama, tudo certinho. Passamos um tempo assim, comportadinhas, enquanto amos alimentando um desejo incontrolvel de virar a mesa. 15Quietinhas, mas inquietas. 16At que chegou o dia em que deixamos de ser as coitadinhas. Ningum mais fala em namoradinhas do Brasil: somos atrizes, estrelas, profissionais. Adolescentes no so mais brotinhos: so garotas da gerao teen. Ser chamada de patricinha ofensa mortal. Pitchulinha coisa de retardada. Quem gosta de diminutivos, definha. Ser boazinha no tem nada a ver com ser generosa. 17Ser boa bom, ser boazinha pssimo. As boazinhas no tm defeitos. No tm atitude. Conformam-se com a coadjuvncia. PH neutro. Ser chamada de boazinha, mesmo com a melhor das intenes, o pior dos desaforos. Mulheres bacanas, complicadas, batalhadoras, persistentes, ciumentas, apressadas, 18isso que somos hoje. Merecemos adjetivos velozes, produtivos, enigmticos. As inhas no moram mais aqui. Foram para o espao, sozinhas. (Disponvel em: http://pensador.uol.com.br/frase/NTc1ODIy/ acesso em 28/03/14) Leia os fragmentos abaixo: Quietinhas, mas inquietas. (ref.15) Ser boa bom, ser boazinha pssimo. (ref.17) I. O grau superlativo absoluto sinttico foi utilizado para estabelecer a diferena entre as mulheres boas e as boazinhas. II. O paradoxo foi utilizado no primeiro fragmento para ressaltar a complexidade do comportamento feminino por meio da coexistncia de aspectos opostos. III. Ambos os fragmentos apresentam como recursos expressivos o jogo com palavras cognatas e o uso da adversidade. Esto corretas as alternativas:
(AFA - 2015) ELAS QUEREM O TOPO (Marcela Buscato) O sucesso de algumas mulheres pioneiras em reas dominadas pelos homens mostra que elas podem chegar l - e revela como isso anda difcil. O passeio preferido da brasiliense Neiriane Arcelli da Silva Costa, quando criana, era acompanhar seu pai, suboficial da Fora Area Brasileira (FAB), nos desfiles militares. Ela gostava de5observar os avies no cu e sonhava em estar um dia no lugar dos pilotos. Eu me desiludia ao pensar que nunca poderia realizar meu sonho, porque apenas Homens pilotavam avies militares, diz Marcelli, hoje Com 28 anos. At o dia em que oficiais da FAB foram10ao colgio dela para contar uma novidade: a partir daquele ano, 2002, as meninas tambm poderiam se inscrever no curso de oficiais aviadores. Marcelli se formou cinco anos depois na Academia da Fora Area (AFA), Integrou um esquadro em Belm, no Par, e hoje15ensina os cadetes da AFA, em Pirassununga, interior de So Paulo. O ambiente, dominado por homens, nunca a intimidou. No pensei se faria alguma diferena ser mulher. Era o que queria fazer. A tenente Marcelli faz parte de uma gerao de20mulheres criadas para pensar que o limite para elas o mesmo que para os homens: o cu. Algumas alcanaram essa fronteira literalmente, como Marcelli. Outras, no sentido figurado. Nunca as mulheres chegaram to longe: Presidncia da Repblica ou da25Petrobrs, a maior empresa do pas. As conquistas, como sempre, do origem a novas e ainda mais ambiciosas aspiraes. As mulheres querem permanecer na liderana e avanar em muitas reas. Elas conquistaram um territrio dominado pelos30homens. Contaram com mudanas na sociedade (que permitiu mulheres oficiais aviadoras) e com alta dose de determinao pessoal. Suas histrias contm lies para outras desbravadoras e para os homens tambm. (...) (poca, nmero 823, 10 de maro de 2014. Editora Globo; p.60 adaptado) Assinale a alternativa que apresenta uma inferncia correta.
(AFA - 2015) ELAS QUEREM O TOPO (Marcela Buscato) O sucesso de algumas mulheres pioneiras em reas dominadas pelos homens mostra que elas podem chegar l - e revela como isso anda difcil. O passeio preferido da brasiliense Neiriane arcelli da Silva Costa, quando criana, era acompanhar seu pai, suboficial da Fora Area Brasileira (FAB), nos desfiles militares. Ela gostava de 5observar os avies no cu e sonhava em estar um dia no lugar dos pilotos. Eu me desiludia ao pensar que nunca poderia realizar meu sonho, porque apenas Homens pilotavam avies militares, diz Marcelli, hoje Com 28 anos. At o dia em que oficiais da FAB foram 10ao colgio dela para contar uma novidade: a partir daquele ano, 2002, as meninas tambm poderiam se inscrever no curso de oficiais aviadores. Marcelli se formou cinco anos depois na Academia da Fora Area (AFA), Integrou um esquadro em Belm, no Par, e hoje 15ensina os cadetes da AFA, em Pirassununga, interior de So Paulo. O ambiente, dominado por homens, nunca a intimidou. No pensei se faria alguma diferena ser mulher. Era o que queria fazer. A tenente Marcelli faz parte de uma gerao de 20mulheres criadas para pensar que o limite para elas o mesmo que para os homens: o cu. Algumas alcanaram essa fronteira literalmente, como Marcelli. Outras, no sentido figurado. Nunca as mulheres chegaram to longe: Presidncia da Repblica ou da 25Petrobrs, a maior empresa do pas. As conquistas, como sempre, do origem a novas e ainda mais ambiciosas aspiraes. As mulheres querem permanecer na liderana e avanar em muitas reas. Elas conquistaram um territrio dominado pelos 30homens. Contaram com mudanas na sociedade (que permitiu mulheres oficiais aviadoras) e com alta dose de eterminao pessoal. Suas histrias contm lies para outras desbravadoras e para os homens tambm. (...) (poca, nmero 823, 10 de maro de 2014. Editora Globo; p.60 adaptado) Assinale a alternativa em que o vocbulo destacado relaciona uma orao que exerce funo sinttica de natureza diferente das demais.
(AFA - 2015) ELAS QUEREM O TOPO (Marcela Buscato) O sucesso de algumas mulheres pioneiras em reas dominadas pelos homens mostra que elas podem chegar l - e revela como isso anda difcil. O passeio preferido da brasiliense Neiriane Marcelli da Silva Costa, quando criana, era acompanhar seu pai, suboficial da Fora Area Brasileira (FAB), nos desfiles militares. Ela gostava de5observar os avies no cu e sonhava em estar um dia no lugar dos pilotos. Eu me desiludia ao pensar que nunca poderia realizar meu sonho, porque apenas homens pilotavam avies militares, diz Marcelli, hoje com 28 anos. At o dia em que oficiais da FAB foram10ao colgio dela para contar uma novidade: a partir daquele ano, 2002, as meninas tambm poderiam se inscrever no curso de oficiais aviadores. Marcelli se formou cinco anos depois na Academia da Fora Area (AFA), Integrou um esquadro em Belm, no Par, e hoje15ensina os cadetes da AFA, em Pirassununga, interior de So Paulo. O ambiente, dominado por homens, nunca a intimidou. No pensei se faria alguma diferena ser mulher. Era o que queria fazer. A tenente Marcelli faz parte de uma gerao de20mulheres criadas para pensar que o limite para elas o mesmo que para os homens: o cu. Algumas alcanaram essa fronteira literalmente, como Marcelli. Outras, no sentido figurado. Nunca as mulheres chegaram to longe: Presidncia da Repblica ou da25Petrobrs, a maior empresa do pas. As conquistas, como sempre, do origem a novas e ainda mais ambiciosas aspiraes. As mulheres querem permanecer na liderana e avanar em muitas reas. Elas conquistaram um territrio dominado pelos30homens. Contaram com mudanas na sociedade (que permitiu mulheres oficiais aviadoras) e com alta dose de determinao pessoal. Suas histrias contm lies para outras desbravadoras e para os homens tambm. (...) (poca, nmero 823, 10 de maro de 2014. Editora Globo; p.60 adaptado) Assinale a alternativa correta no que diz respeito ao uso ou no do acento indicativo de crase.
(AFA - 2015) ELAS QUEREM O TOPO (Marcela Buscato) O sucesso de algumas mulheres pioneiras em reas dominadas pelos homens mostra que elas podem chegar l - e revela como isso anda difcil. O passeio preferido da brasiliense Neiriane arcelli da Silva Costa, quando criana, era acompanhar seu pai, suboficial da Fora Area Brasileira (FAB), nos desfiles militares. Ela gostava de 5observar os avies no cu e sonhava em estar um dia no lugar dos pilotos. Eu me desiludia ao pensar que nunca poderia realizar meu sonho, porque apenas Homens pilotavam avies militares, diz Marcelli, hoje Com 28 anos. At o dia em que oficiais da FAB foram 10ao colgio dela para contar uma novidade: a partir daquele ano, 2002, as meninas tambm poderiam se inscrever no curso de oficiais aviadores. Marcelli se formou cinco anos depois na Academia da Fora Area (AFA), Integrou um esquadro em Belm, no Par, e hoje 15ensina os cadetes da AFA, em Pirassununga, interior de So Paulo. O ambiente, dominado por homens, nunca a intimidou. No pensei se faria alguma diferena ser mulher. Era o que queria fazer. A tenente Marcelli faz parte de uma gerao de 20mulheres criadas para pensar que o limite para elas o mesmo que para os homens: o cu. Algumas alcanaram essa fronteira literalmente, como Marcelli. Outras, no sentido figurado. Nunca as mulheres chegaram to longe: Presidncia da Repblica ou da 25Petrobrs, a maior empresa do pas. As conquistas, como sempre, do origem a novas e ainda mais ambiciosas aspiraes. As mulheres querem permanecer na liderana e avanar em muitas reas. Elas conquistaram um territrio dominado pelos 30homens. Contaram com mudanas na sociedade (que permitiu mulheres oficiais aviadoras) e com alta dose de eterminao pessoal. Suas histrias contm lies para outras desbravadoras e para os homens tambm. (...) (poca, nmero 823, 10 de maro de 2014. Editora Globo; p.60 adaptado) O primeiro pargrafo do texto uma narrativa que conta como Marcelli realizou o sonho da menina hoje uma das mulheres pioneiras como piloto militar na FAB. tpico dessa construo textual a presena de discursos direto, indireto e indireto livre. Assinale a alternativa em que o discurso apresentado DIFERE dos demais.
(AFA - 2015) ELAS QUEREM O TOPO (Marcela Buscato) O sucesso de algumas mulheres pioneiras em reas dominadas pelos homens mostra que elas podem chegar l - e revela como isso anda difcil. O passeio preferido da brasiliense Neiriane arcelli da Silva Costa, quando criana, era acompanhar seu pai, suboficial da Fora Area Brasileira (FAB), nos desfiles militares. Ela gostava de 5observar os avies no cu e sonhava em estar um dia no lugar dos pilotos. Eu me desiludia ao pensar que nunca poderia realizar meu sonho, porque apenas Homens pilotavam avies militares, diz Marcelli, hoje Com 28 anos. At o dia em que oficiais da FAB foram 10ao colgio dela para contar uma novidade: a partir daquele ano, 2002, as meninas tambm poderiam se inscrever no curso de oficiais aviadores. Marcelli se formou cinco anos depois na Academia da Fora Area (AFA), Integrou um esquadro em Belm, no Par, e hoje 15ensina os cadetes da AFA, em Pirassununga, interior de So Paulo. O ambiente, dominado por homens, nunca a intimidou. No pensei se faria alguma diferena ser mulher. Era o que queria fazer. A tenente Marcelli faz parte de uma gerao de 20mulheres criadas para pensar que o limite para elas o mesmo que para os homens: o cu. Algumas alcanaram essa fronteira literalmente, como Marcelli. Outras, no sentido figurado. Nunca as mulheres chegaram to longe: Presidncia da Repblica ou da 25Petrobrs, a maior empresa do pas. As conquistas, como sempre, do origem a novas e ainda mais ambiciosas aspiraes. As mulheres querem permanecer na liderana e avanar em muitas reas. Elas conquistaram um territrio dominado pelos 30homens. Contaram com mudanas na sociedade (que permitiu mulheres oficiais aviadoras) e com alta dose de eterminao pessoal. Suas histrias contm lies para outras desbravadoras e para os homens tambm. (...) (poca, nmero 823, 10 de maro de 2014. Editora Globo; p.60 adaptado) Suas histrias contm lies para outras desbravadoras - e para os homens tambm. (linha 32) Sobre o excerto correto afirmar que
(AFA - 2015) PALAVRAS DO COMANDANTE As mulheres esto conquistando cada vez\ mais espao na Fora Area Brasileira. S em pensar que, em 2002, o efetivo da FAB era composto por, apenas, 3.249 mulheres e que hoje em dia, j somam 9.250, isso mostra o quanto elas tm se esforado para ajudar na defesa do pas. (P) E, aos poucos, elas alcanam patentes cada vez mais altas. J existem, inclusive, mulheres Tenente-Coronel e, este ano, as primeiras aviadoras chegam ao posto de Capito. bem possvel que, no futuro, tenhamos mulheres Coronel e, quem sabe, possam chegar ao posto de Oficial-General. (NOTAER, ano XXXVII/n3, maro de 2014, p.3) (poca, nmero 823, 10 de maro de 2014. Editora Globo; p.64 -adaptado) (NOTAER, ano XXXVII/n3, maro de 2014, p.7) Observando os grficos e seus respectivos textos, assinale a opo que traz uma anlise correta.
(AFA - 2015) MULHER BOAZINHA (Martha Medeiros) Qual o elogio que uma mulher adora receber 1? 2Bom, se voc est com tempo, pode-se listar aqui uns setecentos: mulher adora que verbalizem seus atributos, sejam eles fsicos ou morais. Diga que ela uma mulher inteligente3,4e ela ir com a sua cara. Diga que ela tem um timo carter e um corpo que uma provocao, e ela decorar o seu nmero. Fale do seu olhar, da sua pele, do seu sorriso, da sua presena de esprito, da sua aura de mistrio, de como ela tem classe: ela achar voc muito observador e lhe dar uma cpia da chave de casa. 5Mas no pense que o jogo est ganho6: manter o cargo vai depender da sua perspiccia para encontrar novas qualidades nessa mulher poderosa, absoluta. 7Diga que ela cozinha melhor que a sua me, que ela tem uma voz que faz voc pensar obscenidades, que 8ela um avio no mundo dos negcios. Fale sobre sua competncia, seu senso de oportunidade, seu bom gosto musical. Agora 9quer ver o mundo cair 10? Diga que ela muito boazinha. Descreva a uma mulher boazinha. Voz fina, roupas pastel, calados rente ao cho. Aceita encomendas de doces, contribui para a igreja, cuida dos sobrinhos nos finais de semana. Disponvel, serena, previsvel, nunca foi vista negando um favor. 11Nunca teve um chilique. 12Nunca colocou os ps num show de rock. queridinha. Pequeninha. Educadinha. 13Enfim, uma mulher boazinha. Fomos boazinhas por sculos. Engolamos tudo e fingamos no ver nada, ceguinhas. Vivamos no nosso mundinho, 14rodeadas de panelinhas e nenezinhos. A vida feminina era esse frege: bordados, paredes brancas, crucifixo em cima da cama, tudo certinho. Passamos um tempo assim, comportadinhas, enquanto amos alimentando um desejo incontrolvel de virar a mesa. 15Quietinhas, mas inquietas. 16At que chegou o dia em que deixamos de ser as coitadinhas. Ningum mais fala em namoradinhas do Brasil: somos atrizes, estrelas, profissionais. Adolescentes no so mais brotinhos: so garotas da gerao teen. Ser chamada de patricinha ofensa mortal. Pitchulinha coisa de retardada. Quem gosta de diminutivos, definha. Ser boazinha no tem nada a ver com ser generosa. 17Ser boa bom, ser boazinha pssimo. As boazinhas no tm defeitos. No tm atitude. Conformam-se com a coadjuvncia. PH neutro. Ser chamada de boazinha, mesmo com a melhor das intenes, o pior dos desaforos. Mulheres bacanas, complicadas, batalhadoras, persistentes, ciumentas, apressadas, 18isso que somos hoje. Merecemos adjetivos velozes, produtivos, enigmticos. As inhas no moram mais aqui. Foram para o espao, sozinhas. (Disponvel em: http://pensador.uol.com.br/frase/NTc1ODIy/ acesso em 28/03/14) Assinale a alternativa que analisa de maneira adequada a figura de linguagem utilizada.
(AFA - 2015) MULHER BOAZINHA (Martha Medeiros) Qual o elogio que uma mulher adora receber 1? 2Bom, se voc est com tempo, pode-se listar aqui uns setecentos: mulher adora que verbalizem seus atributos, sejam eles fsicos ou morais. Diga que ela uma mulher inteligente3,4e ela ir com a sua cara. Diga que ela tem um timo carter e um corpo que uma provocao, e ela decorar o seu nmero. Fale do seu olhar, da sua pele, do seu sorriso, da sua presena de esprito, da sua aura de mistrio, de como ela tem classe: ela achar voc muito observador e lhe dar uma cpia da chave de casa. 5Mas no pense que o jogo est ganho6: manter o cargo vai depender da sua perspiccia para encontrar novas qualidades nessa mulher poderosa, absoluta. 7Diga que ela cozinha melhor que a sua me, que ela tem uma voz que faz voc pensar obscenidades, que 8ela um avio no mundo dos negcios. Fale sobre sua competncia, seu senso de oportunidade, seu bom gosto musical. Agora 9quer ver o mundo cair 10? Diga que ela muito boazinha. Descreva a uma mulher boazinha. Voz fina, roupas pastel, calados rente ao cho. Aceita encomendas de doces, contribui para a igreja, cuida dos sobrinhos nos finais de semana. Disponvel, serena, previsvel, nunca foi vista negando um favor. 11Nunca teve um chilique. 12Nunca colocou os ps num show de rock. queridinha. Pequeninha. Educadinha. 13Enfim, uma mulher boazinha. Fomos boazinhas por sculos. Engolamos tudo e fingamos no ver nada, ceguinhas. Vivamos no nosso mundinho, 14rodeadas de panelinhas e nenezinhos. A vida feminina era esse frege: bordados, paredes brancas, crucifixo em cima da cama, tudo certinho. Passamos um tempo assim, comportadinhas, enquanto amos alimentando um desejo incontrolvel de virar a mesa. 15Quietinhas, mas inquietas. 16At que chegou o dia em que deixamos de ser as coitadinhas. Ningum mais fala em namoradinhas do Brasil: somos atrizes, estrelas, profissionais. Adolescentes no so mais brotinhos: so garotas da gerao teen. Ser chamada de patricinha ofensa mortal. Pitchulinha coisa de retardada. Quem gosta de diminutivos, definha. Ser boazinha no tem nada a ver com ser generosa. 17Ser boa bom, ser boazinha pssimo. As boazinhas no tm defeitos. No tm atitude. Conformam-se com a coadjuvncia. PH neutro. Ser chamada de boazinha, mesmo com a melhor das intenes, o pior dos desaforos. Mulheres bacanas, complicadas, batalhadoras, persistentes, ciumentas, apressadas, 18isso que somos hoje. Merecemos adjetivos velozes, produtivos, enigmticos. As inhas no moram mais aqui. Foram para o espao, sozinhas. (Disponvel em: http://pensador.uol.com.br/frase/NTc1ODIy/ acesso em 28/03/14) Consideramos como elementos de coeso todas as palavras ou expresses que servem para estabelecer elos, para criar relaes entre os segmentos do discurso. Nesse sentido, assinale a alternativa que apresenta uma anlise INCORRETA.
(AFA - 2014) A MOA E A CALA Foi no Cinema Pax, em Ipanema. O filme em exibio ruim: O menino mgico. Se mgico adulto geralmente chato, imaginem menino. Mas isso no vem ao caso. O que vem ao caso a mocinha muito da 5redondinha, condio que seu traje apertadinho deixava sobejamente clara. A mocinha chegou, comprou a entrada, apanhou, foi at a porta, mas a o porteiro olhou pra ela e disse que ela no podia entrar: _ No posso por qu? 10 _ A senhora est de Saint-Tropez. _ E da? Da o porteiro olhou pras exuberncias fsicas dela, sorriu e foi um bocado sincero: _ Por mim a senhora entrava. (Provavelmente completou baixinho... e 15entrava bem.) Mas o gerente tinha dado ordem de que no podia com aquela cala bossa-nova e, sabe como ... ele tinha que obedecer, de maneira que sentia muito, mas com aquela cala no. _ O senhor no vai querer que eu tire a cala. 20 Ns, que estvamos perto, quase respondemos por ele: _ Como no, dona! _ Mas ela no queria resposta. Queria era discutir a legitimidade de suas apertadas calas Saint-Tropez. Disse ento que suas calas eram to compridas como outras quaisquer. O 25cinema Pax dos padres e talvez por causa desse detalhe que no pode Saint-Tropez. A cala, de fato, era comprida como as outras, mas embaixo. Em cima era curta demais. O umbigo ficava ali, isolado, parecendo at o representante de Cuba em conferncias 30panamericanas. _ Quer dizer que com minhas calas eu no entro? _ Quis ela saber ainda mais uma vez. E vendo o porteiro balanar a cabea em sinal negativo, tornou a perguntar: _ E de saia? 35 De saia podia. Ela ento abriu a bolsa, tirou uma saia que estava dentro, toda embrulhadinha (devia ser pra presente). Desembrulhou e vestiu ali mesmo, por cima do pomo da discrdia. No caso, a cala Saint Tropez. Depois, calmamente, afrouxou a cala e deixou 40que a dita escorresse saia abaixo. Apanhou, guardou na bolsa e entrou com uma altivez que s vendo. Enquanto rasgava o bilhete, o porteiro comentou: _ Fao votos que ela tenha outra por baixo. 45Outra cala, naturalmente. (Stanislaw Ponte Preta) O texto, embora escrito seguindo as regras da norma padro culta da lngua, apresenta, em vrias momentos, estruturas com caractersticas de informalidade e coloquialismo. Assinale a alternativa em que o trecho NO est de acordo com a afirmativa acima.
(AFA - 2014) A MOA E A CALA Foi no Cinema Pax, em Ipanema. O filme em exibio ruim: O menino mgico. Se mgico adulto geralmente chato, imaginem menino. Mas isso no vem ao caso. O que vem ao caso a mocinha muito da 5redondinha, condio que seu traje apertadinho deixava sobejamente clara. A mocinha chegou, comprou a entrada, apanhou, foi at a porta, mas a o porteiro olhou pra ela e disse que ela no podia entrar: _ No posso por qu? 10 _ A senhora est de Saint-Tropez. _ E da? Da o porteiro olhou pras exuberncias fsicas dela, sorriu e foi um bocado sincero: _ Por mim a senhora entrava. (Provavelmente completou baixinho... e 15entrava bem.) Mas o gerente tinha dado ordem de que no podia com aquela cala bossa-nova e, sabe como ... ele tinha que obedecer, de maneira que sentia muito, mas com aquela cala no. _ O senhor no vai querer que eu tire a cala. 20 Ns, que estvamos perto, quase respondemos por ele: _ Como no, dona! _ Mas ela no queria resposta. Queria era discutir a legitimidade de suas apertadas calas Saint-Tropez. Disse ento que suas calas eram to compridas como outras quaisquer. O 25cinema Pax dos padres e talvez por causa desse detalhe que no pode Saint-Tropez. A cala, de fato, era comprida como as outras, mas embaixo. Em cima era curta demais. O umbigo ficava ali, isolado, parecendo at o representante de Cuba em conferncias 30panamericanas. _ Quer dizer que com minhas calas eu no entro? _ Quis ela saber ainda mais uma vez. E vendo o porteiro balanar a cabea em sinal negativo, tornou a perguntar: _ E de saia? 35 De saia podia. Ela ento abriu a bolsa, tirou uma saia que estava dentro, toda embrulhadinha (devia ser pra presente). Desembrulhou e vestiu ali mesmo, por cima do pomo da discrdia. No caso, a cala Saint Tropez. Depois, calmamente, afrouxou a cala e deixou 40que a dita escorresse saia abaixo. Apanhou, guardou na bolsa e entrou com uma altivez que s vendo. Enquanto rasgava o bilhete, o porteiro comentou: _ Fao votos que ela tenha outra por baixo. 45Outra cala, naturalmente. (Stanislaw Ponte Preta) O termo sublinhado nos trechos retirados do texto, pode ser substitudo pelo que est entre parnteses sem que haja prejuzo do sentido original, nas alternativas abaixo, EXCETO em
(AFA - 2014) A MOA E A CALA Foi no Cinema Pax, em Ipanema. O filme em exibio ruim: O menino mgico. Se mgico adulto geralmente chato, imaginem menino. Mas isso no vem ao caso. O que vem ao caso a mocinha muito da 5redondinha, condio que seu traje apertadinho deixava sobejamente clara. A mocinha chegou, comprou a entrada, apanhou, foi at a porta, mas a o porteiro olhou pra ela e disse que ela no podia entrar: No posso por qu? 10 A senhora est de Saint-Tropez. E da? Da o porteiro olhou pras exuberncias fsicas dela, sorriu e foi um bocado sincero: _ Por mim a senhora entrava. (Provavelmente completou baixinho... e 15entrava bem.) Mas o gerente tinha dado ordem de que no podia com aquela cala bossa-nova e, sabe como ... ele tinha que obedecer, de maneira que sentia muito, mas com aquela cala no. O senhor no vai querer que eu tire a cala. 20 Ns, que estvamos perto, quase respondemos por ele: Como no, dona! _ Mas ela no queria resposta. Queria era discutir a legitimidade de suas apertadas calas Saint-Tropez. Disse ento que suas calas eram to compridas como outras quaisquer. O 25cinema Pax dos padres e talvez por causa desse detalhe que no pode Saint-Tropez. A cala, de fato, era comprida como as outras, mas embaixo. Em cima era curta demais. O umbigo ficava ali, isolado, parecendo at o representante de Cuba em conferncias 30panamericanas. Quer dizer que com minhas calas eu no entro? Quis ela saber ainda mais uma vez. E vendo o porteiro balanar a cabea em sinal negativo, tornou a perguntar: E de saia? 35 De saia podia. Ela ento abriu a bolsa, tirou uma saia que estava dentro, toda embrulhadinha (devia ser pra presente). Desembrulhou e vestiu ali mesmo, por cima do pomo da discrdia. No caso, a cala Saint Tropez. Depois, calmamente, afrouxou a cala e deixou 40que a dita escorresse saia abaixo. Apanhou, guardou na bolsa e entrou com uma altivez que s vendo. Enquanto rasgava o bilhete, o porteiro comentou: Fao votos que ela tenha outra por baixo. 45Outra cala, naturalmente. (Stanislaw Ponte Preta) A partir da leitura do texto pode-se inferir que
(AFA - 2014) A MOA E A CALA Foi no Cinema Pax, em Ipanema. O filme em exibio ruim: O menino mgico. Se mgico adulto geralmente chato, imaginem menino. Mas isso no vem ao caso. O que vem ao caso a mocinha muito da 5redondinha, condio que seu traje apertadinho deixava sobejamente clara. A mocinha chegou, comprou a entrada, apanhou, foi at a porta, mas a o porteiro olhou pra ela e disse que ela no podia entrar: _ No posso por qu? 10 _ A senhora est de Saint-Tropez. _ E da? Da o porteiro olhou pras exuberncias fsicas dela, sorriu e foi um bocado sincero: _ Por mim a senhora entrava. (Provavelmente completou baixinho... e 15entrava bem.) Mas o gerente tinha dado ordem de que no podia com aquela cala bossa-nova e, sabe como ... ele tinha que obedecer, de maneira que sentia muito, mas com aquela cala no. _ O senhor no vai querer que eu tire a cala. 20 Ns, que estvamos perto, quase respondemos por ele: _ Como no, dona! _ Mas ela no queria resposta. Queria era discutir a legitimidade de suas apertadas calas Saint-Tropez. Disse ento que suas calas eram to compridas como outras quaisquer. O 25cinema Pax dos padres e talvez por causa desse detalhe que no pode Saint-Tropez. A cala, de fato, era comprida como as outras, mas embaixo. Em cima era curta demais. O umbigo ficava ali, isolado, parecendo at o representante de Cuba em conferncias 30panamericanas. _ Quer dizer que com minhas calas eu no entro? _ Quis ela saber ainda mais uma vez. E vendo o porteiro balanar a cabea em sinal negativo, tornou a perguntar: _ E de saia? 35 De saia podia. Ela ento abriu a bolsa, tirou uma saia que estava dentro, toda embrulhadinha (devia ser pra presente). Desembrulhou e vestiu ali mesmo, por cima do pomo da discrdia. No caso, a cala Saint Tropez. Depois, calmamente, afrouxou a cala e deixou 40que a dita escorresse saia abaixo. Apanhou, guardou na bolsa e entrou com uma altivez que s vendo. Enquanto rasgava o bilhete, o porteiro comentou: _ Fao votos que ela tenha outra por baixo. 45Outra cala, naturalmente. (Stanislaw Ponte Preta) A variao de grau das palavras , muitas vezes, utilizada para expressar outras ideias que no o aumento ou diminuio das propores. Assim, elas so utilizadas para expressar depreciao, carinho, simpatia, intensificao, etc. Assinale a alternativa em que o diminutivo expressa uma ideia DIFERENTE das demais.
(AFA - 2014) QUESTO ANULADA!! A MOA E A CALA Foi no Cinema Pax, em Ipanema. O filme em exibio ruim: O menino mgico. Se mgico adulto geralmente chato, imaginem menino. Mas isso no vem ao caso. O que vem ao caso a mocinha muito da 5redondinha, condio que seu traje apertadinho deixava sobejamente clara. A mocinha chegou, comprou a entrada, apanhou, foi at a porta, mas a o porteiro olhou pra ela e disse que ela no podia entrar: _ No posso por qu? 10 _ A senhora est de Saint-Tropez. _ E da? Da o porteiro olhou pras exuberncias fsicas dela, sorriu e foi um bocado sincero: _ Por mim a senhora entrava. (Provavelmente completou baixinho... e 15entrava bem.) Mas o gerente tinha dado ordem de que no podia com aquela cala bossa-nova e, sabe como ... ele tinha que obedecer, de maneira que sentia muito, mas com aquela cala no. _ O senhor no vai querer que eu tire a cala. 20 Ns, que estvamos perto, quase respondemos por ele: _ Como no, dona! _ Mas ela no queria resposta. Queria era discutir a legitimidade de suas apertadas calas Saint-Tropez. Disse ento que suas calas eram to compridas como outras quaisquer. O 25cinema Pax dos padres e talvez por causa desse detalhe que no pode Saint-Tropez. A cala, de fato, era comprida como as outras, mas embaixo. Em cima era curta demais. O umbigo ficava ali, isolado, parecendo at o representante de Cuba em conferncias 30panamericanas. _ Quer dizer que com minhas calas eu no entro? _ Quis ela saber ainda mais uma vez. E vendo o porteiro balanar a cabea em sinal negativo, tornou a perguntar: _ E de saia? 35 De saia podia. Ela ento abriu a bolsa, tirou uma saia que estava dentro, toda embrulhadinha (devia ser pra presente). Desembrulhou e vestiu ali mesmo, por cima do pomo da discrdia. No caso, a cala Saint Tropez. Depois, calmamente, afrouxou a cala e deixou 40que a dita escorresse saia abaixo. Apanhou, guardou na bolsa e entrou com uma altivez que s vendo. Enquanto rasgava o bilhete, o porteiro comentou: _ Fao votos que ela tenha outra por baixo. 45Outra cala, naturalmente. (Stanislaw Ponte Preta) Assinale a alternativa que apresenta apenas uma infrao norma padro da lngua. a) A mocinha quis saber o porque daquela proibio que ela considerava abisurda. b) O porteiro tinha que obedecer o gerente se no corria o risco de demisso. c) A mocinha chegou na porta do cinema com seu traje apertado em exceo. d) Como ela, muitas pessoas manifestam discordncia as ordens moralistas. (CORRETA NA PROVA) QUESTO ANULADA!!
(AFA - 2014) A FAVOR DA DIFERENA, CONTRA TODA DESIGUALDADE A maioria das pessoas acredita que est isenta de preconceitos. No entanto at sua linguagem contradiz esta crena. De modo especial, o corpo, que deveria ser um elemento de agregao e de comunicao, se torna 5elemento de discriminao. Coube-me fazer uma pesquisa com dez adolescentes sobre a presena da violncia na escola atravs da palavra. Todos afirmaram que j agrediram e foram agredidos com palavras. Surpreende que os 10adolescentes veem no corpo um elemento de discriminao. A obesidade, a altura, pequenos defeitos fsicos so motivos de preconceito. Acontece que nossa sociedade seleciona um determinado corpo como modelo e quem no obedece a 15este padro est fora de cogitao. Num pas de pobres que no conseguem ter uma alimentao equilibrada e nem os cuidados mnimos com a sade, a consequncia a marginalizao. As pessoas com necessidades especiais 20tambm so consideradas anormais. muito comum agredir verbalmente as pessoas chamando-as de retardadas. At os pobres entram na dana da agresso. Um xingamento comum o de vileiro ou favelado. E o que dizer dos adolescentes homossexuais? 25 Diferena x desigualdade Existe a viso de que a diferena se identifica com a desigualdade. H um padro de ser humano 30estandardizado e nico que deve servir de metro para o julgamento das pessoas. O grande desafio para a educao descobrir este currculo oculto verdadeiro e forte para enfrent-lo adequadamente. H pessoas que dizem que s a educao 35capaz de salvar e desenvolver um pas. At aqui todos esto de acordo. Contudo importante se perguntar qual o tipo de educao necessria para um pas como o Brasil, que tem uma das maiores concentraes de renda do mundo. H pessoas que tiveram acesso a 40todos os estudos possveis e, no entanto, continuam defendendo uma sociedade livre sem ser justa, o que, convenhamos uma grande possibilidade. Pesquisa realizada pela Fundao Instituto de Pesquisas Econmicas (Fipe), a pedido do MEC, 45demonstrou que quanto mais preconceito e prticas discriminatrias existem numa escola, pior o desempenho de seus estudantes. Foram entrevistadas 18.500 pessoas entre alunos, pais, diretores, professores e funcionrios de 501 escolas de todo o 50Brasil. Do total de estudantes entrevistados, 70% tm menos de 20 anos. Esta pesquisa revela que praticamente todos os entrevistados (99,3%) tm preconceito em algum nvel. Sobre contra quem eles admitem ter preconceito, 55revelaram: homossexual, deficiente mental, cigano, deficiente fsico. Enquanto a educao no enfrentar essas questes, o que est acontecendo em nossas escolas apenas uma transmisso de contedos, um verniz 60colorido que no penetra o profundo, a conscincia e o corao das pessoas. (...) SANDRINI, Marcos. Mundo jovem. Realidade brasileira Fevereiro de 2013. *O texto foi reproduzido na ntegra, respeitando-se todas as construes sintticas da forma como nele apareceram. Assinale a alternativa que apresenta uma inferncia INCORRETA.