(Ufu 2011) Jean-Paul Sartre (1905 – 1980) encontrou um motivo de reflexão sobre a liberdade na obra de Dostoiévski Os irmãos Karamazov: “se Deus não existe, tudo é permitido”. A partir daí teceu considerações sobre esse tema e algumas consequências que dele podem ser derivadas.[...] tudo é permitido se Deus não existe e, por conseguinte, o homem está desamparado porque não encontra nele próprio nem fora dele nada a que se agarrar. Para começar, não encontra desculpas. [...] Estamos sós, sem desculpas. É o que posso expressar dizendo que o homem está condenado a ser livre. Condenado, porque não se criou a si mesmo, e como, no entanto, é livre, uma vez que foi lançado no mundo, é responsável por tudo o que faz.SARTRE, Jean-Paul. O existencialismo é um humanismo. São Paulo: Nova Cultural, 1987, p. 9 (coleção “Os Pensadores”). Com base em seus conhecimentos sobre a filosofia existencialista de Sartre e nas informações acima, assinale a alternativa correta.
(UFU - 2011) No prtico da Academia de Plato, havia a seguinte frase: no entre quem no souber geometria. Essa frase reflete sua concepo de conhecimento: quanto menos dependemos da realidade emprica, mais puro e verdadeiro o conhecimento tal como vemos descrito em sua Alegoria da Caverna. A ideia de crculo, por exemplo, preexiste a toda a realizao imperfeita do crculo na areia ou na tbula recoberta de cera. Se trao um crculo na areia, a ideia que guia a minha mo a do crculo perfeito. Isso no impede que essa ideia tambm esteja presente no crculo imperfeito que eu tracei. assim que aparece a ideia ou a forma. JEANNIRE, Abel. Plato. Traduo de Lucy Magalhes. Rio de Janeiro: Zahar, 1995. 170 p. Com base nas informaes acima, assinale a alternativa que interpreta corretamente o pensamento de Plato.
(UFU - 2011) Segundo o texto abaixo, de Agostinho de Hipona (354-430 d. C.), Deus cria todas as coisas a partir de modelos imutveis e eternos, que so as ideias divinas. Essas ideias ou razes seminais, como tambm so chamadas, no existem em um mundo parte, independentes de Deus, mas residem na prpria mente do Criador, [...] a mesma sabedoria divina, por quem foram criadas todas as coisas, conhecia aquelas primeiras, divinas, imutveis e eternas razes de todas as coisas, antes de serem criadas [...]. Sobre o Gnese, V Considerando as informaes acima, correto afirmar que se pode perceber:
(UFU - 2011) David Hume (1711-1776) um dos representantes do empirismo. Sua teoria sobre as ideias parte do princpio de que no h nada em nossa mente que no tenha passado antes pelos sentidos, portanto, as ideias vo se formando ao longo da vida. Dessa forma, Hume afasta-se do princpio da corrente racionalista ou inatista segundo a qual afirma que h ideias inatas em nossa mente. De acordo com o pensamento de Hume, correto afirmar que
(Ufu 2011) A Itália do tempo de Nicolau Maquiavel (1469 1527) não era um Estado unificado como hoje, mas fragmentada em reinos e repúblicas. Na obra O Príncipe, declara seu sonho de ver a península unificada. Para tanto, entre outros conceitos, forjou as concepções de virtú e de fortuna. A primeira representa a capacidade de governar, agir para conquistar e manter o poder; a segunda é relativa aos acasos da sorte aos quais todos estão submetidos, inclusive os governantes. Afinal, como registrado na famosa ópera de Carl Orff: Fortuna imperatrix mundi (A Fortuna governa o mundo). Por isso, um príncipe prudente não pode nem deve guardar a palavra dada quando isso se lhe torne prejudicial e quando as causas que o determinaram cessem de existir. MAQUIAVEL, N. O príncipe. Coleção os Pensadores. São Paulo: Abril Cultura, 1973, p. 79 - 80. Com base nas informações acima, assinale a alternativa que melhor interpreta o pensamento de Maquiavel.
(UFU - 2011) Segundo Marx, o fator fundamental do desenvolvimento social assenta-se nas contradies da vida material, na luta entre as foras produtivas da sociedade e as relaes sociais de produo que lhe correspondem. Analisando a frase acima, assinale a alternativa correta sobre as relaes sociais de produo e foras produtivas em Marx.
(Ufu 2011) “Segundo Aristóteles, tudo tende a passar da potência ao ato; tudo se move de uma para outra condição. Essa passagem se daria pela ação de forças que se originam de diferentes motores, isto é, coisas ou seres que promoveriam esta mudança. No entanto, se todo o Universo sofre transformações, o estagirita afirmava que deveria haver um primeiro motor [...]”. CHALITA, Gabriel. Vivendo a filosofia. São Paulo: Ed. Ática, 2006, p. 58. Com base em seus conhecimentos e no texto acima, assinale a alternativa que contenha duas características do primeiro motor.
(UFU - 2011) Considere o seguinte texto sobre Toms de Aquino (1226-1274). Fique claro que Toms no aristoteliza o cristianismo, mas cristianiza Aristteles. Fique claro que ele nunca pensou que, com a razo se pudesse entender tudo; no, ele continuou acreditando que tudo se compreende pela f: s quis dizer que a f no estava em desacordocom a razo, e que, portanto, era possvel dar-se ao luxo de raciocinar, saindo do universo da alucinao. Eco, Umberto. Elogio de santo Toms de Aquino. In: Viagem na irrealidade cotidiana, p.339. correto afirmar, segundo esse texto, que:
(Ufu 2010) A relação entre mito e filosofia é objeto de polêmica entre muitos estudiosos ainda hoje. Para alguns, a filosofia nasceu da ruptura com o pensamento mítico (teoria do “milagre grego”); para outros, houve uma continuidade entre mito e filosofia, ou seja, de alguma forma os mitos continuaram presentes – seja como forma, seja como conteúdo – no pensamento filosófico. A partir destas informações, assinale a alternativa que NÃO contenha um exemplo de pensamento mítico no pensamento filosófico.
(UFU - 2010) A filosofia de Agostinho (354 430) estreitamente devedora do platonismo cristo milans: foi nas tradues de Mrio Vitorino que leu os textos de Plotino e de Porfrio, cujo espiritualismo devia aproxim-lo do cristianismo. Ouvindo sermes de Ambrsio, influenciados por Plotino, que Agostinho venceu suas ltimas resistncias (de tornar-se cristo). PEPIN, Jean. Santo Agostinho e a patrstica ocidental. In: CHTELET, Franois (org.) A Filosofia medieval. Rio de Janeiro Zahar Editores: 1983, p. 77. Apesar de ter sido influenciado pela filosofia de Plato, por meio dos escritos de Plotino, o pensamento de Agostinho apresenta muitas diferenas se comparado ao pensamento de Plato. Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, uma dessas diferenas.
Para responder a questão, leia o seguinte texto. O universal é o conceito, a ideia, a essência comum a todas as coisas (por exemplo, o conceito de ser humano). Em outras palavras, pergunta-se se os gêneros e as espécies têm existência separada dos objetos sensíveis: as espécies (por exemplo, o cão) ou os gêneros (por exemplo, o animal) teriam existência real? Ou seriam apenas ideias na mente ou apenas palavras? (ARANHA, M. L. A. MARTINS, M. H. Filosofando. 3 edição. São Paulo: Moderna, 2003, p. 126.) A resposta correta à pergunta formulada no texto acima, sobre os universais, é:
(UFU - 2010) Em O Discurso sobre o mtodo, Descartes afirma: No se deve acatar nunca como verdadeiro aquilo que no se reconhece ser tal pela evidncia, ou seja, evitar acuradamente a precipitao e a preveno, assim como nunca se deve abranger entre nossos juzos aquilo que no se apresente to clara e distintamente nossa inteligncia a ponto de excluir qualquer possibilidade de dvida. (REALE, G.; ANTISERI, D. Histria da filosofia: Do humanismo a Descartes. Traduo de Ivo Storniolo. So Paulo: Paulus, 2004. p. 289.) Aps a leitura do texto acima, assinale a alternativa correta.
(UFU - 2010) Friedrich Nietzsche (1844 1900) ope moral tradicional, herdeira do pensamento socrtico-platnico e da religio judaica-crist, a transvalorao de todos os valores. Conforme Aranha e Arruda (2000): Ao fazer a crtica da moral tradicional, Nietzsche preconiza a transvalorao de todos os valores. Denuncia a falsa moral, decadente, de rebanho, de escravos, cujos valores seriam a bondade, a humildade, a piedade e o amor ao prximo. Desta forma, ope a moral do escravo moral do senhor, a nova moral. (ARANHA, M. L. de A. e MARTINS, M. H. P. Filosofando: introduo filosofia. So Paulo:Moderna, 2000, p. 286.) Assinale a alternativa que contenha a descrio da moral do senhor para Nietzsche.
(UFU - 2010) Leia com ateno o texto a seguir. A finalidade da poltica no , como diziam os pensadores gregos, romanos e cristos, a justia e o bem comum, mas, como sempre souberam os polticos, a tomada e manuteno do poder. O verdadeiro prncipe aquele que sabe tomar e conservar o poder [...]. (CHAU, M. Convite filosofia. So Paulo: tica, 2000, p. 396.) A respeito das qualidades necessrias ao prncipe maquiaveliano, correto afirmar:
(UFU - 2010) Em um importante trecho da sua obra Metafsica, Aristteles se refere a Scrates nos seguintes termos: Scrates ocupava-se de questes ticas e no da natureza em sua totalidade, mas buscava o universal no mbito daquelas questes, tendo sido o primeiro a fixar a ateno nas definies. Aristteles. Metafsica, A6, 987b 1-3. Traduo de Marcelo Perine. So Paulo: Loyola, 2002. Com base na filosofia de Scrates e no trecho supracitado, assinale a alternativa correta.