(ENEM - 2017) Os textos publicitrios so produzidos para cumprir determinadas funes comunicativas. Os objetivos desse cartaz esto voltados para a conscientizao dos brasileiros sobre a necessidade de
(ENEM - 2017) A pelas trs da tarde Nesta sala atulhada de mesas, mquinas e papis, onde invejveis escreventes dividiram entre si o bom senso do mundo, aplicando-se em ideias claras apesar do rudo e do mormao, seguros ao se pronunciarem sobre problemas que afligem o homem moderno (espcie da qual voc, milenarmente cansado, talvez se sinta um tanto excludo), largue tudo de repente sob os olhares a sua volta, componha uma cara de louco quieto e perigoso, faa os gestos mais calmos quanto os tais escribas mais severos, d um largo ciao ao trabalho do dia, assim como quem se despede da vida, e surpreenda pouco mais tarde, com sua presena em hora to inslita, os que estiveram em casa ocupados na limpeza dos armrios, que voc no sabia antes como era conduzida. Convm no responder aos olhares interrogativos, deixando crescer, por instantes, a intensa expectativa que se instala. Mas no exagere na medida e suba sem demora ao quarto, libertando a os ps das meias e dos sapatos, tirando a roupa do corpo como e retirasse a importncia das coisas, pondo-se enfim em vestes mnimas, quem sabe at em pelo, mas sem ferir o decoro (o seu decoro, est claro), e aceitando ao mesmo tempo, como boa verdade provisria, toda mudana de comportamento. NASSAR, R. Menina a caminho. So Paulo: Cia. das Letras. 1997. Em textos de diferentes gneros, algumas estratgias argumentativas referem-se a recursos lingustico-discursivos mobilizados para envolver o leitor. No texto, caracteriza-se como estratgia de envolvimento a
(ENEM - 2017) VALENTIM, R. Emblema 78. Acrlico sobre tela. 73 x 100 cm. 1978 Disponvel em: www.espacoarte.com.br. Acesso em: 2 ago. 2012. A obra de Rubem Valentim apresenta emblema que, baseando-se em signos de religies afro-brasileiras, se transformam em produo artstica. A obra Emblema 78 relaciona-se com o Modernismo em virtude da
(ENEM - 2017) ERNESTO NETO. Dengo. 2010. MAM-SP, 2010 Disponvel em: http://espacohumus.com. Acesso em: 25 abr. 2017 A instalao Dengo transformou a sala do MAM-SP em um ambiente singular, explorando como principal caracterstica artstica a
(ENEM - 2017) Naquela manh de cu limpo e ar leve, devido chuva torrencial da noite anterior, sai a caminhar com o sol ainda escondido para tomar tenncia dos primeiros movimentos da vida na roa. Num demorou nem um tiquinho e o cheiro intenso do caf passado por Dona Linda me invadiu as narinas e fez a fome se acordar daquela rema letrgica derivada da longa noite de sono. Levei as mos at a gua que corria pela bica feita de bambu e o contato gelado foi de arrepiar. Mas fui em frente e levei as mos em concha at o rosto. Com o impacto, recuei e me faltou o flego por alguns instantes, mas o despertar foi imediato. J aceso, entrei na cozinha na buscao de derrubar a fome e me acercar do aconchego do calor do fogo lenha. Foi quando dei reparo da figura esguia e discreta de uma senhora acompanhada de um garoto aparentando uns cinco anos de idade j aboletada na ponta da mesa em proseio ntimo com a dona da casa. Depois de um vigoroso Bom dia!, de um vaporoso aperto de mos nas apresentaes de praxe, fiquei sabendo que Dona Flor de Maio levava o filho Ado para tratamento das feridas que pipocavam por seu corpo, provocando pequenas pstulas de bordas avermelhadas. GUIO, M. Disponvel em: www.revistaecologico.com.br. Acesso em: 10 mar. 2014 (adaptado). A variedade lingustica da narrativa adequada descrio dos fatos. Por isso, a escolha de determinadas palavras e expresses usadas no texto est a servio da
(ENEM - 2017) Z Arajo comeou a cantar num tom triste, dizendo aos curiosos que comearam a chegar que uma mulher tinha se ajoelhado aos ps da santa cruz e jurado em nome de Jesus um grande amor, mas jurou e no cumpriu, fingiu e me enganou, pra mim mentiu, pra Deus voc pecou, o corao tem razes que a prpria razo desconhece, faz promessas e juras, depois esquece. O caboclo estava triste e inspirado. Depois dessa cano que arrepiou os cabelos da Neusa, emendou com uma valsa mais arretada ainda, cheia de palavras difceis, mas bonita que s a gota serena. Era a histria de uma boneca encantadora vista numa vitrine de cristal sobre o soberbo pedestal. Z Arajo fechava os olhos e soltava a voz: Seus cabelos tinham a cor/ Do sol a irradiar/ Fulvos raios de amor./ Seus olhos eram circnvagos/ Do romantismo azul dos lagos/ Mos liriais, uns braos divinais,/ Um corpo alvo sem par/ E os ps muito pequenos/ Enfim eu vi nesta boneca/ Uma perfeita Vnus. CASTRO, N. L. As pelejas de Ojuara: o homem que desafiou o diabo. So Paulo: Arx, 2006 (adaptado). O comentrio do narrador do romance [...] emendou com uma valsa mais arretada ainda, cheia de palavras difceis, mas bonita que s a gota serena relaciona-se ao fato de que essa valsa representativa de uma variedade lingustica
(ENEM - 2017) A lavadeira comeou a viver como uma servial que impe respeito e no mais como escrava. Mas essa regalia sbita foi efmera. Meus irmos, nos frequentes deslizes que adulteravam este novo relacionamento, geram dardejados pelo olhar severo de Emilie; eles nunca suportaram de bom grado que uma ndia passasse a comer na mesa da sala, usando os mesmos talheres e pratos, e comprimindo com os lbios o mesmo cristal dos copos e a mesma porcelana das xcaras de caf. Uma espcie de asco e repulsa tingia-lhes o rosto, j no comiam com a mesma saciedade e recusavam-se a elogiar os pastis de picadinho de carneiro, os folheados de nata e tmara, e o arroz com amndoas, dourado, exalando um cheiro de cebola tostada. Aquela mulher, sentada e muda, com o rosto rastreado de rugas, era capaz de tirar o sabor e o odor dos alimentos e de suprimir a voz e o gesto como se o seu silncio ou a sua presena que era s silncio impedisse o outro de viver. HATOUM. M. Relato de um certo Oriente. So Paulo: Cia das Letras, 2000. Ao apresentar uma situao de tenso em famlia, o narrador destila, nesse fragmento, uma percepo das relaes humanas e sociais demarcada pelo
(ENEM - 2017) Revista Bolsa, 1986. In: CARRASCOZA, J. A.A evoluo do texto publicitrio: a associao de palavras como elemento de seduo na publicidade. So Paulo: Futura, 1999 (adaptado). Nesse cartaz publicitrio de uma empresa de papel e celulose, a combinao dos elementos verbais e no verbais visa
(ENEM - 2017) Fim de semana no parque Olha o meu povo nas favelas e vai perceber Daqui eu vejo uma caranga do ano Toda equipada e o tiozinho guiando Com seus filhos ao lado esto indo ao parque Eufricos brinquedos eletrnicos Automaticamente eu imagino A molecada l da rea como que t Provavelmente correndo pra l e pra c Jogando bola descalos nas ruas de terra , brincam do jeito que d [...] Olha s aquele clube, que da hora Olha aquela quadra, olha aquele campo, olha Olha quanta gente Tem sorveteria, cinema, piscina quente [...] Aqui no vejo nenhum clube poliesportivo Pra molecada frequentar nenhum incentivo O investimento no lazer muito escasso O centro comunitrio um fracasso RAClONAlS MCs. Racionais MCs. So Paulo: Zimbabwue, 1994 (fragmento). A letra da cano apresenta uma realidade social quanto distribuio distinta dos espaos de lazer que
(ENEM - 2017) TEXTO I SPETO. Grafite. Museu Afro Brasil, 2009. Disponvel em: www.diariosp.com.br. Acesso em: 25 set. 2015 TEXTO II Speto Paulo Csar Silva, mais conhecido como Speto, um grafiteiro paulista envolvido com o skate e a msica. O fortalecimento de sua arte ocorreu, em 1999, pela oportunidade de ver de perto as referncias que trazia h tempos, ao passar por diversas cidades do Norte do Brasil em uma turn com a banda O Rappa. Revista Zupi, n. 19, 2010. O grafite do artista paulista Speto, exposto no Museu Afro Brasil, revela elementos da cultura brasileira reconhecidos
(ENEM - 2017) O homem disse, Est a chover, e depois, Quem voc, No sou daqui, Anda procura de comida, Sim, h quatro dias que no comemos, E como sabe que so quatro dias, um clculo, Est sozinha, Estou com o meu marido e uns companheiros, Quantos so, Ao todo, sete; Se esto a pensar em ficar conosco, tirem da o sentido, j somos muitos, S estamos de passagem, Donde vm, Estivemos internados desde que a cegueira comeou, Ah, sim, a quarentena, no serviu de nada. Porque diz isso, Deixaram-nos sair, Houve um incndio e nesse momento percebemos que os soldados que nos vigiavam tinham desaparecido, E saram, Sim, Os vossos soldados devem ter sido dos ltimos a cegar, toda a gente est cega, Toda a gente, a cidade toda, o pas, SARAMAGO, J. Ensaio sobre a cegueira. So Paulo: Cia. das Letras. 1995. A cena retrata as experincias das personagens em um pas atingido por uma epidemia. No dilogo, a violao de determinadas regras de pontuao
(ENEM - 2017) TEXTO I RAUSCHENBERG, R. Cama. leo e lpis em travesseiro, colcha e folha em suporte de madeira. 191,1 x 80 x 20,3 cm. Museu de Arte Moderna de Nova York, 1995. Disponvel em: www.moma.org. Acesso em: 8 jun. 2017. TEXTO II No vero de 1954, o artista Robert Rauschenberg (n.1925) criou o termo combine para se referir a suas novas obras que possuam aspectos tanto da pintura como da escultura. Em 1958, Cama foi selecionada para ser includa em uma exposio de jovens artistas americanos e italianos no Festival dos Dois Mundos em Spoleto, na Itlia. Os responsveis pelo festival, entretanto, se recusaram a expor a obra e a removeram para um depsito. Embora o mundo da arte debatesse a inovao de se pendurar uma cama numa parede, Rauschenberg considerava sua obra um dos quadros mais acolhedores que j pintei, mas sempre tive medo de que algum quisesse se enfiar nela. DEMPSEY, A. Estilos, escolas e movimentos: guia enciclopdico da arte moderna. So Paulo: Cosac Naify, 2003. A obra de Rauschenberg chocou o pblico na poca em que foi feita, e recebeu forte influncia de um movimento artstico que se caracterizava pela
(ENEM - 2016) Ler no decifrar, como num jogo de adivinhaes, o sentido de um texto. , a partir do texto, ser capaz de atribuir-lhe significado, conseguir relacion-lo a todos os outros textos significativos para cada um, reconhecer nele o tipo de leitura que o seu autor pretendia e, dono da prpria vontade, entregar-se a essa leitura, ou rebelar-se contra ela, propondo uma outra no prevista LAJOLO, M. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. So Paulo: tica, 1993. Nesse texto, a autora apresenta reflexes sobre o processo de produo de sentidos, valendo-se da metalinguagem. Essa funo da linguagem torna-se evidente pelo fato de o texto
(ENEM -2016) O hoax, como chamado qualquer boato ou farsa na internet, pode espalhar vrus entre os seus contatos. Falsos sorteios de celulares ou frases que Clarice Lispector nunca disse so exemplos de hoax. Trata-se de boatos recebidos por e-mail ou compartilhados em redes sociais. Em geral, so mensagens dramticas ou alarmantes que acompanham imagens chocantes, falam de crianas doentes ou avisam sobre falsos vrus. O objetivo de quem cria esse tipo de mensagem pode ser apenas se divertir com a brincadeira (de mau gosto), prejudicar a imagem de uma empresa ou espalhar uma ideologia poltica. Se o hoax for do tipo phishing (derivado de fishing, pescaria, em ingls) o problema pode ser mais grave: o usurio que clicar pode ter seus dados pessoais ou bancrios roubados por golpistas. Por isso to importante ficar atento. VIMERCATE, N. Disponvel em: www.techtudo.com.br. Acesso em: 1 maio 2013 (adaptado). Ao discorrer sobre os hoaxes, o texto sugere ao leitor, como estratgia para evitar essa ameaa,
(ENEM - 2016) TOZZI, C. Colcha de retalhos.Mosaico figurativo. Estao de Metr S. Disponvel em:www.arteforadomuseu.com.br. Acesso em: 8 mar. 2013. Colcha de retalhos representa a essncia do mural e convida o pblico a