(PUC/CAMP - 2016) Leia atentamente o texto abaixo para responder (s) questo(es) a seguir. Histria da pintura, histria do mundo O homem nunca se contentou em apenas ocupar os espaos do mundo; sentiu logo a necessidade de represent-los, reproduzi-los em imagens, formas, cores, desenh-los e pint-los na parede de uma caverna, nos muros, numa pea de pano, de papel, numa tela de monitor. Acompanhar a histria da pintura acompanhar um pouco a histria da humanidade. , ainda, descortinar o espao ntimo, o espao da imaginao, onde podemos criar as formas que mais nos interessam, nem sempre disponveis no mundo natural. Um guia notvel para aprender a ler o mundo por meio das formas com que os artistas o conceberam o livro Histria da Pintura, de uma arguta irm religiosa, da ordem de Notre Dame, chamada Wendy Beckett. Ensina-nos a ver em profundidade tudo o que os pintores criaram, e a reconhecer personagens, objetos, fatos e ideias do perodo que testemunharam. A autora comea pela Pr-Histria, pela caverna subterrnea de Altamira, em cujas paredes, entre 15000 e 12000 a.C., toscos pincis de canios ou cerdas e p de ocre e carvo deixaram imagens de bises e outros animais. E d um salto para o antigo Egito, para artistas que j obedeciam chamada regra de proporo, pela qual se garantia que as figuras retratadas como caadores de aves e mulheres lamentosas no funeral de um fara se enquadrassem numa perfeita escala de medidas. J na Grcia, a pintura de vasos costuma ter uma funo narrativa: em alguns notam-se cenas da Ilada e da Odisseia. A maior preocupao dos artistas helensticos era a fidelidade com que procuravam representar o mundo real, sobretudo em seus lances mais dramticos, como os das batalhas. A arte crist primitiva e medieval teve altos momentos, desde os consagrados figurao religiosa nas paredes dos templos, como as imagens da Virgem e do Menino, at as ilustraes de exemplares do Evangelho, as chamadas iluminuras artesanais. Na altura do sculo XII, o estilo gtico se imps, tanto na arquitetura como na pintura. Nesta, o fascnio dos artistas estava em criar efeitos de perspectiva e a iluso de espaos que parecem reais. Mas na Renascena, sobretudo na italiana, que a pintura atinge certa emancipao artstica, graas a obras de gnios como Leonardo, Michelangelo, Rafael. o imprio da perspectiva, considerada por muitos artistas como mais importante do que a prpria luz. Para alm das representaes de carter religioso, as paisagens rurais e retratos de pessoas, sobretudo das diferentes aristocracias, apresentam-se num auge de realismo. Em passos assim instrutivos, o livro da irm Wendy vai nos conduzindo por um roteiro histrico da arte da pintura e dos sucessivos feitos humanos. Desde um jogo de boliche numa estalagem at figuras femininas em atividades domsticas, de um ateli de ourives at um campo de batalha, tudo vai se oferecendo a novas tcnicas, como a da cmara escura, explorada pelo holands Vermeer, pela qual se obtinha melhor controle da luminosidade adequada e do ngulo de viso. Entram em cena as novas criaes da tecnologia humana: os navios a vapor, os trens, as mquinas e as indstrias podem estar no centro das telas, falando do progresso. Nem faltam, obviamente, os motivos violentos da histria: a Revoluo Francesa, a sanguinria invaso napolenica da Espanha (num quadro inesquecvel de Goya), escaramuas entre rabes. Em contraste, paisagens buclicas e jardins harmoniosos desfilam ainda pelo desejo de realismo e fidedignidade na representao da natureza. Mas sobrevm uma crise do realismo, da submisso da pintura s formas dadas do mundo natural. Artistas como Manet, Degas, Monet e Renoir aplicam-se a um novo modo de ver, pelo qual a imagem externa se submete viso ntima do artista, que a tudo projeta agora de modo sugestivo, numa luz mais ou menos difusa, apanhando uma realidade moldada mais pela impresso da imaginao criativa do que pelas formas ntidas naturais. No Impressionismo, uma catedral pode ser pouco mais que uma grande massa luminosa, cujas formas arquitetnicas mais se adivinham do que se traam. Associada Belle poque, a arte do final do sculo XIX e incio do XX guardar ainda certa inocncia da vida provinciana, no campo, ou na vida mundana dos cafs, na cidade. Desfazendo-se quase que inteiramente dos traos dos impressionistas, artistas como Van Gogh e Czanne, explorando novas liberdades, fazem a arte ganhar novas tcnicas e aproximar-se da abstrao. A dimenso psicolgica do artista transparece em seus quadros: o quarto modestssimo de Van Gogh sugere um cotidiano angustiado, seus campos de trigo parecem um dourado a saltar da tela. A Primeira Grande Guerra eliminar compreenses mais inocentes do mundo, e o sculo XX em marcha acentuar as cores dramticas, convulsionadas, as formas quase irreconhecveis de uma realidade fraturada. O cubismo, o expressionismo e o abstracionismo (Picasso, Kandinsky e outros) interferem radicalmente naviso natural do mundo. Por outro lado, menos libertrio, doutrinas totalitaristas, como a stalinista e a nazifascista, pretendero que os artistas se submetam s suas ideologias. J Mondrian far escola com a geometria das formas, Salvador Dal expandir o surrealismo dos sonhos, e muitas tendncias contemporneas passam a sofrer certa orientao do mercado da arte, agora especulada como mercadoria. Em suma, a histria da pintura nos ensina a entender o que podemos ver do mundo e de ns mesmos. As peas de um museu parecem estar ali paralisadas, mas basta um pouco da nossa ateno a cada uma delas para que a vida ali contida se manifeste. Com a arte da pintura aprenderam as artes e tcnicas visuais do nosso tempo: a fotografia, o cinema, a televiso devem muito ao que o homem aprendeu pela fora do olhar. Novos recursos ampliam ou restringem nosso campo de viso: atualmente muitos andam de cabea baixa, apontando os olhos para a pequena tela de um celular. Ironicamente, algum pode baixar nessa telinha A criao do homem, que Michelangelo produziu para eternizar a beleza do forro da Capela Sistina. (BATISTA, Domenico, indito) O texto de Histria da pintura, histria do mundo, de Domenico Batista, faz meno Primeira Guerra Mundial. Uma das principais consequncias dessa guerra
(Puccamp/2016) Também no Brasil o século XVIII é momento da maior importância, fase de transição e preparação para a Independência. Demarcada, povoada, defendida, dilatada a terra, o século vai lhe dar prosperidade econômica, organização política e administrativa, ambiente para a vida cultural, terreno fecundo para a semente da liberdade. (...) A literatura produzida nos fins do século XVIII reflete, de modo geral, esse espírito, podendo- se apontar a obra de Tomás Antônio Gonzaga como a sua expressão máxima. (COUTINHO, Afrânio. Introdução à Literatura no Brasil. Rio de Janeiro: EDLE, 1972, 7. Ed. p. 127 e p. 138) É correto afirmar que, no século a que o texto de Afrânio Coutinho se refere, a mineração, ao atuar como polo de atração econômica,
(Pucpr 2016) O Princípio de Le Chatelier infere que quando uma perturbação é imposta a um sistema químico em equilíbrio, este irá se deslocar de forma a minimizar tal perturbação. Disponível em: brasilescola.com/exercicios-quimica/exercicios-sobre-principio-le-chatelier.htm O gráfico apresentado a seguir indica situações referentes à perturbação do equilíbrio químico indicado pela equação H2(g) + l2(g)2 HI(g) A partir da equação química apresentada e da observação do gráfico, considerando também que a reação é endotérmica em favor da formação do ácido iodídrico, a dinâmica do equilíbrio favorecerá
(Pucrs 2016) No carvão mineral do Rio Grande do Sul, é possível encontrar a pirita, um mineral de aparência metálica que forma belos cristais dourados, apesar de não ser constituída de ouro. Isso levou a pirita, que na realidade é um sulfeto de ferro, a ficar conhecida como “ouro de tolo”. Quando aquecemos pirita em contato com o ar, ela reage com o oxigênio e libera seu enxofre na forma de SO2, um gás com odor desagradável. É interessante notar que a massa do SO2 liberado é maior que a massa inicial de pirita: por exemplo, a partir de 15 g de pirita, essa reação produz 16 g de SO2. Isso porque a pirita é representada por Dados: Fe = 56; S = 32; O = 16; R = 0,082 atm•L •mol-1 •K-1; Tamb = 20ºC.
(Pucrs 2016) Dois amigos caminham no plano xy, ao longo de retas paralelas cujas equações são 2x + 5y = 7 e 3x + my = 1. Então, o valor de m é
(PUC - RS2016) O fogo sempre foi objeto de fascnio e instrumento de extrema utilidade para o ser humano. Mesmo hoje, com o uso cada vez mais disseminado da energia eltrica, no deixamos de utilizar o fogo no cotidiano: ainda queimamos carvo na churrasqueira, lenha na lareira, gs liquefeito de petrleo no fogo e parafina nas velas. Sobre esse assunto, so apresentadas as seguintes afirmativas: I. A combusto uma reao redox em que o comburente age como oxidante. II. Na combusto do gs de cozinha, h produo de gua, mas na do carbono no h. III. A velocidade de combusto do carvo em pedaos igual do carvo em p. IV. As reaes de combusto so exotrmicas e liberam gs carbnico. Em relao combusto, so corretas somente as afirmativas
(Pucsp 2016) Foram estudados, independentemente, o comportamento de uma amostra de 100 mg do radioisótopo bismuto-212 e o de uma amostra de 100 mg do radioisótopo bismuto-214. Essas espécies sofrem desintegração radioativa distinta, sendo o bismuto-212 um emissor β, enquanto que o bismuto-214 é um emissor α.As variações das massas desses radioisótopos foram acompanhadas ao longo dos experimentos. O gráfico a seguir ilustra as observações experimentais obtidas durante as primeiras duas horas de acompanhamento. Sobre esse experimento é INCORRETO afirmar que
(Puccamp 2016) TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Há no Romantismo nacional uma expressão evidente do culto da nacionalidade, o qual, tomado num sentido mais amplo, se manifesta também em lutas pela afirmação da liberdade política e determina a exaltação de valores e tradições. Esse sentimento é tomado também nos seus aspectos sociais, sob o apanágio dos direitos do homem livre, razão de ser do movimento abolicionista e matéria para o romance, para o teatro e para a poesia da época. (Adaptado de: CANDIDO, Antonio e CASTELLO, José Aderaldo. Presença da Literatura Brasileira I. Das origens ao Romantismo. São Paulo: DIFE, 1974, p. 207-208) A evidência do culto da nacionalidade de que fala o texto pode ser comprovada no projeto de um copioso autor romântico, investido de seu papel de escritor brasileiro. Nesse projeto,
Para responder àquestãoa seguir, considere o texto abaixo. Euclides fora um dos que deram à nossa história um estilo: uma forma de pensar e sentir o país (...) Não casualmente ele conferira lugar especial ao fenômeno da mestiçagem (...) Ele teria descoberto nossa tendência à fusão, nossa aptidão para a domesticação da natureza e para a religiosidade. A figura do sertanejo como forte de espírito por excelência era o símbolo de nossa originalidade completa. (GOMES, Ângela de Castro. História e historiadores. A política cultural do Estado Novo. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1996. p. 195) 1. (Puccamp 2016) A Revolta de Canudos, no sertão nordestino, apresentava, entre suas motivações,
Para responder à(s) questão(ões) a seguir, considere o texto abaixo, linhas iniciais do conto Atualidades francesas. No meio da noite é acordado bruscamente. É o pai que, apavorado, o sacode violentamente. Prenderam o Tiago, Leo! Você tem de fugir. Atarantado, senta na cama e começa a explicar: Tiago é militante, ele não; só tomou parte em manifestações estudantis, coisas inócuas; o pai, porém, não quer saber de nada; já telefonou a um amigo, já falou com o advogado, já decidiu: o filho tem de sair do país. Imediatamente. Leo não discute. Arruma depressa suas coisas. De madrugada embarca no Colossus, com destino à França. Em Paris, aloja-se num precário hotel do Quartier Latin. Espera voltar breve, tão logo se desfaçam os temores e as apreensões. Mas não voltará breve. Seis anos se passarão; o pai morrerá e logo depois a mãe; sem parentes, sem amigos, ele já não terá motivos para retornar. (SCLIAR, Moacyr. Contos reunidos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 50) (Puccamp 2016) É adequado o seguinte comentário sobre o que se tem no trecho transcrito:
(Pucpr 2016) Questionado sobre os significativos aumentos na tarifa de energia elétrica ao longo de 2015, o professor de Geografia respondeu que uma das principais justificativas é o custo energético da falta de água. Além disso, apresentou a tabela abaixo. Fonte: Adaptado do MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA – MME. Balanço Energético Nacional 2014.Disponível em:. Acesso em: 16 ago. 2015. A justificativa apresentada pelo docente e os dados da tabela geraram um debate sobre a estrutura brasileira de geração de energia elétrica e a forte dependência dos fatores climáticos. Ao fim da aula, os alunos entenderam que
(Puc -2016) Torna-se claro que quem descobriu a frica no Brasil, muito antes dos europeus, foram os prprios africanos (...) trazidos como escravos. E esta descoberta no se restringia apenas ao reino lingustico, estendia-se tambm a outras reas culturais, inclusive da religio. (...) H razes para pensar que representantes desses povos, quando misturados e transportados ao Brasil, no demoraram em perceber a existncia entre si de elos culturais mais profundos. SLENES, Robert. Malungo, ngoma vem!: frica coberta e descoberta no Brasil. Revista USP. no 12, dez 1991 / jan-fev 1992, p. 49. Tomando como base a imagem e o texto acima, possvel dizer que
(PUC PR - 2016) A atmosfera uma camada de gases que envolve a terra, sua composio em volume basicamente feita de gs nitrognio (78%), gs oxignio (21%) e 1% de outros gases, e a presso atmosfrica ao nvel do mar de aproximadamente 100000Pa. A altitude altera a composio do ar, diminui a concentrao de oxignio, tornando-o menos denso, com mais espaos vazios entre as molculas; consequentemente, a presso atmosfrica diminui. Essa alterao na quantidade de oxignio dificulta a respirao, caracterizando o estado clnico conhecido como hipxia, que causa nuseas, dor de cabea, fadiga muscular e mental, entre outros sintomas. Em La Paz, na Bolvia, capital mais alta do mundo, situada a 3600 metros acima do nvel do mar, a presso atmosfrica cerca de 60000Pa e o teor de oxignio no ar atmosfrico cerca de 40% menor que ao nvel do mar. Os 700.000 habitantes dessa regio esto acostumados ao ar rarefeito da Cordilheira dos Andes e comumente mascam folhas de coca para atenuar os efeitos da altitude. Em La Paz, a presso parcial do gs oxignio, em volume, aproximadamente de:
(PUC/RS -2016) Leia o trecho abaixo do discurso de Getlio Vargas, proferido em sua posse como chefe do Governo Provisrio, em 3 de novembro de 1930, depois da Revoluo de 1930. O movimento revolucionrio, iniciado vitoriosamente a 3 de outubro no sul, centro e norte do pas, e triunfante a 24 nesta capital, foi a afirmao mais positiva que at hoje tivemos da nossa existncia como nacionalidade. Em toda a nossa histria poltica, no h, sob esse aspecto, acontecimento semelhante. Ele , efetivamente, a expresso viva e palpitante da vontade do povo brasileiro, afinal senhor de seus destinos e supremo rbitro de suas finalidades coletivas. Sobre o discurso de Vargas e a Revoluo de 1930 referida no texto, afirma-se: I. O movimento revolucionrio mencionado a Aliana Nacional Libertadora, que defendia o combate ao imperialismo, a reforma agrria e a instalao do socialismo no Brasil. II. Por definir o povo como senhor de seus destinos e supremo rbitro de suas finalidades coletivas, Vargas pautou seu governo pela defesa das camadas populares e pelo respeito s liberdades democrticas. III. Na campanha eleitoral Presidncia, em 1930, Vargas defendeu o voto secreto e a autonomia da justia eleitoral, o que lhe possibilita associar o movimento revolucionrio expresso viva e palpitante da vontade do povo brasileiro. Est/Esto correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)
(Pucrs 2016) Para responder à questão, considere o quadro sobre alguns dos principais tipos de solos encontrados no Planeta e as afirmativas que seguem. I. Os quatro tipos de solos são considerados adequados a práticas agrícolas diversas. II. Enquanto o tchernozion e o loess podem ser encontrados na Ásia e na Europa, a terra roxa e o massapé podem ser encontrados no Nordeste e Norte do Brasil, respectivamente. III. O tchernozion é ideal para o cultivo de cereais, enquanto a terra roxa é adequada para plantação de café e soja. IV. Quanto à origem, os quatro tipos de solos são considerados aluviais. Estão corretas apenas as afirmativas