(UNESP - 2014 - 2 FASE)As questes abaixofocalizam uma passagem de um livro do astrnomo, escritor e divulgador cientfico Carl Sagan (1934-1996) e uma tira de Ado Iturrusgarai publicada no jornal Folha de S.Paulo. No existem perguntas imbecis exceo das crianas (que no sabem o suficiente para deixar de fazer as perguntas importantes), poucos de ns passam muito tempo pensando por que a Natureza como ; de onde veio o Cosmos, ou se ele sempre existiu; se o tempo vai um dia voltar atrs, e os efeitos vo preceder as causas; ou se h limites elementares para o que os humanos podem conhecer. H at crianas, e eu conheci algumas delas, que desejam saber como um buraco negro; qual o menor pedao de matria; por que nos lembramos do passado, mas no do futuro; e por que h um Universo. De vez em quando, tenho a sorte de lecionar num jardim de infncia ou numa classe do primeiro ano primrio. Muitas dessas crianas so cientistas natos embora tenham mais desenvolvido o lado da admirao que o do ceticismo. So curiosas, intelectualmente vigorosas. Perguntas provocadoras e perspicazes saem delas aos borbotes. Demonstram enorme entusiasmo. Sempre recebo uma srie de perguntas encadeadas. Elas nunca ouviram falar da noo de perguntas imbecis. Mas, quando falo a estudantes do ltimo ano do secundrio, encontro algo diferente. Eles memorizam os fatos. Porm, de modo geral, a alegria da descoberta, a vida por trs desses fatos, se extinguiu em suas mentes. Perderam grande parte da admirao e ganharam muito pouco ceticismo. Ficam preocupados com a possibilidade de fazer perguntas imbecis; esto dispostos a aceitar respostas inadequadas; no fazem perguntas encadeadas; a sala fica inundada de olhares de esguelha para verificar, a cada segundo, se eles tm a aprovao de seus pares. Vm para a aula com as perguntas escritas em pedaos de papel que sub-repticiamente examinam, esperando a sua vez, e sem prestar ateno discusso em que seus colegas esto envolvidos naquele momento. Algo aconteceu entre o primeiro ano primrio e o ltimo ano secundrio, e no foi apenas a puberdade. Eu diria que , em parte, a presso dos pares para no se sobressair (exceto nos esportes); em parte, o fato de a sociedade ensinar gratificaes a curto prazo; em parte, a impresso de que a cincia e a matemtica no vo dar a ningum um carro esporte; em parte, que to pouco seja esperado dos estudantes; e, em parte, que haja poucas recompensas ou modelos de papis para uma discusso inteligente sobre cincia e tecnologia ou at para o aprendizado em si mesmo. Os poucos que continuam interessados so difamados como nerds, geeks ou grinds.* * Grias norte-americanas para designar pessoas chatas, desinteressantes, esquisitas e, nesse caso, estudantes muito aplicados. (Carl Sagan. O mundo assombrado pelos demnios, 1997.) No excerto apresentado, Carl Sagan, tomando por base sua poca eseu pas e referindo-se a crianas dos primeiros anos escolares e a estudantes do ltimo ano do ensino mdio, detecta uma diferena significativa quanto vontade e satisfao de fazer perguntas ao professor. Indique essa diferena.
(UNESP - 2014/2 - 2 FASE) A questo toma por base um trecho do artigoHorror a aprender(06.01.1957), escrito pelo historiador e crtico literrio Afrnio Coutinho (1911-2000), e uma tira blogueBlogoides. Horror a aprender Se quisssemos numa frmula definir a mentalidade mais ou menos generalizada dos que militam na vida literria brasileira, no lograramos descobrir outra que melhor se prestasse do que esta: horror a aprender. Nosso autodidatismo enraizado, nossa falta de hbito universitrio, fazem com que aprender, entre ns, seja motivo de inferioridade intelectual. Ningum gosta de aprender. Ningum se quer dar ao trabalho de aprender. Porque j se nasce sabendo. Todos somos mestres antes de ser discpulos. Aprender o qu? Pois j sabemos tudo de nascena! Ignoramos essa verdade de extrema sabedoria: s os bons discpulos do grandes mestres, e s bom mestre quem foi um dia bom discpulo e continua com o esprito aberto a um perptuo aprendizado. Quem sabe aprender sabe ensinar, e s quem gosta de aprender tem o direito de dar lies. Como pode divulgar e orientar conhecimentos quem mantm o esprito impermevel a qualquer aprendizagem? Nossos jovens intelectuais, em sua maioria, primam pelo pedantismo, autossuficincia e falta de humildade de esprito. So mestres antes de ter sido discpulos. Saber no os preocupa, estudar, ningum lhes viu os estudos. s meter-lhes na mo uma pena e cair-lhes ao alcance uma coluna de jornal, e l vem doutrinao leviana e prosa de meia-tigela. No lhes importa verificar se esto arrombando portas abertas ou chovendo no molhado. (No hospital das letras, 1963.) No primeiro pargrafo, Afrnio Coutinho acusa uma inverso de valores no meio intelectual brasileiro. Explique em que consiste essa inverso e qual a sua consequncia, segundo o autor sugere, em termos de ensino.
(UNESP - 2014/2 - 2 FASE) A questo toma por base um trecho do artigoHorror a aprender(06.01.1957), escrito pelo historiador e crtico literrio Afrnio Coutinho (1911-2000), e uma tira blogueBlogoides. Horror a aprender Se quisssemos numa frmula definir a mentalidade mais ou menos generalizada dos que militam na vida literria brasileira, no lograramos descobrir outra que melhor se prestasse do que esta: horror a aprender. Nosso autodidatismo enraizado, nossa falta de hbito universitrio, fazem com que aprender, entre ns, seja motivo de inferioridade intelectual. Ningum gosta de aprender. Ningum se quer dar ao trabalho de aprender. Porque j se nasce sabendo. Todos somos mestres antes de ser discpulos. Aprender o qu? Pois j sabemos tudo de nascena! Ignoramos essa verdade de extrema sabedoria: s os bons discpulos do grandes mestres, e s bom mestre quem foi um dia bom discpulo e continua com o esprito aberto a um perptuo aprendizado. Quem sabe aprender sabe ensinar, e s quem gosta de aprender tem o direito de dar lies. Como pode divulgar e orientar conhecimentos quem mantm o esprito impermevel a qualquer aprendizagem? Nossos jovens intelectuais, em sua maioria, primam pelo pedantismo, autossuficincia e falta de humildade de esprito. So mestres antes de ter sido discpulos. Saber no os preocupa, estudar, ningum lhes viu os estudos. s meter-lhes na mo uma pena e cair-lhes ao alcance uma coluna de jornal, e l vem doutrinao leviana e prosa de meia-tigela. No lhes importa verificar se esto arrombando portas abertas ou chovendo no molhado. (No hospital das letras, 1963.) No segundo pargrafo, para reforar sua argumentao, Coutinho se vale de duas expresses idiomticas que apresentam praticamente o mesmo sentido. Identifique estas duas expresses idiomticas e, com base no sentido comum a ambas, esclarea o argumento do autor.
(UNESP - 2014 - 2 FASE) As questes abaixofocalizam uma passagem de um livro do astrnomo, escritor e divulgador cientfico Carl Sagan (1934-1996) e uma tira de Ado Iturrusgarai publicada no jornal Folha de S.Paulo. No existem perguntas imbecis exceo das crianas (que no sabem o suficiente para deixar de fazer as perguntas importantes), poucos de ns passam muito tempo pensando por que a Natureza como ; de onde veio o Cosmos, ou se ele sempre existiu; se o tempo vai um dia voltar atrs, e os efeitos vo preceder as causas; ou se h limites elementares para o que os humanos podem conhecer. H at crianas, e eu conheci algumas delas, que desejam saber como um buraco negro; qual o menor pedao de matria; por que nos lembramos do passado, mas no do futuro; e por que h um Universo. De vez em quando, tenho a sorte de lecionar num jardim de infncia ou numa classe do primeiro ano primrio. Muitas dessas crianas so cientistas natos embora tenham mais desenvolvido o lado da admirao que o do ceticismo. So curiosas, intelectualmente vigorosas. Perguntas provocadoras e perspicazes saem delas aos borbotes. Demonstram enorme entusiasmo. Sempre recebo uma srie de perguntas encadeadas. Elas nunca ouviram falar da noo de perguntas imbecis. Mas, quando falo a estudantes do ltimo ano do secundrio, encontro algo diferente. Eles memorizam os fatos. Porm, de modo geral, a alegria da descoberta, a vida por trs desses fatos, se extinguiu em suas mentes. Perderam grande parte da admirao e ganharam muito pouco ceticismo. Ficam preocupados com a possibilidade de fazer perguntas imbecis; esto dispostos a aceitar respostas inadequadas; no fazem perguntas encadeadas; a sala fica inundada de olhares de esguelha para verificar, a cada segundo, se eles tm a aprovao de seus pares. Vm para a aula com as perguntas escritas em pedaos de papel que sub-repticiamente examinam, esperando a sua vez, e sem prestar ateno discusso em que seus colegas esto envolvidos naquele momento. Algo aconteceu entre o primeiro ano primrio e o ltimo ano secundrio, e no foi apenas a puberdade. Eu diria que , em parte, a presso dos pares para no se sobressair (exceto nos esportes); em parte, o fato de a sociedade ensinar gratificaes a curto prazo; em parte, a impresso de que a cincia e a matemtica no vo dar a ningum um carro esporte; em parte, que to pouco seja esperado dos estudantes; e, em parte, que haja poucas recompensas ou modelos de papis para uma discusso inteligente sobre cincia e tecnologia ou at para o aprendizado em si mesmo. Os poucos que continuam interessados so difamados como nerds, geeks ou grinds.* * Grias norte-americanas para designar pessoas chatas, desinteressantes, esquisitas e, nesse caso, estudantes muito aplicados. (Carl Sagan. O mundo assombrado pelos demnios, 1997.) Ao colocar como ttulo No existem perguntas imbecis, o que quisdizer Carl Sagan em relao ao tema que explora no trecho apresentado?
(UNESP - 2014 - 2 FASE) As questes abaixofocalizam uma passagem de um livro do astrnomo, escritor e divulgador cientfico Carl Sagan (1934-1996) e uma tira de Ado Iturrusgarai publicada no jornal Folha de S.Paulo. No existem perguntas imbecis exceo das crianas (que no sabem o suficiente para deixar de fazer as perguntas importantes), poucos de ns passam muito tempo pensando por que a Natureza como ; de onde veio o Cosmos, ou se ele sempre existiu; se o tempo vai um dia voltar atrs, e os efeitos vo preceder as causas; ou se h limites elementares para o que os humanos podem conhecer. H at crianas, e eu conheci algumas delas, que desejam saber como um buraco negro; qual o menor pedao de matria; por que nos lembramos do passado, mas no do futuro; e por que h um Universo. De vez em quando, tenho a sorte de lecionar num jardim de infncia ou numa classe do primeiro ano primrio. Muitas dessas crianas so cientistas natos embora tenham mais desenvolvido o lado da admirao que o do ceticismo. So curiosas, intelectualmente vigorosas. Perguntas provocadoras e perspicazes saem delas aos borbotes. Demonstram enorme entusiasmo. Sempre recebo uma srie de perguntas encadeadas. Elas nunca ouviram falar da noo de perguntas imbecis. Mas, quando falo a estudantes do ltimo ano do secundrio, encontro algo diferente. Eles memorizam os fatos. Porm, de modo geral, a alegria da descoberta, a vida por trs desses fatos, se extinguiu em suas mentes. Perderam grande parte da admirao e ganharam muito pouco ceticismo. Ficam preocupados com a possibilidade de fazer perguntas imbecis; esto dispostos a aceitar respostas inadequadas; no fazem perguntas encadeadas; a sala fica inundada de olhares de esguelha para verificar, a cada segundo, se eles tm a aprovao de seus pares. Vm para a aula com as perguntas escritas em pedaos de papel que sub-repticiamente examinam, esperando a sua vez, e sem prestar ateno discusso em que seus colegas esto envolvidos naquele momento. Algo aconteceu entre o primeiro ano primrio e o ltimo ano secundrio, e no foi apenas a puberdade. Eu diria que , em parte, a presso dos pares para no se sobressair (exceto nos esportes); em parte, o fato de a sociedade ensinar gratificaes a curto prazo; em parte, a impresso de que a cincia e a matemtica no vo dar a ningum um carro esporte; em parte, que to pouco seja esperado dos estudantes; e, em parte, que haja poucas recompensas ou modelos de papis para uma discusso inteligente sobre cincia e tecnologia ou at para o aprendizado em si mesmo. Os poucos que continuam interessados so difamados como nerds, geeks ou grinds.* * Grias norte-americanas para designar pessoas chatas, desinteressantes, esquisitas e, nesse caso, estudantes muito aplicados. (Carl Sagan. O mundo assombrado pelos demnios, 1997.) H at crianas, e eu conheci algumas delas, que desejam saber como um buraco negro; qual o menor pedao de matria; por que nos lembramos do passado, mas no do futuro; e por que h um Universo. Explique com que finalidade, no plano semntico, o autor intercalou a orao destacada sequncia do perodo transcrito.
(UNESP - 2014/2 - 2 FASE) A questo toma por base um trecho do artigoHorror a aprender(06.01.1957), escrito pelo historiador e crtico literrio Afrnio Coutinho (1911-2000), e uma tira blogueBlogoides. Horror a aprender Se quisssemos numa frmula definir a mentalidade mais ou menos generalizada dos que militam na vida literria brasileira, no lograramos descobrir outra que melhor se prestasse do que esta: horror a aprender. Nosso autodidatismo enraizado, nossa falta de hbito universitrio, fazem com que aprender, entre ns, seja motivo de inferioridade intelectual. Ningum gosta de aprender. Ningum se quer dar ao trabalho de aprender. Porque j se nasce sabendo. Todos somos mestres antes de ser discpulos. Aprender o qu? Pois j sabemos tudo de nascena! Ignoramos essa verdade de extrema sabedoria: s os bons discpulos do grandes mestres, e s bom mestre quem foi um dia bom discpulo e continua com o esprito aberto a um perptuo aprendizado. Quem sabe aprender sabe ensinar, e s quem gosta de aprender tem o direito de dar lies. Como pode divulgar e orientar conhecimentos quem mantm o esprito impermevel a qualquer aprendizagem? Nossos jovens intelectuais, em sua maioria, primam pelo pedantismo, autossuficincia e falta de humildade de esprito. So mestres antes de ter sido discpulos. Saber no os preocupa, estudar, ningum lhes viu os estudos. s meter-lhes na mo uma pena e cair-lhes ao alcance uma coluna de jornal, e l vem doutrinao leviana e prosa de meia-tigela. No lhes importa verificar se esto arrombando portas abertas ou chovendo no molhado. (No hospital das letras, 1963.) Indique a contradio da personagem mais nova da tira em pretender criar um blogue intelectual sobre Saramago.
(UNESP - 2014 - 2 FASE) As questes abaixofocalizam uma passagem de um livro do astrnomo, escritor e divulgador cientfico Carl Sagan (1934-1996) e uma tira de Ado Iturrusgarai publicada no jornal Folha de S.Paulo. No existem perguntas imbecis exceo das crianas (que no sabem o suficiente para deixar de fazer as perguntas importantes), poucos de ns passam muito tempo pensando por que a Natureza como ; de onde veio o Cosmos, ou se ele sempre existiu; se o tempo vai um dia voltar atrs, e os efeitos vo preceder as causas; ou se h limites elementares para o que os humanos podem conhecer. H at crianas, e eu conheci algumas delas, que desejam saber como um buraco negro; qual o menor pedao de matria; por que nos lembramos do passado, mas no do futuro; e por que h um Universo. De vez em quando, tenho a sorte de lecionar num jardim de infncia ou numa classe do primeiro ano primrio. Muitas dessas crianas so cientistas natos embora tenham mais desenvolvido o lado da admirao que o do ceticismo. So curiosas, intelectualmente vigorosas. Perguntas provocadoras e perspicazes saem delas aos borbotes. Demonstram enorme entusiasmo. Sempre recebo uma srie de perguntas encadeadas. Elas nunca ouviram falar da noo de perguntas imbecis. Mas, quando falo a estudantes do ltimo ano do secundrio, encontro algo diferente. Eles memorizam os fatos. Porm, de modo geral, a alegria da descoberta, a vida por trs desses fatos, se extinguiu em suas mentes. Perderam grande parte da admirao e ganharam muito pouco ceticismo. Ficam preocupados com a possibilidade de fazer perguntas imbecis; esto dispostos a aceitar respostas inadequadas; no fazem perguntas encadeadas; a sala fica inundada de olhares de esguelha para verificar, a cada segundo, se eles tm a aprovao de seus pares. Vm para a aula com as perguntas escritas em pedaos de papel que sub-repticiamente examinam, esperando a sua vez, e sem prestar ateno discusso em que seus colegas esto envolvidos naquele momento. Algo aconteceu entre o primeiro ano primrio e o ltimo ano secundrio, e no foi apenas a puberdade. Eu diria que , em parte, a presso dos pares para no se sobressair (exceto nos esportes); em parte, o fato de a sociedade ensinar gratificaes a curto prazo; em parte, a impresso de que a cincia e a matemtica no vo dar a ningum um carro esporte; em parte, que to pouco seja esperado dos estudantes; e, em parte, que haja poucas recompensas ou modelos de papis para uma discusso inteligente sobre cincia e tecnologia ou at para o aprendizado em si mesmo. Os poucos que continuam interessados so difamados como nerds, geeks ou grinds.* * Grias norte-americanas para designar pessoas chatas, desinteressantes, esquisitas e, nesse caso, estudantes muito aplicados. (Carl Sagan. O mundo assombrado pelos demnios, 1997.) Estabelea a relao que h entre o que comunicado, com humor bastante inteligente, pela tira de Ado Iturrusgarai e a preocupao que, no terceiro pargrafo, Sagan detecta nos estudantes do ensino mdio norte-americano.
(UNESP - 2014/2 - 2 FASE) A questo toma por base um trecho do artigoHorror a aprender(06.01.1957), escrito pelo historiador e crtico literrio Afrnio Coutinho (1911-2000), e uma tira blogueBlogoides. Horror a aprender Se quisssemos numa frmula definir a mentalidade mais ou menos generalizada dos que militam na vida literria brasileira, no lograramos descobrir outra que melhor se prestasse do que esta: horror a aprender. Nosso autodidatismo enraizado, nossa falta de hbito universitrio, fazem com que aprender, entre ns, seja motivo de inferioridade intelectual. Ningum gosta de aprender. Ningum se quer dar ao trabalho de aprender. Porque j se nasce sabendo. Todos somos mestres antes de ser discpulos. Aprender o qu? Pois j sabemos tudo de nascena! Ignoramos essa verdade de extrema sabedoria: s os bons discpulos do grandes mestres, e s bom mestre quem foi um dia bom discpulo e continua com o esprito aberto a um perptuo aprendizado. Quem sabe aprender sabe ensinar, e s quem gosta de aprender tem o direito de dar lies. Como pode divulgar e orientar conhecimentos quem mantm o esprito impermevel a qualquer aprendizagem? Nossos jovens intelectuais, em sua maioria, primam pelo pedantismo, autossuficincia e falta de humildade de esprito. So mestres antes de ter sido discpulos. Saber no os preocupa, estudar, ningum lhes viu os estudos. s meter-lhes na mo uma pena e cair-lhes ao alcance uma coluna de jornal, e l vem doutrinao leviana e prosa de meia-tigela. No lhes importa verificar se esto arrombando portas abertas ou chovendo no molhado. (No hospital das letras, 1963.) Considerando a natureza dos respectivos gneros textuais, estabelea a diferena entre o artigo e a tira quanto ao modo de manifestarem seus julgamentos crticos.
(UNESP - 2014/2 - 2 FASE) A questo focaliza um trecho de um poema de 1869 do poeta romntico portugus Guilherme Braga (1845-1874) e uma marcha de carnaval de Wilson Batista (1913-1968) e Roberto Martins (1909-1992), gravada em 1948. Em dezembro Olhai: naquele operrio Tudo fora, nimo e vida; Se o trabalho o seu calvrio Sobe-o de cabea erguida. Deus deu-lhe um anjo na esposa, E as filhas so to pequenas Que delas a mais idosa Conta dez anos apenas. Tem cinco, e todas to belas Que, ao ver-lhes a alegre infncia, Julga estar vendo as estrelas E o cu a menos distncia; Por isso, quando o trabalho Lhe fatiga as mos calosas, Tem no suor o fresco orvalho Que d seiva quelas rosas, [...] Depois, da ceia ao convite, Toda a famlia o rodeia mesa, aonde o apetite Faz soberba a humilde ceia. [...] No entanto, como a existncia No tem em si nada estvel, Num dia de decadncia Este obreiro infatigvel, Por ter gasto a noite inteira Na luta, cede ao cansao, E cai da mquina beira, E a roda esmaga-lhe um brao... Ai! o infortnio severo! Bastou por tanto um s dia Para entrar o desespero Donde fugiu a alegria! Empenha em vo tudo, a esmo, Pouco dinheiro lhe fica, E no lhe cobre esse mesmo As despesas da botica. Pobre me, pobres crianas! J, de momento em momento, Vo minguando as esperanas, Vai crescendo o sofrimento; (Heras e violetas, 1869.) Pedreiro Waldemar Voc conhece O pedreiro Waldemar? No conhece? Mas eu vou lhe apresentar De madrugada Toma o trem da Circular Faz tanta casa E no tem casa pra morar Leva a marmita Embrulhada no jornal Se tem almoo, Nem sempre tem jantar O Waldemar, Que mestre no ofcio Constri um edifcio E depois no pode entrar. (Roberto Lapiccirella (org.), Antologia musical popular brasileira, 1996.) Na segunda estrofe do trecho reproduzido do poema, Guilherme Braga se serve da palavraidosanum sentido que no o habitualmente empregado hoje. Estabelea essa diferena com base no contexto em que a palavra empregada.
(UNESP - 2014 - 2 FASE)As questes abaixo tomam por base um trecho da conferncia Sobre algumas lendas do Brasil, de Olavo Bilac (1865-1918), e um soneto do mesmo autor, utilizado por ele para ilustrar seus argumentos. Sendo cada homem todo o universo, tem dentro de si todos os deuses, todas as potestades superiores e inferiores que dirigem o universo. (Tudo, se existe objetivamente, porque existe subjetivamente; tudo existe em ns, porque tudo criado e alimentado por ns). E esta considerao nos leva ao assunto e explanao do meu tema. Existem em ns todas as entidades fantsticas, que, segundo a crena popular, enchem a nossa terra: so sentimentos humanos, que, saindo de cada um de ns, personalizam-se, e comeam a viver na vida exterior, como mitos da comunho. Tup, demiurgo criador, e o seu Anhang, demiurgo destruidor. o eterno dualismo, governando todas as fases religiosas, toda a histria mitolgica da humanidade. J entre os persas e os iranianos, na religio de Zoroastro, havia um deus de bondade, Ormuz, e um deus de maldade, Ahriman. A religio de Mans, na Babilnia, no criou a ideia do dualismo; acentuou-a, precisou-a; a base da religio dos maniqueus era a oposio e o contraste da luz e da treva: o mundo visvel, segundo eles, era o resultado da mistura desses dois elementos eternamente inimigos. Mas em todos os grandes povos, e em todas as pequenas tribos, sempre houve, em todos os tempos, a concepo desse conflito: e esse conflito perdura no catolicismo, fixado na concepo de Deus e do Diabo. Os nossos ndios sempre tiveram seu Tup e o seu Anhang... Ora, o selvagemdas margens do Amazonas, do So Francisco e do Paran compreende os dois demiurgos, porque os sente dentro de si mesmo. E ns, os civilizados do litoral, compreendemos e contemos em ns esses dois princpios antagnicos, Deus e o Diabo. Cada um de vs tem uma arena ntima em que a todo o instante combatem um gnio do bem e um gnio do mal: No s bom, nem s mau: s triste e humano... Vives ansiando em maldies e preces, Como se, a arder, no corao tivesses O tumulto e o clamor de um largo oceano. Pobre, no bem como no mal, padeces; E, rolando num vrtice vesano*, Oscilas entre a crena e o desengano, Entre esperanas e desinteresses. Capaz de horrores e de aes sublimes, No ficas das virtudes satisfeito, Nem te arrependes, infeliz, dos crimes: E, no perptuo ideal que te devora, Residem juntamente no teu peito Um demnio que ruge e um deus que chora... * Vesano: louco, demente, delirante, insensato. (ltimas conferncias e discursos, 1927.) O conferencista Olavo Bilac sugere que, apesar da diferena de credos, as religies se filiam a um mesmo princpio. Que princpio esse e o que origina no mbito religioso?
(UNESP - 2014 - 2 FASE)As questes abaixo tomam por base um trecho da conferncia Sobre algumas lendas do Brasil, de Olavo Bilac (1865-1918), e um soneto do mesmo autor, utilizado por ele para ilustrar seus argumentos. Sendo cada homem todo o universo, tem dentro de si todos os deuses, todas as potestades superiores e inferiores que dirigem o universo. (Tudo, se existe objetivamente, porque existe subjetivamente; tudo existe em ns, porque tudo criado e alimentado por ns). E esta considerao nos leva ao assunto e explanao do meu tema. Existem em ns todas as entidades fantsticas, que, segundo a crena popular, enchem a nossa terra: so sentimentos humanos, que, saindo de cada um de ns, personalizam-se, e comeam a viver na vida exterior, como mitos da comunho. Tup, demiurgo criador, e o seu Anhang, demiurgo destruidor. o eterno dualismo, governando todas as fases religiosas, toda a histria mitolgica da humanidade. J entre os persas e os iranianos, na religio de Zoroastro, havia um deus de bondade, Ormuz, e um deus de maldade, Ahriman. A religio de Mans, na Babilnia, no criou a ideia do dualismo; acentuou-a, precisou-a; a base da religio dos maniqueus era a oposio e o contraste da luz e da treva: o mundo visvel, segundo eles, era o resultado da mistura desses dois elementos eternamente inimigos. Mas em todos os grandes povos, e em todas as pequenas tribos, sempre houve, em todos os tempos, a concepo desse conflito: e esse conflito perdura no catolicismo, fixado na concepo de Deus e do Diabo. Os nossos ndios sempre tiveram seu Tup e o seu Anhang... Ora, o selvagemdas margens do Amazonas, do So Francisco e do Paran compreende os dois demiurgos, porque os sente dentro de si mesmo. E ns, os civilizados do litoral, compreendemos e contemos em ns esses dois princpios antagnicos, Deus e o Diabo. Cada um de vs tem uma arena ntima em que a todo o instante combatem um gnio do bem e um gnio do mal: No s bom, nem s mau: s triste e humano... Vives ansiando em maldies e preces, Como se, a arder, no corao tivesses O tumulto e o clamor de um largo oceano. Pobre, no bem como no mal, padeces; E, rolando num vrtice vesano*, Oscilas entre a crena e o desengano, Entre esperanas e desinteresses. Capaz de horrores e de aes sublimes, No ficas das virtudes satisfeito, Nem te arrependes, infeliz, dos crimes: E, no perptuo ideal que te devora, Residem juntamente no teu peito Um demnio que ruge e um deus que chora... * Vesano: louco, demente, delirante, insensato. (ltimas conferncias e discursos, 1927.) No soneto, Bilac explicita sua concepo do homem. Apresente o aspecto mais importante dessa concepo.
(UNESP - 2014/2 - 2 FASE)A questo focaliza um trecho de um poema de 1869 do poeta romntico portugus Guilherme Braga (1845-1874) e uma marcha de carnaval de Wilson Batista (1913-1968) e Roberto Martins (1909-1992), gravada em 1948. Em dezembro Olhai: naquele operrio Tudo fora, nimo e vida; Se o trabalho o seu calvrio Sobe-o de cabea erguida. Deus deu-lhe um anjo na esposa, E as filhas so to pequenas Que delas a mais idosa Conta dez anos apenas. Tem cinco, e todas to belas Que, ao ver-lhes a alegre infncia, Julga estar vendo as estrelas E o cu a menos distncia; Por isso, quando o trabalho Lhe fatiga as mos calosas, Tem no suor o fresco orvalho Que d seiva quelas rosas, [...] Depois, da ceia ao convite, Toda a famlia o rodeia mesa, aonde o apetite Faz soberba a humilde ceia. [...] No entanto, como a existncia No tem em si nada estvel, Num dia de decadncia Este obreiro infatigvel, Por ter gasto a noite inteira Na luta, cede ao cansao, E cai da mquina beira, E a roda esmaga-lhe um brao... Ai! o infortnio severo! Bastou por tanto um s dia Para entrar o desespero Donde fugiu a alegria! Empenha em vo tudo, a esmo, Pouco dinheiro lhe fica, E no lhe cobre esse mesmo As despesas da botica. Pobre me, pobres crianas! J, de momento em momento, Vo minguando as esperanas, Vai crescendo o sofrimento; (Heras e violetas, 1869.) Pedreiro Waldemar Voc conhece O pedreiro Waldemar? No conhece? Mas eu vou lhe apresentar De madrugada Toma o trem da Circular Faz tanta casa E no tem casa pra morar Leva a marmita Embrulhada no jornal Se tem almoo, Nem sempre tem jantar O Waldemar, Que mestre no ofcio Constri um edifcio E depois no pode entrar. (Roberto Lapiccirella (org.), Antologia musical popular brasileira, 1996.) Explique o carter metafrico do emprego da palavrarosasna quarta estrofe do trecho reproduzido do poema de Guilherme Braga.
(UNESP - 2014 - 2 FASE)As questes abaixo tomam por base um trecho da conferncia Sobre algumas lendas do Brasil, de Olavo Bilac (1865-1918), e um soneto do mesmo autor, utilizado por ele para ilustrar seus argumentos. Sendo cada homem todo o universo, tem dentro de si todos os deuses, todas as potestades superiores e inferiores que dirigem o universo. (Tudo, se existe objetivamente, porque existe subjetivamente; tudo existe em ns, porque tudo criado e alimentado por ns). E esta considerao nos leva ao assunto e explanao do meu tema. Existem em ns todas as entidades fantsticas, que, segundo a crena popular, enchem a nossa terra: so sentimentos humanos, que, saindo de cada um de ns, personalizam-se, e comeam a viver na vida exterior, como mitos da comunho. Tup, demiurgo criador, e o seu Anhang, demiurgo destruidor. o eterno dualismo, governando todas as fases religiosas, toda a histria mitolgica da humanidade. J entre os persas e os iranianos, na religio de Zoroastro, havia um deus de bondade, Ormuz, e um deus de maldade, Ahriman. A religio de Mans, na Babilnia, no criou a ideia do dualismo; acentuou-a, precisou-a; a base da religio dos maniqueus era a oposio e o contraste da luz e da treva: o mundo visvel, segundo eles, era o resultado da mistura desses dois elementos eternamente inimigos. Mas em todos os grandes povos, e em todas as pequenas tribos, sempre houve, em todos os tempos, a concepo desse conflito: e esse conflito perdura no catolicismo, fixado na concepo de Deus e do Diabo. Os nossos ndios sempre tiveram seu Tup e o seu Anhang... Ora, o selvagemdas margens do Amazonas, do So Francisco e do Paran compreende os dois demiurgos, porque os sente dentro de si mesmo. E ns, os civilizados do litoral, compreendemos e contemos em ns esses dois princpios antagnicos, Deus e o Diabo. Cada um de vs tem uma arena ntima em que a todo o instante combatem um gnio do bem e um gnio do mal: No s bom, nem s mau: s triste e humano... Vives ansiando em maldies e preces, Como se, a arder, no corao tivesses O tumulto e o clamor de um largo oceano. Pobre, no bem como no mal, padeces; E, rolando num vrtice vesano*, Oscilas entre a crena e o desengano, Entre esperanas e desinteresses. Capaz de horrores e de aes sublimes, No ficas das virtudes satisfeito, Nem te arrependes, infeliz, dos crimes: E, no perptuo ideal que te devora, Residem juntamente no teu peito Um demnio que ruge e um deus que chora... * Vesano: louco, demente, delirante, insensato. (ltimas conferncias e discursos, 1927.) Indique a pessoa gramatical dos verbos empregados no soneto e identifique, no plano do contedo, a quem o eu lrico se dirige por meio dessa pessoa gramatical.
(UNESP - 2014/2 - 2 FASE)A questo focaliza um trecho de um poema de 1869 do poeta romntico portugus Guilherme Braga (1845-1874) e uma marcha de carnaval de Wilson Batista (1913-1968) e Roberto Martins (1909-1992), gravada em 1948. Em dezembro Olhai: naquele operrio Tudo fora, nimo e vida; Se o trabalho o seu calvrio Sobe-o de cabea erguida. Deus deu-lhe um anjo na esposa, E as filhas so to pequenas Que delas a mais idosa Conta dez anos apenas. Tem cinco, e todas to belas Que, ao ver-lhes a alegre infncia, Julga estar vendo as estrelas E o cu a menos distncia; Por isso, quando o trabalho Lhe fatiga as mos calosas, Tem no suor o fresco orvalho Que d seiva quelas rosas, [...] Depois, da ceia ao convite, Toda a famlia o rodeia mesa, aonde o apetite Faz soberba a humilde ceia. [...] No entanto, como a existncia No tem em si nada estvel, Num dia de decadncia Este obreiro infatigvel, Por ter gasto a noite inteira Na luta, cede ao cansao, E cai da mquina beira, E a roda esmaga-lhe um brao... Ai! o infortnio severo! Bastou por tanto um s dia Para entrar o desespero Donde fugiu a alegria! Empenha em vo tudo, a esmo, Pouco dinheiro lhe fica, E no lhe cobre esse mesmo As despesas da botica. Pobre me, pobres crianas! J, de momento em momento, Vo minguando as esperanas, Vai crescendo o sofrimento; (Heras e violetas, 1869.) Pedreiro Waldemar Voc conhece O pedreiro Waldemar? No conhece? Mas eu vou lhe apresentar De madrugada Toma o trem da Circular Faz tanta casa E no tem casa pra morar Leva a marmita Embrulhada no jornal Se tem almoo, Nem sempre tem jantar O Waldemar, Que mestre no ofcio Constri um edifcio E depois no pode entrar. (Roberto Lapiccirella (org.), Antologia musical popular brasileira, 1996.) Indique o que h de comum entre os contedos dos dois ltimos versos de cada uma das trs estrofes da marcha de carnaval e em que medida representam um protesto a respeito da condio social do operrio.
(UNESP - 2014 - 2 FASE)As questes abaixo tomam por base um trecho da conferncia Sobre algumas lendas do Brasil, de Olavo Bilac (1865-1918), e um soneto do mesmo autor, utilizado por ele para ilustrar seus argumentos. Sendo cada homem todo o universo, tem dentro de si todos os deuses, todas as potestades superiores e inferiores que dirigem o universo. (Tudo, se existe objetivamente, porque existe subjetivamente; tudo existe em ns, porque tudo criado e alimentado por ns). E esta considerao nos leva ao assunto e explanao do meu tema. Existem em ns todas as entidades fantsticas, que, segundo a crena popular, enchem a nossa terra: so sentimentos humanos, que, saindo de cada um de ns, personalizam-se, e comeam a viver na vida exterior, como mitos da comunho. Tup, demiurgo criador, e o seu Anhang, demiurgo destruidor. o eterno dualismo, governando todas as fases religiosas, toda a histria mitolgica da humanidade. J entre os persas e os iranianos, na religio de Zoroastro, havia um deus de bondade, Ormuz, e um deus de maldade, Ahriman. A religio de Mans, na Babilnia, no criou a ideia do dualismo; acentuou-a, precisou-a; a base da religio dos maniqueus era a oposio e o contraste da luz e da treva: o mundo visvel, segundo eles, era o resultado da mistura desses dois elementos eternamente inimigos. Mas em todos os grandes povos, e em todas as pequenas tribos, sempre houve, em todos os tempos, a concepo desse conflito: e esse conflito perdura no catolicismo, fixado na concepo de Deus e do Diabo. Os nossos ndios sempre tiveram seu Tup e o seu Anhang... Ora, o selvagemdas margens do Amazonas, do So Francisco e do Paran compreende os dois demiurgos, porque os sente dentro de si mesmo. E ns, os civilizados do litoral, compreendemos e contemos em ns esses dois princpios antagnicos, Deus e o Diabo. Cada um de vs tem uma arena ntima em que a todo o instante combatem um gnio do bem e um gnio do mal: No s bom, nem s mau: s triste e humano... Vives ansiando em maldies e preces, Como se, a arder, no corao tivesses O tumulto e o clamor de um largo oceano. Pobre, no bem como no mal, padeces; E, rolando num vrtice vesano*, Oscilas entre a crena e o desengano, Entre esperanas e desinteresses. Capaz de horrores e de aes sublimes, No ficas das virtudes satisfeito, Nem te arrependes, infeliz, dos crimes: E, no perptuo ideal que te devora, Residem juntamente no teu peito Um demnio que ruge e um deus que chora... * Vesano: louco, demente, delirante, insensato. (ltimas conferncias e discursos, 1927.) E ns, os civilizados do litoral, compreendemos e contemos em ns esses dois princpios [...]. Qual a forma infinitiva do verbo destacado e em que tempo e modo est flexionado?