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Questões de Português - ENEM | Gabarito e resoluções

Questão 20
2014Português

(ENEM - 2014) Para atingir o objetivo de recrutar talentos, esse texto publicitrio:

Questão 21
2014Português

(ENEM - 2014) Linotipos O Museu da Imprensa exibe duas linotipos. Trata-se de um tipo de mquina de composio de tipos de chumbo, inventada em 1884 em Baltimore, nos Estados Unidos, pelo alemo Ottmar Mergenthaler. O invento foi de grande importncia por ter significado um novo e fundamental avano na histria das artes grficas. A linotipia provocou, na verdade, uma revoluo porque venceu a lentido da composio dos textos executada na tipografia tradicional, em que o texto era composto mo, juntando tipos mveis um por um. Constitua-se, assim, no principal meio de composio tipogrfica at 1950. A linotipo, a partir do sculo XIX, passou a produzir impressos a baixo custo, o que levou informao s massas, democratizou a informao. Promoveu uma revoluo na educao. Antes da linotipo, os jornais e revistas eram escassos, com poucas pginas e caros. Os livros didticos eram tambm caros, pouco acessveis. Disponvel em: http://portal.in.gov.br. Acesso em: 23 fev. 2013 (adaptado) O texto apresenta um histrico da linotipo, uma mquina tipogrfica inventada no sculo XIX e responsvel pela dinamizao da imprensa. Em termos sociais, a contribuio da linotipo teve impacto direto na

Questão 22
2014Português

(ENEM - 2014) Cordel resiste tecnologia grfica O Cariri mantm uma das mais ricas tradies da cultura popular. a literatura de cordel, que atravessa os sculos sem ser destruda pela avalanche de modernidade que invade o serto lrico e telrico. Na contramo do progresso, que informatizou a indstria grfica, a Lira Nordestina, de Juazeiro do Norte, e a Academia dos Cordelistas do Crato conservam, em suas oficinas, velhas mquinas para impresso dos seus cordis. A chapa para impresso do cordel feita mo, letra por letra, um trabalho artesanal que dura cerca de uma hora para confeco de uma pgina. Em seguida, a chapa levada para a impressora, tambm manual, para imprimir. A manuteno desse sistema antigo de impresso faz parte da filosofia do trabalho. A outra etapa a confeco da xilogravura para a capa do cordel. As xilogravuras so ilustraes populares obtidas por gravuras talhadas em madeira. A origem da xilogravura nordestina at hoje ignorada. Acredita-se que os missionrios portugueses tenham ensinado sua tcnica aos ndios, como uma atividade extra-catequese, partindo do princpio religioso que defende a necessidade de ocupar as mos para que a mente no fique livre, sujeita aos maus pensamentos, ao pecado. A xilogravura antecedeu ao clich, placa fotomecanicamente gravada em relevo sobre metal, usualmente zinco, que era utilizada nos jornais impressos em rotoplanas. VICELMO, A. Disponvel em: www.onordeste.com. Acesso em: 24 fev. 2013 (adaptado). A estratgia grfica constituda pela unio entre as tcnicas da impresso manual e da confeco da xilogravura na produo de folhetos de cordel

Questão 23
2014Português

(ENEM - 2014) Em bom portugus No Brasil, as palavras envelhecem e caem como folhas secas. No somente pela gria que a gente apanhada (alis, j no se usa mais a primeira pessoa, tanto do singular como do plural: tudo a gente). A prpria linguagem corrente vai-se renovando e a cada dia uma parte do lxico cai em desuso. Minha amiga Lila, que vive descobrindo essas coisas, chamou minha ateno para os que falam assim: - Assisti a uma fita de cinema com um artista que representa muito bem. Os que acharam natural essa frase, cuidado! No sabero dizer que viram um filme com um ator que trabalha bem. E iro ao banho de mar em vez de ir praia, vestido de roupa de banho em vez de biquni, carregando guarda-sol em vez de barraca. Compraro um automvel em vez de comprar um carro, pegaro um defluxo em vez de um resfriado, vo andar no passeio em vez de passear na calada. Viajaro de trem de ferro e apresentaro sua esposa ou sua senhora em vez de apresentar sua mulher. SABINO, F. Folha de S. Paulo, 13 abr. 1984 (adaptado). A lngua varia no tempo, no espao e em diferentes classes socioculturais. O texto exemplifica essa caracterstica da lngua, evidenciando que:

Questão 24
2014Português

(ENEM - 2014) Psicologia de um vencido Eu, filho do carbono e do amonaco, Monstro de escurido e rutilncia, Sofro, desde a epignesis da infncia, A influncia m dos signos do zodaco. Profundssimamente hipocondraco, Este ambiente me causa repugnncia Sobe-me boca uma nsia anloga nsia Que se escapa da boca de um cardaco. J o verme este operrio das runas Que o sangue podre das carnificinas Come, e vida em geral declara guerra, Anda a espreitar meus olhos para ro-los, E h de deixar-me apenas os cabelos, Na frialdade inorgnica da terra! ANJOS, A. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. A poesia de Augusto dos Anjos revela aspectos de uma literatura de transio designada como pr-modernista. Com relao potica e abordagem temtica presentes no soneto, identificam-se marcas dessa literatura de transio, como

Questão 25
2014Português

(ENEM - 2014) O negcio Grande sorriso do canino de ouro, o velho Ablio prope s donas que se abastecem de po e banana: Como o negcio? De cada trs d certo com uma. Ela sorri, no responde ou uma promessa a recusa: Deus me livre, no! Hoje no... Ablio interpelou a velha: Como o negcio? Ela concordou e, o que foi melhor, a filha tambm aceitou o trato. Com a dona Julietinha foi assim. Ele se chegou: Como o negcio Ela sorriu, olhinho baixo. Ablio espreitou o cometa partir. Manh cedinho saltou a cerca. Sinal combinado, duas batidas na porta da cozinha. A dona saiu para o quintal, cuidadosa para no acordar os filhos. Ele trazia a capa de viagem, estendida na grama orvalhada. O vizinho espionou os dois, aprendeu o sinal. Decidiu imitar a proeza. No crepsculo, pum-pum, duas pancadas fortes na porta. O marido em viagem, mas no era dia do Ablio. Desconfiada, a moa surgiu janela e o vizinho repetiu: Como o negcio? Diante da recusa, ele ameaou: Ento voc quer o velho e no quer o moo? Olhe que eu conto! TREVISAN, D. Mistrios de Curitiba. Rio de Janeiro: Record, 1979 (fragmento) Quanto abordagem do tema e aos recursos expressivos, essa crnica tem um carter:

Questão 26
2014Português

(ENEM - 2014) A ltima edio deste peridico apresenta mais uma vez tema relacionado ao tratamento dado ao lixo caseiro, aquele que produzimos no dia a dia. A informao agora passa pelo problema do material jogado na estrada vicinal que liga o municpio de Rio Claro ao distrito de Ajapi. Infelizmente, no local em questo, a reportagem encontrou mais uma forma errada de destinao do lixo: material atirado ao lado da pista como se isso fosse o ideal. Muitos moradores, por exemplo, retiram o lixo de suas residncias e, em vez de um destino correto, procuram dispens-lo em outras regies. Uma situao no mnimo incmoda. Se voc sai de casa para jogar o lixo em outra localidade, por que no o fazer no local ideal? muita falta de educao achar que aquilo que no correto para sua regio possa ser para outra. Areciclagem do lixo domstico um passo inteligente e de conscincia. Olha o exemplo que passamos aos mais jovens! Quem aprende errado coloca em prtica o errado. Um perigo! Disponvel em: http://jornaldacidade.uol.com.br. Acesso em: 10 ago. 2012 (adaptado). Esse editorial faz uma leitura diferenciada de uma notcia veiculada no jornal. Tal diferena traz tona uma das funes sociais desse gnero textual, que

Questão 27
2014Português

(ENEM - 2014) O objeto escultrico produzido por Lygia Clark, representante do Neoconcretismo, exemplifica o incio de uma vertente importante na arte contempornea, que amplia as funes da arte. Tendo como referncia a obra Bicho de bolso, identifica-se essa vertente pelo(a):

Questão 28
2014Português

(ENEM - 2014) Por onde houve colonizao portuguesa, a msica popular se desenvolveu basicamente com o mesmo instrumental. Podemos ver cavaquinho e violo atuarem juntos aqui, em Cabo Verde, em Jacarta, na Indonsia, ou em Goa. O carter nostlgico, sentimental, outro ponto comum da msica das colnias portuguesas em todo o mundo. O kronjong, a msica tpica de Jacarta, uma espcie de lundu mais lento, tocado comumente com flauta, cavaquinho e violo. Em Goa no muito diferente. De acordo com o texto de Henrique Cazes, grande parte da msica popular desenvolvida nos pases colonizados por Portugal compartilha um instrumental, destacando-se o cavaquinho e o violo. No Brasil, so exemplos de msica popular que empregam esses mesmos instrumentos:

Questão 29
2014Português

(ENEM - 2014) Vida obscura Ningum sentiu o teu espasmo obscuro, ser humilde entre os humildes seres, embriagado, tonto de prazeres, o mundo para ti foi negro e duro. Atravessaste no silncio escuro a vida presa a trgicos deveres e chegaste ao saber de altos saberes tornando-te mais simples e mais puro. Ningum te viu o sentimento inquieto, magoado, oculto e aterrador, secreto, que o corao te apunhalou no mundo, Mas eu que sempre te segui os passos sei que cruz infernal prendeu-te os braos e o teu suspiro como foi profundo! SOUSA, C. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1961. Com uma obra densa e expressiva no Simbolismo brasileiro, Cruz e Sousa transps para seu lirismo uma sensibilidade em conflito com a realidade vivenciada. No soneto, essa percepo traduz-se em

Questão 30
2014Português

(ENEM - 2014) A Histria, mais ou menos Negcio seguinte. Trs reis magrinhos ouviram um pl de que tinha nascido um Guri. Viram o cometa no Oriente e tal e se flagraram que o Guri tinha pintado por l. Os profetas, que no eram de dar cascata, j tinham dicado o troo: em Belm, da Judeia, vai nascer o Salvador, e t falado. Os trs magrinhos se mandaram. Mas deram o maior fora. Em vez de irem direto para Belm, como mandava o catlogo, resolveram dar uma incerta no velho Herodes, em Jerusalm. Pra qu! Chegaram l de boca aberta e entregaram toda a trama. Perguntaram: Onde est o rei que acaba de nascer? Vimos sua estrela no Oriente e viemos ador-lo. Quer dizer, pegou mal. Muito mal. O velho Herodes, que era um oligo, ficou grilado. Que rei era aquele? Ele que era o dono da praa. Mas comeu em boca e disse: Joia. Onde que esse guri vai se apresentar? Em que canal? Quem o empresrio? Tem baixo eltrico? Quero saber tudo. Os magrinhos disseram que iam flagrar o Guri e na volta dicavam tudo para o coroa. VERISSIMO, L. F. O nariz e outras crnicas. So Paulo: tica, 1994. Na crnica de Verssimo, a estratgia para gerar o efeito de humor decorre do(a)

Questão 31
2014Português

(ENEM - 2014) FABIANA, arrepiando-se de raiva Hum! Ora, eis a est para que se casou com meu filho, e trouxe a mulher para minha casa. isto constantemente. No sabe o senhor meu filho que quem casa quer casa...J posso, no posso! (Batendo com o p).Um dia arrebento, e ento veremos! PENA, M. Quem casa quer casa. www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 7 dez. 2012 As rubricas em itlico, como as trazidas no trecho de Martins Pena, em uma atuao teatral, constituem

Questão 32
2014Português

(ENEM - 2014) Na criao do texto, o chargista Iotti usa criativamente um intertexto: os traos reconstroem uma cena de Guernica, painel de Pablo Picasso que retrata os horrores e a destruio provocados pelo bombardeio a uma pequena cidade da Espanha. Na charge, publicada no perodo de carnaval, recebe destaque a figura do carro, elemento introduzido por lotti no intertexto. Alm dessa figura, a linguagem verbal contribui para estabelecer um dilogo entre a obra de Picasso e a charge, ao explorar

Questão 33
2014Português

(ENEM - 2014) Tarefa Morder o fruto amargo e no cuspir Mas avisar aos outros quanto amargo Cumprir o trato injusto e no falhar Mas avisar aos outros quanto injusto Sofrer o esquema falso e no ceder Mas avisar aos outros quanto falso Dizer tambm que so coisas mutveis... E quando em muitos a no pulsar do amargo e injusto e falso por mudar ento confiar gente exausta o plano de um mundo novo e muito mais humano. CAMPOS, G. Tarefa. Rio de Janeiro: Civilizao Brasileira, 1981. Na organizao do poema, os empregos da conjuno mas articulam, para alm de sua funo sinttica,

Questão 34
2014Português

(ENEM - 2014) ia eu aqui de novo xaxando ia eu aqui de novo para xaxar Vou mostrar presses cabras Que eu ainda dou no couro Isso um desaforo Que eu no posso levar Que eu aqui de novo cantando Que eu aqui de novo xaxando ia eu aqui de novo mostrando Como se deve xaxar Vem c morena linda Vestida de chita Voc a mais bonita Desse meu lugar Vai, chama Maria, chama Luzia Vai, chama Zab, chama Raque Diz que eu tou aqui com alegria BARROS, A. ia eu aqui de novo. Disponvel em: www.luizluagonzaga.mus.br. Acesso em: 5 maio 2013 (fragmento). A letra da cano de Antnio de Barros manifesta aspectos do repertrio lingustico e cultural do Brasil. O verso que singulariza uma forma caracterstica do falar popular regional :