(Ufu 2004) “Do arco o nome é vida e a obra é morte.” HERÁCLITO. Sobre a natureza. Trad. de José Cavalcante de Souza. São Paulo: Nova Cultural, 1989, p. 56. Coleção “Os Pensadores”. Este fragmento ilustra bem o pensamento de Heráclito, que acreditou ser o mundo o eterno fluir, comparado a um rio no qual “entramos e não entramos”. Assinale a alternativa que explica o fragmento mencionado acima.
(Ufu - 2004) Leia com ateno o texto abaixo em que o autor comenta e cita Santo Agostinho, e, em seguida, responda as questes apresentadas. Deus cria as coisas a partir de modelos imutveis e eternos, que so as idias divinas. Essas idias ou razes no existem em um mundo parte, como afirmava Plato, mas na prpria mente ou sabedoria divina, conforme o testemunho da Bblia. Que a mesma sabedoria divina, por quem foram criadas todas as coisas, conhecia aquelas primeiras, divinas, imutveis e eternas razes de todas as coisas antes de serem criadas, a Sagrada Escritura d este testemunho: No princpio era o Verbo e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus. Todas as coisas foram feitas pelo Verbo e sem Ele nada foi feito. Quem seria to nscio a ponto de afirmar que Deus criou as coisas sem conhec-las? E se as conheceu, onde as conheceu seno em si mesmo, junto a quem estava o Verbo pelo qual tudo foi feito? (Santo Agostinho, Sobre oGnese, V, 29). COSTA, Jos Silveira da. A FilosofiaCrist. IN: RESENDE, Antnio. Curso de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar/SEAF, 1986, P. 78, captulo 4. A) Explique a relao, sugerida neste texto, entre a teoria das Idias de Plato e o pensamento de Agostinho. B) Explique como Agostinho usa essa teoria para explicar o conhecimento humano, na sua conhecida Doutrina da Iluminao Divina.
(UFU - 2004) Leia o texto abaixo. Podemos, por conseguinte, dividir todas as percepes do esprito em duas classes ou espcies, que se distinguem por seus diferentes graus de fora e vivacidade. As menos fortes e menos vivas so geralmente denominadas pensamentos ou idias. A outra espcie () pelo termo impresso, [pelo qual] entendo, pois, todas as percepes mais vivas, quando ouvimos, vemos, sentimos, amamos, odiamos, desejamos ou queremos. E as impresses diferenciam-se das idias, que so as percepes menos vivas, das quais temos conscincia, quando refletimos sobre quaisquer das sensaes ou dos movimentos acima mencionados. HUME, D. Investigao acerca do entendimento humano. Trad. de Joo Paulo Gomes Monteiro. So Paulo: Nova Cultural, p. 69-70. (Os Pensadores) Para Hume, podemos afirmar que o conhecimento deve ser entendido como
(UFU - 2004) Uma das tendncias fundamentais de pensamento da Idade Mdia a Escolstica. A Escolstica caracteriza-se por vrios elementos tais como:
(Ufu 2004) “Até agora se supôs que todo nosso conhecimento tinha que se regular pelos objetos: porém, todas as tentativas de mediante conceitos estabelecer algo a priori sobre os mesmos, através do que nosso conhecimento seria ampliado, fracassaram sob esta pressuposição. Por isso, tente-se ver uma vez se não progredimos melhor nas tarefas da Metafísica admitindo que os objetos têm que se regular pelo nosso conhecimento, o que assimjá concorda melhor com a requerida possibilidade de um conhecimento a priori dos mesmos que deve estabelecer algo sobre os objetos antes de nos serem dados. O mesmo aconteceu com os pensamentos de Copérnico que, depois das coisas não quererem andar muito bem com a explicação dos movimentos celestes admitindo—se que todo exército de astros girava em tomo do espectador, tentou ver se não seria mais bem-sucedido se deixasse o espectador mover-se e, em contrapartida, os astros em repouso.” KANT, I. Crítica da razão pura. Prefácio à segunda edição. Trad. de Valério Rohden e UdoBaldur Moosburger. São Paulo: Nova Cultural, 1987, p. 14. (Os Pensadores) Considerando a leitura do trecho acima, podemos dizer que a revolução copernicana de Kant é
(Ufu 2004) Uma das hipóteses científicas mais reconhecidas na Antropologia argumenta que a proibição do incesto estava presente na emergência da cultura, quando o homem deixou de ser apenas mais um animal social e se tornou um ser cultural, produtor de símbolos. Sobre este processo fundamental da humanidade, assinale a alternativa teórica incorreta.
(Ufu 2004) As assertivas a seguir resumem formulações teóricas da Sociologia sobre coesão social e anomia. Leia-as e assinale a alternativa que indica as formulações corretas na tradição teórica de Émile Durkheim. I. A solidariedade mecânica, como base da coesão social, perde terreno para a solidariedade orgânica, quando aumenta a divisão social do trabalho, como se observa na transição das sociedades agrárias para as sociedades urbana-industriais. II. A solidariedade mecânica funda-se na adesão total do indivíduo ao grupo ao qual pertence, enquanto a solidariedade orgânica tem fundamento na cooperação dos indivíduos e grupos, segundo a interdependência de suas funções vitais. III. A transição da solidariedade mecânica para a orgânica impõe transformações na estrutura social, incluindo mudanças em seus fundamentos morais que, quando mal assimiladas, podem levar a estados de anomia, como se vê em alguns casos de suicídio. IV. A anomia corresponde a situações de desorganização pessoal e social decorrentes da ausência de consciência coletiva, da luta de classes e do desencantamento do mundo próprios das sociedades de consumo, formadas por hordas e clãs sem identidades.
(Ufu 2004) Leia atentamente a passagem, extraída do texto O que é esclarecimento de I.Kant. “Entretanto, nada além da liberdade é necessário ao esclarecimento: na verdade, o que se requer é a mais inofensiva de todas as coisas às quais esse termo pode ser aplicado, ou seja, a liberdade de fazer uso público da própria razão a despeito de tudo [...].” ARANHA, M. L. A. e MARTINS, M. H. P. Filosofando. Introdução à Filosofia. 2ª ed. São Paulo:Moderna, 1977, p. 114. Assinale a proposição verdadeira em relação ao que Kant define como “fazer uso público da própria razão”
(UFU - 2004) Parmnides (c. 515-440 a.C.) deixou seus pensamentos registrados no poema Sobre a natureza, do qual restaram apenas fragmentos cultivados pelos filsofos do mundo antigo, uma das passagens clebres preservadas a seguinte: Necessrio o dizer e pensar que (o) ente ; pois ser, e nada no ; isto eu te mando considerar. Pois primeiro desta via de inqurito eu te afasto, mas depois daquela outra, em que mortais que nada sabem erram, duplas cabeas, pois o imediato em seus peitos dirige errante pensamento; (...) PARMNIDES. Sobre a natureza. Trad. de Jos Cavalcante de Souza. So Paulo: Nova Cultural, 1989, p. 88. Coleo Os Pensadores. Analise as assertivas abaixo. I. A opinio humana busca o que (ser) naquilo que no (ser). II. O mundo dos sentidos (ser), portanto, o nico digno de ser conhecido. III. No se pode dizer no-ser , porque no-ser impensvel. IV. Dizer no-ser no no-ser, o mesmo que afirmar no-ser no . Assinale a alternativa que contm as assertivas corretas.
(UFU - 2004) O fragmento seguinte atribudo a Herclito de feso. O mesmo em (ns?) vivo e morto, desperto e dormindo, novo e velho; pois estes, tombados alm, so aqueles e aqueles de novo, tombados alm, so estes. Os Pr -Socrticos. Trad. de Jos Cavalcante de Souza, 1 ed. So Paulo: Abril Cultural. 1973, p. 93. (Os Pensadores) A partir do fragmento citado, escolha a alternativa que melhor representa o pensamento de Herclito.
(UFU - 2003) Toms de Aquino no via conflito entre a f e a razo, sendo possvel para a segunda atingir o conhecimento da existncia de Deus. Contudo, Toms de Aquino defende a relao harmnica entre ambas, pois, se a razo demonstra a existncia de Deus, ela o faz graas f que revela tal verdade. Assim, a filosofia de Toms de Aquino insistiu nos limites do conhecimento humano. Com base nas afirmaes precedentes, assinale a alternativa correta.
(Ufu 2003) A teoria educacional de Émile Durkheim é tributária do seu modo de conceber a socialização dos indivíduos, ou seja, o processo de transformação dos indivíduos em seres sociais. Como tal, a educação participa da mesma natureza e exibe as mesmas características gerais dos demais fatos sociais. Assinale a única afirmação, entre as que são apresentadas a seguir, que não está de acordo com as ideias de Durkheim a respeito do processo de educação e socialização dos indivíduos.
(UFU/2003) Com efeito, alguns tomam a coisa universal da seguinte maneira: eles colocam uma substância essencialmente a mesma em coisas que diferem umas das outras pelas formas; essa é a essência material das coisas singulares nas quais existe, e é uma só em si mesma, sendo diferente apenas pelas formas dos seus inferiores. ABELARDO, Lógica para principiantes. São Paulo: Abril Cultural, 1973. Coleção Os Pensadores. p. 218. Sobre o texto acima, é correto afirmar que
(UFU - 2003) () Que pensamentos ento que aconteceria, disse ela, se a algum ocorresse contemplar o prprio belo, ntido, puro, simples, e no repleto de carnes, humanas, de cores e outras muitas ninharias mortais, mas o prprio divino belo pudesse em sua forma nica contemplar? Porventura pensas, disse, que vida v a de um homem olhar naquela direo e aquele objeto, com aquilo [a alma] com que deve, quando o contempla e com ele convive? Ou no consideras, disse ela, que somente ento, quando vir o belo com aquilo com que este pode ser visto, ocorrer-lhe- produzir no sombras de virtude, porque no em sombras que estar tocando, mas reais virtudes, porque no real que estar tocando? Plato. O Banquete. Trad. Jos Cavalcante de Souza. So Paulo: Abril Cultural, 1979, pp.42- 43. A partir do trecho de Plato, analise as assertivas abaixo: I. O belo verdadeiro para Plato encontra-se no conhecimento obtido pela observao das coisas humanas. II. A contemplao do belo puro e simples atingida por meio da alma. III. Cores e sombras so virtudes reais, visto que se possa, ao tocar nelas, tocar no prprio real. IV. H, como na Alegoria da Caverna, uma relao direta para Plato entre o conhecimento e a virtude. Assinale a alternativa que contm as assertivas corretas.
(UFU - 2003) S possvel pensar e dizer que o ente , pois o ser , mas o nada no ; sobre isso, eu te peo, reflita, pois esta via de inqurito a primeira de que te afasto; depois afasta-te daquela outra, aquela em que erram os mortais desprovidos de saber e com duplacabea, pois, no peito, a hesitao dirige um pensamento errante: eles se deixam levar surdos e cegos, perplexos, multido inepta, para quem ser e no ser considerado o mesmo e no o mesmo, para quem todo o caminho volta sobre si mesmo. Parmnides, Sobre a Natureza, 6, 1-9. Sobre este trecho do poema de Parmnides, correto afirmar que I. s se pode pensar e dizer que o ser . II.para os mortais o ser considerado diferente do no ser. III. possvel dizer o no ser, embora no se possa pens-lo. IV.duas vias de inqurito devem ser afastadas: a do no ser e a dos mortais. Assinale a alternativa que contm todas as afirmaes corretas.